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Análise e Pensamentos do WWE RAW - Peças desconexas


A WWE voltou a apresentar os especial Slammy Awards na noite de ontem, em um Monday Night Raw em direto da USA Network. Nas próximas linhas, revemos tudo o que se incidiu no show de segundas-feiras da WWE.

A produção realmente esteve ao alto nível para construir um show também grandioso como o Slammy Awards. Tudo esteve perfeito na entrega dos premios com video packages de qualidade, apresentadores e regressos que acabaram por entreter e sucumbir com a parte cansativa dos galardões. Entretanto, como resultado final, o show deixa muito a desejar.

Vendo o programa ao vivo, me deparei com o horário e notei que uma hora se tinha passado sem que absolutamente nada tivesse ocorrido. Este sentimento me surge pelo simples fato de que, exceptuando a parte dos oscars do wrestling, o Monday Night Raw volta a falhar e isto é preocupante. Preocupa o fato de se terem passado cinco meses desde o produto de três horas e que tenhamos tido somente cinco ou menos shows de qualidade.

Vejam bem que não estou a criticar o show de ontem, que como disse foi de alto nível, mas que pareceu focar somente no entreter que a WWE tanto afilia-se com. Foi quase como se estivesse a encher chouriços durante horas, com gente que já nem sabe-se que existe na WWE, como Brodus Clay e The Great Khali.

Isto sem falar em Ric Flair.

O Nature Boy. Possivelmente o maior de todos os tempos. Hall of famer por duas vezes e dezesseis vezes campeão mundial. Quem diria que seria a esperança da WWE para capitalizar em ratings.

Sim, porque de toda a quase meia hora em que este apresentou-se no programa, notou-se claramente que, em três blocos do show, a WWE esteve a tentar arrancar um desesperado draw da lenda que firmou seu nome ao derrotar Buddy Rogers. Penso que o papel de Flair estaria bem cumprido após o segmento com CM Punk.

Ric regressou para apresentar a categoria superstar of the year, que já dizia os filósofos prova que a unanimidade é burra. Eu já disse que John Cena é o melhor para o professional wrestling e em situações como estas é que se prova. O sujeito vence um trófeu por ser o melhor em um ano sendo que perdeu em praticamente tudo o que competiu. A isto chama-se talento.

John Cena vem receber o prêmio sobre muitas vaias e abraça Ric Flair. Neste momento eu penso na vergonha de Flair a pensar: "E se este tipo tivesse que combater Ricky Steamboat por uma hora?". Cena faz papel de bom moço ao entregar o Slammy e logo saiu para os balneários. Soa a música de CM Punk.

Neste momento me arrepio. Arrepio por pensar no que seria um confronto verbal CM Punk vs. Ric Flair. Dois grandes nomes. Duas lendas. Punk esteve como excelente ator ao interpretar um papel irado como perdedor do Slammy e conseguiu um heat que há muito não se via para si. Flair poderia ainda ter sido mais intenso.

Os dois no ringue já deram o indício de cheap draw. Entretanto, como programa familiar fica bem e entendo o motivo de ter ocorrido. Flair põe o figure four leg lock em Paul Heyman e faz o vilão pagar. Estaria bom. Ric faz seu regresso, deixa o público feliz e se vai.

Mas não.

A WWE precisa pensar no futuro e com isto coloca sua principal stable a bater numa lenda. Algo que não é original. Isto explica-se com a frase do próprio Flair: "to be the man you have to beat the man". Assim se faz um nome. Assim Flair fez seu nome. Em si, a brawl foi de alto nível e apesar de alongar por demais a participação de Ric, vale-se pela qualidade. Cabe a nós esperar o que vem a seguir para o Naitch.

Já estou a ver tna fan boys a dizer que foi cópia da WWE porque na TNA os aces atacaram a Sting. No wrestling nada se cria...

E assim começamos um programa com um combate fraco e sem sentido entre Rey Mysterio e Damien Sandow. Não entendo o porquê de haver sequer um opener se fosse para ser curto desta forma. Por falar em sentido, me lembro de citar o regresso de The Boogeyman, que serviu para nada. Em geral na WWE, Boogeyman sempre desempenhou este papel: não fazer nada.

Os fãs deram mais uma prova de estupidez ao votar em Kofi Kingston como momento mais chocante do ano. Eu me pergunto se isto chocou mais do que Daniel Bryan a perder em 18 segundos.

É bom ver os New Age Outlaws. Chega a dar uma depressão de ver no que a WWE virou-se em termos de tag teams.

A feud entre Wade Barrett vs. Kofi Kingston poderia dar um bom combate no undercard do Royal Rumble. Eu me preocupo com o fraco undercard da Rumble em anos atrás, comparado com por exemplo a edição de 2008. Acho que o PPV de janeiro tem de focar-se bem nos combates secundários, já que o main event quase sempre é de qualidade. Wade Barrett é um excelente lutador e acho que 2013 não vai lhe passar batido sem um título mundial.

A AJ beijou o Dolph Ziggler. Era interessante fazer um sistema de salivas nas bocas da WWE em ocorrencia dos ataques de AJ. Vamos lá: de acordo com meus cálculos, AJ beijou John Cena, CM Punk, Kane, Daniel Bryan e Dolph Ziggler. Isto quer dizer, partindo do ponto que a saliva mantem-se por seis meses, que John Cena beijou Kane e que Kane beijou Nikki Bella e que esta beijou AJ que por sua vez também beijou Brie Bella. Assim segue-se.

Não me perguntem o porquê de ter redigido o parágrafo acima.

Eu confesso que tinha boas esperanças para Tensai e ainda mantenho-me achando que ele é um perfeito monstro heel se bem trabalhado. Estas personagens precisam primeiro de, contudo, seriedade e este é o ponto. Big Show não se tornou num main eventer em agosto pois não foi levado a sério. Quando regressou foi diferente. Tensai tem um estilo de ringue que difere-se de outros grandes lutadores, usando de golpes mais brutos com um quê de stiffness. Eu gosto disto e é perfeito para feuds com gente como Sheamus. Seria um bom início de Tensai na WWE rivalizar com o Great White.

Sheamus novamente esteve muito bem no RAW. Sou cada vez mais fã dele. A sua apresentação do newcomer of the year foi brilhante assim como o segmento com Big Show. O Celtic Warrior poderia, se fosse americano, ser a cara da WWE facilmente. E não estou a ser preconceituoso pelo fato de ser irlandes, longe disto.

Agradeço pelo fato do cash-in de Dolph Ziggler não ter ocorrido. Sou dos mais fiéis de que o Show Off deve evoluir totalmente antes de gastar sua oportunidade. Ele está no caminho certo mas é preferivel ter um nivel ainda mais elevado do que custar a sua carreira com prematuridades como a que vitimou Jack Swagger. O tempo da maleta ser cobrada deve ser na Wrestlemania ou após esta.

Além disto, Big Show é excelente campeão mundial e não deve perder o título agora que está a engrenar. A feud Sheamus vs. Big Show tem chances de ser das melhores em anos se continuar e manter o nível em ringue, por isso dou total fé para seguirem com isto.

A cadeira de Big Show é assustadoramente grande.

John Cena ter custado o World Heavyweight Championship à Ziggler mostra o que hustle, loyalty e respect significa.

Alberto del Rio e The Miz como faces são, no mínimo, estranhos. No caso de Del Rio, é realmente esperar para ver no que resulta, apesar de que com Rodriguez não tende a dar certo, sendo mais do que irritante no anúncio de ringue.

Tommy Dreamer para o hall of fame!

Ryback falou uma frase no seu discurso de Slammy e é candidato a promo do ano. Também cito que gostei do seu combate com Antonio Cesaro. Mantenho-me ainda mais fã do suíço pois quando dá-se uma luta boa com Ryback, se tem talento. O Big Hungry é fraco em ringue com lutadores deste tipo, mas não se enganem, Ryback é futuro campeão mundial e main eventer estabelecido. O tipo é muito bom.

Eu queria vir aqui criticar Triple H vs. The Undertaker como combate do ano mas penso que sou o único. Somente eu que acredito que The Rock vs. John Cena foi o combate do ano?

Gosto do fato de Undertaker continuar na WWE. Ele ainda não se arrasta em ringue e com a idade e tudo o que fez em sua carreira, merece ter a legião de fãs que tem e ser considerado num top5 dos melhores de sempre. Não só pela gimmick, como muitos pintam. Assim como Triple H é bom não só por comer Stephanie. Ambos excelentes apesar destas mentiras que o wrestling tenta contar!

O main event foi o que foi. Eu não acredito que alguém na WWE pense que AJ e Vickie Guerrero em ringue é algo bom. A menos que quem tenha bookado isto tenha sido o R-Truth depois de usar maconha.

Mesmo assim, o mal é menor pois Ziggler e Cena foram quem estiveram mais tempo em ringue. Quanto a estreia de Big E. Langston, isto não me diz absolutamente nada. Ele não foi intenso e pareceu muito soft. Sinceramente não gostei. Como heel, lhe tiram a única coisa boa de seu carisma que eram os canticos de cinco.

Devo dizer que aposto em Langston como segurança de Ziggler, pois não faz sentido o Mr. MITB estar em ringue no fim do show. Para além, o ataque de Cena em Ziggler mais cedo prova que a feud dos dois é para seguir então Big E. deve ser inserido à mistura.

Ron Simmons deveria estar em um Raw a cada bimestre.

DAMN!

Fico feliz por Vince McMahon não ter aparecido.

Quando é que irão transmitir a abertura do RAW novamente?

Acabei de receber uma informação que é spoiler: John Cena será superstar of the year de 2013.

Classificação: B-
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