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Undisputed Article #6 - Dual Branded Pay-Per-Views


Olá, sejam bem-vindos à sexta edição do “Undisputed Article”, onde são abordadas diversas situações no mundo do Wrestling mundial. Nesta edição queria abordar um tema que já foi um tema de debate mais intenso, mas que a mim me deixa de pé atrás: Dual Branded Pay-Per-Views.

O que significa isto de “Dual Branded Pay-per-views”? É um conceito simples que a WWE implementou este ano logo a seguir à WrestleMania, em que nos pay-per-views iriam passar a contar com wrestlers das duas brands, tanto da RAW, como da SmackDown Live, ao contrário do que se tinha vindo a passar nos últimos 2 anos, em que cada brand tinha pay-per-views (PPV) próprios e que apenas se juntavam para eventos especiais, normalmente nos “Big 4”, a saber, a Royal Rumble, a WrestleMania, o Summer Slam e o Survivor Series.

Este conceito de que cada brand tinha o seu PPV foi implementado em 2016 aquando da “Brand Extension”, em que se cimentou claramente que a RAW e a SmackDown Live iriam ter, não só planteis distintos, como também produtos completamente diferentes e separados, que apenas se juntariam em ocasiões especiais.


Não era uma ideia recente, visto que em 2002 a WWE tinha implementado uma “Brand Split” em tudo semelhante à que iria ocorrer em 2016, e em 2003 iniciou-se uma nova era no que diz respeito aos PPVs, visto que nesse ano o “Badd Blood” apenas teve wrestlers que faziam aparições na RAW, dando origem aos primeiros “Single Branded PPVs”, que durou até à WreslteMania 23, em 2007.

Em 2016, a WWE voltou a reintroduzir este conceito, com o primeiro “Single Branded PPVs” desta nova era com o “Backlash”, que era um evento exclusivo da SmackDown Live, em que até o título da WWE mudou de mãos, com Dean Ambrose a perder o título para AJ Styles.

No entanto, este conceito começou a perder força ao longo dos tempos, tendo sido abandonado ao fim de menos de 2 anos, em abril de 2018. Curiosamente, o primeiro “Dual Branded PPV” sem fazer parte dos “Big 4” foi também o “Backlash”, cujo Main Event foi um combate entre Roman Reigns e Samoa Joe, um wreslter da RAW e um da SmackDown Live. Evento que recebeu em si muito “Backlash” do público, pun absolutely intended.


Esta decisão foi tomada por um simples motivo: o calendário de PPVs estava a ficar extremamente cheio, com demasiados eventos muito próximos uns dos outros, e estava a ficar complicado para a WWE conseguir apresentar conteúdo apelativo para os fãs conseguirem acompanhar. No entanto, apesar de deixarem de fazer PPVs curtos em que se podiam concentrar em histórias concisas e simples, a WWE preferiu seguir outro caminho.

Esse caminho é bastante sinuoso, porque a WWE nunca teve tanto conteúdo disponível como agora. Isto por várias ordens de razão. Primeiro, sendo “Dual Branded”, os PPVs tiveram de aumentar a sua duração, para poder conter wrestlers das duas marcas. Ou seja, passou de 3 horas para 4.

Segundo, a WWE não reduziu assim tanto os shows produzidos para a WWE Network, porque tem realizado shows extra no estrangeiro. Só este ano, já vão no terceiro, o “Greatest Royal Rumble”, em finais de abril, na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita, o “Super Show-Down”, amanhã, em Melbourne, na Austrália, e o “Crown Jewel”, em Riade, também na Arábia Saudita.


Assim sendo, apesar de diminuir em número de shows, não diminuiu assim tanto a quantidade de produto apresentado, levando a uma completa sobre exposição dos mesmos wrestlers, em que fazem aparições vez após vez, após vez, após vez. O que leva ao espectador assíduo, como é o meu caso, a ficar cansado de tanto Wrestling. E até faz com que o próprio show se desvalorize, pois uma sobre exposição de seja o que for, leva ao seu declínio em termos qualitativos.

Em suma, foi uma mudança de direção errada da parte da WWE, porque levou a que muitos wrestlers tenham perdido a sua plataforma de se mostrarem e às suas qualidades enquanto “entertainers” ao mundo, estando a WWE sempre a recorrer às mesmas caras para fazer com que o seu produto venda. 

Esta é a minha opinião sobre o assunto. E as vossas? Quero que me dêem o vosso “feedback” sobre este assunto. Acham que este modelo é que é o melhor para a WWE, com programas de 4 e 5 horas para que toda a gente possa aparecer? Ou preferem programas mais curtos, em que cada um aparece no seu, e só se juntam em ocasiões especiais? Deixem as vossas opiniões nos comentários, e conto convosco para a próxima semana, “BAY-BAY”!
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