DezTaques da Semana (01.11.2015 - 07.11.2015)

Bem-vindos a mais um DezTaques da Semana que, como podem esperar, traz notáveis más notícias misturadas com a habitual análise ao produto televisivo desta nossa modalidade favorita. Eram coisas boas a acontecer de um lado e um tombo devastador a acontecer do outro. Semana agitada a recordar:

10 - Velhas amizades

Um reencontro no Monday Night Raw que já era de esperar. Em termos de acção em ringue, pouco a apontar para o novo United States Champion Alberto Del Rio que venceu R-Truth com pouca dificuldade e com pouco assunto. R-Truth até é um ex-Campeão mas isso não é algo de que toda a gente se lembre. Era um mero jobber aqui. O que é de principal interesse aconteceu no backstage com Zeb Colter a reencontrar um velho amigo seu: Jack Swagger. É de lembrar que Colter reintroduziu Swagger nas luzes da ribalta, em direcção a uma Wrestlemania e foi precisamente contra Alberto Del Rio. Logo é normal que o também ex-United States Champion estranhe e queira um esclarecimento ou dois. Já esperávamos. No Raw foi só esta troca de palavras, mas no Smackdown, Alberto Del Rio derrota Neville mas não fica satisfeito e prossegue o ataque após o combate. É aí que a coisa se intensifica e o Real American interfere contra o Real Meximerican para salvar Neville e oficializar a rivalidade.

Nota: Sabia que Swagger entraria nesta brincadeira. Mas logo até me surpreendeu, foi muito de repente. É que nem se pode dizer que ele não tinha relevância. Ele praticamente não tinha existência além de jobbar em aglomerados de estrelas como o Main Event e o Superstars. Já vai caçar títulos? Pronto, esperança para qualquer um que ande nas ruas da amargura, pode tocar a qualquer um.

Nota2: E o double stomp como finisher é para ficar?

9 -Os dois pólos das Divas do NXT

São mesmo dois opostos e até parece feito de propósito. Podiam ser dois combates a dar ao mesmo tempo, lado a lado no ecrã. E mostra duas Divas em "crescimento" em construção de um eventual push. Uma, deixa-nos de olhos trocados com as manobras e rapidez com que as executa. E não fica a dever nada em termos visuais. A outra realmente só em termos visuais é que nos deixa de olhos trocados e ainda fica a dever tudo em ringue. O primeiro caso, que abriu o NXT, foi o de Asuka que recebeu a já conhecida Cameron e brilhou, ajudando a ex-Funkadactly naquele que foi o melhor combate que já teve. Asuka não precisa de convencer mais ninugém. Mas continua a fazê-lo. Das melhores wrestlers na WWE e nem me refiro só a Divas. Já Eva Marie derrotou a novata Marley - muitas raparigas novas a chegar parecidas com a Alexa Bliss - num combate que mostra que ela, mesmo já aprendendo coisas, ainda está a nível de aulas básicas no Performance Center. Falhou uma big boot e venceu com um finisher péssimo - em defesa dela, aquele finisher ficaria horrível mesmo se fosse bem executado, ela só o fez ainda pior. E a plateia não perdoa. Cantos de "what was that?" não vieram no bom sentido e Eva Marie continua uma fonte de heat andante. E não é do bom heat. Mas lá está, ela é o Yin do Yang da Asuka. Há mais por onde desfrutar!

Nota: Aquele estalo invertido para um armbar? Sim, já o vimos imensas vezes. E ainda o vamos tornar a ver outras tantas ou mais ainda!

Nota2: Começo a ponderar a sugestão do Maffew, autor da Botchamania. Eva Marie faz ainda coisas tão más e entra nos nervos dos fãs com tanta força que parece de propósito.

8 - Brutalidade a três

É a loucura geral no main event da Ring of Honor esta semana. Combinam-se várias histórias aqui. Primeiro, AJ Styles, candidato ao ROH World Championship, tinha um difícil teste como preparação em Adam Cole marcado para esta semana. Isso chamou o Campeão Jay Lethal à mesa de comentários para apreciar de perto. Mas entretanto Adam Cole não deve ser dos que dorme mais descansado porque fez asneira da grossa contra Kyle O'Reilly e este agora está com vontade de o desmembrar. Para lhe fazer o jeito, na semana anterior, Nigel McGuinness transformou este main event numa Triple Threat. Tinha uma história inicial simples: O'Reilly é admirador de Styles e quer ir à tromba de Cole. Mas se tiver que desfazer o Styles para chegar ao Cole então que seja. Rapidamente a história dissolveu-se num festival de grandes spots desempenhados por três atletas de calibre tão alto que até é ridículo. As contas saíram mal a Kyle O'Reilly que, com aquela vendetta a Adam Cole tão patente, acabou por sair por baixo, ao perder precisamente para Adam Cole. Styles sai ileso para manter momentum até ao seu campeonato. É claro que tinha que se montar a barraca e vêm os reforços - os Young Bucks de AJ Styles, os Kingdom de Adam Cole e Bobby Fish e Michael Elgin em suporte de Kyle O'Reilly - que já tinham sido banidos no início do encontro e desatar todos à pancada. Culminou na amostra dos Bullet Club a enterrar as cabeças dos Kingdom no tapete e Jay Lethal a aproveitar a celebração do candidato ao seu título para o confrontar. Foi a imagem que fechou o ROH TV desta semana.

Nota: Apontem, que é verdade: actualmente Jay Lethal é o único Campeão Mundial que se registe nas companhias maiores de wrestling actualmente.

7 - Regressos nas equipas!

É um desenvolvimento que se dá no main event do Monday Night Raw, que terá a sua própria entrada mais à frente. Mas acredito que tenha suficiente destaque por si só. Vem da procura de Seth Rollins em juntar uma equipa para o main event e receber a hilariante sugestão dos New Day. Rollins, que já tinha Kevin Owens, aceita Kofi e Big E mas vê que ainda falta um. É aí que os Tag Team Champions invocam - de forma hilariante, diga-se - o grande regresso de uma grande personagem. Ou melhor, duas: Xavier Woods e o trombone! Até Rollins se deixou contagiar pela música, mesmo que por uns meros segundos. Festa feita mas Roman Reigns também tinha uma surpresa pronta e estava na família: Jey Uso já parece ter recuperado e temos os Usos de volta! E parecem vir em tremenda forma. Os desenvolvimentos podem ser mais especificados na entrada relativa ao main event. Mas já parece haver aqui algum tease para caça aos títulos!

Nota: Há mais na divisão de equipas. Se não forem os Usos a querer despachar o seu regresso e ir directos ao assunto, também os Lucha Dragons já estão a espreitar com a soma de vitórias e o destaque dado. Uma importante vitória sobre Sheamus e King Barrett, equipa que tem andado lançada. 

Nota2: Barrett goza com a taunt dos Lucha Dragons e troca por "Euro! Euro! Euro!". Como Inglês bem sucedido, duvido que ele queira agora mudar a moeda para o Euro, portanto deve ter cuidado com as interpretações que podem advir.

Nota3: Os New Day a "rockar" ao som do tema de entrada de Seth Rollins. Melhor que uma mariscada.

Nota4: No Smackdown, os Usos enfrentaram os Ascension. Ninguém podia fazer a ideia de quem ganhava.

Nota5: E como eles estavam cheios de vontade de antecipar o Survivor Series e repetiram a dose de um combate tradicional de Survivor Series em TV. Onde deram cabo de tag teams em prol de uma equipa muito mais dominante. Os Prime Time Players e os Lucha Dragons perderam, a seco, para a intocável Wyatt Family.

6 - Peripécias do midcard

E envolvendo alguns dos talentos favoritos do público que não saem da cepa torta nem puxados com um gancho. Mas já têm feuds e, mesmo que não saiam ali da zona intermédia, podem atrair atenção, ter rumo e envolvem mais malta da boa. O primeiro caso é o de Dolph Ziggler, que tinha no encontro com o Campeão Intercontinental Kevin Owens um falso alarme de que poderia vir a ter uma oportunidade ao título. Como se essa pudesse ser a sua prioridade actualmente sequer. Tinha que vir Tyler Breeze, claro, dar espectáculo ainda fazendo pouco. Com uma transmissão ao vivo da sua experiência ao pé do ringue, Ziggler dava uma performance boa mas nunca podia fazer tudo o que queria a 100% com Breeze por perto e Owens soube como capitalizar e lá se vai a chance ao título Intercontinental. Ainda deu para umas selfies ao lado de um Ziggler inconsciente que ainda tentava ripostar mas em vão.

O segundo caso é o de Cesaro. Que finalmente pôde fazer figura frente a The Miz. Este é que, coitado, daqui não sai mais, bem que pode continuar a fazer filmes. Cesaro vence com domínio e "dedica" a sua vitória aos mirones que o têm acompanhado até então: os "Cosmic Wasteland" de Stardust e Ascension, com direito à já habitual "Stardust Section". Curioso por ver como esta feud passa para o ringue. Ou o Stardust vai virar membro do público de forma permanente?

Nota: Algo de errado se passava com os tempos e as câmaras durante o embate entre Ziggler e Owens. Primeiro, corta para intervalo imediatamente mal Tyler Breeze entra. Ficou mal no programa. E é correcto que mudem a câmara ocasionalmente para Breeze na sua "zona VIP privada", mas fizeram-no uma vez no momento fulcral de um "kick out" notável e decisivo. Andavam todos trocados.

Nota2: E o que dizer do embate do Smackdown entre Ryback e King Barrett porque sim?

Nota3: Mais passos à volta do Intercontinental Championship. O main event do Smackdown foi constituído por Dean Ambrose e Kevin Owens, que vão constituindo feud. Owens usou uma esperteza à Eddie e fingiu sofrer um golpe baixo para ganhar por desqualificação. Levou na mesma, depois disso. Mas escapou-se.

Nota4: Brinca o Ambrose no Smackdown que se tinha levantado muito cedo nesse dia. Aí pelas 11. Nem sabe ele como é que eu - e muitos - sou aos Domingos...

5 - Divas à porrada mesmo!

É o melhor a fazer com a divisão de Divas, lá com o raio da "revolução" ou coisa que o valha. Não é com inúmeras combinações de combates de equipas. Não é com histórias que vão dar ao mesmo e com comentadores a dizer que já é natureza das mulheres odiar-se todas umas às outras. É deixá-las lutar à vontade, com um propósito e com convicção. Todas tinham uma boa razão para aqui estar: Sasha Banks é a #1 não aclamada, todos os fãs a querem, está a clamar o seu direito; Brie Bella quer levar o título de volta para a Team Bella já que a irmã perdeu o seu rematch e se encontra lesionada; Becky Lynch ainda deve ter a boca de ser irrelevante atravessada e quer impôr-se e ter um combate com a sua amiga por respeito; Paige, já sabíamos que era quem ganhava logo tinha que lá estar. É quem protagoniza a história e já era uma candidata ao título não oficial. E era isto que era preciso. Um bom combate onde toda a gente se saiu bem, até mesmo a Brie Bella que, sendo a "veterana" aqui, é claramente inferior. Optaram por uma vitória limpa de Paige em vez de uma roubada. Já está marcado para o Survivor Series, mas não será a última vez que ouviremos daquelas meninas que aqui competiram. Principalmente aquela Sasha Banks que tem tanta fome por ouro como os fãs têm por ela com ouro!

Nota: Entretanto, no Smackdown, a Natalya anda à procura de formas de desintegrar as Team BAD ao desafiar a líder. Ela sabia quem era. Ou então não e já houve ali um desentendimento. Entenderam-se rápido e mandaram o músculo - porque não acho que a Tamina seja a líder, nem perto - para perder com Natalya. Já anda ela a criar desordem ali.

4 - Continuam as World Title Series IV

Assim prossegue a estrutura do Impact Wrestling, o que continua a fornecer-nos episódios completos e bem recheados de wrestling sólido. Mais uma vez, competiram grupos diferentes, chegando a ser cada combate de um grupo diferente - estando quase todos representados, apenas com o grupo dos ex-Campeões e os "Future 4" de fora. Um bom rácio de bons combates, mas analisemos cada um: abriu com Knockouts e Madison Rayne conquista os seus primeiros 3 pontos ao derrotar Brooke. O grupo das Knockouts fica marcado por todas as suas integrantes terem 3 pontos; Bram também vence os seus primeiros três pontos no grupo Britânico ao derrotar um alvo "fácil" em Rockstar Spud; Mandrews já fica matemáticamente arrumado do grupo da X Division ao manter 0 pontos, com mais uma derrota contra Manik que tem feito um bom desempenho; Um dos principais destaques da noite seria entre Davey Richards e Eddie Edwards, os Wolves, no grupo de experts em tag team. Nem mais, são eles os Tag Team Champions. Um combate bookado de forma inteligente ao colocá-los frente a frente não só pela competição saudável de ver quem é o melhor entre parceiros mas também porque ainda nenhum tinha pontos e precisavam deles. Não optaram por escolher um melhor e foram pelo caminho que dava mais jeito para criar interesse: o empate que deu um ponto a cada e os colocou, juntamente com Robbie E, a precisar obrigatoriamente de uma vitória para passar. Fica só Matt Hardy já apurado; No grupo "Wild Card", nota-se a vontade de dar o push a Mahabali Shera, que conseguiu mais uma vitória sobre Kenny King; Finalmente, o main event que já prometia qualidade, era no grupo dos "TNA Originals" e colocou dois velhos amigos/inimigos compatriotas em Bobby Roode e Eric Young. Young também era um que precisava de pontos e conseguiu-os ao bater Roode num bom combate. Já falta pouco para acabar a fase de grupos deste entusiasmante torneio e já se começam a compor os dezasseisavos!

Nota: Só uma nota sobre este Eric Young. Não me parece ser geral mas gosto dele nesta forma. Não só porque ele é um excelente performer que consegue trabalhar bem com qualquer coisa que lhe dão, mas também por apreciar as suas promos e shenanigans no backstage antes do combate. Não é propriamente roubar pernas mas já é qualquer coisa...

3 - Agora já come almas!

É a dieta esquisita de Bray Wyatt. Que já o deve estar a deixar com o organismo alterado porque anda aí com uns comportamentos esquisitos e pouco... humanos. Num momento que nos levou a todos uns bons anos atrás, para uns tempos em que o surrealismo cartoonesco e sobrenatural era mais comum, Bray Wyatt invocou poderes que conseguiu absorver das almas de Undertaker e Kane. Um gajo aqui a jurar que era tudo metáforas e parece que o doido se apoderou mesmo deles e até já tem poderes. Sim, ainda estamos a assumir que esses dois homens tinham mesmo poderes. O que se deu pode variar entre o engraçado, o curioso, o sinistro - alguém mais impressionável entre os mais novos - ou o simplesmente parvo. Wyatt invocou relâmpagos, trovões, fogo... Tudo completo com efeitos especiais que nem eram dos superiores e a deixar mais gente confusa do que assustada. Se me importo com isto? Nem tanto, como já disse, isto já vem de outros tempos. E se ele tem agora os poderes de Undertaker e Kane, é porque eles já fizeram destas maluqueiras antes. Dá para levar a sério? Nem por isso. Entretém? Com os gajos certos, é relaxas, ver e deixar andar...

Nota: Será neste tipo de coisas que andará mão do Jimmy Jacobs?

Nota2: Como foi apontado por vários locais nas interwebs, os relâmpagos pareciam formar as letras DX. Isto na verdade é tudo à volta do amor que Bray Wyatt tem pelos 90s...

2 - Main event trabalhoso

E muito bom, sublinhe-se. O que se antevia, um combate fantástico entre dois atletas extraordinários como o NXT Champion Finn Bálor e Apollo Crews. Com grandes implicações, como o NXT Championship em jogo. Com um excelente hype que se focou no background de Crews e na sua vontade de chegar à WWE para vencer. Razões semelhantes para o Campeão tornavam o combate muito especial e tinha dois grandes lutadores que não levavam perder como opção. E sendo com essas implicações e colocando Face contra Face, foi um excelente combate de um lado para o outro, com acção equilibradíssima. E essa acção dava-se entre dois atletas de cinco estrelas e meia, logo foi sempre algo belo de se ver, de início ao fim. A brincadeira do "nenhum podia perder" veio à baila ao fim quando o combate foi interrompido por um Baron Corbin que ficou a dever explicações. Valeu Samoa Joe que salvou o NXT Champion e escorraçou o "Lone Wolf". É a seguir que se dá um dos grandes momentos da semana, o choque que não chocou realmente ninguém. Samoa Joe vira-se a Bálor, consegue uma Heel Turn eficaz e volta a sua atenção directamente para o NXT Championship. Apollo Crews fica com contas a ajustar com Baron Corbin por lhe custar o título. E o povo saliva pelo confronto entre Samoa Joe e Finn Bálor. Já dá para perceber o que vai acontecer e começa a construir-se o Takeover: London.

Nota: Razões para não ser chocante é que já se anda a esperar isto há bem mais tempo. Com a equipa no torneio em homenagem a Dusty Rhodes, muitos pensavam que seria durante o torneio que eles se desentenderiam e seriam eliminados. Não aconteceu e preferiram premiá-los com o troféu, para fortalecer a tal parceria que aparentaria ser inquebrável. Depois vem o tease de Joe a pedir uma oportunidade pelo título, ainda com respeito e competição amigável. Mas é colocado numa battle royal. Seria de esperar que não levasse totalmente a bem. Apollo Crews para Bálor e Tyler Breeze para Joe foram para passar o tempo com algo bom e significativo. A Turn veio mas veio com aviso prévio...

1 - Agora é que caiu tudo!

É no que dá poder acontecer qualquer coisa. Este artigo chega a vós a qualquer momento ao longo da tarde ou da noite de Domingo, mas ele já vem a ser escrito há um tempo. Logo mal veja o Raw na Terça-Feira seguinte, já começo a voltar-me para isto. E pronto, já tinha as coisas meias preparadas. A primeira posição ficava marcada para a antecipação que se deu no Monday Night Raw. Não precisaríamos de tanto tempo de espera para vermos um tradicional combate de eliminação à Survivor Series, cinco contra cinco e também já tínhamos um tease do confronto entre Seth Rollins e Roman Reigns nessa mesma noite. Comentários sobre o combate, sobre o regresso dos Usos, de Xavier Woods, da rápida eliminação deste, de como esta estipulação pareceu apenas uma forma de conseguirem um 6-Man Tag glorificado, a previsibilidade de alguns membros da equipa de Reigns, etc. Comentaria também o momento final em que rollins até mostra alguma esperteza em desqualificar-se e daquela cadeirada nas costas de Roman Reigns que o faz perguntar ao povo se aquilo era familiar. Um bom momento. Não correu tudo bem para Rollins e ainda acabou Roman por conseguir evitar o pior e sair por cima. Já estava aqui suficiente para a entrada da primeira posição desta semana. Era o main event a ser construído, era o combate-marca desse PPV a ser transmitido em TV. Já há muita coisa em alta aqui. Mas tinham que vir estragar tudo. e não, não foram eles desta vez. Foi o azar. Num house show em Dublin, Seth Rollins aparenta uma mágoa no joelho e deixa todo o povo a preocupar-se. No dia seguinte cai a bomba: Rollins sofreu uma lesão que o afastará dos ringues por um período que se pode estender dos 6 aos 9 meses. Para nosso horror, apercebemo-nos de que ele não vai poder participar na Wrestlemania. E o problema mais directo: lá se vai o WWE World Heavyweight Championship. E é assim que acaba um reinado de um lutador que merecia muito melhor. Mas são coisas que acontecem e que ninguém pode controlar. Teremos agora um torneio para definir um novo Campeão no Survivor Series. Resta-nos esperar que seja um bom torneio e que se coroe um bom Campeão - Reigns, não é? - e as melhoras a Rollins, que recupere a 100% e que volte em grande quando puder!

Nota: Olhando para o panorama do main event, já temos um Cena de férias, um Rollins, um Orton e um Bryan de baixa - se ainda está. Um pouco drástico este desvaste mas pode ser que os obrigue a movimentar-se a conseguir uns bons pushes definitivos. 

Nota2: Sugestão de booking maluco #1: a Authority parte à procura de um novo representante e apadrinha Roman Reigns que consegue uma Heel Turn. Reinado longo a dar tempo de Rollins regressar como Face e lembrar Reigns que nunca o derrotou por esse título. Dados os paralelismos com a Corporation, nem me parece ser assim tão descabido.

Nota3: Sugestão de booking maluco #2: Roman Reigns chega à final mas não ganha - coloque-se um Ambrose ou um Cesaro como exemplo, para deixar malta satisfeita. Lembra-se que a sua posição como candidato ao título era garantida e queixa-se de ter que atravessar novos adversários num torneio para se apurar. Novo cenário para Heel Turn e com Reigns a exigir que o título lhe seja premiado devido à sua posição como candidato principal.

Nota4: Sugestão de booking maluco #3: Questiona-se como funciona a mala de Money in the Bank de Sheamus. Nesta situação... Não pode ele fazer um cash-in num título vago e vencê-lo automaticamente? Numa história mais cómica, imagine-se que tal era possível mas Sheamus só fica a saber disso depois de já haver um Campeão coroado e vai aos arames. Começa com um tom cómico mas ganha seriedade e intensidade com um Sheamus mais agressivo e vicioso, como se tivesse a intenção de lesionar o Campeão para retomar a situação onde errou anteriormente - mesmo que um Campeão lesionado fosse suficiente para um cash-in tradicional, este Sheamus já não pensa assim.

Outros acontecimentos de relevo:

- BULLFIT! Bull Dempsey continua a impôr-se over e derrotou Angelo Dawkins. Só tenho pena que tenha mudado de música...

- Bayley já respondeu ao desafio de Alexa Bliss de arranjar parceiros para um tag de 6 pessoas envolvendo Blake e Murphy. Bayley revela os seus parceiros, que são... os Hype Bros? Sinceramente, acho que ela merecia melhor.

- A habitual acção do torneio do Impact Wrestling foi sendo intercalado com uma entrevista a Jeff Hardy referente ao seu acidente de mota e ao seu comportamento no Bound for Glory. Ainda não mudei a convicção de que será ele a romper a streak de Ethan Carter III...

- Agora que os Young Bucks assinaram contrato definitivo com a Ring of Honor já podem participar em combates mais... "de passagem. Na abertura deste ROH TV, foram um teste para os Boys de Silas Young. Vitória fácil para os Young Bucks, mas o combate inicialmente era contra o mentor abusivo Silas Young e o seu novo amigo Beer City Bruiser. Young alterou os planos porque já estava a levar muito e amanhou a desculpa de que já os tinha "amolecido". O Bruiser ainda levou ao fim e Young escapou por pouco.

- Roderick Strong, candidato ao TV Championship de Jay Lethal, vai aquecendo e mandando mensagens ao Campeão. Fê-lo esta semana ao derrotar Will Ferrara com solidez.

A figura da semana: Seth Rollins. Ah então o aleijado é que é destacado? Pois sim, não só ele ainda teve um papel de destaque no Monday Night Raw, como tem que se recordar as circunstâncias da lesão. Depois de magoar o joelho, procede a concluir a manobra e ainda aplicar um Pedigree. Um Pedigree. A lesão grave era no joelho. Todo o respeito e melhoras para ele!

O desaparecido: Damien Sandow. Já começa a chatear que alguém com os dotes e popularidade dele não apareçam sequer...

Classificação: *** Uma semana muito marcada por um enorme azar para ser uma semana verdadeiramente positiva. Porque em termos televisivos até o foi. Parecem estar a atinar em bookar Raws com cavimento, o Impact Wrestling vai aumentando o interesse com a proximidade dos dezasseisavos-de-final do torneio. Por cima disto tudo, o NXT a brilhar muito graças ao seu main event, o pós-main event e à Asuka. Fizeram-se coisas boas mas caiu um azar muito grande e pesado que vem alterar demasiadas coisas!

Por aqui fico. Foi o que tive a dizer acerca desta negra semana e espero que tenha sido um artigo a gosto e que vos encoraje a participar. Comentem os episódios destacados, incluindo o mais negativo e o seu impacto. Estejam à vossa vontade para as discórdias, trocas, acréscimos, concordâncias, etc. É tudo vosso e espero trazer-vos mais um destes na próxima semana. Até lá fiquem bem, um bom S. Martinho a quem ligar nem que seja às castanhas e até à próxima!

Cumprimentos,

Chris JRM