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Folha de Avaliação 2017 | Impact Wrestling


E há mais uma Folha de Avaliação, ainda estamos a rever 2017 e já estamos em Fevereiro. É porque foi um ano inesquecível! Ou então é mesmo muita malta! É que agora já partimos para outra casa e vamos fazer as mesmas observações, a mesma divisão de categorias que tinha andado ausente nas duas últimas edições. Mas agora fazemo-lo para o Impact Wrestling.

Uma nota: o início do ano é sempre um período muito transitório, de entradas e saídas, especialmente este. Logo não estarão aqui ainda listadas entradas mais novas no plantel, até porque se foca em 2017. Da mesma forma que as saídas já documentadas estarão nas suas categorias, em vez de serem já colocados nos "Future Endeavored", muito simplesmente devido às gravações antecipadas, com muita dessa malta ainda a aparecer em TV. Vocês compreendem e acho que compreenderiam de qualquer forma, mas achei por bem notificar.

Os da Liga Grande

Alberto El Patron - Não é que ele tenha estado sempre chapado nas nossas TVs, até estivemos um tempo sem o ver. A questão é o quanto já está pregado nesta categoria, já foi apresentado como isso: uma estrela Mundial de topo e nada abaixo do main event seria considerável para ele. Caramba, ele ganhou o World Heavyweight Championship logo na primeira noite! Acho que nos disse logo para o que vinha. A forma como venceu foi controversa - na história - e a forma como abdicou do cinto também o foi - fora da história. 

Enquanto esperava pela sua nova oportunidade, foi-se entretendo com coisinhas como derrotar Magnus e tornar-se Global Champion para chegar ao Slammiversary, conquistar o outro título e unificá-los. Pronto, num espaço de quatro meses, El Patron já era bi-Campeão, mesmo para o caso de ainda não terem mesmo a certeza para o que vinha. Foi durante uma rivalidade com os LAX que a brincadeira foi interrompida, com uma suspensão e retirada do cinto, devido a problemas na sua vida pessoal. Uma vida pessoal agitada que acabou por marcá-lo mais do que qualquer coisa que fizesse em ringue - a ele e à segunda metade do sarilho com quem partilhava vida. 

Regressou no Bound for Glory e não achava que teria outro lugar para onde regressar senão a cena principal, o main event. Os seus alvos foram Eli Drake, Johnny Impact e o Global Championship, com essa caça a ocupá-lo até ao fim. Totalizou cerca de meio ano em TV, mas não esteve noutro sítio senão no topo.


Eli Drake - Um caso de alguém que já todos antecipávamos a sua chegada a este posto, a sua subida ao main event, o seu reinado como Campeão principal. Mas aconteceu tão de repente e com tão pouca construção que parece que ainda estivemos um tempo a processar. Que o Campeão era ele, mesmo. Nunca teve assim uma subida ao longo de 2017 que se esperaria que culminasse aí tão cedo. Começou com a sua associação a Tyrus, que o acompanhou por um tempo, e ao lado de quem rivalizou com os DCC, entre outros. 

Assim que se separou de Tyrus, começou a contar com Chris Adonis a acompanhá-lo e rivalizou com Moose pelo Impact Grand Championship, sem sucesso. A rivalidade prolongou-se, sem o título em vista, envolvendo Adonis e também já contando com DeAngelo Williams, que surpreendeu tudo e todos. Drake saiu por baixo sem grandes cerimónias, o que torna a coisa mais curiosa ainda. Foi esta a história que antecedeu, directamente, a sua vitória na gauntlet para conquistar o Global Championship. 

Durante o seu reinado, rivalizou e foi-se safando com nomes como Johnny Impact, Alberto El Patron ou Petey Williams. Para 2018 não lhe prevejo uma queda e até espero que ele coloque a vista de novo sobre o cinto. É que, a entrar o ano, a coisa já lhe correu mal e já foi surpreendido por um certo retornado que se quis enfeitar com mais ouro ainda e foi roubá-lo...

Ethan Carter III - Nem sempre as suas actividades foram pelo topo, mas EC3 deixa a sua marca no Impact Wrestling como uma estrela de topo. Foi, por acaso, uma escorregadela lá do topo que lhe marcou o início do ano, quando simplesmente não atinava em vencer o World Heavyweight Championship, em candidatar-se a ele, ou mesmo a ser ignorado. 

Seria de esperar que se fartasse e quem pagou as favas foi James Storm, com quem recuperou uma posição bem iluminada pela ribalta com uma feud intensa, pessoal e violenta. Saiu por cima, com uma vitória no Slammiversary num Strap Match. Sem atinar com o título principal, voltou-se para outra frente, provocando Moose até lhe conseguir sacar de um campeonato. Conseguiu iniciar o seu reinado como Impact Grand Champion, reinado que ele prolongaria até ao final do ano, passando por rivalidades como a que teve com os invasores da AAA, onde se associou a Eddie Edwards e ao ainda fresco rival Storm e Matt Sydal, que muito provocava porque o desgraçado engasgava-se sempre na hora de ganhar um título. Tipo o próprio EC3 no início do ano, estão a ver.

Fechou bem o ano e abriu 2018 largando o título para o tal engasgado. Para o seu 2018 já se conhece a volta que a sua vida deu e o seu futuro. Já deixou o Impact Wrestling e avançou para o NXT, antigo lar. Saiu como uma estrela, construiu uma carreira de respeito e, em quatro anos, deixou uma grande pegada no Impact Wrestling, das suas principais estrelas de topo, nos últimos anos que lá passou. Deseja-se-lhe agora o melhor no seu futuro de volta à WWE que, com o legado que construiu para si aqui por estes lados, acho que lhe sorrirá bastante.


Johnny Impact - Estão a ver ali o El Patron e o que disse sobre ele? Pronto, o que não se aplica aqui a ele? O meu único problema: ter que lhe chamar isto. Já estou habituado à ideia de ter sempre que lhe chamar um nome novo, mas Johnny Impact tem que ser o pior até agora. Mas lá qual seja o nome, Johnny Nitro Morrison Mundo Impact chegou ao Impact Wrestling, através da AAA, para partir tudo, ir directamente ao topo, porque tudo o resto seria baixo para ele. 

É que lá na AAA ele tinha mais cintos que mãos para os segurar. Logo chegou, só no Verão, candidatou-se ao Global Championship e só não o ganhou porque estava vago por pouco. Mas manteve-se sempre encima dele, nunca largando a candidatura, reconquistando-a e até colocando-a em jogo e mantendo-a. Por vezes mais que uma vez na mesma noite. É que Impact - é mesmo muito estranho chamá-lo isso, refiro-me a um gajo e não ao programa! - não era o arrogante manhoso que é abaixo da fronteira na outra companhia ou noutros programas de TV onde o vimos. 

Aqui é um verdadeiro babyface de coração enorme e mais atletismo ainda, que consegue superar todas as suas adversidades. Era óbvio que era o menino de ouro, no momento e já todos o esperávamos no main event do Bound for Glory, para o qual realmente se conseguiu apurar, mesmo que não o conseguisse conquistar. Mas não largou o osso e acabou o ano a alternar a rivalidade com El Patrón e Drake, sempre ali com o título em vista. Que, muito sinceramente, é como lhe vejo o 2018, a certo ponto já com esse título em posse, a juntar a muitos outros que já conquistou por aí.

Lashley - Claro que Lashley é de topo, foi sempre a principal "beast" da companhia. Sem perder tempo, conquistou o seu quarto World Heavyweight Championship no início do ano e só viria a perder no Slammiversary para Alberto El Patron, apesar de já o ter perdido para ele anteriormente numa situação que, pronto, não contou. Pelo meio derrotou outros nomes como James Storm ou outro lutador de MMA, Josh Barnett. 

Assim que concluiu a sua história à volta do título, voltou-se de novo para MMA e até anunciou que deixaria o wrestling para se focar exclusivamente em MMA. tinha Dan Lambert e a America Top Team a envenená-lo. Quem defendeu a honra do wrestling foi primeiro Moose, com quem combateu num Six Sides of Steel no Bound for Glory onde também estavam King Mo, parceiro de Lashley, e Stephan Bonnar, parceiro de Moose. Encher aquela jaula de MMA. Um combate estranho onde lutadores de MMA tentavam uma forma segura e fajuta do seu estilo de luta dentro de um ringue de wrestling. É estranho de se ver. Lashley venceu logo pôde manter-se como defensor das MMA e da ATT, agora contando com James Storm como defensor. 

Ainda abriu os olhos agora antes da sua saída, atacando Lambert e fazendo as pazes com Moose, virando Face e anunciando a sua carreira em ambas as modalidades. Bom, o wrestling não será aqui porque ao abrir o ano, Lashley saiu do Impact Wrestling. Será visto em qualquer lado, em que modalidade o preferem ver?

Rise & Rise

Dezmond Xavier - Um belo achado, este jovem, com dotes aéreos impressionantes e até inovadores, num estilo onde já parece que tudo foi feito. Nem que seja só pelo "mais", este gajo salta mais alto e mais longe. E se calhar é mais tolo. Uma óptima adição à X Division, o meu único problema é o quanto eu já ando a dizer que ele é o próximo X Division Champion e já todos foram Campeões antes que ele. 

E isso que eu até sou apologista da calma e prolongamento do push, com a recompensa adiada. Mas com Xavier, já o via pronto a ser premiado há um tempo. Não conquistou o cinto, tem impressionado só. Também tem a vitória na GFW Super X Cup e uma popularidade que acho que fará dele um eterno candidato ao título. E mantenho a minha cantiga: é o próximo X Division Champion! Em 2018!

KM - Confesso não ser fã deste indivíduo apresentado como primo da Sienna. Por outro lado, os seus bizarros segmentos de bully a perguntar "Are you calling me a liar?" eram tão bizarros e disparatados que eu não tinha como não me divertir com eles. Ainda para mais quando parecia que ele não fazia mais nada. Andou muito sem rumo e conta aqui como uma subida, não por ter sido uma revelação ou ter tido grande relevância. Foi porque ao fim sempre encontrou algo para fazer. 

De segmentos em que ameaçava inocentes de porrada porque insinuavam que ele era um mentiroso, passou para segmentos em que dava porrada a inocentes porque queria impressionar os American Top Team. Assim já se fala de qualquer coisa. Conseguiu um lugar na equipa ao fechar do ano, conseguiu meter-se nas suas batalhas com nomes de topo, como James Storm e parece ter um lugar, para já. Não digo que o seu 2018 seja extraordinário. Aliás, acho que não vai ser. Ou estão vocês a chamar-me mentiroso?

Kongo Kong - Novo monstro do Impact Wrestling, faz lembrar um Kamala com noções e mais perigoso. Intimida e mexe-se o suficiente em ringue para intimidar mais ainda. Tinha factores para um push descomunal mas não foi tão usado quanto isso apesar de tudo. Mas manteve sempre o estatuto. Estreou-se em Março, como uma surpresa de Sienna e rapidamente entrou no negócio dos squashes para mostrar que era uma besta. 

Rivalizou com Mahabali Shera e chegou a cair nas graças da doida da Laurel Van Ness. Até que nem lhe saiu uma má rifa nisso, lá porque era tola. Até andou um pouco desaparecido para o potencial que tinha de andar a acagaçar todos e não seria uma feud com Grado que o estabeleceria. Regressaria, no final do ano, com algo mais engraçado: Jimmy Jacobs como manager. Isso já é algo que eu possa querer ver de perto em 2018.


LAX - Ainda vou dar as preces todas aos oVe e não posso deixar os retornados e reformados Latin America Xchange de fora. Com o núcleo do grupo de volta com Konnan e Homicide, apresentaram-nos Ortiz e Santana como autores de todos os estragos que causaram e Diamante sempre por perto. Por tempo limitado, puderam contar com Low-Ki, que podia voltar com a gimmick de Max Moon - referência propositada - e a fazer as danças do Alex Wright em combates "On a Pole" que me tinha a "markar" na mesma. 

A sua chegada sim foi com bem mais estrondo e tardaram tempo nenhum a estabelecer-se como a equipa que dominava aquilo tudo. Tag Team Championships do Impact, deles. Tag Team Championships da GFW, deles. Muito mais fácil de adiantar para unificar os títulos de uma vez. Dominaram tudo o que fosse equipa e voltaram as atenções para Alberto El Patron, até este sumir dos nossos ecrãs. Então depois deu-se a rivalidadezona com os oVe, onde todos sabiam bem o seu papel em trazer violência para cima da mesa. 

E pronto, como mandava a lei, também pela mesa dentro já agora. Os seus segmentos fora do ringue eram interessantes e, obviamente, juntamente com a tal equipa de Ohio, protagonizaram alguns dos melhores combates do ano por estas andanças. Por duas prolongadas ocasiões, verificaram que passaram a maior parte do ano decorados com ouro. Não vejo 2018 a ser muito diferente, nem vejo porque havia de o ser.

Matt Sydal - É um popular high flyer em qualquer território por onde passe e já fazia imensos anos desde que passara pela TNA, ainda nos seus tempos mais embrionários. Até se passaram uns bons anos de especulação quanto à sua chegada na Impact Zone e finalmente deu-se em Abril de 2017. E tinham a noção de que já tinha um nome pesadito e não o limitaram à X Division. Foi ainda uma parte da sua ocupação e competiu pelo título, inclusive no Bound for Glory, mas deixaram-no abrir as asas para paisagens maiores. 

Chegou mesmo a surpreender Lashley e conseguiu apurar-se para uma candidatura ao Global Championship. Essa foi a primeira da sua feud "major" mas também se viu envolvido noutra que era pertinente. Destaco aqui muita actividade sua e à volta de títulos mas falta mencionar ali uma coisa: ganhá-los. Na hora da verdade, com algo em jogo, Sydal não vence. E pôde contar com o simpático do EC3 a lembrar-lhe disso e a atormentá-lo, com o seu Impact Grand Championship em jogo. Que Sydal ainda não capturou... Em 2017. 

Já se sabe qualquer coisa de 2018 e a sua "maldição" já se encontra quebrada. E a sua atitude também mudou - a combinar com algumas controvérsias que lhe vão sendo sempre associadas fora do ringue - e se calhar a chave até era. Já não deve ser um 2018 de engasgamentos.


Moose - Não me lembro de quanto era o contrato de Moose quando ele chegou à TNA, mas sei que não era de muito e que já deve ter passado tempo  suficiente para ter renovado. E confesso que me surpreenda que ele ainda por aqui esteja. Há sempre uma instabilidade no plantel do Impact Wrestling, sempre com muitas saídas seguidas e Moose é o gajo que já fez nome e tem background para singrar em qualquer lado, ainda para mais se lhe termina um contrato. Isso e o facto de ser um tipo grande e atlético com passado no futebol, o tipo de gajo que a WWE adora e ainda me surpreende como não lhe saltaram encima. E nem digo agora, digo logo mal ele apareceu. 

O certo é que ele ainda faz parte da família Impact Wrestling e, olhando para o seu 2017, justifica-se. Têm-no sempre numa mó alta. Pode ter começado o ano a perder o Impact Grand Championship mas embarcou numa feud com Cody e recuperou esse mesmo título logo a seguir, que foi defendendo com sucesso num reinado longo e sólido. Pelo meio desse reinado surgiu a sua feud com Eli Drake e Chris Adonis para o Slammiversary, onde apresentou DeAngelo Williams como seu parceiro, fazendo dele parte do "elenco de suporte" de um dos grandes momentos do PPV. 

Perdeu o título de novo, agora para EC3, com alguma controvérsia mas sem lhe manchar nada. Fechou o ano com mais uma rivalidade de alto nível: fez de Lashley e os American Top Team seus alvos para embarcar numa luta pessoal que durou agora até inícios de 2018, resolvendo-se com um "final feliz". Agora, pronto para outra, volto ao que disse inicialmente e emendo: agora ficarei surpreendido se ele sair em 2018. E, como têm-no sempre em posição privilegiada mas nunca assim tanto... Será que 2018 é o ano de Moose como Global Champion?

oVe - Os irmãos Crist, podem ser daqueles gajos que foram feitos para estar em tag team e tipos que, separados, até são difíceis de distinguir. E podem ter chegado ao Impact Wrestling, como oVe (Ohio Versus Everything) com relativamente pouco estrondo, além daqueles que já conheciam o seu trabalho. Mas caramba, não tardaram muito até se tornarem uma das melhores coisas no Impact e protagonistas daquela que poderá ter sido a feud do ano na companhia. 

Frente aos LAX e ganhando e perdendo a posse dos Tag Team Championships, deram também alguns dos melhores combates do ano neste ringue ainda com seis lados e mostraram bem que eram loucos no ringue, em todos os sentidos possíveis. Isto ainda só a falar nos irmãos Crist, porque depois ainda chegou uma adição a garantir que a equipa não era só ouro, era ouro bem polido. Sami Callihan chega ao Impact Wrestling e esse sim com mais barulho, uma peça muito fundamental na double turn que prolongou a rivalidade entre as duas facções, mantendo-lhe a frescura. 


E, conhecendo o seu background, sabemos que ele vinha para trazer mais violência. Cumpriu. Equipa que foi um dos óbvios "highlights" do ano. Até nos pode ter descoberto o problema de que não havia propriamente mais alguma equipa a constituir a divisão onde competiam, mas mantinham-na bem ocupada. Em 2018, se for para ir mantendo os candidatos aos títulos rotativos e com a rivalidade violenta concuída, devem vira-se para outros e outras coisas. Ainda acho que voltarão a ter os títulos.

Petey Williams - Talvez muitos de vocês tenham ficado surpreendidos com o seu regresso porque estavam convencidos de que o "Canadian Destroyer" se tinha retirado. Eu também. Não estávamos errado, é só mais um que vai e volta sem sequer deixar passar muito tempo, quais Scorpions, mesmo sendo Canadiano. Foi um bom regresso. Porque é sempre bom ver Petey de volta e é sempre muito bom ver um Canadian Destroyer. 

E apesar de não ter estado estampado em tudo o que era episódio e história relevante, foi sempre uma peça importante quando aparecia. Afinal de contas é um veterano. E, desde que regressou em Agosto e no seu país-natal, que aproveitou todos esses factores favoráveis e competia frequentemente pelo X Division Championship ou até mesmo, por uma breve feud, foi atrás do Global Championship, algo que elevou Petey Williams um pouco mais. Em 2018 deve voltar a dar algumas cartas e distribuir Destroyers pela X Division. Não acho que conquiste o título e não sei se conclui o ano por lá.

Sonjay Dutt - Um ano importantíssimo para Sonjay Dutt no Impact Wrestling, após mais um regresso seu. Regressou para a X Division e até iria competir no seu país, a Índia. Conseguiu o tal feito que lhe faltava e assombrava por toda a sua carreira: tornou-se X Division Champion, finalmente! Até deixou um estranho sabor amargo na boca. Ele era considerado por muitos como "o melhor competidor da X Division que nunca teve o título" e é óptimo que isso já se tenha acabado. Mas um gajo já estava habituado a que essa fosse a cena dele. 

Brincadeiras à parte, é óptimo que isso finalmente se tenha concretizado, mesmo apesar de adversidades como a feia lesão no olho, fruto de Low Ki a ser Low Ki. Foi com ele que teve um estupendo combate no Slammiversary e apenas perderia o título para Trevor Lee, após uma storyline tão tresloucada que até teve o seu quê de genial, naquela de "como é que ninguém se lembrou disto antes?" A tal história em que Lee simplesmente leva o cinto consigo, roubado, e auto-proclama-se X Division Champion só por isso mesmo. 

Essa derrota afastou-o um pouco da ribalta mas foi um grande ano para Sonjay Dutt que já pôde completar um pouco mais a sua carreira. Infelizmente, uma lesão e cirurgia colocá-lo-á de baixa por um temo indefinido que pode chegar até... Um ano. Pois, infelizmente, se virmos Dutt em 2018, não será para já...

Taiji Ishimori - Uma parceria com a Pro Wrestling NOAH permitiu um intercâmbio de talentos. Vários do Impact lutaram lá pelo oriente e outros vieram para o lado mais ocidental. Um gostou mais da estadia, ou gostaram mais dele, e foi comparecendo mais regularmente. Ainda é um estrela de ambas as companhias mas já se sente mais integrado na família Impact Wrestling, após quase vencer a Super X Cup, ficando como finalista. 

O maior viria depois quando se apuraria por um campeonato pelo X Division Championship no Bound for Glory. Foi rápido a capitalizar nessa oportunidade e foi aí que se enraizou mais na companhia: tornou-se o X Division Champion, até ao final do ano. Não sei se a parceria continuará todo o ano, se o próprio Ishimori continuará com aparições regulares. De qualquer forma, tem o necessário para singrar em qualquer lado por onde queira passar.

Trevor Lee - Uma das principais estrelas da X Division e compreende-se. A acrescentar aos seus inegáveis dotes em ringue, é dos competidores mais... Peculiares. Foi X Division Champion por duas ocasiões e já era fã dele. Mas quando, no rumo ao seu segundo reinado, simplesmente roubou o X Division Championship a Sonjay Dutt, auto-proclamou-se Campeão e defendia o título, garantiu a minha admiração. 

Então quando nem sequer retirava o cinto para lutar é que me tinha conquistado. O tipo é excelente e não só se destaca como lidera, contando já com Caleb Konley e de novo Andrew Everett - não me apercebi como isto aconteceu - para o auxiliar nas suas manhas e loucuras. Muito mais que apenas um mini Bram atlético, Trevor Lee é uma das principais estrelas da X Division e é para continuar a sê-lo em 2018. Para um quarto reinado e, se possível, de outra forma fora-da-caixa mais uma vez.

Rise & Fall

Braxton Sutter - Ia muito encaminhado mas simplesmente deixámos de o ver. Dois momentos que o podiam ter lançado mas que nunca chegaram a ser capitalizados. O primeiro, pelo menos, ainda tomou o seu rumo e foi concluído. A história da relação e casamento forçados com Laurel Van Ness, especialmente devido à sua paixão por Allie. É daquelas storylines lamechas que vai culminar num segmento de casamento tão parvo que um gajo até se diverte. Especialmente quando o Mike Bennett roubou ali aquele show todo. 

Tornou-o notável, lançou-o e manteve-o na rota do X Division Championship e colocou-o com rivalidades com KM ou Kongo Kong. Não saiu mais daí e veio a segunda chance, quando começou a mudar de atitude e começou a tornar-se mais hostil perante Allie, sua namorada e manager. Antevia-se uma Heel Turn mas parece ter sido descontinuado e andamos sem o ver. Fechou o ano discretamente e veremos como se pode suceder em 2018. Será ainda aliado a Allie? É que ela tem-se desenrascado muito bem sozinha...


Garza Jr. - Confesso que o percurso deste jovem atleta de boa família... Confundiu-me bastante. Apareceu, meio "emprestado" mas integrou o plantel e competia em combates de equipas - ao lado de Laredo Kid - ou na X Division. Era um muito bom atleta e tinha a característica de arrancar as calças a meio do combate, que acho que converte qualquer um a fã. Nunca venceu os Tag Team Championships, nunca venceu o X Division Championship. 

Ia enchendo os combates das divisões e ia alternando entre vitórias e derrotas. E é aí que se dá a parte que me confundiu, aquela em que me distraí e em que algo se passou num momento em que pestanejava - e aqui conto com a vossa ajuda caso tenha havido mesmo algum desenvolvimento numa história, que me tenha falhado - e me perdi. Sem dar por isso, Garza fez umas assistências a acudir Johnny Impact e, assim de repente, estava frente a ele a competir por uma chance de ir ao main event do Bound for Glory pelo Global Championship! Assim de repente? 

Pronto, o certo é que teve aquele momento repentino de "Como aconteceu isto?" mas não capitalizou e no mesmo Bound for Glory retornou à X Division, sem fruto. E agora vai andando. Teve aquele momento e pouco a nada mais. Assim torna-se difícil para mim prever o seu 2018. Um gajo nem nota e ele ainda se torna Global Champion lá para o Verão sem grande coisa a antecedê-lo!

Tyrus - Este "Rise & Fall" podia ser a secção de "gajos que me têm confuso." Este por razões diferentes. Desconhecia totalmente o paradeiro de Tyrus e ainda agora mesmo não tenho a certeza. Não teve um 2017 por aí além, ocupou-se ao longo da primeira metade do ano como sendo parceiro e guarda-costas de Eli Drake, sem que isso trouxesse grande coisa para um ou para outro. Ali pelo Verão, deixamos de o ver. E é aí que entra a incógnita. 

Ele saiu da companhia? Só estava parado? Devo ainda considera-lo aqui? É que entretanto parece que já voltou e gravações revelam a sua presença. Regressou à companhia? Nunca saiu e simplesmente voltou ao activo? O que devo esperar dele em 2018? Não sei, "somebody call his momma", pode ser que alguém explique. Não chega a ser o mais estranho na carreira de Tyrus. Coloco tudo isso bem atrás do facto de ser um comentador e painelista na Fox News. Isso sim é surreal!

Águas paradas


Abyss/Joseph Park - Basicamente o último original por aqueles lados. O performer, porque já não se tem vindo a suar muito do seu "original". Mesmo como Abyss, entrou no ano com uma encarnação mais recente do monstro, a que constava nos Decay que se dissolveram discretamente ao longo do primeiro trimestre do ano, com a saída de Crazzy Steve e foco de Rosemary na divisão de Knockouts. Abyss foi o que marinou mais até regressar como "comic relief" com a sua velha personagem Joseph Park, surpreendendo alguns que achando que com a antiga história resolvida, a personagem não apareceria mais, pelo menos em situações canónicas. 

Voltou para ajudar Jeremy Borash na rivalidade com Josh Matthews e para co-protagonizar todos os segmentos de comédia que de lá saíram. Semelhante com a história de salvação de Grado para o manter no país e associação com o Britânico, que deu num Joseph Park mais Heel. Os últimos momentos foi com segmentos da sua empresa de advocacia, onde introduziu Chandler Park, lutador de quem ainda se revelou pouco, daí que o mencione aqui sem criar ainda uma entrada para si. Não saberia em que categoria o colocar já, quando ainda foi praticamente apresentado só. 

Muitos segmentos bastante engraçados se deram em todas essas histórias - o combate do Slammiversary foi hilariante, os segmentos com Grado tinham o show roubado pela Laurel Van Ness, os anúncios da empresa foram das coisas mais engraçadas que lá passaram em algum tempo - e também todos eles trouxeram Abyss, já como "alter ego" de Joseph Park - ou será o contrário? É uma staple fixa de todos os cards mas não anda ou desanda para grande sítio, mais frequentemente utilizado para "comic relief".

Andrew Everett - Competidor da X Division, sem que realmente tenha o seu maior destaque por lá. Teve várias fases ao longo do ano, é regularmente usado fora da companhia, e teve alguns momentos que me deixaram confuso. O seu ano começou promissor, com a separação dos Helms Dynasty, que lhe deu uma Face Turn. Não pôde ser totalmente capitalizada, não conseguindo conquistar o X Division Championship de Trevor Lee e não ficando a ser muito utilizado. 

Voltou a ser visto no torneio da Super X Cup e após alguma ausência, utilização esporádica e representação em companhias estrangeiras parceiras, dá-se o que me confunde quando, sem grande explicação ao cerimónia, volta a juntar-se a Trevor Lee. Não sei se foi só de passagem ou se foi mesmo uma reunião, ultimamente temos visto apenas Lee e Konley. Talvez Everett continue a ser menos utilizado ou a lutar mais por fora ao longo deste ano, se permanecer por lá.

Caleb Konley - Foi-se construindo e crescendo ao longo de 2017. Parecem querer algo dele mesmo, ao dar-lhe a gimmick de Suicide mas mantendo o seu personagem, acabando por deixar Suicide de lado. Começou como um mero filler da X Division, utilizado para os combates numerosos, por vezes pelo título. Ainda não tinha mostrado traços de carácter ou personagem. 

Encontrou em Trevor Lee o primeiro degrau da sua subida, com a sua aliança a resultar num Heel competente, especialmente como o gajo fora do ringue que só faz estragos e lá vai levando na boca. É claro que ainda é um "sidekick" mas vejo Konley como um rookie. E já se vê o progresso. A entrar em 2018, parece que Trevor Lee vai dar descanso ao X Division Championship e voltar-se... Para a divisão Tag Team. O que faz o upgrade e Caleb de "sidekick" a parceiro mais propriamente dito. Mais um passo. Lá para depois do Verão, se calhar, já está é a dar na boca do parceiro!


Eddie Edwards - Passou por muitas fases e foi estranho e complicado colocá-lo numa categoria. Fica aqui considerado como um já menos regular que noutros dias mas bastante estável. Foi mesmo a abrir o ano que perdeu o World Heavyweight Championship, ficando com duas portas abertas, a da queda e a da permanência num lugar de topo. Como a sua derrota teve causa alheia, passou um tempo a rivalizar com o ex-parceiro Davey Richards, numa feud notória e pessoal, cujos desenlaces mantiveram-se mediáticos na programação. 

Foi mantido em conta, como ocasional candidato ao Global Championship ou em storylines com outras estrelas de topo, como quando assistiu EC3 e James Storm no combate aos vindos da AAA, ou até mesmo Moose na sua rivalidade com Lashley, um velho rival seu também. Mas não foi cara que foi sempre vista na Impact Zone. Isso porque foi um dos seleccionados para representar a companhia lá fora, conquistando bastante terreno na Pro Wrestling NOAH, onde se tornou o primeiro GHC Heavyweight Champion estrangeiro. 

Logo esteve bastante ocupado, com posição de topo, vai aparecendo. Simplesmente não é dos mais regulares na programação do Impact Wrestling, mesmo que represente a família lá fora. É só por isso que não consta nos "main eventers", da "Liga Grande" ainda.

Fallah Bahh - Surgiu como uma revelação numa nova remessa e apresentou-se logo como um "graduado" de Yokozuna com semelhanças na sua desproporção de massa corporal e atletismo. Apresentou-se na divisão de equipas e ausentou-se para voltar, renovado, como Face e com o básico conceito de se colocar over com uma repetição monossilábica. Costuma ser divertido e Bahh tem sido divertido. Além de algumas caças ao Impact Grand Championship, que já lhe valeram uma feud com EC3, tem sido chamado para pouco. A malta diverte-se com ele, acho que o podem usar mais em 2018, numa alternância entre o "comic relief" e a competição mais séria.

Grado - Não sei o estatuto dele, assumo que já tenha algo, ainda é apontado como integrante e não está assinalado como inactivo. O hilariante Grado foi usado para isso mesmo, para storylines divertidas como foi a do seu risco de deportação, pelo qual pediu ajuda a Joseph Park para que pudesse ficar nos Estados Unidos a viver o sonho. 

A solução foi Laurel Van Ness através de um casamento e claro está que ela é que roubou o show nesses segmentos. O twist da sua cidadania Canadiana foi mais humor a acrescentar à história e que levou a que ficasse associado a Joseph Park para se manter no país. Foi onde começaram os atritos com Park, que levaram à sua perda de cidadania no Bound for Glory, que deixa o seu estatuto no Impact Wrestling ainda incógnito para mim. Para quê estar a resumir tanto a história? Porque foi mesmo o que ocupou, mais do que a acção em ringue, resolvendo assuntos com Kongo Kong e Abyss. 

Sim, bestas. Para garantir que o que ele fazia era levar na boca. Mas não era só levar por levar, não era nenhum jobber. Alguns de vocês até o podem considerar como digno do "fundo do poço" mas discordo e acho Grado uma staple da parte cómica do Impact Wrestling e muito bom nisso. Lá está, não sei o que esperar dele em 2018, mas venha o que vier e quiserem, ele é sempre divertido. IT'S YERSEL! 

Fundo do poço


DJZ - Não, não é um caso de outro mundo, ainda teve os seus bons momentos, está aqui por duas coisas: azar e uma insólita incógnita. DJZ começou o ano a perder o X Division Championship e apenas seria utilizado no primeiro trimestre. Depois dão-se as duas coisas já aqui destacadas: as sempre tramadas lesões no pescoço, de que ele já tem historial; o próprio não saber o seu estatuto com a companhia. Ocasionalmente representando-a em companhias parceiras de fora, o seu estatuto no Impact Wrestling em si é muito pouco claro. Nem se sabe se é para manter. O que importa é que recupere a saúde em 2018. Depois disso, é gajo para se safar lindamente, seja na X Division, no 205, no Japão, na ROH, onde ele bem quiser. O que importa é estar apto!

Laredo Kid - O luchador de quem pouco se sabe. Apareceu, sem grande cerimónia, como parceiro de Garza Jr. e foi competindo a seu lado. Usado mais aí que na X Division propriamente. Garza lá teve aquela oportunidade repentina, vinda de um "ass pull" de quase ir ao evento principal do Bound for Glory e Laredo Kid foi para a preteleira, sem nunca se ter imposto. Ainda lá está, não consta que tenha sido utilizado nas últimas gravações, introdutórias da temporada de 2018 do Impact Wrestling. Vejo-o como um daqueles gajos que não vemos e ficamos a saber que ele saiu quando alguém lhe pergunta online. Ou então não e ainda o resgatam para dar fruto, quem sabe! Até era bem bom para ele!

As senhoras

Alisha Edwards - Incerto sobre a sua inclusão, ainda a vejo incluída no plantel e ainda desconheço alguma utilização sua em recentes gravações. É a esposa de Eddie Edwards e, consequentemente, sua valet e parceira ao longo da rivalidade deste com Davey Richards, que também decidiu envolver cônjugues ao chamar Angelina Love para a equação. Não se lhe aponta mais alguma coisa propriamente.


Allie - 2017 foi ano de podermos deixar de fingir muita coisa em relação a Allie. Primeiro, que não tinha mesmo uma relação - já conjugada - com Braxton Sutter. A história que abriu o ano foi o lutador a recusar o casamento forçado com Laurel Van Ness e a declarar-se a Allie, formando o casal que era real. No entanto, a parceria desvaneceu em ecrã e Allie arranjou uma parceria mais interessante: Rosemary. 

Por essa altura também pudemos deixar de fingir mais uma coisa. Que não sabíamos que Allie sempre soube lutar. Ainda com a mesma atitude, agora já mais transformada em underdog, já se pôde começar a comportar como uma verdadeira lutadora, a auxiliar Rosemary e a rivalizar com outros nomes como Van Ness, Sienna ou Taryn Tarrell. O seu 2018? Diz que já começou lindamente e, dado o valor que ela tem, só tem para ser isso e/ou melhor.

Gail Kim - Ano de reforma, ano de celebrar a carreira de uma Hall of Famer. Celebrou isso no Bound for Glory, palco do seu combate de despedida, onde conquistou o Knockouts Championship para fechar a carreira com chave de ouro, o seu sétimo reinado. E foi realmente isso que fez em 2017, além do anúncio da reforma e anterior tentativa de conquista do cinto sem sucesso, anterior à final. 

Foi "só" isso mas foi para fechar a carreira e garantiram que o faziam já tendo-a como uma lenda. Logo não havia nada a provar. Ficam os agradecimentos por tudo o que fez em ringue e pelas Knockouts. Ainda faz parte da família, mantendo-se no Impact Wrestling, trabalhando nos bastidores, como produtora, como agente e com as jovens Knockouts. Já tem o nome no Hall of Fame, pouco a acrescentar.

KC Spinelli - Nome ainda virtualmente desconhecido fora da Impact Zone e ainda pouco conhecido dentro dela. Nunca teve a chance de impressionar e até era utilizada mais como aprimoramento. Não tem estado presente nas últimas gravações e, muito sinceramente, não a vejo a acabar 2017 lá ou a ser relevante em qualquer outro sítio.


Laurel Van Ness - Doida varrida, faz esquisitices, é engraçada, anda e luta frequentemente descalça, rouba o show nos segmentos onde participa e é perfeitamente competente em ringue. Tem tudo para que eu a adore! E confirma-se! 2017, ano de me tornar fã absoluto de Laurel Van Ness, a pifada ainda vestida de noiva, desde que foi abandonada no altar. Nem sempre com algo concreto para fazer - às vezes só andava no público a fazer asneiras - até que fizeram justiça. 

Deram-lhe o Knockouts Championship, já merecido com o estatuto que conquistou, em Novembro, título com que fecharia o ano. No entanto, a abrir o ano já não há título e já não há Laurel, com a lutadora a abandonar o Impact Wrestling também. Para onde quer que vá, seja a fazer de doida ou não, se já me converteu a fã, não me importo de a ver em qualquer lado e de qualquer forma.

Rosemary - Foi um excelente ano para Rosemary para cimentar o seu lançamento a solo após deixar os Decay. A equipa ficou quase esquecida perante os seus feitos em nome próprio. Começou o ano com a que terá sido a melhor feud de Knockouts do ano, com Jade, da qual conseguiu sair ainda Campeã. Conseguiu manter o título por um longo e bem sólido reinado até ao Verão, no Slammiversary onde o perderia, já como Face e já aliada a Allie. 

Manobra fácil de fazer, dada a sua popularidade entre os fãs. E pôde continuar a ser esquisita, que é o que importa. Após a perda de título, ainda integrou mais uma feud de alta notabilidade mas que acabou por não ver desfecho devido a complicações exteriores: a sua rivalidade com Taya culminaria num First Blood no Bound for Glory, algo que acabou impossibilitado. O seu ano também ficou marcado pela negativa num episódio no qual ela foi a vítima, no polémico momento com Sexy Star no Triplemanía que a viu a correr o risco de sair seriamente lesionada. Não lhe estragou o ano, felizmente e só esperemos que nada lhe estrague o seu 2018 também. É uma estrela com potencial e capacidade para muito, que já tem vindo a atingir.


Sienna - Aquela também consideraria como uma das Knockouts mais importantes do ano, ao lado de Rosemary. E com tudo para singrar, um aspecto que intimida, sem dever nada à beleza, a juntar a carisma e maneirismos próprios. Que só vêm completar a sua competência bem mais que suficiente em ringue - só lhe faz falta um finisher melhorzinho. 

E é também uma fácil favorita entre as Knockouts, mesmo como vilã. Emancipada do "Lady Squad" no início do ano, lançou-se contra Allie, a contar com aliados como KM ou Kongo Kong. Finalmente dedicou-se a si quando conquistou o GFW Women's Championship a Christina von Eerie, título que viria a unificar com o Knockouts Championship no Slammiversary, para celebrar o seu segundo reinado. Apenas perderia o título para Gail Kim, como prémio de despedida para a Hall of Famer, mas foi a jovem uma das que mais marcou o ano. 

Fechou o ano marcando presença sem chegar a integrar alguma rivalidade notória mas conseguirá encontrá-las no próximo ano, onde voltará a perseguir o título e, quem sabe... Até aposto numa Face Turn. Ela até pode ser agressiva e viciosa mas não é difícil gostar dela.

Taya Valkyrie - Veio à boleia do noivo Johnny Impact mas sempre pôde manter o seu habitual ring name em condições. Vinha para marcar e fazer a diferença e a sua feud com Rosemary era promissora. Falhou na sua culminação devido a problemas com o visto que a impediu de viajar para o Canadá. Infelizmente também impediu que vissemos mais dela além de uma feud promissora sem fecho. Para 2018, descansem, ela já está de volta e deve já vir para ganhar coisas. Já a conhecemos de outros ares, sabemos que esta é das rijas!

Os Future Endeavored

Aiden O'Shea - Lembram-se dele? Parece que saiu oficialmente da companhia em 2017. É normal que não se lembrem de o ver. É o tipo de lutador que um gajo se esquece de o ter visto enquanto o está a ver. Mas já chegou à Pro Wrestling NOAH, logo voltou para perto!

Al Snow - As suas actividades em ringue tinham ficado pelo ano anterior mas mantinha os seus trabalhos lá por dentro até Junho de 2017. Podem ainda vê-lo em qualquer independente que goste de diversão!

Angelina Love - Acompanhou Davey Richards, seu marido, na sua feud pessoal do início do ano. Eram um casal esquisito que fazia coisas esquisitas, sim. Saiu praticamente com ele, pouco depois de concluir os seus assuntos. Veterana na Impact Zone, desde então tem andado por independentes, com uma regular ligação ao House of Hardcore e divorciou-se de Davey Richards. São vidas.

Aron Rex - Já parece que foi há imenso tempo, mas foi no início de 2017 que Aron Rex se remodelou com a gimmick flamejante a lembrar um Adrian Adonis. Era hilariante e ele era um óptimo intérprete, como sempre foi. Mas tiraram pouco daí, apesar de ainda ter causado algumas risadas, durando pouco mais que um primeiro trimestre. A sua actividade em ringue encontra-se em hiato, com desejo no foco noutros projectos. Logo nem Aron Rex nem Damien Sandow será visto de novo tão cedo. O gajo ficará para a história como um dos gajos com maior potencial que nunca capitalizou em qualquer lado por onde passasse.

Bram - O seu ano de 2017 na Impact Zone foi algo que muitos nem se lembrarão: os DCC, trio Heel que tinha com James Storm e Kingston. Durou até Fevereiro, com um desfecho tão confuso como todo o percurso da stable. Depois representaria a companhia, sem ser visto naquela arena, na Pro Wrestling Noah, onde se meteria em sarilhos. Quando se ouve uma história de problemas com a lei e Bram relacionado, já perguntamos sempre o que terá ele feito. Desta vez só se meteu dentro de uma estante frigorífica num supermercado, algo ofensivo no Japão. OK, então. Anunciou a sua saída em Novembro e vai andando por aí sem nos deixar uma ideia do que esperar dele.

Brooke - Regressou, logo a abrir o ano, para rivalizar com Sienna com quem teve dois combates. E foi isso. Confirmou, no Verão, que já não fazia parte da companhia e nada se sabe sobre o seu regresso. Nem sei se andará muito por ringues por aí, quanto mais.


The Broken Hardyz - YEEeeeEEEeeeeAAAAaaaaAAAsss! Não consigo outra maneira de os introduzir. Os completamente mamadinhos Hardys foram, muito basicamente, as maiores estrelas do mundo em 2016, surpreendendo tudo e todos com as suas maluqueiras. A começar 2017, ainda eram World Tag Team Champions e seria assim que fechariam a sua passagem na companhia. Defenderam os títulos pelo mundo fora mas nem sequer o faziam da maneira convencional, a viajar. Simplesmente teletransportavam-se para os locais porque, lixai-vos, são os Hardys. 

Broken Matt e Brother Nero acabaram por sair após disputas contratuais e consequentes disputas legais que se viriam a dar mais posteriormente. Deixaram os títulos vagos. Mas já foram ganhar outros. Desde então, os processos judiciais têm-lhes sorrido, já conquistaram os Raw Tag Team Championships, obtiveram o maior pop da Wrestlemania e voltaram à velha casa. Broken Matt anda a reencontrar-se com a sua velha personagem e Brother Nero recupera de lesão mas parece que vai tudo correndo bem e vão permanecendo felicíssimos e ainda o mais saudáveis que possivelmente já ambos terão estado nas carreiras. Ah e um forte abraço de saudade ao Señor Benjamin!

Chris Adonis - Surgiu como Heel e rapidamente se aliou a Eli Drake, com quem viria a ganhar notoriedade. Mesmo que fosse mais como sidekick do que como parceiro, não deixou de ter o seu sucesso e a sua piada. Acompanhou Drake em todas as suas rivalidades e ao longo de todo o seu reinado como Global Champion, tendo destaques pelo meio como aquele momento em que se vestiu de peru para cumprir tradições. Já anunciou a sua saída e ainda aparece nestes últimos episódios, ainda ao pé de Eli Drake. Esperaremos por ele noutro sítio qualquer.

Cody - Na altura em que Cody dominava o mundo a partir do topo. Percorrendo-o. Ia onde quisesse, tinha nome para isso. Não se comprometia com ninguém e ia ganhando umas massas em vários ringues grandes. Já aparecera no ano anterior até uma paragem para percorrer outros ringues aí pelo globo fora. Voltou em Fevereiro para rivalizar com Moose, porque não achou muita piada a ele ter o número da Brandi e vice-versa. Pronto, é dos ciumentos. 

A feud escalou com agressões e com Cody a provocar Moose e a acusá-lo de cobardia por não comparecer quando ele andava a representar a companha fora. Tudo para o desafiar pelo Impact Grand Championship, sem sucesso. Por aí ficaram as suas actividades no Impact Wrestling. Não sei, mas tenho a vaga ideia de que ele se anda a safar muito bem e que as coisas até lhe vão correndo OK desde então...

Crazzy Steve - Os Decay já lá tinham ido e Crazzy Steve aguentou na companhia até Abril, sem conquistar mais alguma coisa. Rumurou-se partida para a WWE, que se traduziu apenas numa passagem pelo Performance Center. Pronto, não o temos no 205 Live mas vai andando a lutar por todo o lado, pelas independentes. Não sei se se tornará a erguer daí.

Davey Richards - A outra metade dos Wolves que não desfrutou de tanto sucesso como a metade já aqui listada chateou-se com isso. Davey Richards abriu 2017 atacando o parceiro Eddie Edwards e iniciando uma feud entre ex-parceiros que se prolongou até Abril. Davey anunciou a sua saída em Julho e, apesar de um par de competições em independentes, não foi para aí que se lançou. O presente e futuro do "Lone Wolf" - não esse - será à volta de estudos para o seu futuro de médico. Nada mau, um wrestler ter a capacidade de tratar as próprias concussões.

Drew Galloway - Pouco tempo mas produtivo. Galloway marcou o início do ano com um regresso aos ringues e com uma imediata conquista do Impact Grand Championship, título que ele considerava feito para ele. Perdeu o cinto para Moose um mês depois e ausentou-se. Já não é primeira vez que se fala dele nesta série por uma razão muito simples: já voltou à WWE, onde já foi NXT Champion. Só lhe falta recuperar de lesão, de resto, parece que lhe vai correndo tudo lindamente.

Gregory Shane Helms - Lendário! Depois de muitas peripécias com Matt Hardy, Helms fechou os seus Helms Dynasty no início deste ano e abandonou a companhia no Verão. Por onde andará em 2018? Onde ele quiser. Já o vimos como uma agradável surpresa na Royal Rumble!

Jade - Saiu mas saiu em grande. A disputar o Knockouts Championship de Rosemary, pode nem ter tido sucesso mas teve uma grande rivalidade e grandes combates. Saiu depois disso mas deixou uma óptima marca. Voltou às independentes, onde já tem imensa fama e legado e já andou pela WWE, como integrante do Mae Young Classic, como uma das principais por quem eu torcia que assinassem porque é, de facto, uma estupenda lutadora que merece ser vista em TV, em que companhia seja. Ainda espero por ela.


James Storm - Uma das saídas que mais moveu a Impact Zone. Ele até já tinha saído uma vez antes e visitado outros lares familiares mas voltou depressa. Este foi, para já, o último ano do Cowboy na Impact Zone, onde era já lendário e um dos restantes originais. Teve um ano cheio de altos e baixos como foi um pouco a sua carreira de sempre, especialmente mais nestes últimos anos. O primeiro trimestre foi ocupado lá com os DCC e após a Face Turn que veio da sua emancipação desse grupo, partiu atrás do World Heavyweight Championship, sem sucesso. 

Foi aí que arranjou um grande amigo em EC3 que lhe deixou umas amigáveis marquinhas nas costas com um cinto. A tal rivalidade intensa já aqui mencionada que viu Storm sair por baixo e lesionar-se no Slammiversary. Regressaria para defender as suas cores contra a AAA, contando com Eddie Edwards e o improvável EC3 como aliados, para derrotar Texano, El Hijo del Fantasma e Pagano no Bound for Glory. Fecharia o ano com o que fecharia o seu percurso no Impact. De novo a defender as suas cores, mas desta vez, indo mais fundo, defendendo o wrestling. 

Contra Lashley e as conversas e más línguas de Dan Lambert, acabou por perder para este no tal combate que o mandaria para casa. Mas perdeu em grande, levando pancada de tudo o que era lutador de MMA, sem cair, uma verdadeira queda de herói. Fica o agradecimento, poucos fizeram mais que ele nesta companhia e por ela. É um dos grandes, pode singrar no futuro onde quiser. Como já é de renome, vejo-o como um potencial Superstar de quem a WWE tente ir atrás mais uma vez. Será que ainda veremos os Beer Money por outros palcos?

Jessie Godderz - Anunciou a sua saída este Verão, já depois de um tempo desaparecido. Vai competindo em independentes de pouco nome. Não sei que futuro lhe esperar mas não sei se é o tipo de quem a malta terá mais saudades.

Kingston - Se já falei nos DCC, tenho que falar em Eddie Kingston, seu integrante. Foi a fazer parte desse grupo que compôs o seu percurso na companhia e, em 2017, fizeram algumas tentativas de caças aos títulos de equipas, expulsaram James Storm e perderam para os LAX, onde curiosamente tinha um velho amigo. O grupo dissipou-se e Kingston fez uma última aparição na Gauntley pelo Global Championship vago, sem sucesso. Só em Outubro confirmou que partira para fazer asneiras para outros sítios. Que é o que ele anda a fazer, porque é o que sempre fez.

Madison Rayne - Foi indo, aos poucos. De comentadora das Knockouts a competidora esporádica, abandonou em Julho e voltou brevemente em Novembro. Já se foi desenrascando, passando pelo Performance Center da WWE e marcando presença na Ring of Honor, onde disputará o inaugural Women of Honor Championship. Vai correndo tudo bem!

Magnus - Veio da GFW e foi ao Impact Wrestling praticamente para largar lá o Global Championship noutro e vir embora. Sempre fez algo antes e algo depois, mas nunca se sentiu como realmente um ex-World Heavyweight Champion retornado, mas sim como alguém de passagem. Recusou um contrato da Anthem para garantir que realmente não voltava ao Impact Wrestling de vez e partiu para as indys, onde se vai mantendo como um regular.

Mahabali Shera - O seu último feito de relevância foi o mais óbvio: na Índia, seu país-natal, onde foi um rosto representativo e onde venceu a "Sony SIX Invitational Trophy", num Gauntlet. Foi também praticamente o seu único feito de realçar, com a sua feud anterior com Kongo Kong a passar mais despercebida. Saiu discreta e pacificamente, apenas ficando o povo a saber em Novembro, quando o mais certo é que já tivesse sido bem antes. Também é outro que não sei se deixará os fãs a morrer de saudade e à procura do próximo território onde competirá.

Mario Bokara - Aquele gajo que era parceiro do Fallah Bahh. O Croata. Sinceramente nem sei que é feito dele, se já saiu mesmo, se existiu...

Marshe Rockett - Enorme lutador da X Division. Em tamanho mesmo. Porque, mesmo com as suas qualidades em ringue, não fez grande coisa, contando-se com os dedos de uma mão - será preciso mais que um dedo sequer? - as vezes em que competiu. E só saiu, ou anunciou saída, em Novembro. Típico lutador de independentes, não deve ser difícil de encontrar para quem quiser.

Marti Bell - Saiu logo no início do ano, sem chegar a fazer algo. Partiu de volta para as independentes e passou pelo Mae Young Classic onde marcou pelo seu fraco desempenho. Com essa brincadeira, se calhar não aparece em TV tão cedo. Que lhe vá correndo tudo bem por onde passe, ao menos!

Matt Morgan - Voltou para representar JB na "Team Borash" e para lutar pelo GFW Global Championship. Por aí ficou, Morgan tem outro emprego e apenas aceitou voltar pela proximidade geográfica e por não interferir no horário do trabalho. Saiu quando lhe apresentaram os planos de viajar para fora. Tem uma vida à parte.

Mike & Maria Bennett - Foi só ao início. Os seus feitos, de ambos, estavam todos em 2016 e só ficaram restos no início de 2017, com Maria a acabar a sua tormenta a Allie e Mike a roubar o show no segmento do casamento que não aconteceu entre Sutter e Van Ness. Também falhou em vencer o Impact Grand Championship pelo meio. Partiu e surpreendeu todos ao aparecer directamente no Smackdown. Trocaram o nome partilhado para o dela e tinham segmentos hilariantes, com a gimmick de casal lamechas. Não pegou e a vida pessoal de Bennett meteu-se pelo meio, como a reabilitação e a gravidez de Maria. Se a sua carreira arrebitar agora na WWE e, com estes acontecimentos recentes positivos, ainda pode vir a ter um óptimo futuro.

ODB - Foi um grande regresso mas muito passageiro. até conseguiu uma candidatura ao Knockouts Championship mas sem sucesso. E não se conta mais da sua passagem por lá. Com certeza um nome com uma certa procura por independentes por aí fora.

Reno Scum - Tag Team vinda da GFW, constituída por Adam Thornstowe e Lester the Legend, parecia que vinham para marcar território mas não conseguiriam conquistar os títulos, até uma lesão os fazer desaparecer até às suas saídas. Desconheço o seu paradeiro mas são equipa para andar por indys por todo o lado.

Robbie E - Este difere do ex-parceiro Godderz na medida em que, no início do ano, Robbie E ainda teve uns combates com Aron Rex. De resto, fez praticamente tanto até sair só em Setembro. De facto, só não era visto, porque andava a representar a companhia na Pro Wrestling Noah. Mantém-se activo por várias independentes menores.

Rockstar Spud - A ser humilhado pelo Swoggle, a assistente do Aron Rex, a ring announcer, de novo a ser humilhado por Swoggle, agora devido a um ataque surpreendentemente violento e que originou uma dura, traumática e dramática recuperação de Spud porque "ele nunca pretendia puxar-lhe as calças para baixo." Caramba, essa feud foi hilariante, digo-o do fundo da alma! Saiu em Outubro, a próprio pedido. Não se tema pelo seu futuro, agora que já foi anunciado o seu futuro. Assinou quase imediatamente com a WWE e poderão já vê-lo como Drake Maverick, o novo General Manager do 205 Live. Promete muitos momentos divertidos e não me admira nada que eventualmente vire Heel, a forma com que ele costuma ter mais piada ainda.

Veterans of War - Crimson regressa e agora chamava-se Mayweather. Trazia Wilcox, um grandalhão. Ambos recordavam os seus passados militares e, com isso, traziam a gimmick de "Veterans of War", tag team que se tornou pouco notável. Apenas utilizaram o seu patriotismo para rivalizar com os LAX, sem sucesso. Depois foram lá desfrutar do estatuto de veteranos de guerra para arranjar emprego noutro sítio, já que no Impact Wrestling não ficaram.

E por aqui fica o vasto plantel do Impact Wrestling, muita malta passa por esta casa. Muitos nomes, alguns passageiros, alguns emprestados, espero que não tenha ficado a falhar alguém importante. É a parte em que estão à vossa vontade para comentar estes competidores, os seus anos, os seus futuros, disputar as suas categorias aqui atribuídas. Se isto é extenso de se ler, então imaginem de escrever mas na próxima semana chega finalmente o último! Conclui-se a Folha de Avaliação referente a 2017, partindo agora para o templo. Não percam na próxima semana a avaliação ao Lucha Underground!

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