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Análise: Best in the World

YEAOH! Ora, aqui estou eu mais uma vez para vos trazer mais uma analise de um grande evento deste mês de Junho. Sei que já deveria ter lançado a analise mais cedo, mas só agora surgiu a oportunidade de ver e analisar o Best in the World. Aliada à minha falta de tempo, a verdade é que  também não  estava muito entusiasmado, pois no ano passado a Ring of Honor teve uma primeira metade de 2014 bem mais interessante e os shows em conjunto com a NJPW tiveram uma maior qualidade e exposição que faltou este ano ( apesar de haverem mais duas noites disponíveis). Ainda assim, não quis falhar um dos maiores eventos de uma das minhas companhias favoritas.



Mark Briscoe w/OBD vs Donovan Dijak w/Truth Martini



Vou começar já por criticar um homem que está envolvido quer está envolvido no  opener e  no Main Event. Após cinco anos de House of Truth, começa a ser cansativo ver o homem a fazer basicamente o mesmo com vários wrestlers. Na minha opinião, isso tornava-se fácil de tolerar, caso ele fosse um excelente manager.
Bem, este opener opôs o irmão louco de Jay Briscoe ao vencedor do Top Prospect Tournament. Eu não tenho acompanhado recentemente RoH, como tal não estava a par daquilo que o Donovan Dijak era capaz. Daquilo que vi, o rapaz têm potencial, um atletismo surpreendente para o seu físico mas está bastante verdinho. Mark Briscoe está totalmente confortável com a sua posição no card e é ele que carrega este combate enquanto vende o estado das suas costas e assim como mais uma vez traz a loucura exigida pela sua gimmick. 

Rating: **1/4

The Decade ( BJ Whitmer & Adam Page w/ Colby Corino) vs ACH & Matt Sydal



Quando os Decade apareceram pela primeira vez na despedida de Eddie Edwards, eu fiquei rendido ao conceito da stable e achei que poderiam ser uma stable de grande destaque da RoH. Quando vimos Adam Page a ganhar um papel de destaque dentro da stable, achei que poderíamos ter coisas refrescantes e mais interessantes. Mas não vale a pena continuar a iludir-me, os Decade estão condenados à mediocridade e esta rivalidade entre o Adam Page e o ACH não me diz absolutamente nada, sendo que os Decade são os maiores responsáveis pelo meu desinteresse. Eu não sou o maior fã do ACH, mas o rapaz está relativamente over, é bem atlético, engraçado e desde o momento em que a sua música soa que o ambiente no recinto muda. Não merece isto.

Há várias coisas, que não gosto neste combate. É criada expectativa para o momento em que o Page e o ACH estiverem frente a frente, mas o momento em que isso acontece assim como o modo como é feito é tão mal executado que não há sequer payoff. Acho que tendo dois dos melhores high-flyers da companhia presentes neste combate, poderíamos ter um ritmo mais rápido e com mais high spots como no fim do combate que foi quando finalmente o público começou a ficar entusiasmado. Não percebo porque raio, os Decade não são desqualificados quando o Colby Corino interfere directamente num pinfall. Num geral, isto poderia ter sido muito melhor.

Rating: **

Dalton Castle vs Silas Young

Admito que ainda não estou familiarizado com o trabalho do Castle, embora já tenha lido algumas coisas sobre ele antes de finalmente ver um combate dele, mas sou um fã do Silas e só por isso mesmo já estava com  hypezinho para este combate. 
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Bem, isto foi surpreendentemente bom. Fiquei fã do Dalton Castle. Gostei da sua  personalidade e dos seus maneirismos  e confesso que até gostei daquilo que os dois bacanos fora do ringue foram trazendo ao combate. E do Silas já sabia o que esperar. Isto foi um combate bem mais físico e interessante do que os anteriores combates do PPV, e o público reconheceu isso. Ao contrário do vencedor do Top Prospect Tournament, Dalton Castle está muito à vontade. 

Um pequeno pormenor,não tenho a certeza se o problema com as cuecas do Silas foi acidental ou não, mas kudos para o Castle ter conseguido aproveitar essa situação da melhor maneira.

Rating: ***

C&C Wrestle Factory( Cedric Alexander & Caprice Coleman) vs War Machine ( Raymond Rowe & Hanson)

Não há muito a dizer sobre este combate, os War Machine squasharam Caprice Coleman e este confronto serviu para dar mais um tease para o heel turn de Cedric Alexander e para colocar um ponto final no C& C Wrestle Factory.

Rating: *

RoH World Championship #1 Contendership : Moose vs Strong vs Elgin



Não percebo como é que o Moose conseguiu ficar over com a maioria da fanbase da RoH, até porque nesta altura aquilo que o rapaz consegue oferecer é um look intimidante e um chant. Ele ainda tem de melhorar imenso o seu ring-work, porque ele não está pronto para ter combates do nível de Roderick Strong e de Michael Elgin. Assim acaba por ser justificável a sua perfomance no combate e o facto de ter sido carregado por dois wrestlers mais experientes.Michael Elgin mostrou mais uma vez a sua força, e o Roody trouxe aquela intensidade e spots típicos que consegue fazer melhor que ninguém.
Resumindo, isto sem o Elgin e o Strong não tinha sido metade do que foi e sem o Moose poderia ser muito melhor do que aquilo que tivemos. Roderick ultimamente tem sido capaz de ter bons combates com todo o tipo de wrestlers e por isso é uma óptima escolha para ser o primeiro homem a enfrentar Jay Lethal pelo seu RoH World Championship.

Após o combate, tivemos a confirmação do heel turn de Cedric Alexander quando este atacou Moose e Veda Scott se junta ao antigo parceiro de Caprice Coleman. Espero que isto resulte num push de Cedric Alexander, mas não estou muito confiante.

Rating: ***1/2

The Kingdom( Adam Cole, Matt Taven e Michael Bennett) vs Bullet Club ( AJ Styles & Young Bucks)



Como a maioria dos combates que envolvem os Young Bucks, isto acaba por ser um spotfest recheado de superkicks, algum humor, uns quantos high spots, interacções com os fãs e mais outros quantos high spots inovadores. Curioso como eles conseguem ser simultaneamente tão inovadores e repetitivos em simultâneo. Mas a verdade é que têm bastante sucesso e são sempre capazes de obter grandes reacções com essa formula. 

No final, Adam Cole têm aquilo que merece e é bookado de um modo bastante forte nos minutos finais apesar de sofrer o pinfall. O patinho feio disto, foi obviamente Matt Taven, que ao contrário de todos os membros envolvidos, não tem a mínima noção de como interagir correctamente com o público durante os combates.

Rating: ****

RoH World Tag Team Championship - No Disqualification: reDRagon vs The Addiction(c)



Há um ano atrás,  Daniels fazia o seu regresso a RoH na companhia de Kazarian para enfrentar os reDRagon pelos seus RoH World Tag Team Champions. Curiosamente, um ano depois voltam-se a enfrentar, mas os Addiction são agora os campeões. Christopher Daniels apesar da sua idade mexe-se ainda muito bem e tal como Kazarian foi uma das pessoas mais mal aproveitadas nos últimos anos na TNA. E do outro lado os reDRagon são a melhor equipa da RoH desde os American Wolves, sendo que actualmente Kyle O'Reilly e Bobby Fish já começaram também a mostrarem o que valem na NJPW e vou repetir mais uma vez, o futuro da divisão júnior da NJPW passa por O'Reilly. Sendo assim, apesar de ocuparem uma posição ingrata no card pois estavam entre o Kingdom vs Bullet Club e o Main Event, sabia perfeitamente que estes quatros homens seriam capazes de entregar um bom combate.

O combate começa sem o habitual cumprimento, e isso aliado aos acontecimentos passados dá-nos logo a ideia que vamos ter um combate com acção um pouco doentia e com uso de alguns "brinquedos". Foi isso que tivemos. Os reDRagon procuram vingar-se e castigar os campeões, enquanto que os Addiction fizeram tudo o que puderam para reter os títulos, chegando a prender Fish  às cordas para controlarem o combate. Eventualmente, Fish haveria de se libertar e os reDRagon fariam o comeback, chegando mesmo a estar perto de conquistar a vitória, não fosse Chris Sabin intervir no combate. Não me parece que este seja o fim desta feud, por isso estou curioso para ver como isto irá terminar sem magoar O'Reilly e Fish pois tudo indica que eles estão prestes a entrar em voos mais elevados.

Rating: ***1/4

Title vs Title - RoH World Championship & RoH World Television Championship
Jay Lethal vs Jay Briscoe



Como puderam ver no primeiro Trono do Fã, eu não sou o maior fã de Lethal e de Jay Briscoe. Não me considero um hater deles, mas acho que ambos tem sido levados um pouco ao colo com este overpush e que são os titulos que os tem feito relevantes. Era óbvio que o combate deles não teria a qualidade de um Bryan Danielson vs Nigel McGuiness. Não teve, mas foi um bom combate e um bom Main Event. Fiquei bastante surpreendido quer com a qualidade, quer com a duração que foi dada ao combate, mas confesso que não gostei de ver os papás do Lethal logo no inicio, porque é algo que me tira a vontade de odiar alguém e não me parece que o rapaz esteja prestes a efectuar um face turn.

Com Dijak e Diesel expulsos logo no inicio do combate e com Nigel a expulsar Truth Martini após as interferências deste no combate, e a partir daí Jay Lethal teve de lutar como nunca para conseguir fazer aquilo que ninguém em dois anos foi capaz de fazer: executar um pinfall em Jay Briscoe. O único problema do combate foi o tempo que demorou a "fazer click", mas é completamente justificável, pois os lutadores estiveram preocupados em que tudo fizesse sentido e tivesse importância,  seja a vender a exaustão ou tornar relevantes as interferências de Truth Martini que tornaram o Lethal um pouco num underdog a partir do momento em que o seu manager é expulso. Isto para que o culminar deste confronto tivesse a maior reacção possivel, algo que foi conseguido a partir daquele Jay Driller na mesa. No final, ambos os lutadores demonstraram o respeito um pelo outro após a dura batalha que tiveram.

Rating: ***3/4

No geral, tivemos aqui um bom evento. O começo deste Best in the World esteve longe de ser o melhor, mas a partir da Triple Threat entre Strong, Elgin e Moose os combates foram bastante bons e o PPV acabou por tornar-se bem melhor com isso. Este Best in the World acaba da melhor maneira, com um Jay Lethal claramente emocionado ao conquistar a vitória mais importante da sua carreira. Ele acabou por ser como um babyafce, mas acredito que isto não seja para durar.´

No ano passado, acho que a Ring of Honor foi capaz de apresentar um evento com mais qualidade e curiosamente também fecharam o Best in the World com uma conquista emocionada de Michael Elgin.

Isto não foi propriamente uma unificação, até porque Jay Lethal irá manter ambos os titulos ao contrário daquilo que seria esperado. Espero que ele seja capaz de fazer aquilo que faltou ao reinado de Jay Briscoe que é ter defesas emocionantes (tirando o combate com Adam Cole, todos as outras defesas acabam por ser filler). A olhar para o video emitido antes do Main Event, estou à espera que este reinado de Lethal enquanto World Champion seja terminado por um dos reDRagon, até porque já começaram a relembrar os fãs que O'Reilly fez Jay Lethal desistir.


Combate da Noite: Kingdom vs Bullet Club
Perfomance da Noite:  Jay Lethal
Nota PPV: 14,25/20






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