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Lucas Headquarters #58 – Guerra Civil na AEW (parte 2)


 

Ora então boas tardes, comadres e compadres! Como estão? Bem-vindos sejam a mais uma edição dos “Lucas Headquarters” apenas e só aqui no WrestlingNotícias!! E esse regresso às aulas/trabalho, correu bem? Está a custar? Olhem, o que me está a custar a mim é o fim do meu estágio daqui a duas semanas, nunca pensei que passasse tão rápido…


Bom, encetada que está a conversa de café, vamos ao que me traz aqui esta semana, que é a conclusão da minha, nossa análise ao clima de tensão na All Elite Wrestling e à aparente “guerra civil” que por lá se desencadeou. E eu prometi, na edição passada, que ia analisar a postura de Tony Khan perante toda esta rebaldaria – afinal, já vimos o contexto, os intervenientes, os castigos… só falta mesmo olhar para o papel do pai desta malta toda.



Não é segredo para ninguém que Tony Khan é a personificação do espírito e do sonho de todo e qualquer fã de wrestling. E digo isto sem qualquer sinal de graxa ou parcialidade, apenas atendendo a dois fatores: A sua “tenra idade”, se calhar demasiado tenra para andar a gerir negócios desta envergadura, e a necessidade de corresponder às expectativas dos fãs, ou, dito de outra forma, o facto de que, sendo jovem, tem uma perspetiva do wrestling enquanto produto de entretenimento que se enquadra naquilo que o público mais jovem pede. E uma coisa joga com a outra.


Tony Khan é, indiscutivelmente, aquilo a que se pode chamar um fantasy booker, tal como qualquer um de nós que vemos o produto “de fora”. Tony Khan faz com a AEW o que nós fazíamos com os jogos do FIFA, do Football Manager e do PES desta vida: Tendo capital suficiente, contratávamos os melhores jogadores que havia e regozijávamo-nos de ter um Messi ou um Ronaldo a jogar, ainda que virtualmente, pelo nosso clube do coração.


E Tony Khan faz exatamente o mesmo exercício: Contratou os melhores wrestlers e colocou-os no mesmo ringue, uns contra os outros, dando origem a inúmeros combates que ficam na retina e na memória, os mais recentes sendo, por exemplo, The American Dragon Bryan Danielson vs The Lionheart Chris Jericho ou Jon Moxley vs CM Punk. 


Só que, e o busílis da coisa está aqui, com tanta estrela que a AEW tem é difícil ter um locker room coeso, unido e a remar para o mesmo lado, o que obriga, inevitavelmente, a que Tony Khan tenha que intervir.



A questão é que a intervenção de Tony Khan, o seu vincar de posição perante uma situação que põe em sério risco o presente e o futuro da All Elite, pouco ou nada se tem notado. E isso já lhe tem valido algumas críticas, não só dos fãs, como também de quem verdadeiramente percebe do assunto, embora, sendo o autor dessas críticas um sujeito que dá pelo nome de Vince Russo, eu não sei se se enquadrará nessa parte de “quem percebe do assunto”.


E sim, já tivemos as suspensões, e sim, já tivemos Tony Khan a dizer que não deixará passar tudo em branco no que ao ambiente menos bom nos bastidores diz respeito. Mas diz o ditado popular que “depois de casa roubada, trancas à porta”. 


Se Tony Khan tivesse feito valer a sua posição logo desde o início, se Tony Khan, não tendo que chegar aos níveis de despotismo de Vince McMahon nestes últimos anos, tivesse estabelecido, enquanto “patrão” da empresa, os limites que cada wrestler tinha que respeitar, se calhar as coisas tinham sido diferentes e mesmo que tivesse havido toda esta “guerra civil”, o seu impacto, sendo grande, não era tão grande assim.




Olhando para o que aconteceu e vendo a forma como Tony Khan reagiu – primeiro algo lentamente, depois lá impôs mão de ferro, e depois é que disse que não iria ser o chefinho que permite tudo – fico com a velha impressão conservadora de que TK perdeu um locker room excelente, é demasiado novo para dar conta disto tudo e que o wrestling evidentemente é um negócio para homens de barba rija, quando as coisas não têm que funcionar dessa forma.



A questão é que TK demorou demasiado tempo a exercer a sua autoridade. E quando se tem numa empresa de wrestling nomes que, sendo dos melhores a nível mundial, estão no seu direito de fazer exigências condizentes com o seu estatuto, tudo se torna mais complicado.


O que pensam da postura de Tony Khan perante a “Guerra Civil” que se instalou na AEW?


E assim termina mais uma edição dos "Lucas Headquarters"! Não se esqueçam de passar pela página do WN, deixem as vossas opiniões nos comentários e, se tudo correr bem, para a semana cá estarei com mais um artigo!


Peace and love, e até ao meu regresso!



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