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Mac in Touch #83 - (Previsão do Main Event da Wrestlemania XXX) YES Era?


Mac in Touch de previsão do desfecho da Wrestlemania 30, este que vos trago com atraso relativamente ao dia de postagem. Lamento não o ter cumprido mas mais vale tarde do que nunca.

Agradeço os comentários no meu artigo anterior. Foram todos relativos à correção a uma falha minha e não deram azo a um debate saudável de ideias, mas é de salutar o facto de o terem lido com atenção a esse ponto e peço-vos que façam o mesmo caso se verifique algum erro neste artigo. Hoje, o comprimento do texto é semelhante.....

Confesso que não calculei o número de palavras ou de caracteres, mas procurei fazer uma análise parca em palavras e rica em substância.

YES Era?

Seja qual fôr o desfecho ou o estado anímico da comunidade de fãs de wrestling espalhados por todo o mundo por volta das quatro da manhã em Portugal (menos cinco nos Estados Unidos da América), uma coisa parece-me bem clara: Daniel Bryan e Triple H vai continuar a sua rivalidade.

Este é o cenário que se afigura mais provável pelo facto de existirem poucos lutadores com capacidade e credibilidade para vestir o fato de top heel no panorama atual da WWE e de Triple H ser a personagem que mais heat recolhe entre os fãs da companhia.

Do lado oposto está Daniel Bryan, com uma sobrexposição enorme desde há 2 anos até há três RAW’s atrás. Isto não afetou a popularidade dele como aconteceu com outras estrelas (exemplo mais flagrante é o de John Cena), e isso tem aberto os olhos à possibilidade deste ser, contra todas as pré-concepções físicas que a WWE estabelece para que se possa “pushar” até ao topo um lutador, a cara da companhia nos tempos vindouros.

Juntando estes dois cenários, é quase “La Paliciano” que se acasale o lutador com maior heat com a aquele que recebe as ovações mais audíveis em qualquer recinto (com exceção de Chicago, reinada por CM Punk) numa rivalidade no topo da companhia.

Não quer isto dizer, contudo, que qualquer um deles saia de Nova Orleães com o cinto de campeão unificado da WWE:

Primeiro porque a rivalidade pode estar no topo sem que haja um título envolvido, como Brock Lesnar e John Cena o exemplificaram no Extreme Rules 2012 (protagonizaram, nus de cintura [sem título], o main event).

Segundo, porque não sendo inédito um lutador vencer mais de um combate numa Wrestlemania (rumo ao título), seria algo que o catapultaria para o estrelato de uma maneira bastante consistente. No caso de Triple H derrotaria três das maiores estrelas da era moderna, “atropelando” o crescimento potencial de uma delas; e no caso de Bryan, venceria um dos mais condecorados lutadores da indústria do wrestling profissional e superiorizar-se-ia a dois dos mais bem sucedidos lutadores deste século que são, também, figuras de topo de uma inteira geração de fãs.

Terceiro, porque se verifica, de há uns anos a esta parte, uma aposta fortíssima na RAW pós-Wrestlemania, podendo ser aí que tudo aconteça em termos de detentor do título. O público adere de uma forma fantástica a esse evento pelo facto de vir muita gente de fora... isto é, existe muito público europeu que faz mais barulho do que o americano e a necessidade de “entrarem” no show é muito maior pelo facto do produto WWE não estar tão insistentemente. Para além disto, também pesa o facto dessa RAW ser o ponto de partida para uma época baixa em termos de wrestling (a popularidade da época alta mantém-se nos píncaros durante essa RAW, mas começará, invarialmente a descer a partir daí) e da WWE precisar de vender esse show de forma a deixar crescer àgua na boca nos seus fãs... e nos amigos deles (a abertura ao produto cresce sempre após a Wrestlemania).

Assim, parece-me possível que Randy Orton ou Batista possam ter o cinto no final da noite. Caso contrário, poderá ter início a tal “YES Era” que uma membra da audiência da última RAW antevia num cartaz, e a definitiva catapultação de Daniel Bryan para os anais da história do wrestling profissional ... ou a instauração de uma ditadura (no caso de Triple H vencer) que em nada ajudará a sustentabilidade da indústria a curto prazo pelo “desligar” do público, começando na possível “ausência” do frenesim esperado na RAW seguinte (que pode, consequentemente, suavizar o impacto de uma putativa conquista de Daniel Bryan nesse show).

Esta última possibilidade parece-me muito remota porque acredito que o ego de um homem ainda não é suficiente para ditar leis numa companhia que tanto dinheiro e gente move. É esta crença (podem chamar-lhe ingenuidade, que não levo a mal) que me faz estar entusiasmado pela madrugada de Domingo para Segunda e, possivelmente, de Segunda para Terça-Feira
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