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Lucas Headquarters #25 – À grande e à portuguesa

 



Ora então boas tardes, comadres, compadres, duendes e renas do Pai Natal! Tudo em cima? Bem-vindos sejam a mais uma edição do “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias! 

Eh lá, 25 edições já? Quem é que havia de dizer que a malta ia prestar atenção a tanta parvoíce que um simplório alentejano escreve por aqui… Desde já o meu muito obrigado a todos vocês que cansam a vossa beleza a ler isto todas as semanas, porque realmente é preciso ter uns tomates do caraças para o fazer.

Ora bem, viemos de uma semana exaustivamente desgraçada, mas também incrivelmente patriótica. Morreu a Sara Carreira (ninguém merece morrer com a minha idade, paz à sua alma) e todos fomos chamados imediatamente a enaltecer as virtudes da família Carreira. A julgar pelo meu gosto musical, deve ter sido a única vez na vida que o fiz…

Mas enfim, seguindo a senda patriótica e enaltecedora da cultura portuguesa dos últimos dias, venho aqui apresentar-vos uma sequela do artigo de há duas semanas, onde falei um pouco sobre a estreia da Killer Kelly no IMPACT! e sobre as ilações que podemos tirar daí. Só que desta vez vou trazer ao barulho mais uma wrestler portuguesa que tem dado cartas na AEW.

Falo-vos de Alexandra Barrulas, mais conhecida por Shanna!


Quem acompanha o nosso blog deve certamente lembrar-se da entrevista que um senhor bem conhecido desta casa (José Pedro Barbosa, para quem mando desde já um grande abraço) conduziu com a Shanna no podcast Wrestling e Vinho Tinto que durante muito tempo foi uma das grandes marcas do WN (podcast esse que também tinha como host o Carlos Reis, para quem novamente mando um grande abraço). 

Se não viram, eu vou deixar a entrevista no fim do podcast para que vocês possam ouvir, vale bastante a pena.

Ora bem, e falo-vos de Killer Kelly e Shanna porquê? Como é do conhecimento geral, a All Elite Wrestling fechou uma parceria com a IMPACT.

E como também é do conhecimento geral, temos duas wrestlers cá da Tuga a representar o nosso lindo país dos dois lados da barricada: Killer Kelly pela IMPACT, e Shanna pela AEW.

Ora isto possibilita uma coisa que não se vê todos os dias no wrestling: Um combate entre duas wrestlers portuguesas.


Dito isto, o que procuro na edição de hoje é fazer uma espécie de fantasy booking (de uma forma muito geral, para que vocês não acabem de ler isto só quando chegar a vacina do COVID) de um possível combate entre Killer Kelly e Shanna.

Tendo em conta o talento que Raquel Lourenço e Alexandra Barrulas possuem, diria que um possível showdown à grande e à portuguesa não se ficará só por um assalto (e ainda bem). Acho que, para que possa haver igualdade de oportunidades (e com igualdade de oportunidades digo possibilidade de ambas as wrestlers vencerem) têm que haver dois combates.

O primeiro combate, imaginemos, à medida da Kelly. E aqui confesso que gostava de ver um No Holds Barred fantasy booking, não me julguem por quase as querer matar!), talvez porque o estilo que carateriza a Kelly enquanto wrestler é um estilo mais agressivo, mais brutal, de puxar o adversário até ao limite fisicamente). 


E não só este combate acabaria por favorecer Killer Kelly, mas também nos dá a oportunidade de ver o que é que ambas podem fazer num ambiente onde estão autorizadas a jogar com a imaginação, sobretudo quando não estamos habituados a vê-las lutar num combate com esta estipulação. Mas para isso teríamos que ter um combate longo, com vários false finishes e spots de qualidade, e para isso seria engraçado guardá-lo para um PPV do que para um show semanal.

Sendo que o estilo da Kelly é mais brutal e estamos a especular um No Holds Barred, seria fixe vermos Shanna como a babyface desta história. Senão pensem bem: Vocês quando veêm a Kelly toda séria, de protetor bucal colocado e a fletir as pernas, não pensam logo “caramba, esta gaja dava uma excelente heel!”? E para além do mais, quem é que não gosta de ver as melhores wrestlers femininas do tugão a dar cabo uma da outra?


O segundo combate, claro, seria mais à medida da Shanna, e para isso talvez optássemos por um combate normal, também num PPV. 

Seria um combate um pouco menos brutal, mas seria fixe se conseguíssemos manter o suspense, os false finishes e os spots de qualidade. Não obstante, podíamos manter a Shanna como babyface e a Kelly como heel, mas saindo a Kelly em vantagem do anterior combate, teriam de ser criadas as condições para a Shanna ganhar, de forma a igualar o score entre ambas.

E agora perguntam-se vocês “Alex, mas quem é que fica a ganhar com isto tudo?”.

E eu respondo que foi por isso que lancei a ideia de um No Holds Barred e combates com suspense e false finishes, porque combates assim têm mais hipóteses de cair no goto dos fãs. E se assim acontecer, fica a ganhar toda a gente: Shanna e Killer Kelly a nível individual, e o wrestling nacional a nível coletivo. 

Se Shanna e Killer Kelly, enfrentando-se entre si ou não, fizerem boas prestações nas suas empresas, darão mais razões aos donos das grandes empresas para olhar para o mercado de wrestling português como um mercado a ter em conta.

E para fechar, fiquem com a entrevista do José Pedro Barbosa à Shanna no podcast Wrestling e Vinho Tinto! Oiçam até ao fim, vale bastante a pena!




E nós cá nos encontraremos na semana que vem para mais um artigo! Peace and love, senhoras e senhores!


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