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Folha de Avaliação 2017 | NXT


Mais uma semana por 2018 dentro e mais uma semana de entrar por 2017 atrás. Possivelmente a frase mais esquisita e a soar mal que já escrevi aqui e já levo uns anos a disparatar por aqui. Devo mesmo ser mais breve nas introduções. Mais uma edição da "Folha de Avaliação" a debruçar-se sobre a malta jovem do NXT, o futuro bem presenta da WWE. Dada a sua estrutura, também a estrutura do artigo será diferente como aconteceu em todos os anos anteriores, com a edição do NXT, sem divisão de categorias e apenas a análise um a um.

Adam Cole - BAYBAY! Chegada aguardadíssima à WWE. Já levava nome para causar grande impacto logo à sua chegada e sem precisar de ter que provar alguma coisa ou alcançar algo para se estabelecer. Chegou em estrondo, apresentou os seus Undisputed Era e não tem feito menos que dominar. 


A sua chegada ainda é relativamente recente para não ter tido tempo de somar muitos feitos, além daquele que é ser o Adam Cole. Mas já fez história: integrou, foi peça central e venceu o inesquecível combate WarGames em Novembro. Não se conseguindo candidatar ao NXT Championship, conseguiu outra feud de alto gabarito com outro não menos bom que ele, Aleister Black, de quem já falaremos. Mas o título chega em 2018, haja calma.

Aleister Black - Mais um dos principais nomes de destaque no NXT este ano. Também já era popular antes, mas foi muito fácil conquistar quem ainda não conhecia Tommy End. Estreou em Março e rapidamente demonstrou que tinha uma personagem interessante, uma presença incrível e dotes em ringue fantásticos. Um Superstar completo impressionante. Alguém para manter debaixo de olho. Mas depois é que ela se dá. 

Com a sua simplicidade do contar de história e com o estupendo combate, a sua rivalidade com Velveteen Dream terá que ser, na minha pessoal consideração, a rivalidade do ano, assim como o combate também terá uma distinção desse género. Saiu por cima dessa tremenda rivalidade, com um grande momento e voltou as suas atenções para o NXT Championship, acabando por se distrair com Adam Cole para começar o seu ano. Estes dois a combater. E nós importadíssimos! 2018 também é um bom ano para Black como NXT Champion...

Aliyah - Eu gosto da Aliyah. Tenho o direito de dizer isso só. Mas estou perfeitamente consciente de que ela ainda é muito verde. Mas é novinha, mais nova ainda que eu, tem um 2018 para evoluir. E até nem acho que precise de evoluir para nível de Campeã. Como já disse, pouco vimos dela em 2017, quando já antes ela pouco era além da amiga da Liv Morgan. Essa arranjou amigas novas. Aguardo pelo 2018 de Aliyah. Como já disse, gosto da rapariguinha.

Andrade "Cien" Almas - Fã assumido do antigo La Sombra, mas a coisa não estava a pegar. Quando estreou, não podia estar mais longe disso. Virou Heel e já havia qualquer coisa. Mas não o suficiente. Mas 2017 foi o ano para se estabelecer. E para isso, por muito estranho que pareça, precisou de uma streak de derrotas. O Mexicano não se importava com as derrotas, estava a marimbar-se para a competição em ringue, queria era ir para casa acompanhado por várias meninas. Até que lhe apareceu uma outra menina com mais classe a endireitá-lo. 

E foi um anjo caído do céu na sua carreira. A linda Zelina Vega! Como manager de Cien Almas, fez-lhe maravilhas e fê-lo chegar onde não chegaria sozinho, preenchendo as lacunas que Almas deixava abertas. Começou a vencer e a facturar. No final do ano deu-se a tal surpresa: chegou mesmo a ser NXT Champion! Entra em 2018 a encabeçar a brand das cordas amarelas! Muitos estariam cépticos, mas o combate no qual conquistou o título devia convencer quem ainda não tinha visto que o luchador é bastante talentoso. E já tem, em companhia, o que o completa. Por mim é um Superstar completo, um óptimo Campeão e uma mais valia para o Raw ou para o Smackdown em 2018!

The Authors of Pain - Vivemos numa era em que os fãs internautas estão muito habituados aos talentos já com muito background indy conhecido e ficam logo cépticos quando aparecem dois grandalhões como Akam e Rezar, desconhecidos, e ainda por cima com aquele tamanho. 2017 foi ano dos Authors of Pain - brilhantemente representados pelo grande Paul Ellering - se impor. Foi um ano de conquistas. 

Abriram o ano logo a conquistar os NXT Tag Team Championships aos #DIY. E conquistaram o público ao mostrar que se safavam bem no ringue com aquela malta e também eles a contribuir para dar grandes combates de qualidade, como foram as suas seguintes defesas dos cintos. Perderam os títulos mas, em vez de subir e perder o rumo, quiseram fazer mais história no NXT, integrando também o War Games e desempenhando um óptimo papel. Afinal vale a pena aparecer assim uns Authors of Pain de vez em quando ou não?

Bianca Belair - Ainda é uma iniciante, que teve no Mae Young Classic a sua verdadeira prancha para a lançar numa carreira no NXT. Fez-se notar o suficiente para vermos potencial e esperarmos algo dela no futuro. O certo é que atacar alguém com a trança - uma arma legal - não teve como não se tornar uma das minhas manobras ofensivas de sempre. E que não é qualquer um(a) que pode aplicar! Deve fazer-se notar em 2018, mesmo que ainda não acho que roube uma posição cimeira.

Bobby Fish & Kyle O'Reilly - Ou "Undisputed Era", no conjunto com Adam Cole, já aqui destacado separadamente. Deram-nos o prazer da sua presença ao estrear separadamente, em ocasiões seguidas. Começámos logo a sonhar com os reDRagon Campeões na WWE. Nem sabíamos nós como iria isso ser. Que causariam estrondo na companhia de Adam Cole, integrariam o dominante grupo e entrariam na infernal jaula que é o WarGames para fazer parte da equipa vencedora. 

Os títulos vieram logo a seguir e foi como NXT Tag Team Champions que acabaram o ano e entram em 2018. Para Bobby Fish, por exemplo, pode só ter chegado à WWE quase aos 40 anos, mas acho que a coisa lhe vai correr muito bem por lá.

Buddy Murphy - Assumo eu que já esteja separado do seu antigo parceiro, para o poder listar aqui sozinho. Porque não aparece nem compete em TV, estando mais limitado ao Performance Center e aos house shows, possivelmente treinando e reformulando a sua personagem. Ou à espera da folha que o mande com as trouxas. Mas ele está noivo da Alexa Bliss, logo ainda tem uma vida muito melhor que a vossa.

Cezar Bononi - Um bem haja e um cumprimento a todos os leitores do Brasil! Encham-se lá de orgulho, têm aqui um Superstar do NXT Brasileiro. Já conseguiram lá meter um antes que um Português. Não conto o Justin Credible/Aldo Montoya por não ser 100% Português. E por também não ser lá muito bom. Mas Bononi, esse sim tem potencial e eles devem sabê-lo. Ainda usado como talento de aprimoramento, acredito que estejam a trabalhar na sua personagem futura. 

Ele tem o físico e atletismo que oficiais da WWE adoram, vejamos se não terá obstáculos linguísticos. É que ainda por cima se notam a sua enorme popularidade e apoio Brasileiro e virem um mercado grande onde capitalizar, afiambram-se logo. Está nas opções para as votações dos prémios do NXT, como futura estrela em 2018. Esperemos que sim. Sabem contra quem ele tem uma vitória em 2017? Sobre o actual NXT Champion!

Danny Burch - Muito contente por vê-lo de volta à WWE no torneio Britânico e ainda mais contente por vê-lo a assinar de novo. Nem descrevo o quão contente fiquei com os seus tremendos combates com o Oney Lorcan, de encantar e deixar um gajo a babar-se por mais porrada. E foi a surpresa agradável de 2017 por parte de Burch. Grandes combates e uma excelente equipa promissora com Lorcan. Quero muito mais dessa dupla em 2018. Não sei se é equipa a quem queiram dar os títulos mas porque não? E façam o embate entre eles e os Revival acontecer!


Drew McIntyre - O retornado. Caso de um veterano que já lutara no plantel principal, já lá tinha conquistado ouro e volta ao NXT, não para elevar rookies mas para si, para se reconstruir, para novas conquistas, para acrescentar algo ao legado. McIntyre saiu da WWE como um jobber perdido, mas com nome, que o permitiu fazer-se uma estrela fora da companhia com o nome já conquistado e com os novos feitos. 

Chegou de novo à WWE já muito mais formado, maduro e pronto a facturar muito mais. É um bom método para o qual acredito que muitas estrelas mais desatinadas no plantel actualmente olhem para tentar. Porque parece estar a resultar muito bem para McIntyre. Ressurgiu na WWE, através do NXT e tal não era um passo abaixo. Ainda por cima com a forma como foi bem recebido. E o que consegue pouco depois? O NXT Championship! Já veio para conquistar mais ouro! Infelizmente uma lesão afastá-lo-á dos nossos ecrãs por uma porção de 2018 mas voltará para algum assunto inacabado e para subir pouco depois. Já não creio que seja para ser o McIntyre de antes. Mas sim o McIntyre que já era para ser e devia ser antes.

Ember Moon - 2017 foi o ano da luta, dos obstáculos e da derradeira ascensão de Ember Moon. O impacto que causou foi imediato e não tardou muito até encontrar a sua posição cimeira na caça ao título, era algo que se via nela de imediato. E partiu para a caça ao título, mas escapava-lhe sempre das mãos. Mas era a mais dura adversária de Asuka, que se via obrigada a recorrer por vezes a estratégias menos comuns nela, para conseguir vencer. 

Ember Moon não conseguia vencer ou eram-lhe retiradas as oportunidades por maçadoras lesões. Assim que Asuka deixou o cinto e partiu para novos horizontes e novos títulos, era tempo da tocha ser passada e Ember concluiu o seu ano de 2017, finalmente realizando o sonho que a atormentou ao longo do ano, não se concretizando. Venceu o NXT Championship e é com ele que entra em 2018. Até pode ter uns duros obstáculos já à frente, mas o seu ano tem tudo para ser bom, como uma estrela já estabelecida. Mais para a frente se calhar até já a podemos ver por palcos maiores.

Fabian Aichner - Um caso curioso de alguém que se teve que fazer Cruiserweight para integrar o Cruiserweight Classic. Com o torneio já arrumado já recuperou o seu peso e a sua assustadora forma física. E eles lá viram. Podiam aproveitar um gajo com aquele caparro, se mantinha as mesmas habilidades de Cruiserweight? Toca a assiná-lo! Integrou a família WWE em Junho e já vinha como tudo menos Cruiserweight, já recuperara peso e músculo suficientes para o afastar dessa divisão. Ainda só foi utilizado como aprimoramento para outros, mas já deu bons combates e exibiu o seu impressionante físico. Futura estrela potencial para 2018, com uma constituição que o possa aproximar de um Neville. Sem substituir propriamente, porque... O peso...

Heavy Machinery - Uma coisa que gosto no NXT é que, como território de "desenvolvimento", nota-se bem essa parte nos casos mais novatos. De estarem mesmo a desenvolver-se e a experimentar e expor coisas. Otis Dozovic e Tucker Knight, os Heavy Machinery, podiam ser apenas uma equipa dominante de grandalhões que esmagam a competição. Podia bastar, eles fazem isso bem e até gosto da destruição deles. Mas começaram a torná-los esquisitos ao microfone, deram-lhes piada e já tinham mais atenção ainda. 

Já era mais divertido ver os Heavy Machinery. Depois o Otis Dozovic fez uma dança antes de uma Elbow Drop e tornou-se o meu wrestler favorito. É assim. Foi ano de exposição e exploração para os Heavy Machinery - mesmo que já tenham tido uma chance pelos NXT Tag Team Championships - e acho que estão muito bem e convincentes. Aceito-os mais regulares em 2018. E muito mais Otis a disparatar, adoro isso.

The Iconic Duo - Também posso assumir aqui a minha paixão por esta dupla. E nem me refiro à paixão legítima pela Peyton Royce, é outro assunto alheio a isto. Mas a dupla das Australianas Peyton Royce e Billie Kay conseguiu marcar uma posição notória e dominante na divisão feminina do NXT. A dar cada vez mais nas vistas como uma dupla arrogante, os seus maneirismos começaram a torná-las over e os seus dotes em ringue mais-que-suficientes deram-lhes o lugar mais cimeiro que conquistaram. 

As suas rivalidades nunca podiam ficar por menos que Asuka, Ember Moon ou Nikki Cross, algumas das lutadoras de destaque deste ano. Como as próprias Kay e Royce, que chegaram a disputar o NXT Women's Championship. Não vejo o título a parar às mãos de uma delas - nem co-Campeãs, isso são cenas o Kevin Owens e do Sami Zayn - nem acho que as devam separar. Mais depressa as subiria, lá para o Verão, para o Raw ou Smackdown, ainda como dupla. Têm funcionado muito bem juntas.

Johnny Gargano - Um ano muito agitado e cheio de diferentes emoções para Johnny Wrestling. Começou o ano a perder os NXT Tag Team Championships mas não estava aí a queda. Ainda continuariam a caça aos títulos que, mesmo saindo sempre derrotados pelos Authors of Pain, era em excelentes combates que garantiam que os #DIY ainda eram uma força a ter em conta e sob muita atenção. Mas nem todos achavam isso e era alguém dentro da própria dupla que se opunha a essa ideia. 

O momento em que Tommaso Ciampa ataca o parceiro Gargano será, sem dúvida, um dos momentos mais "heartbreaking" do ano. A lesão de Ciampa não permitiu a rivalidade ser resolvida de imediato e Gargano entrou num período complicado de se tentar encontrar a ele mesmo. Rivalizou com Cien Almas, para quem perdeu uma oportunidade ao NXT Championship e mostrava dificuldades em conseguir uma vitória significativa e impôr-se no plantel. Estava construído um bom underdog por quem se torcia que singrasse. Singrou. Antes de acabar o ano, consegue a "upset" e surpreende tornando-se candidato ao NXT Championship, lá está, de Cien Almas. Isso e a participação da esposa no Mae Young Classic constituem um bom final de 2017. 

2018 começa com o campeonato e a contratação de Candice, logo tem tudo para ser ainda melhor. Apesar de tudo, não acredito que conquiste o título. Mas acredito que encontre um velho amigo em 2018...


Kairi Sane - Figura importantíssima e com um feito muito grande no seu ano, apesar do seu pouco tempo. Kairi Hojo, chega à WWE como Kairi Sane e integra o Mae Young Classic onde impressiona os que ainda não a conheciam e se torna uma favorita instantânea para quem já conhecia. E o favoritismo manteve-se e foi-se justificando ao longo da participação da pequena pirata. A sua Elbow Drop levou-a à grande final, que venceu. 

Enorme feito que ninguém lhe tira, vencedora do inaugural Mae Young Classic, já estabelecida como uma estrela do NXT, com essa vitória a assegurar-lhe a chance ao título. Não venceu mas mais oportunidades verão e acredito em Kairi Sane com o NXT Women's Championship em 2018. E terei muito gosto em vê-lo.

Kassius Ohno - Acabava 2016 e havia uma notícia surpreendente a correr por aí. O regresso de Kassius Ohno à WWE. Dado os assuntos que o levaram à saída, não se esperava novos contactos. Mas ele realmente veio e até apareceu de forma discreta, como um mero figurante no backstage a reconfortar Shinsuke Nakamura após uma perda de título deste. Era o sinal. Lá se confirmava a sua presença e foi-se fazendo notar. 

Chegou logo para competir pelo NXT Championship, mesmo que não o conquistasse. Dar-se-iam rivalidades com os SAnitY e Hideo Itami, a resultar em bons combates. Recentemente quis Lars Sullivan e a coisa correu-lhe mal. Ohno tem sido um misto de estrela ascendente à espera da subida para o plantel principal e veterano a ajudar a malta nova. Ou pode-se dizer que anda a ajudar os rookies e que será chamado assim que tiver a sua missão cumprida. E pode ser já em 2018, não precisa do NXT Championship antes, pode já competir no Raw ou no Smackdown, ainda sem retirar aquela camisola.

Lacey Evans - Lacey Evans já faz parte da família NXT desde 2016 e chegou a apresentar-se ainda como Macey Estrella, seu verdadeiro nome. Foi em 2018 que a reformularam como Lacey Evans e aproveitaram o Mae Young Classic para a lançar com mais ímpeto. Parece ser o tipo de competidora que gostam e tem uma boa presença e é dotada em ringue. É das que acredito que eles darão uma mãozinha a crescer em 2018. Não me importo. Parece começar o ano a estabelecer-se como vilã, logo parece que terá aí por onde pegar para começar. Veremos como correrão as coisas à jovem mãe e ex-Marine.

Lars Sullivan - Ainda agora leram o nome dele e veio-vos logo à cabeça aquilo que o identifica: destruição. Lars Sullivan, que já estava contratado há uns anos, finalmente se apresentou como o grandalhão que perdia combates de equipas porque lhe davam parceiros pequenos e frágeis que não aguentavam a carga da tarefa. E ele dava cabo deles. Mostrou que não era só tamanho e paleio ao destruir esses magarefes todos de uma vez e iniciava-se o push de mais um monstro. 

Rivalizaria com No Way Jose e Kassius Ohno e acaba o ano já a querer caçar o NXT Championship. Tem tido bons desempenhos e parece estar a impor-se bem. Dá para ter boas expectativas do que possa vir com Killian Dain, pelo que já mostraram. Não sei se virá ouro, mas vejo um 2018 com potencial para se tornar uma espécie de Braun Strowman de segunda divisão no NXT. Parece ter o suficiente, para já, para o que é.

Lio Rush - Já conhecido como um impressionante voador e um bumper louco em ringues notáveis como a Ring of Honor e a CZW, chega a WWE no Verão e até agora, especulam-se duas coisas: quão certa é a sua queda e desinteresse para o 205; quanto tempo até outro tweet despropositado sobre o despedimento de alguém que o meta em sarilhos e o faça ser despedido também. Isso foi pouco depois da sua apresentação e ainda não o fez com vitórias, estando ainda na fase de aprimoramento para outros. A coisa já acalmou e parece que 2018 é para tomar um rumo. Uma sova bem levada fê-lo dizer coisas estranhas que sugerem remodelação de gimmick. Temos um 2018 para o ver. Nem que seja na CZW outra vez, visto que é possível. 


Nikki Cross - Apesar de integrante de um grupo que será aqui listado no seu conjunto, tem a sua divisão para competir e onde se tornou notória e fez estragos. Mas estragos dos bons. A antiga Nikki Storm foi para o NXT para ser Nikki Cross, doida varrida e portadora da maior percentagem de loucura naquele grupo de tolos que são os SAnitY. E adoramo-la assim, também não consigo negar uma paixão por ela para aqui pouco chamada, não dá. Mas ela tem mais a acrescentar a isso, muito mais. 

Muito over com os fãs e com desempenhos em ringue a condizer, protagonizou alguns grandes combates e grandes momentos em combates com Asuka ou as Iconic Duo. É alguém a quem sempre se via o NXT Women's Championship indicado e a ficar-lhe bem. Se calhar não vão por aí e, em termos de ouro, ainda terá que ver o do grupo. 2018 tem espaço para muita coisa. Quer para acompanhar a rapaziada até ao Raw ou Smackdown, no caso de uma subida, para andar depois a fazer a vida negra às rapariguinhas por lá. Ou continuar a berraria e loucura até conseguir algum feito só seu aqui mesmo no NXT. Quando se ri do sofrimento das outras torna-se a minha lutadora favorita, vamos lá recompensá-la por isso.

No Way Jose - Quem tem assistido ao NXT assiduamente até à última, já viu que No Way Jose fez uma promessa para 2018. De voltar em força. Porque tivemos No Way Jose em 2017 mas foi pouco e quase que deu para desvanecer a sua popularidade. Superstar divertido - daqueles cuja gimmick vejo a falhar no plantel principal porque nunca sabem capitalizar na malta que é divertida no NXT - e mais que suficientemente competente em ringue, é um bom acréscimo a qualquer midcard, seja o do NXT ou do Raw ou do Smackdown. Esteve ausente durante uma boa parte do ano e o que o mais ocupou foi uma rivalidade com os SAnitY que, como podem imaginar, envolveu-o muito a levar na boca. Diz que 2018 é que vamos dançar muito com ele. Que venha daí!

Oney Lorcan - Um tremendo lutador que aqui têm e que, para mim, será o derradeiro "Dark Horse" subvalorizado. Ainda não é dos mais regularmente utilizados e não esteve ainda envolvido em alguma storyline significativa. Sabem o que ele fez no NXT? Combates excelentes. Recordem os embates de pancadaria que teve com Andrade "Cien" Almas, Hideo Itami ou, claro, Danny Burch. Combates que apenas estavam agendados no card do programa semanal para ter acção e que não levavam história ou rivalidade prévia. E que espectáculo que era montado sempre. 

Ali discreto, mas Oney Lorcan - já com fama nas independentes, que por acaso ainda não tinha total conhecimento - vai começando a tornar-se um dos meus wrestlers favoritos actualmente. E o seu 2017 ainda foi de mero estabelecimento. Que 2018 seja um ano de muita porrada velha ao lado de Danny Burch. Ainda bem que a sua visita ao 205 este ano foi só uma visita e não uma estreia oficial. Não lhe via qualquer aproveitamento por lá!


Pete Dunne - Há muitas apresentações a fazer a um dos novos Superstars que mais cabeças tem virado ultimamente? Jovem Inglês e participante no torneio pelo United Kingdom Championship, onde foi finalista, chamou logo a atenção de quem ainda não o conhecia pela sua atitude, maneirismos e incríveis dotes em ringue. Visitou o nosso país antes de o vermos na TV da WWE, com quem assinou com uma liberdade limitada de competir em independentes. 

O que fez Dunne em 2017? Há grande coisa a destacar além de ter sido uma das principais figuras do torneio, protagonizar lá alguns dos seus melhores combates e segmentos, tornar-se United Kingdom Champion mais tarde num muito sério candidato a combate do ano, dominar por onde passa, ir ao Raw em terras da sua rainha derrotar o Cruiserweight Champion e ter a popularidade a arrebatar? Nada demais, certo? Pronto, para 2018, continuará Campeão, não sabe dar maus combates e as suas "asas" para fora da companhia permitir-lhe-ão o insólito confronto com o actual Campeão Mundial do Impact Wrestling, enquanto detentor de um título da WWE. A vida vai correndo bem a este sacanita da minha idade!

Riddick Moss & Tino Sabbatelli - Já é sabido que sou um gajo que tem o total respeito por todos os wrestlers e o que fazem em ringue. Absoluto. Mas que, como qualquer outro, também tem a sua voz para dizer quando simplesmente não gosta de alguém. E, por acaso, não gosto destes dois. Mas lá está, não lhes retiro nada, não quero ter que sublinhar sempre isso. Também não sei quanto gostarão e quanta fé terão os próprios oficiais na dupla de Moss e Sabbatelli quando lhes dão uma gimmick de gajos ricaços apaixonados por eles próprios e pelos seus músculos, cujas breves feuds de semana e resolução imediata são desencadeadas por alguém tocar ou olhar para o carro deles. Intriga-me que tenham um carro para os dois, só isso, ainda não há algo a suscitar-me interesse. 2018 será de desenvolvimento, estou sempre aberto ao seu crescimento!

Roderick Strong - Roddy Strong foi, inevitavelmente, uma das estrelas mais notáveis do NXT em 2017. Foi uma das ruidosas contratações de um veterano já bem experiente, que lá chega com companhias de renome e títulos Mundiais no currículo. Pode não ter sido NXT Champion mas foi um dos seus mais árduos pretendentes, ocupando muito do seu tempo a caçá-lo. Começou o ano na feud colectiva com os SAnitY e, tendo o estatuto para isso, pode voltar - de novo - a sua atenção para o NXT Championship de Bobby Roode, sem sucesso, e de novo o de Drew McIntyre, também sem sucesso. 

O problema não parecia ser propriamente seu, que havia sempre algo que o impedisse. Há que lembrar que a sua rivalidade com Roode foi muito pessoal. Mas talvez os Undisputed Era achassem que fosse e ofereceram-lhe um lugar na sua equipa. Só naquela para ter a certeza que o seu nome não-oficial seria algo como "Ring of Honor Warriors." Recusou, aliou-se aos Authors of Pain e também integrou o histórico WarGames, para garantir que o raio do combate tinha um bom elenco. Não teve sucesso lá e fechou o ano a voltar a tentar a sorte pelo NXT Championship mas Lars Sullivan não lhe permitiu. Parece ser para ele que as atenções estão voltadas no início deste ano, que pode não ser bom para ele. 

Mais um 2018 de caça ao título, sem sucesso? Eu, talvez a meio do ano, já procurasse um lugarzinho bom para ele no Raw ou no Smackdown, se não o fossem desperdiçar e arrumar para a beira do prato.

SAnitY - Ano para continuar a estabelecer a bizarria que são os SAnitY, uma equipa interessante. Eric Young, Alexander Wolfe, Nikki Cross e Killian Dain que viria a substituir Sawyer Fulton. Young e Wolfe viriam a focar-se mais na divisão de equipas, o tamanho e atletismo impressionantes de Dain dar-lhe-ia alguma atenção a solo e Nikki Cross até já teve a sua entrada à parte pelo seu papelão na divisão feminina e por coisas épicas que lá fez. Logo é um grupo para se fazer notar e sentir. 

A culminar em Agosto quando finalmente conquistariam o ouro de equipas. Mas como não é difícil gostar deles, precisavam de alguma vulnerabilidade e os Undisputed Era são Heels excelentes, acabaram o ano com uma Face Turn pouco ortodoxa e uma perda dos cintos. Pelo meio também integraram o histórico WarGames, do qual Wolfe tirou profundas marcas? Repararam ou lembram-se dos espertos que espalharam o rumor de que ele tinha morrido em ringue e até lhe editaram a página da Wikipédia? Deixem lá, foquemo-nos no bom que os SAnitY fizeram e no que podem vir a fazer no plantel principal em 2018 se não fizerem borrada. E há que sublinhar essa parte.

Shayna Baszler - Sim, nós sabemos que ainda vamos ouvir falar muito dela. Notória ex-lutadora da UFC, só vêem nela dinheiro e terá muitas oportunidades com facilidade. Tem um estilo de luta mais avançado que a maioria? Sim. Mas já está totalmente adaptado? Mais ou menos, ainda pende muito para lutar como se estivesse no octágono, o que pode não ser seguro para as suas colegas. Mas tem-lhe sido benéfico em marcar o seu estilo e estabelecê-la como vilã. No torneio, onde chegou à final, derrotada apenas por Kairi Sane e no NXT, onde a mesma Kairi Sane foi a sua primeira vítima. 

A sua derradeira estreia foi mesmo no último NXT de 2017, logo o seu ano foi marcado pela contratação, mediatismo e pelo Mae Young Classic. Em 2018, já sabemos que lhe vão dar muita coisa. Só peço é que não andem com tanta pressa assim. E também já estamos muitos a antevê-la na Rumble frente-a-frente com uma outra velha amiga...

Street Profits - Corrijam-me se estou errado mas tenho esta ideia. Fora retornados como Kassius Ohno ou Drew McIntyre, Angelo Dawkins deve ser o maior veterano ali no NXT. Mas não propriamente no bom sentido. Mais no sentido... Está lá desde 2012 e nunca arranjaram nada que pegasse, passando a maior parte do seu tempo como jobber. Também lhe caiu um anjo do céu na forma do hiperactivo e muito carismático Montez Ford. 

Juntos chamam-se Street Profits e têm impressionado a plateia. A sua energia e carisma deixou-os bastante over com os fãs - aquele Ford tem bichos carpinteiros em recantos do equipamento, só pode - e têm boas reacções. E mesmo que ainda estejam a estabelecer terreno, ainda não perderam desde que chegaram. É tempo de começar a olhar para os NXT Tag Team Championships e parece já ser para lá que pendem as vistas ao começar 2018. Boa sorte, Dawkins! É desta, pá!

Taynara Conti - E volta a falar-se em Português aqui! Agora com esta linda carioca que também já tem causado furor no seu país, o mesmo de muitos nossos estimados leitores. Já chegou em 2016 mas ainda está a estabelecer-se. Teve os seus momentos, já participou no Mae Young Classic, onde recebeu todo o apoio da sua numerosa nação, e já teve uma pequena participação numa storyline, ao aliar-se temporariamente aos Undisputed Era para tratar de Nikki Cross, mesmo que sem sucesso. 

Já a conhecemos bem, já caímos todos por ela e já sabemos que podemos contar com o Mauro Ranallo para saber dar aquele toque de sotaque Brasileiro no nome "Conti". Admito que isso me impressionou. Em 2018 sei que estarão todos por aí a torcer pelo crescimento dela, assim como também eu me juntarei. Será em conjunto com o colega já aqui listado?

TM61 - Eram uma grande promessa na divisão de equipas mas não foi em 2017 que puderam confirmar e explorar isso. Uma lesão colocou Shane Thorne de fora durante todo o ano, sem que Nick Miller pudesse competir a solo. É verdade, individualmente talvez não dêem em muito e eu próprio ainda não aprendi bem qual é qual. Mas, como equipa, a dupla Australiana tem tudo para ser uma das grandes valias do wrestling de tag team da WWE. O seu 2018 começa com o regresso que recebe hype e vinhetas a lembrar quem eles são. Não é mal pensado. Acredito em ouro à volta das suas cinturas este ano.

Tommaso Ciampa - Podia ter sido uma das principais estrelas do ano, mas teve o azar de ser arrumado por uma séria lesão que o afastou dos ringues até agora, acabando o ano de baixa. Terão que reler a primeira parte do ano de Johnny Gargano, porque foi a mesma, fizeram-no lado a lado. Mas, lá está, Ciampa marcou bem o ano com uma das maiores e mais marcantes turns de 2017, quando se virou ao parceiro e amigo próximo num bruto ataque que deixou Gargano desamparado e o público quase tanto como ele. Sem ter levado directamente na boca. Mas foi uma bofetada na mesma. 

Aí começaria um percurso brilhante como Heel. Mas... a lesão. Deve voltar já. Levante o braço quem acredita que ele vai custar o título ao Gargano já neste TakeOver? E quem acha que ele ainda pode retomar todas as maldades que planeava para o ano passado?


Tyler Bate - O outro tal da divisão Britânica que tem viradao tantas cabeças quanto Pete Dunne. Posso fazer isto de forma semelhante ao que fiz com Pete Dunne, a tentar fazer compreender os medíocres feitos que este rapaz tem conseguido. 

Há mais para salientar do seu 2017 além de ter sido integrante no torneio pelo United Kingdom Championship e ganhar mesmo esse torneio e tornar-se o primeiro UK Champion da história? Aos 19 anos? À porra dos 19 anos? E ser o outro integrante do tal "combate do ano" no qual perdeu o título para Pete Dunne? É um lugar assim tão pequeno que ele conseguirá ter na história? Então se não vos chega - se forem loucos ou tiverem batido com a cabeça - lidem lá com isto: parece que já anda aí na brincadeira com a Liv Morgan. É, acho que teve um ano e anda a ter uma vida mais fixe que a vossa/nossa. Com 20 anos!...

Vanessa Borne - Mais uma das rookies menos experientes, com a maior parte da sua formação no próprio Performance Center, formada na casa, que já tem o seu tempo mas que ainda precisa de ir marcando o seu território. Ainda apareceu como Danielle Kamela, seu verdadeiro nome mas lá devem ter achado que ficava muito próximo de Carmella e inseriram-na no Mae Young Classic omo Vanessa Borne. Fez parte do torneio e integrou oficialmente o plantel, ainda a começar por baixo. Foi o seu 2017, o de chegada. Já lhe demos as boas-vindas e desejamos-lhe o melhor para 2018. Há trabalho pela frente!


Velveteen Dream - Uma das revelações do ano. Pela primeira metade do ano vagueou como Patrick Clark e foi aparecendo esporádicamente e foi já apresentando os primeiros traços da sua actual gimmick. Desapareceu por um pouco e voltou já completamente remodelado como Velveteen Dream, começando a dar nas vistas. Mas foi quando encontrou um rival em Aleister Black que as coisas se deram. 

O ex-participante do Tough Enough teve ali uma das rivalidades do ano - rivalidade do ano? - e um dos combates do ano - combate do ano? - onde tudo, desde a construção, ao combate, à psicologia durante ambos, ao mero pormenor do pós-combate, foi perfeito e muitíssimo bem conseguido. Uma tremenda revelação para mim que ainda conhecia pouco dele e fiquei muito surpreendido e agradado. Das estrelas do ano no NXT ou, lá está, uma das principais revelações. É não demorar muito a colocá-lo a lutar pelo NXT Championship em 2018.

Wesley Blake - O antigo parceiro de Buddy Murphy. Em 2017 apareceu tanto ou menos quanto ele. Mas este não está noivo da Alexa Bliss, logo a sua vida já é consideravelmente menos fantástica.

Futuro já feito


Asuka - O ano de Asuka foi enorme mas facílimo de resumir. Foi sempre NXT Women's Champion enquanto lá esteve. Ninguém a derrotou. Ninguém foi capaz. Apenas lhe foi retirado o título quando se tornou um peixe muito grande para um lago pequeno e partiu para o Raw. Foi lá que passou o resto do tempo, estreou em PPV e, claro está, ninguém a derrotou. Ninguém foi capaz aí também. Ainda é coisa para durar mais um tempito. Forte candidata e aposta para vencedora da primeira Royal Rumble feminina para seguir e tornar-se Raw Women's Champion na Wrestlemania. E ninguém a derrotar. É um percurso fácil de resumir, tem um certo padrão.

Bobby Roode - Deixou lá a sua marca como um dos Superstars do ano no NXT. Começou logo o ano com esse mediano e vulgar feito que é ser NXT Champion. O mais velho da história, por acaso. Vindo já como veterano, até nem necessitava disto para se estabelecer, já ele teve títulos Mundiais fora. Mas conquistou o título a Nakamura e foi capaz de reter contra ele, Kassius Ohno, Hideo Itami e Roderick Strong, numa feud muito boa e pessoal. Tal garantiu-lhe um reinado longo e rico. 

Prontíssimo para subir já estava ele antes disso, mas assim que deixou o cinto para Drew McIntyre e o SummerSlam passou, rumou ao Smackdown, onde rivalizou com Dolph Ziggler, Dolph Ziggler e Dolph Ziggler de novo. Como já é uma estrela, não será difícil ter um bom 2018, que já começou lindamente. Entrou no ano a tornar-se United States Champion de uma forma que dá para antever que entre em feud com Dolph Ziggler. Pronto, tirando o vasto leque de rivais, 2018 será um bom ano para Roode porque já está mais que formado e poderá até tentar a sua sorte pelo WWE Championship.


The Bollywood Boyz - Ma' boys! Ninguém adivinharia a importância que estes dois pequenos viriam a ganhar. Eram usados onde havia um espaço vago, como no Dusty Rhodes Tag Team Classic, no Cruiserweight Classic ou no primeiro episódio do 205 Live. Eram dois Indianos que dançavam muito porque ainda lhes queriam dar estereótipos mais positivos. Eram alegres. De resto, eram usados para jobbar porque, com aqueles tamanhos e jeito para o bump, eram propícios para isso. 

Mas se eram "aproveitados" basicamente "onde coubessem", encontraram um lugar estupendo para eles. Como ferramenta essencial de Jinder Mahal, durante o seu reinado como WWE Champion e até agora. Colocou-os numa posição central no Smackdown, a fazer barulho que lhes dava bom heat e presenças assíduas em cenários de main event. Seja ainda ao lado de Jinder ou como uma tag team emancipada, têm-se saído muito bem em 2017 e só lhes desejo outro óptimo ano agora em 2018.

Elias Samson - Sim, ele saiu daqui ainda com um último nome. Um caso curioso. antes da sua lesão, era um gajo carregadinho de heat legítimo, as pessoas não tinham paciência para o ver e ouvir e nem o faziam ouvir-se. Quando ele regresso, a malta apercebeu-se que adorava odiá-lo e ganhou popularidade. Isso ao longo do primeiro trimestre deste ano e até perder para Kassius Ohno num "Loser LEaves NXT." Voltou com um angle cómico em que lutava mascarado, como "El Vagabundo", enganando absolutamente ninguém, e já com o povo a torcer por ele ao aperceber-se que iam ficar sem ele. Pelo menos por ali. 

Estreou no Raw, a vaguear, depois da Wrestlemania e foi o caso mais caricato, o oposto de muitos que sobem do NXT: alguém que melhorou e tornou-se mais importante e relevante depois de subir do NXT. Há algo em Elias. E agora todos queremos caminhar com ele.

Hideo Itami - Azarado com as lesões, já teve chance de fazer mais umas coisas após o primeiro trimestre de 2017. Lutou pelo NXT Championship e até se chateou, permitindo uma Heel Turn e consequente feud com Kassius Ohno. Muitos combates físicos preencheram essa sua estadia, incluindo um sangrento festival de pancadaria com Oney Lorcan. Após algum repouso, estreou no 205 em Novembro, promovido meramente como um Cruiserweight. As reacções são fracas, a sua caracterização é fraca, o seu apelo não consegue também ser mais forte que isso. Estava melhor ainda no NXT, se não lhe viam uma subida melhor.

Liv Morgan - Não a esperaria já aqui. Tal como a Aliyah, sua amiga, também sempre gostei muito dela mas via-a ainda verde. E nem a vimos assim tanto em 2017, eventualmente tendo o seu regresso para algo que parecia a sua reconstrução e relançamento no NXT. Foi ainda a meio disso, com pouca espera, que foi chamada ao Smackdown para se juntar a Ruby Riott e Sarah Logan nas Riott Squad. Lá já se vai ocupando com algo maior e com uma nova atitude, representando agora como Heel. Ainda pode continuar a amadurecer lá.

Mandy Rose - Surpreendidos porque a viam pouco no NXT? Então vejam lá, ela só teve duas aparições lá em todo o seu percurso. Mas o que se sabia dela era que, com aquele aspecto e presença no Total Divas, era muito underrated por ninguém a levar a sério e esperar apenas mais uma modelo a fazer que faz. Mas ela desenrasca-se bem e nem teve muita chance de o mostrar no NXT, tendo agora o Raw como palco, ao lado de Paige e Sonya Deville nas Absolution.

The Revival - Em 2017 já estavam a olhar para a frente. Os seus grandes feitos e a sua enorme marca já tinha ficado no ano anterior. Foi só aguentar um pouquinho mais a aquecer no NXT, durante o primeiro trimestre antes da Wrestlemania, onde até tentaram recuperar os NXT Tag Team Championships só naquela, enquanto ali estavam eram dignos daquilo. Rumaram ao Raw onde só encontraram azar. O seu caso nem é má utilização, é mesmo azar que atinge um diferente membro com uma lesão de cada vez, de modo a forçá-los a ficar parados durante demasiado tempo. Fecharam o ano activo, ao menos, agora esperemos que 2018 só lhes traga sorte e os Raw Tag Team Championships. A esta equipa de "professional wrestlers", como eles já gostaram de sublinhar.

Ruby Riot - A sua ascensão foi rápida, visto que só chegou à WWE no final de 2016 e estrearia no NXT em Março, aliando forças com Tye Dillinger, No Way Jose e Roderick Strong, no combate aos SAnitY, para haver uma força feminina que fizesse frente à doida da Nikki Cross. Competiu pelo NXT Women's Championship e rivalizou com Sonya Deville depois disso. E em pouco mais de meio "em desenvolvimento", foi chamada ao Smackdown e logo para liderar o seu grupo, as Riott Squad. Com isso, veio a ganhar duas coisas: uma nova atitude de vilã e uma letra extra no nome, sofrendo a tremenda transformação de Ruby Riot para Ruby Riott. Não importa, o que importa é que lhe vai correndo tudo bem e é uma candidata perfeitamente apta ao Smackdown Women's Championship em 2018.

Samoa Joe - Pouquíssimo a dizer. Foi só um curto período de espera, um Janeiro a fazer tempo até à chamada. Um combate no NXT e, no final do mês, rumou ao Raw, onde parece andar a divertir-se a dar cabo de gente, fora uns azares com lesões pelo meio.

Sarah Logan - Também não fez assim muito no NXT. Contratada já em 2016, apresentou-se em 2017, inicialmente como Sarah Bridges, seu nome verdadeiro e pouco depois já como Sarah Logan. Ainda era utilizada meramente como talento de aprimoramento, leia-se jobber. Foi no Mae Young Classic que foi lançada. E antes de a vermos a continuar o seu progresso no NXT, vimo-la logo no Smackdown, junto a Liv Morgan e Ruby Riott nas Riott Squad.

Shinsuke Nakamura - Foi já o seu ano de saída. Começou o ano já a passar o testemunho a alguém e perdeu o NXT Championship - já o seu segundo - para Bobby Roode, continuou a trabalhar com ele a rivalidade até o seu rematch e já estava pronto para outra. Era algo que se aguardava desde a sua chegada. Após a Wrestlemania, partiu para o Smackdown onde seria inevitavelmente notório mesmo que ainda não aproveitado ao máximo com algumas feuds abaixo do seu padrão, mesmo que tenha desfrutado da candidatura o WWE Championship. Continua a ser um Superstar de topo e 2018 não lhe trará menos. Ainda é um dos favoritos para vencer a Royal Rumble e minha principal aposta. Ou desejo. É capaz de ser isso.


Sonya Deville - Até nem foi assim tão activa quanto isso e, por algum tempo durante o primeiro trimestre, ainda se chamou Daria Berenato. Mudaram-lhe o nome e realçaram ainda mais a gimmick do background de MMA e até se mostrava interessante no ringue. Mesmo depois disso, não foi investida em algo muito significativo até uma feud com Ruby Riot, que conclui já quando estava de saída. Mesmo não tendo assim tanto tempo de TV no NXT, foi chamada ao Raw, para se juntar a Paige nas Absolution e partir tudo. Tem-lhe corrido bem, para já.

Tye Dillinger - A sua estreia foi básica mas genial. Entrar na Royal Rumble no número 10, pois claro. Mas até aí foi a genialidade no plantel principal. Depois disso, ainda teve uns assuntos para tratar aqui no NXT, ao lado de Kassius Ohno, Roderick Strong, No Way Jose, Ruby Riot e toda a malta que rivalizou com os SAnitY. Depois da Wrestlemania é que rumou oficialmente ao Smackdown onde viria a marinar demasiado, apenas com pouco mais além de uma candidatura ao United States Championship para contar. Esperemos-lhe um melhor 2018, que 2017 não foi propriamente um 10.

Pronto, não há a divisão de categorias mas já dá para ver, pelo andar da carruagem, que é por aqui que se fica a listagem. Fico, como sempre, a esperar que tenha sido do vosso agrado e que se sintam encorajados a comentar, sobre o passado e futuro desta malta, dos que subirão, dos que já subiram. O que está aqui, mas vindo de vós. Na próxima semana ainda regresso, sim, daqui a nada estamos no Verão e eu ainda a olhar para 2017! Será o último referente à WWE, antes de partirmos para outras vizinhanças, com uma revisão mais breve dos renegados que são os Cruiserweights. Marquem presença na próxima semana para a Folha do 205 Live! Fiquem bem, boa Rumble a todos e até à próxima!

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