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MMA: Strikeforce: Marquardt vs. Saffiedine - Antevisão + Pesagens


Ainda que não tenha sido oficializado, o evento de hoje deve ser o último da história do Strikeforce. A ideia era colocar um supercard com três defesas de cinturão, mas os campeões Gilbert Melendez e Luke Rockhold se machucaram. Ainda assim, a despedida será feita com mais um evento que promete grandes lutas.....

A luta principal provavelmente já garantirá a diversão dos fãs. O talentoso Nate Marquardt defenderá pela primeira vez o cinturão dos meio-médios contra o belga Tarec Saffiedine, um dos mais empolgantes trocadores do MMA mundial.

O tão falado peso pesado Daniel Cormier também estará em ação. Treinador e amigo de Cain Velasquez, o campeão do torneio dos pesados do Strikeforce vai enfrentar o experiente holandês Dion Staring, que tem passagem pelo Jungle Fight.

Outros nomes de peso, que em seguida deverão brilhar no UFC, foram confirmados no card principal. Vice-campeão do torneio dos pesados, o controverso Josh Barnett vai bater de frente com o austríaco Nandor Guelmino. O talentoso arménio Gegard Mousasi enfrentará o nocauteador Mike Kyle e o ás do jiu-jítsu Ronaldo Jacaré medirá forças contra Ed Herman, temporariamente cedido pelo UFC.

O card completo do Strikeforce: Marquardt vs. Saffiedine é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Pesos-meio-médios: Nate Marquardt x Tarec Saffiedine
Pesos-pesados: Daniel Cormier x Dion Staring
Pesos-pesados: Josh Barnett x Nandor Guelmino
Peso-meio-pesado: Gegard Mousasi x Mike Kyle
Peso combinado: Ronaldo Jacaré x Ed Herman

CARD PRELIMINAR

Pesos-leves: K.J. Noons x Ryan Couture
Pesos-médios: Tim Kennedy x Trevor Smith
Pesos-leves: Pat Healy x Kurt Holobaugh
Pesos-médios: Roger Gracie x Anthony Smith
Pesos-leves: Jorge Gurgel x Adriano Martins
Pesos-leves: Estevan Payan x Mike Bravo 

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 23:00 horas do Brasil e 01:00 horas de Portugal 



------------------------------------------- Antevisão -------------------------------------------

Nathan Marquardt (EUA) vs Tarec Saffiedine (BEL)

Lutador de boa reputação no UFC, Marquardt estava prestes a estrear como meio-médio, em busca de sua segunda chance de cinturão, quando foi sumariamente banido da organização por problema no exame médico no dia da pesagem (provavelmente por ter se apresentado com níveis elevados de testosterona). Enfurecido, Dana White disse que ele jamais lutaria novamente no UFC.

Nate The Great ficou mais de um ano sem lutar (chegou a anunciar disputas do cinturão do BAMMA contra Paul Daley e Yoshiyuki Yoshida, em lutas que nunca aconteceram) até que finalmente se reacertou com a Zuffa para integrar o elenco do Strikeforce. Como tinha moral, estreou logo com o title shot. E não fez por menos: aplicou um dos mais sensacionais nocautes de 2012 sobre o até então invicto Tyron Woodley, que já migrou para o UFC.

Dono de diversas graduações na luta agarrada, inclusive a faixa preta segundo dan de jiu-jítsu, recebida do mestre Ricardo Murgel, Marquardt evoluiu seu boxe a um nível acima da média do MMA e ainda conta com chutes desenvolvidos no taekwondo, kickboxing e kempo. Costumava mostrar problema contra a pressão de wrestlers, mas apresentou evolução neste sentido contra o forte Woodley, numa luta em que finalmente se livrou da pecha de amarelão por sido derrotado quando era o favorito em title eliminators no UFC (contra Chael Sonnen e Yushin Okami).

Depois que baixou de categoria, Marquardt tornou-se fisicamente um enorme meio-médio de 1,83m de altura e 1,88m de envergadura, provavelmente lutando com cerca de 90 quilos. Ele divide seu tempo entre a equipe de Greg Jackson e a Grudge Training Center dos ótimos treinadores Trevor Wittman e Mike Van Arsdale. Aos 33 anos, Nate é profissional desde 1999 e acumula extenso cartel profissional de 32 vitórias (15 por submissão e nove nocautes), 10 derrotas (nocauteado apenas por Anderson Silva e finalizado pelos especialistas Ricardo Cachorrão e Genki Sudo), além de dois empates.

* * *

Depois de ter sido dominado pelo wrestling de Woodley, Saffiedine retomou seu rumo de vitórias no Strikeforce com algumas actuações inteligentes, outras espectaculares, mostrando sempre evolução. Aplicou seu conhecido festival de chutes em Scott Smith e exibiu tarimba na luta agarrada e no ground and pound contra Tyler Stinson. Contra Roger Bowling, uma mistura dos dois estilos e mais uma vitória.

Saffiedine vai se tornando a cada apresentação um dos lutadores com estilo mais bonito de se ver no mundo. O belga tem um vasto repertório de ataques na trocação que vieram de suas experiências com karatê Shihaishinkai, muay thai e taekowndo, que hoje é aprimorado por Daniel Woirin, ex-treinador de Anderson Silva. Justificando o apelido de “Esponja”, Tarec absorveu muito da luta olímpica estilo greco-romana com Dan Henderson e do jiu-jítsu com Ricardo Pantcho. Um ótimo aluno com professores de alto gabarito rendem um lutador que não para de evoluir em todos os aspectos do MMA.

O europeu da Team Quest de Temecula, na Califórnia, tem 26 anos, 1,78m de altura, 1,80m de envergadura e retrospecto profissional de 13-3, com 5-1 pelo Strikeforce, evento que ele conseguiu seu único nocaute da carreira. Saffiedine submeteu três oponentes e as demais dez lutas, inclusive as três derrotas, terminaram em decisões.

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Fosse esta luta daqui a um ano e meio ou mais, provavelmente Saffiedine sairia vencedor. Para este sábado, o belga deve se ressentir de maior experiência contra um oponente que já encarou Anderson, Sonnen, Okami, Demian Maia e fez 14 lutas no UFC, incluindo uma disputa de cinturão.

Porém, um lutador talentoso e que se dedica aos treinos nunca pode ser desprezado. Na teoria, Marquardt é melhor wrestler e tem maior poder de finalização na trocação, apesar de ser menos técnico. Saffiedine tem uma guarda mais activa, mas terá enorme dificuldade contra um oponente muito mais forte fisicamente.

Tarec terá que se movimentar muito para diminuir o prejuízo da envergadura sem ficar à mercê dos violentos golpes de Marquardt. Terá que ter cuidado caso opte pelo clinch para não ser derrubado e ficar sob ground and pound. É difícil, mas não impossível. A expectativa é de vitória de Marquardt depois do terceiro round, anotando a primeira derrota por nocaute da carreira de Saffiedine.

Daniel Cormier (EUA) vs Dion Staring (HOL)

Poucos levaram Cormier a sério quando ele apareceu no Strikeforce. Baixo e gordo para a categoria dos gigantes, ele dificilmente teria a mesma sucesso que teve na luta olímpica.

Depois de alguns oponentes sem peso, “DC” não seria páreo para o experiente Jeff Monson. Pois o veterano foi atropelado por um lutador que passou a mostrar evolução no kickboxing. Escalado para substituir Alistair Overeem no torneio dos pesados, Cormier mandou Antonio Pezão para a vala com um nocaute violento. Chegou à final e fez o que quis com Josh Barnett, dando um show de kickboxing e wrestling. As dúvidas sobre sua capacidade desapareceram.

A barriga não desapareceu, mas isto parece não atrapalhar a evolução de Cormier. O treinador de wrestling de Cain Velasquez e capitão da selecção americana de luta olímpica nos Jogos Olímpicos de 2008 foi aprovado com louvor neste ramo ao fazer o enorme Josh Barnett de boneco de trapo, lançando-o para todo lado do cage. E Daniel ainda o fez por 25 minutos, para enterrar de vez a hipótese de não ter condicionamento físico adequado.

Cormier tem 33 anos, 1,80m de altura e cerca de 110 quilos. O atleta da American Kickboxing Academy está invicto em dez lutas profissionais, onde conquistou quatro nocautes, fez dois oponentes pedirem para parar debaixo de pancada e finalizou de modo clássico um adversário.

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A contusão de Frank Mir e a recusa de alguns lutadores do UFC em enfrentar Cormier fez o Strikeforce ir atrás de Staring, que tem nove vitórias nas últimas dez apresentações, mas nenhuma sobre concorrência minimamente relevante.

O “Soldado”, que foi finalizado por Rogério Minotouro em 2009, na estreia do Jungle Fight no Ceará, na verdade é um meio-pesado. Ele começou a treinar na época que integrou o exército holandês (chegou a servir em missões no Afeganistão e no Iraque) e acompanhou os parceiros de treinos Alistair Overeem e Siyar Bahaduzada na mudança para os Estados Unidos, onde passaram a integrar a Blackzilians.

Staring é um ano mais velho que Cormier, cinco centímetros mais alto e costuma lutar com o mesmo peso do americano quando atua como peso pesado. Seu cartel profissional é de 28-7, com metade das vitórias conquistadas por nocaute e outras oito por submissão. Além do Jungle, ele tem passagens pelo KSW, Shooto Suécia e Holanda, além do United Glory.

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É difícil pensar num motivo pelo qual esta luta foi escalada. Não há como justificar a presença de Staring contra um peso pesado de elite. Claro, trata-se de MMA e de homens com mais de cem quilos, então um soco bem encaixado pode resolver a luta. Mas, como sempre digo, se você vai enfrentar um lutador de elite com o único intuito de acertar uma pedrada definitiva, melhor nem sair de casa.

O MMA já teve algumas lutas desequilibradas, mas não me recordo de uma que fosse tão discrepante nas casas de apostas. Até o momento que esta análise era escrita, para ganhar reles cem dólares apostando em Cormier era necessário desembolsar 1.600 verdinhas. Para se ter uma ideia, os apostadores ganharão o dobro em caso de vitória de Staring em relação a uma vitória de Liz Carmouche sobre Ronda Rousey no UFC 157.

Não é preciso analisar o combate, certo? Cormier pode vencer do jeito que quiser e deve fazê-lo no round inicial. Se perder, será a maior zebra da história do MMA.

Josh Barnett (EUA) vs Nandor Guelmino (AUT)

Apesar de ter sido um dos responsáveis directos pelo naufrágio do Affliction, Barnett emendou algumas boas vitórias desde que foi derrotado por Rodrigo Minotauro no PRIDE. Nocauteou Pedro Rizzo e Geronimo Mondragon violentamente, passeou no grappling contra Gilbert Yvel, constrangeu Brett Rogers na estreia do torneio dos pesados e não tomou conhecimento de Sergei Kharitonov na semifinal. Alcançou a decisão contra Cormier como favorito, quebrou uma das mãos ainda no primeiro round e só fez sobreviver a um dos maiores massacres dos últimos tempos, seja na trocação ou no wrestling.

Ex-campeão do UFC, Josh perdeu o cinturão por doping e enterrou o Affliction ao ser flagrado pelo mesmo motivo na boca da luta contra Fedor Emelianenko. Ainda assim, ele é um dos mais talentosos grapplers da história dos pesos pesados do MMA. Apesar de ser um sujeito grande, é extremamente ágil, beneficiado pela base no catchwrestling. Seu maior problema sempre foi o medo de ser golpeado no rosto, mas isto parece ter ficado para trás depois da derrota para Cormier. Trocou recentemente o apelido de “Assassino do Rosto de Bebê” por “Mestre da Guerra”.

Barnett tem um cartel de respeito. Já enfrentou boa parte da nata dos pesados em todos os tempos e, antes de Cormier, só perdera para Pedro Rizzo em 2001, Mirko Cro Cop em três oportunidades e Rodrigo Minotauro no PRIDE. Ele tem 31 vitórias, sendo 19 por submissão e sete por nocaute. Foi nocauteado por Rizzo e pediu para parar numa das lutas contra Cro Cop. As demais derrotas foram por decisão. Josh tem 35 anos, 1,91m de altura e normalmente luta com cerca de 113 quilos.

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Apesar de estar invicto há sete lutas, Guelmino faz parte do clube do “O que você faz aqui” que Staring lidera.

Praticante de taekwondo desde os dez anos de idade, Guelmino foi fisiculturista enquanto aprendia jiu-jítsu paralelamente. Quando definiu que seria lutador, baixou de peso, passou a treinar boxe e ficou mais ágil. Foi nocauteado pela lenda do kickboxing Semmy Schilt em 2008, único adversário que mereça registro.

Aos 37 anos, Nandor tem cartel de 11-3-1, com seis vitórias por submissão e três nocautes, uma ótima taxa de finalizações. Saiu nocauteado nas três vezes que foi derrotado. O austríaco tem 1,91m de altura e 105 quilos.

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Como Nandor vai impedir a aproximação de Barnett sem usar um taco de beisebol ou uma pistola? Sua combinação de jabs e chutes baixos funcionou contra a concorrência limitada da Europa, mas não deve incomodar Barnett, que costuma seguir à risca seus planos de luta, sem cair em armadilhas de pancadaria. Uma vez encurtada a distância, o americano vai derrubar facilmente o austríaco e sufocá-lo até aplicar uma submissão.

Gegard Mousasi (ARM) vs Mike Kyle (EUA)

Já faz mais de um ano desde que Mousasi dominou Ovince St. Preux no Strikeforce. A vitória, que seguiu o brutal nocaute sobre Hiroshi Izumi no DREAM, serviu para apaziguar os ânimos depois do absurdo empate contra Keith Jardine, espancado por quinze minutos quando estreava no Strikeforce.

Mousasi é um dos mais talentosos meio-pesados do planeta, incluindo os lutadores do UFC. Era nome certo no maior evento do mundo, mas sempre passou por algum contratempo que o impede de engrenar na carreira, seja pela derrota para King Mo Lawal, que lhe custou o cinturão do Strikeforce, seja pela escolha de lutas patéticas no Japão. Mesmo isto não tira os méritos de seu enorme arsenal ofensivo na trocação, moldado na Golden Glory e nos treinos com Fedor Emelianenko. Ele tem mais de dez lutas de boxe amador (só perdeu uma) e é ainda faixa preta de judô, modalidade de luta mais importante na Arménia. Seu grande defeito é a defesa de quedas e a falta de desenvoltura em atuar de costas para o chão. Foi assim que Lawal o dominou por quase 25 minutos.

Nascido no Irã, naturalizado armênio e radicado na Holanda, Gegard tem 27 anos e impressionante cartel de 32-3-2, com 3-1-1 no Strikeforce. De suas vitórias, apenas quatro aconteceram por decisão, uma delas sobre Hector Lombard, no PRIDE, na última vez que o cubano havia sido derrotado antes da luta contra Tim Boetsch. Mousasi nocauteou 18 oponentes e finalizou mais dez. Ele tem 1,86m de altura, 1,93m de envergadura e já lutou como peso médio e pesado.

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Kyle é um pegador que tem em Rafael Feijão sua mais importante vítima. O brasileiro até vingou a derrota, mas foi pego no antidoping e a luta passou a ficar sem resultado. O matogrossense foi o terceiro brasileiro seguido que Kyle pegou, depois de quebrar a invencibilidade de Marcos Rogério Pezão e ser nocauteado por Antonio Pezão. Nesta luta, MAK conseguiu perder depois de aplicar uma verdadeira coça no brasileiro no primeiro round.

Lutador da AKA, Mike gosta de transformar suas lutas em quebra-paus, lideradas por seu avanço com golpes em linha reta. O americano também costuma colher bons frutos do ground and pound, principalmente quando luta como meio-pesado, categoria que o deixa muito forte fisicamente. O jiu-jítsu é seu principal defeito.

Aos 32 anos, Kyle tem cartel profissional de 19-8-1, com 3-3-1 no Strikeforce. Ele já foi campeão dos pesados do King of the Cage e tem passagens por UFC e WEC. De seus triunfos, 11 aconteceram por nocaute e um cidadão conseguiu ser submetido por ele.

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Apesar de Kyle representar mais perigo a Mousasi do que Staring a Cormier e Guelmino a Barnett, não podemos esperar nada além de uma vitória do armênio.

Mousasi é muito melhor do que Kyle em qualquer ramo do MMA. Gegard pode até colocar uma pitada de emoção caso resolva aderir à pancadaria do oponente, mas seu kickboxing de elite deverá dar conta da menor técnica do rival. Caso a luta vá para o solo, MAK terá pouco tempo antes de sucumbir a uma finalização. O melhor para o americano seria tentar explorar a defesa de quedas de Mousasi e martelá-lo no ground and pound. Mas como ele não é Lawal, dificilmente veremos isto acontecer. Mousasi deve vencer na primeira metade do combate.

Ronaldo Souza (BRA) vs Edward Herman (EUA)

Já faz algum tempo que Jacaré deixou de ser apenas um génio da luta agarrada. Seus punhos tornaram-se armas mortais, haja vista o monstruoso nocaute aplicado em Derek Brunson em seu último combate. Antes, ele havia passeado sobre o TUF 16 Bristol Marunde, tentando deixar para trás a tristeza da derrota até certo ponto controversa sobre Luke Rockhold, que lhe tomou o cinturão do Strikeforce.

Com vários títulos mundiais nas costas, Jacaré é um dos melhores praticantes de jiu-jítsu da história do desporto, incluindo aí a família Gracie. Hoje é um lutador de MMA completo, que nocauteou Brunson, bateu Tim Kennedy lutando quase o tempo inteiro em pé e superou Joey Villaseñor no wrestling. No chão, a lista de passeios é enorme.

Aos 33 anos, Jacaré já tem acordo com o UFC para a migração após o combate deste sábado. Ele subirá ao cage hexagonal pela última vez ostentando recorde de 16-3, com um no contest. A vitória sobre Brunson foi seu único nocaute, enquanto doze elementos foram finalizados. Apenas Kennedy, Villaseñor, Mayhem Miller e Rockhold chegaram ao final de uma luta contra Jacaré, mas Rockhold o venceu. O brasileiro foi nocauteado em sua estreia contra Jorge Patino “Macaco”, no primeiro Jungle Fight, e por Mousasi, quando perdeu o cinturão do DREAM.

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Depois de quase dois anos afastado por causa de uma séria contusão no joelho, Herman encaixou três vitórias seguidas até parar em Jake Shields, no UFC 150. Como o rival foi flagrado no antidoping, a luta passou a no contest.

Herman tem punhos pesados, o que ficou provado no nocaute sobre Tim Credeur, mas não tem muita intimidade com a troca de golpes. Seu negócio é a luta agarrada, onde consegue impor o que herdou da faixa preta de jiu-jítsu e dos treinos de wrestling com Chael Sonnen na Team Quest e do histórico universitário.

Com 1,88m de altura e 1,90m de envergadura, Herman tem 32 anos e retrospecto profissional de 20-7 e um no contest, com 7-5 no UFC, onde está desde 2006, quando foi finalista do TUF 3. De suas vitórias, 12 aconteceram em submissões e duas delas valeram o bónus no UFC. Antes de chegar ao maior evento do mundo, Herman venceu Glover Teixeira.

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O que dizer quando lembramos que a melhor característica de Ed Herman é o jiu-jítsu? Logo contra Jacaré? O americano não deu conta de Jake Shields e muito menos o fará no chão contra alguém do porte do brasileiro. Herman tem uma bela defesa de submissões, mas provavelmente isto não fará frente ao poderio físico e técnico de Jacaré.

Resta a trocação, onde Ronaldo evolui a cada luta e Herman conta apenas com o peso dos punhos. Complicada a vida do americano, que deve se debater até ser derrotado inapelavelmente na papeleta dos juízes laterais.

Antevisão original de MMA-Brasil 
http://www.mmabrasil.com.br/

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 Tudo pronto para o último evento da história do Strikeforce. Nesta sexta-feira, todos os lutadores do evento bateram peso para o torneio deste sábado, em Oklahoma City, incluindo os quatro brasileiros do card.

O primeiro a subir à balança foi Ronaldo Jacaré, ex-campeão peso-médio do Strikeforce, que luta no sábado em peso combinado contra Ed Herman. Tanto o brasileiro quanto o americano ficaram abaixo do limite de 87,99kg acordado para o combate. Os demais lutadores do card principal se pesaram em seguida, incluindo os destaques do torneio: o campeão do GP peso-pesado, Daniel Cormier, e o campeão peso-meio-médio, Nate Marquardt. Cormier ficou mais de quatro quilos abaixo de seu adversário, o holandês Dion Staring, mas ainda assim marcou 104,32kg, bem acima do limite de 93kg da categoria peso-meio-pesado, para a qual especula-se que descerá uma vez que passar ao UFC - ele pretende evitar um confronto com Cain Velásquez, seu companheiro de equipe na American Kickboxing Academy (AKA).

Marquardt e o desafiante Tarec Saffiedine marcaram os 77,11kg exigidos em disputas de cinturão dos pesos-meio-médios. O campeão, que já disputou o cinturão peso-médio do UFC contra Anderson Silva, disse se sentir muito bem na nova categoria e prometeu uma atuação memorável em Oklahoma City.

- Em geral, me sinto um melhor atleta, mais rápido, tão forte e tão poderoso quanto o normal, meu condicionamento está ótimo. Espero que ele venha lutando, ele é um cara duro, mas o que importa é o que eu faço. Eu planejo dar um bom show para a galera amanhã e nocauteá-lo - disse Marquardt ao canal de TV americano "Showtime".

Numa inusitada mudança em relação ao que tradicionalmente é feito em pesagens de eventos de MMA, os lutadores do card preliminar subiram à balança depois dos atletas do card principal. No duelo entre brasileiros nos pesos-leves, o manauara Adriano Martins registrou 70,53kg, cerca de 200g acima do que bateu o cearense Jorge Gurgel, seu oponente. Já Roger Gracie marcou 84,36kg, no limite de tolerância dos pesos-médios, mesmo peso anotado por seu rival, o americano Anthony Smith.

Confira os valores registrados pelos lutadores do último evento do Strikeforce:

Strikeforce: Marquardt x Saffiedine
12 de janeiro de 2013, em Oklahoma City (EUA)

CARD PRINCIPAL


Pesos-meio-médios (até 77,11kg)*: Nate Marquardt (77,11kg) x Tarec Saffiedine (77,11kg)
Pesos-pesados (até 120,2kg): Daniel Cormier (104,32kg) x Dion Staring (108,86kg)
Pesos-pesados (até 120,2kg): Josh Barnett (112,94kg) x Nandor Guelmino (103,87kg)
Peso-meio-pesado (93,44kg): Gegard Mousasi (93,21kg) x Mike Kyle (93kg)
Peso combinado (87,99kg): Ronaldo Jacaré (87,65kg) x Ed Herman (87,54kg)

CARD PRELIMINAR

Pesos-leves (até 70,76kg): K.J. Noons (70,53kg) x Ryan Couture (70,76kg)
Pesos-médios (até 84,36kg): Tim Kennedy (84,36kg) x Trevor Smith (84,36kg)
Pesos-leves (até 70,76kg): Pat Healy (70,76kg) x Kurt Holobaugh (70,76kg)
Pesos-médios (até 84,36kg): Roger Gracie (84,36kg) x Anthony Smith (84,36kg)
Pesos-leves (até 70,76kg): Jorge Gurgel (70,3kg) x Adriano Martins (70,53kg)
Pesos-leves (até 70,76kg): Estevan Payan (70,76kg) x Mike Bravo (70,76kg)

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