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Brock Lesnar: Death Clutch - Parte III (Cap. 27 - Parte 3) | Literatura Wrestling


Com o objetivo de divulgar histórias contadas pelos próprios lutadores em livros adaptados e traduzidos pelos colaboradores deste blog, a Literatura Wrestling trás, nestes próximos meses, toda a vida de uma das estrelas mais conhecidas no mundo do wrestling atualmente num só livro.

Semanalmente será publicado uma parte do livro "Brock Lesnar: Death Clutch", escrito e publicado em 2011 pelo próprio Brock e por seu amigo de longa data, Paul Heyman, começando pelo prefácio e acabando nos agradecimentos (parte final do livro). Esperemos que gostem das histórias!


Parte III: A Espada na Minha Garganta
“NEW JAPAN PRO WRESTLING (Parte 3) Brock Lesnar vs. WWE. WWE vs. Brock Lesnar"

Antes de chegar alguma vez a esse último combate com Kurt, eu tinha gastado uma fortuna a lutar contra uma grande empresa, de grande capital que tinha recursos ilimitados. A WWE fez um excelente trabalho em fazer-me gastar uma quantidade absurda de dinheiro a lutar pelo simples direito de sair e trabalhar para ganhar a vida, mas o dia do julgamento era iminente.

Em fevereiro de 2006, o juiz mandou-nos entrar no que é chamado de mediação, que é uma tentativa de resolver o caso antes de um julgamento, em frente a um juiz federal, em Bridgeport, Connecticut. Se não fossemos capazes de chegar a um acordo, o juiz iria finalmente decidir a moção que eu tinha movido quase um ano antes, para ter o meu acordo de não competição declarado como sendo um inútil pedaço de porcaria. A WWE estava a fazer diversas coisas para atrasar que isso acontecesse, mas o que eu ia fazer, uma vez que eu era um homem livre?

A mediação foi agendada para o dia após o Super Bowl, então David Olsen e eu voámos e apanhámos parte do jogo no bar do hotel. Nós levantámo-nos na manhã seguinte e fomos para o tribunal, e eu não estava a ter alguma esperança de que a WWE iria aceitar qualquer acordo, porque Vince McMahon não iria permitir-me mostrar que os seus acordos de não competição eram inaplicáveis.

A WWE alegou que a minha exigência de liberdade era ultrajante. Eu achava que as ofertas da WWE eram um insulto. Continuamos a discutir de trás para a frente e vice-versa, e eu só queria sair e ir para casa, mas o juiz ordenou que fizéssemos as coisas desta maneira, portanto, finalmente saiu o esboço de um acordo.

A resolução do processo foi a decisão certa a fazer, porque se ele fosse a julgamento, e mesmo se eu ganhasse na corte, haveriam recursos e mais atrasos, e eu só queria acabar tudo isto e seguir em frente com tudo. A WWE estava motivada para resolver, porque eles não queriam um tribunal público a declarar que as suas cláusulas de não competição fossem ilegais. Aquilo abriria as comportas e os levaria a todos os tipos de problemas com outros lutadores que poderiam estar a pensar em sair.

Eu fui avisado pelos meus advogados de que não posso entrar em detalhes aqui sobre os termos do acordo, porque isso é confidencial. Que bosta de cavalo. Fiz alguns compromissos, e assim como a WWE também os fez. No final, nós ambos fizemos um acordo com o qual poderíamos viver.

Aí estava. Eu não revelei quaisquer detalhes, mas vocês entenderam o ponto. A WWE não foi desmoralizada, e eu era um homem livre, com toda a minha vida pela frente e a capacidade de escolher como eu queria ganhar a vida para que eu pudesse alimentar a minha família. Tudo o que eu tinha que fazer agora era tomar a decisão sobre o que eu queria fazer.

Eu não tinha que pensar sobre isso por muito tempo. Eu queria competir como um verdadeiro atleta. Eu queria-me testar. Falei sobre isso com Rena, que era agora a minha esposa, e ela garantiu-me que ela apoiaria qualquer coisa que eu decidisse que fosse fazer. A minha esposa sabe que eu sou um competidor, e que a competição é o que me motiva. Está no meu sangue. É o que eu quero fazer. É o que eu fui feito para fazer.

Em 2006, a indústria dos combates estava a ganhar força e a receber muita atenção séria dos meios de comunicação. Parecia-me que não havia dinheiro a ser feito, amenos que eu agitasse um pouco de barulho e agarrasse a atenção de todos novamente. Eu sabia que não seria fácil, mas nada que valha a pena na vida sempre é.

A minha batalha legal com a WWE ficou para trás. Assim como a NFL, e a minha dança com a vodka e os Vicodins, e, também, a New Japan Pro Wrestling. Era hora de voltar a fazer o que era um instinto para mim, o que eu tinha sido treinado para fazer desde que eu tinha cinco anos.

Então, olhando para o próximo grande desafio na minha vida, eu entrei no mundo das artes marciais mistas. Uma completa nova aventura estava prestes a começar.


Traduzido por: Kleber (nWo4Life)

Adaptado por: FaBiNhO

No próximo capítulo: A terceira parte do capítulo 27 do livro de Lesnar, onde ele fala sobre a última confrontação judicial com a WWE! Se você perder o próximo capítulo, ganhará uma passagem só de ida para Suplex City!
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