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O Wrestling em Revista (XLI) | Parte 1


Nesta edição, faz-se o rescaldo do Extreme Rules, fala-se sobre o reinado (?) de Christian, das melhores e mais revolucionárias tag teams da indústria, de uma mudança de formato do Superstars, entre outros temas....


Respostas aos comentários dos leitores


PLLAnonimo (PLL): O que você achou do facto de Christian ter perdido o titulo tão rápido para o Randy Orton? Será que Christian se tornará heel?

Se fosse para o Christian ganhar o título, que ele merece, e perder o título três dias depois, seria melhor NEM TER GANHO O TITULO DO QUE PERDE-LO DESSA MANEIRA. Você concorda que Christian deveria ter ficado com o título pelo menos até o próximo PPV do que ele ter perdido tão rápido?

Eu adoro o Christian, para mim foi das melhores alegrias que tive desde há alguns meses para cá no pro wrestling vê-lo como campeão mundial e senti-me frustrado por dois dias depois saber que ele já não era campeão.

No entanto percebo a WWE, percebo que era suposto Del Rio ser campeão mas ele mudou-se para a Raw, então a única forma do título ficar na Smackdown seria com a vitória de Christian, e convenhamos, apesar das suas qualidades mais que reconhecidas no ringue e no microfone, ele não tem o “it factor” e já tem 37 anos, é difícil apostar-se em alguém com essa idade numa altura em que se procura formar novas estrelas. E depois, foi tudo feito de um modo inteligente, com os fãs a escolherem quem iria enfrentar o canadiano pelo título, ainda que fosse uma escolhe mais que obrigatória já que as outras opções seriam Mark Henry e The Great Khali, o público foi bem explícito, eles quiseram Randy Orton. No próprio combate, havia dois “faces” e o público esteve sempre ao lado de Randy, portanto, foram os fãs que vão aos espectáculos, os que pagam bilhetes que decidiram, e ainda que crianças, são eles que estavam em maioria, não estivessem… Ou seja, aquele público foi feliz para casa.

Christian nunca foi dos tipos mais populares da indústria, ainda há umas semanas ele era apenas o melhor amigo de Edge, era assim que o público o via, com 37 anos não seria uma grande aposta a longo-prazo e tendo em conta que o “Rated-R Superstar” se retirou e que a maior estrela da “brand” é Randy Orton, foi uma aposta de “marketing”. Pode não cair bem em toda a gente, mas a verdade é que se não houver audiências, pode haver a possibilidade da Smackdown voltar a ter uma hora de duração, e ninguém quer isso pois não?

No entanto, sou um grande fã de Christian, gostava que tivesse mais alguns meses como campeão, porque isso significa tempo de antena no micro, isso significa combates longos, e com o “Captain Charisma” como portador do cinto, isso significaria espectáculo de qualidade e refrescante garantido. Talvez um reinado até ao Over The Limit já seria satisfatório, e se calhar poderia livrar Orton da “Síndrome de Cena”, que é ter imensos fãs contra ele por ganhar (quase) sempre.

Se vai fazer “heel turn”? Penso que para já não! Na Smackdown há Wade Barrett, Mark Henry, Sheamus e Cody Rhodes como os maiores “heels”, penso que não faz sentido fazer o “turn” a Christian quando só há Randy Orton, e vá, Sin Cara, como maiores “faces”, e já se sabe que o mexicano ainda não está estabelecido.


H-Raki (WN): Porque é que a WWE não completa o card do PPV antes deste adicionando quase sempre combates de última hora? Será que não tinham mais a ganhar se os fãs do Kofi e do Sheamus (por exemplo) soubessem com antecedência que eles iam participar?

Nolasco (WN): Pensas que faz sentido a WWE anunciar certos combates na semana antes do PPV ou até mesmo no próprio PPV, ao invés do que faz com os main-events e combates principais?

Eu penso que faz sentido sim! Os combates principais são aqueles que na esmagadora maioria das vezes vendem, são os que fazem os fãs comprar o bilhete, o PPV e posteriormente o DVD, são igualmente os que têm de ter mais “hype”, mais ansiedade por parte do público para que eles ocorram, e acabam por ser aqueles que os “bookers” mais ou menos planeiam com antecedência.
A adição dos outros combates apenas uns dois ou cinco dias antes, ou mesmo durante o próprio PPV, contribui para um certo factor surpresa que há que ser criado, e porque girando tudo à volta dos grandes combates, os secundários são isso mesmo, secundários, acontecem se há espaço no “card” e acontecem para ocupar espaço, encher chouriço.

No entanto, o Extreme Rules até tem uma certa desculpa, foi seis dias após o Draft, o Kofi Kingston vs. Sheamus não fazia muito sentido ser anunciado com maior antecedência.


Anónimo (WN): Para ti quem é a melhor Tag Team de sempre em termos gerais (gimmicks, combinações, etc). E quem é a melhor Tag Team actual no wrestling em termos gerais?

Para ti a tag team que revolucionou a secção de Tag Team no wrestling?

Bem, em primeiro lugar, julgo não ter conhecimentos suficientes para responder a questões que envolvam o “sempre”.

No entanto, para revolucionar uma divisão ou uma indústria é mais necessário que uma equipa, é como para dançar o fandango, são precisos dois, e tal como Hulk Hogan foi o que foi também às custas de Andre The Giant ter saltado para o “Body-Slam”, na divisão de equipas com certeza aconteceu algo do género.

Poderia falar nos The Rockers como a equipa que revolucionou a divisão, já que foram uma inspiração para muitos, entre os quais os Hardys, que por sua vez trouxeram algo inovador e que inspirou também muitas das equipas actuais, e melhor, são também umas das principais razões para a presença assíduas de combates de escadote em tudo o que é companhia, no entanto, os meus conhecimentos são limitados.

No que concerne às melhores equipas de sempre, considerem o meu sempre como “de há uns anos para cá”, e aí posso falar dos Hardys, Dudleys, Beer Money, MCMG, WGTT e London e Kendrick, sendo que sempre tive uma paixão pelos Machine Guns e pelos Beer Money, coloco-os como as melhores da actualidade.


Bmptomas (WN): Cada vez é mais comentada a possibilidade da WWE comprar a TNA desde que o "famoso" accionista fez a pergunta ao Vince. Imaginando que a WWE compra mesmo a TNA o que achas que acontece a esta: desaparece como aconteceu a WCW e os lutadores desta entram na Raw e na SmackDown através de um draft; a WWE gere a TNA como uma marca totalmente à parte; a TNA torna-se uma brand da WWE tal como se tornou a ECW ou outra possibilidade não mencionada?

Se a WWE comprar mesmo a TNA achas que o ROH tem capacidade de se tornar a segunda grande empresa de wrestling ou irá no empurrão da TNA e também será comprada pela WWE (como foi quando a WWE comprou WCW e a ECW)

Bem, eu não acredito mesmo nada que o Vince compre a TNA, acho que não é muito viável.

Depois, a maioria dos lutadores da TNA não tem contrato a prazo com a promotora, mas sim por aparição, e portanto, a esmagadora maioria deles ía à vida, ficando apenas os que têm contrato com a Spike TV, que até deverão ser as maiores estrelas da companhia, os economicamente menos acessíveis de pagar ao fim de um mês. E desses que têm contrato com a Spike, acredito que alguns fossem para o “roster” principal, mas outros também não me admiraria nada que se pusessem a andar.

Sobre a ROH, provavelmente seria a segunda grande empresa, no entanto, a TNA hoje também é a segunda, e haverá sempre uma segunda, a grande questão é: Seriam essas todas empresas capazes de lutar com a primeira?


Edge2000 (PLL): O que você acha de que a WWE transformasse o Superstars numa brand para jobbers mas não só com dark matches e que tivesse “storyline”?

PLLAnonimo (PLL): Você formaria outra brand? Você acha que um dos dois programas novos que a WWE vai criar será como brand ou algo como o WWE Superstars?

Hmm… penso que não será outra brand! Já há cinco programas semanais, nunca a WWE teve tantos, e um dos grandes problemas do “business” na actualidade é mesmo esse: O que é demais também não presta!

A WWE já não é uma companhia de wrestling, é uma companhia de entretenimento, e creio que esses dois programas não terão muito a ver com wrestling, ou então, será uma espécie de visitas ao passado ou documentários sobre lutadores, um pouco há imagem de DVD’s e do Vintage Collection.


Bmptomas (WN): Porque é que a WWE decidiu fazer uma feud entre Jerry Lawler e Micael Cole? Qual foi a verdadeira razão?

PLLAnonimo (PLL): Acha que a feud entre Cole e Lawler vai terminar no Over the Limit ou ainda mais para a frente?

Bem, penso que a WWE decidiu formalizar esta “feud” quando percebeu que Michael Cole estava com muito “heat”, e que isso deveria ser aproveitado de alguma forma que fosse para além da mesa de comentários, e para tal “feud” se tornar útil no futuro e beneficiar alguém, puseram Jack Swagger pelo meio.

Creio que a “feud” entre os dois terminará brevemente, não sei no Over The Limit, ou se numa Raw, já que os fãs de uma forma geral estão desagrados por esta estar-se a arrastar.


H-Raki (WN): Achas que o facto de agora haver muita gente a torcer pelos heel's (não só na CWO como nos show's) se deve ao facto da audiência desejar uma WWE mais virada para a Attitude Era (sendo que o heel encarna tudo o que é incorrecto)?

PLLAnonimo (PLL): O que você gosta (e não gosta) dos wrestlers que são faces? E dos Heels?

Bem, a verdade é que os “heels” têm mais liberdade e isso muitas das vezes solta muitos lutadores, parece que os motiva, saem boas “promos”, atitudes odiosas mas que ao mesmo tempo são divertidas, e daí muitas vezes “Heel = Fixe”.

Por haver esse reconhecimento, e sendo que na actualidade muitos dos “heels” acima de tudo, em vez de se preocuparem em obter “heat”, preocupam-se em ser fixes e agradar aos “smart marks”, faz com que um grupo de fãs os apoie, ainda que isso prejudique um pouco o espectáculo.
No entanto, pus-me na pele de fã, e por exemplo, no mês passado, fui ver o Cougar vs. Pégaso, o último show do WP, e sendo o Sena o meu lutador preferido do WP, só para contribuir para o espectáculo gritava pelo Cougar, no entanto, estava a “sofrer” pelo seu adversário, ou seja, é estranho. Basicamente é como estares a torcer por uma equipa de futebol e quando ela falha um penalty suspiras de alívio no meio do estádio.

O que gosto e não gosto dos “faces” e dos “heels? Bem, essa pergunta é relativa e difere de lutador para lutador. O que não gosto de alguns “faces” é o facto de serem dominados durante grande parte do combate e depois viram super homens e têm o “comeback” do costume, algo que vejo muito em Cena, no entanto, isso resulta com a maioria do público. Falando no “costume”, isso é algo que também não gosto em alguns “faces” que fazem sempre os mesmos combates, a mesma sequência de manobras, sempre nas mesmas fases. Também não gosto de lutadores que não puxem pelo público, algo que acho fundamental, e por exemplo, o Christian é um lutador que puxa pelos fãs, os Hardys também o eram.

Já nos “heels”, gosto da liberdade que têm, sendo que muitos wrestlers se sentem totalmente confortáveis nessa posição, o CM Punk é um exemplo, no entanto, essa mesma liberdade, como disse acima, pode resultar a que sejam chamados de “cool heels” ao invés de se esforçarem para obter “heat”.

Gosto do “heel” que está sempre a reclamar com os fãs e não gosto de quem o faz, Chris Jericho fazia isso, e embora nestes últimos tempos não fosse um “cool heel”, era bastante eficaz na obtenção de “heat”.


Bmptomas (WN): CM Punk, Dolph Ziggler ou The Miz qual destes ficaria melhor com um face turn?

Carlos (PLL): Você acha que CM Punk deveria voltar a ser face?

Bem, penso que talvez a CM Punk, embora ele seja melhor como “heel”. Creio que ele pode muito bem ser uma espécie de “tweener”, acho que ele é um tipo indicado para ter como face no “upper mid-card/main-event” e fazer algumas coisas com piada. Ele é extremamente bom em “owns”, ele foi muito engraçado e divertido como comentador, ele dança e canta nos “house shows”, e actualmente é mesmo dos “heels” mais aclamados do público.

O Dolph Ziggler é muito bom como “ring general” e acho que é preciso um “heel” na posição em que ele está que saiba conduzir muito bem os combates, e quanto ao The Miz, não duvido que daqui a uns anos será “face” e a grande cara da companhia, mas para já, e porque duvido daquilo que poderá trazer em termos de microfone, ainda não é uma mudança viável.

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Rescaldo Extreme Rules

Randy Orton vs. CM Punk: Bom combate de abertura, que fechou com esta “feud” que já durava desde o Royal Rumble. Em certas alturas, ambos se lixaram para a estipulação e levantavam o adversário para o castigar mais, mas vou entender isso como uma vontade de castigar mais o oponente, e não dar-lhe tanto espaço e tempo para recuperar, já que era previsível que se ia levantar. Foi um combate com “spots” em crescendo e com um bom fio condutor.
Nota: 7,5/10

Sheamus vs. Kofi Kingston: Pessoalmente não gosto muito da estipulação de Tables Match, porque é um combate em que o vencedor fica fortalecido e muitas vezes é uma questão de sorte levar a contenda por vencida, e depois, porque acontecem coisas que não fazem muito sentido e não acontece muita da coisa que um fã quer de um combate de wrestling.

Sheamus arrumou uma mesa debaixo do ringue para ir buscar outra que estava noutro lado, e mais tarde foi buscar a mesma mesa de novo, penso que não faz muito sentido.

Outra coisa que não creio que tenha feito muito sentido foi Kofi ter revelado imensa energia e presença de espírito depois de ter levado um “Brogue Kick” (“finisher” supostamente letal de Sheamus) ao saltar sobre a mesa.
Nota: 5/10

Michael Cole/Jack Swagger vs. Jerry Lawler/Jim Ross: Muita palhaçada, alguma história e pouquíssima técnica neste… combate. Pouco há a dizer, fiquei com pena de não ser Jack Swagger a brilhar, de não ser visto como o homem mais fresco, jovem e dominante mas sim como mais um homem envolvido na palhaçada. Provavelmente a “feud” conhecerá mais um capítulo, o final espero eu.
Nota: 3/10

Rey Mysterio vs. Cody Rhodes: Combate que acima de tudo contou uma história, a de dois homens que se queriam destruir um ao outro. Penso que isso foi conseguido, embora eu penso que sem história envolvida eles poderiam mostrar um combate mais entusiasmante. Ainda assim foi bem conseguido, com a vitória esperada de Mysterio.
Nota: 5,5/10

Layla vs. Michelle McCool: Combate feminino acima da média na WWE, ainda que eu odeie combates em que ambos os envolvidos aplicam os seus principais movimentos um no outro, e depois acaba em “roll up” ou um “pin” rápido do género.

Destaque também para a estreia de Kharma, que para mim aconteceu no momento perfeito, num PPV.
Nota: 3/10

Christian vs. Alberto Del Rio: Excelente combate de escadote, sem ser muito “spotty”, no entanto com entusiasmo e com os lutadores a preocuparem-se a dar sentido ao mesmo, não caindo na asneira de fazerem coisas só porque sim. Aliás, com Christian já se sabe como é, e o próprio Del Rio já se vai dando a conhecer como lutador que faz coisas com sentido.

Foi bastante emotivo, havendo várias ocasiões em que julguei mesmo que iria terminar, e quando assim é, só há bem a dizer. Finalmente Christian é campeão, bem que pode ser um “transitional champion” como aquilo que eu desejo, um grande campeão, com grandes “promos” e combates!
Nota: 8/10

Lumberjack Tag Team Match: Habitual “popcorn match” que aproveitei logo para ir comer uma sandes de presunto. Aliás, posso falar antes dessa sandes do que do combate? É que preferia ter ficado a lamber os dedos do que a tê-lo visto.
Nota: 1,5/10

The Miz vs. John Cena vs. John Morrison: Combate muito entretido mas onde houve coisas que não fizeram muito sentido, aliás, natural de um Triple Threat Steel Cage, em que nos parecia que os lutadores a dado momento podiam saltar para fora e não o fizeram. E não me venham com a treta de que ele estava a procurar uma posição melhor para saltar porque ser Campeão da WWE é um sonho, e para isso, não se podem desperdiçar oportunidades, sobretudo o Morrison que aplicou um “Starship Pain” lá de cima para o ringue e não saltou lá para fora em algumas ocasiões. Achei exagerado os “slughfests” do topo da jaula, houve uns quatro ou cinco creio eu!

Nota: 7,5/10

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Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!

Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate.

**AVISO**

Devido ao tamanho excessivo que os meus artigos estavam a ter, decidi pôr neste post as perguntas que considerei mais interessantes/menos batidas e deixo aqui um link onde estão as restantes: http://wrestlingnoticias.blogspot.com/2010/05/extra-o-wrestling-em-revista-xli.html

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