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Benoit por Chris Jericho - Parte III


No mais recente livro de Chris Jericho, Undisputed How to Become World Champion in 1372 Easy Steps, um dos capítulos mais fortes e mais intensos é o capitulo intitulado de Benoit. Neste capítulo, Chris Jericho aborda a sua relação com Chris Benoit, descreve este ultimo e dá a sua opinião acerca da tragédia que envolveu o seu mentor. Durante as próximas semanas iremos apresentar aqui a tradução deste capítulo, espero que gostem e quem sabe os ajude a fomentar a vossa opinião cerca do caso....

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Por mais estranho que ele pudesse ser, ele continuava a ser a pessoa em quem eu mais confiava no negĂłcio e alguns meses depois de assistir ao Michaels vs Cena na RAW, mandei lhe uma mensagem a perguntar lhe qual a sua opiniĂŁo sobre um eventual regresso.

Ele respondeu “Este negĂłcio precisa desesperadamente de ti, os fĂŁs precisam desesperadamente de ti, eu preciso desesperadamente de ti. Eu acho que deves voltar”.

Eu disse lhe que o tempo em que estive fora tinha sido bom, mas que ao mesmo tempo estava pronto para regressar.

Ele respondeu de imediato “estou ansioso para te ajudar a por em forma para o teu regresso”

Alguns dias depois recebi outra mensagem do Chris que dizia o seguinte “Hey Chris, já faz um bom tempo. SĂł quis dar te um olá. Liga me quando puderes”. Eu perguntei lhe quando Ă© que poderia ligar lhe visto que ele estava sempre ocupado e ele respondeu “Haha! Como tu me conheces bem. Ora o Daniel vai para a cama Ă s oito por isso liga-me a qualquer hora depois dessa”.

Eu liguei lhe todas as noites Ă s 20h30 durante uma semana e ele nĂŁo atendia. Tentei mais algumas vezes atĂ© que ele ligou me finalmente sexta á noite. Eu estava a brincar com o Ash por isso nĂŁo deu para atender. Ele deixara-me uma mensagem a dizer “Hey Chris, estou mesmo a precisar de falar contigo. Espero que esteja tudo de bom. Liga me outra vez. Adeus”

Em retrospectiva eu queria mesmo saber de que Ă© que ele queria falar.

Nessa noite decidi ver o DVD do Brian Pillman que a WWE tinha acabado de lançar. O Chris conhecia muito bem o Brian e quando o acabei de ver mandei esta mensagem ao Chris, “Olha, acabei de assistir ao DVD do Brian Pillman. É tĂŁo triste como muitos de nĂłs partem tĂŁo cedo. É tĂŁo triste. Eu ligo te amanhĂŁ. Ele nĂŁo respondeu.

No Sábado, convidaram para uma secção de autĂłgrafos num pequeno show independente em Evansville, Indiana. Quando cheguei, liguei para o Chris e nĂŁo obtive resposta. Curiosamente, algumas horas depois vi nas notĂ­cias que Biif Wellington tinha falecido. O Chris conhecia o Biff muito bem da Stampede Wrestling onde ambos tinham começado e como tal pensei que ele quisesse saber as notĂ­cias. Mandei entĂŁo outra mensagem ao Chris: “NĂŁo sei se sabes, mas o Biff Wellington morreu hoje”. Mais uma vez ele nĂŁo disse nada.

Sábado estive em mais uma secção de autógrafos num ringue minúsculo num pavilhão de hóquei em patins em Martinsburg, West Virginia e estava envergonhado por lá estar. Fiquei ainda pior quando vi Bobby Eaton, um dos grandes lutadores da década de 80 que agora lutava em shows fraquinhos como este. Era uma vida honesta e não tinha nada de mal nela, mas a diferença é que ele não tinha outras opções, mas eu tinha. Eu estava preparado para voltar para a WWE e assinar fotos num ringue de patinagem não era propriamente o melhor sítio para estar.

Mesmo assim foi bom voltar a ver o Bobby e tivemos uma grande conversa. Volta e meia eu perguntei lhe se ele tinha falado com Benoit e ele disse me que já não o fazia á algum tempo. Quando Bobby estava a entrar no ringue pensei mandar uma mensagem ao Chris a dizer que tinha visto o Bobby mas decidi não o fazer, era muito auto-consciente deixa-lo saber o que estava a fazer.

Chris não se teria preocupado, mas eu senti me desapontado por ter descido tão baixo. Apesar de não o ver á tanto tempo ele continuava a exercer uma grande influência sobre mim. Eu não queria que ele se sentisse mal por tê-lo desiludido
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