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MMA: UFC 147: Silva vs Franklin II - Antevisão + Pesagens


A terceira viagem do UFC ao Brasil sofreu com diversos problemas. O super evento planeado pelo UFC para lotar um estádio de futebol caiu por terra e os brasileiros tiveram que se contentar com uma edição esvaziada e disputada numa arena. Mas as aparências podem enganar.

O UFC 147, acontece no ginásio Mineirinho, o maior do país, em Belo Horizonte e contará com três duelos interessantes além das duas finais do TUF Brasil. Na luta principal da noite, o popularíssimo Wanderlei Silva terá a chance de vingar a derrota para Rich Franklin em 2009......


Apesar do grande carisma que Wanderlei Silva, possui no país, duas outras lutas são aguardadas com enorme ansiedade pelos fãs de luta. O evento vai revelar quem serão os participantes do reality show The Ultimate Fighter Brasil que assinarão o tão visado contrato de seis dígitos com o UFC. Pela categoria dos médios, o mineiro Cezar Mutante vai encarar o paulista Serginho Moraes, que substituiu o conterrâneo Daniel Sarafian, que o havia vencido nas semifinais mas se lesionou na recta final da preparação para o UFC 147. Já na divisão dos penas, os cearenses Rony Jason e Godofredo Pepey prometem fazer um duelo explosivo no octógono mineiro.

Os torcedores verão o peso pesado Fabricio Werdum em acção contra o americano Mike Russow, invicto no UFC e a estreia do peso pena Hacran Dias, que vai encarar o perigoso Iuri Marajó na abertura do card principal.

O card completo do UFC 147 é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso combinado: Wanderlei Silva x Rich Franklin
Peso-médio Cezar Mutante x Serginho Moraes
Peso-pena Godofredo Pepey x Rony Jason
Peso-pesado: Fabrício Werdum x Mike Russow
Peso-pena Yuri Marajó x Hacran Dias

CARD PRELIMINAR

Peso-pena Gasparzinho Medeiros x Rodrigo Damm
Peso-médio Delson Pé de Chumbo x Francisco Massaranduba
Peso-pena John Macapá x Hugo Wolverine
Peso-médio Thiago Bodão x Leonardo Macarrão
Peso-pena Marcos Vina x Wagner Galeto
Peso-pena Felipe Sertanejo x Miltinho Vieira

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Wanderlei Silva (BRA) vs Rich Franklin (EUA)

Depois de fazer história no PRIDE e arrebatar os corações dos fãs brasileiros e japoneses com o seu instinto assassino aguçadíssimo, Wand retornou ao UFC após a extinção do antigo evento. Desde então tem tido muita dificuldade para se restabelecer. Lutando primeiro contra a readaptação às regras americanas, depois contra contusões, o Cachorro Louco venceu apenas 3 de suas 7 lutas desde a volta ao UFC.

Fissurado na revanche contra Vitor Belfort, que o tratorizara no longínquo Ultimate Brazil, em 1998, Wanderlei ficou arrasado com a contusão do rival. Em compensação, terá a oportunidade de vingar outra derrota entalada na garganta, esta por outro motivo. Wand e Franklin se enfrentaram na luta principal do UFC 99, em 2009. Fizeram um combate muito movimentado, vencido pelo americano por decisão, resultado que incomodou o brasileiro, que se considerou vitorioso no combate.

Wand então voltou às origens, treinando com o antigo mestre da Chute Boxe Rafael Cordeiro. E a decisão foi bastante acertada. Muito mais experiente, o curitibano teve duas vitórias exemplares contra Michael Bisping e Cung Le. Em ambas as ocasiões, Wanderlei mostrou calma para saber a hora de controlar o ritmo da luta e liberar o Cachorro Louco que reside dentro dele. Bisping foi salvo pelo gongo nos três rounds e sucumbiu na decisão. Le não suportou a pressão das lendárias joelhadas de Wand e foi nocauteado no segundo assalto. Entre as duas vitórias, uma traumática derrota por nocaute contra Chris Leben, quando fez sua segunda luta em 25 meses.

Os que estão chegando agora e não tiveram o privilégio de acompanhar a trajectória de Wand devem saber que nem só do muay thai agressivo vive o lutador. Faixa preta de Cristiano Marcello, ele tem um jiu-jitsu de alto nível, capaz de pegar um adversário por baixo ou por cima. Aos 35 anos, Wanderlei tem cartel profissional de 34–11–1 e um no contest. Dos 34 triunfos, 24 foram conquistados por nocautes, alguns deles lendários (Quinton Jackson e Kazushi Sakuraba que o digam).

Franklin é um lutador que recebe muitas críticas, algumas delas não tão justas. Campeão nos tempos de vacas magras do UFC, ele foi dizimado duas vezes por Anderson Silva, a segunda em 2007. Desde então não mais se encontrou. Fez apenas uma luta como peso médio e mais seis revezando-se entre meio-pesado ou pesos combinados. Destes combates, venceu quatro e perdeu três, provocando a desconfiança dos fãs do desporto.

Um dos motivos que levava à desconfiança de Franklin era sua falta de uma origem. O ex-professor de matemática não veio do wrestling, do jiu-jitsu ou do boxe. Ele começou a aprender a lutar em vídeos e depois partiu para treinamentos específicos. Esta característica fica bem visível no cartel de Rich: ele tem 15 vitórias por nocaute e 10 por submissão, o que mostra que, se não é especialista em nada, sabe se virar em todas as áreas.

Sem lutar desde a derrota para Forrest Griffin, em Fevereiro de 2011, Franklin estava se preparando para voltar aos pesos médios para encarar Cung Le no UFC 148 quando aceitou o convite de substituir Belfort. Como teve a luta antecipada em duas semanas, o americano combinou que enfrentaria Wand no limite de 86kg, dois a mais que o limite da categoria dos médios. A três meses de completar 38 anos, Franklin hoje ostenta faixa marrom de jiu-jitsu concedida pelo ex-UFC Jorge Gurgel e treina MMA com Matt Hume, o homem que inspirou o Sheik Tahnoon Bin Zayed Al Nahyan a criar o ADCC.

Muita coisa aconteceu desde o primeiro encontro entre ambos. Wand não tem mais o queixo de outrora, mas vem mostrando capacidade de se reinventar. E não podemos jamais esquecer que ainda é o Cachorro Louco que costuma não perdoar erros, por mais que Franklin não seja conhecido por cometê-los.

Fosse uma luta de três rounds e seria praticamente garantido haver uma repetição do UFC 99, com Wand e Ace indo para uma guerra de 15 minutos, decidida pelos juízes. Mas há um detalhe que pode fazer toda a diferença: o duelo está previsto para cinco rounds. Na primeira condição, Franklin seria o favorito a controlar a distância com seu kickboxing decente e a maiore altura e envergadura, evitando a clínica de thai clinch da Chute Boxe e repetir o resultado de 2009. Como desta vez a luta continuará após o terceiro, um erro de qualquer um poderá ser fatal.

No caso de o combate passar do 15º minuto, seria plenamente possível imaginar que Franklin, inactivo há 16 meses e com apenas uma luta em dois anos, acabe parando diante de Wand, como Cung Le fez. Neste caso, o fim do americano seria o mesmo do vietnamita. Wanderlei está indo para a terceira luta em um ano, portanto estará em melhor ritmo de combate. Se a preparação física estiver no mesmo nível, Wand torna-se favorito nos dois rounds finais. Mas se o brasileiro sentir o ritmo antes do americano, provavelmente tombará.

Fabricio Werdum (BRA) vs Mike Russow (EUA)

Depois do rompimento traumático com o UFC, logo após ser violentamente nocauteado pelo então desconhecido estreante Junior Cigano, Werdum viu sua carreira mudar da água para o vinho. Ele foi campeão do ADCC, primeiro e único homem a finalizar Fedor Emelianenko e, apesar da luta dantesca, chegou a encarar Alistair Overeem na trocação. A derrota para o holandês pegou mal, mas deixou a sensação que o gaúcho era mais do que um ás da luta agarrada.

A sensação virou certeza na reestreia no UFC. Contra o perigoso Roy Nelson, Werdum deu um banho de muay thai. Não nocauteou o barrigudo porque nem Cigano o fez, mas deixou o oponente muito mais machucado do que o agora campeão dos pesados. A vitória maiúscula deixou o simpático “Vai Cavalo” bem posicionado no UFC, já que Joe Silva agora sabe que, além de ter um dos melhores jogos de jiu-jitsu dos pesados no MMA, Werdum é capaz de enfrentar um combate na trocação e sair vitorioso.

Também treinando com Rafael Cordeiro, o bicampeão do ADCC vem se tornando um perigoso lutador de muay thai, assumindo o perfil básico do lutador brasileiro de MMA. Aos 34 anos, Werdum tem cartel de 15-5, com oito triunfos por submissão e quatro por nocaute. Das derrotas, o único que o bateu antes do fim da luta foi Cigano, o que comprova que não é fácil nocauteá-lo, já que nem Overeem, Minotauro ou Sergei Kharitonov o fizeram.

A primeira impressão que se tem ao observar o rechonchudo Russow é a de não levá-lo a sério. Em quatro lutas no UFC, ele entrou como azarão em todas. Na segunda luta, apanhou por mais de 12 minutos de Todd Duffee e o pegou com o famoso one-punch knockout. Em seguida surrou Jon Madsen e escapou do jogo de chão de Einemo para vencer por decisão clara – e chata. Ou seja, entrou sempre como azarão, saiu sempre como vitorioso.

Policial de Chicago, Russow disputou a Divisão I da NCAA, apesar de não usar tanto o wrestling no MMA como poderia. Contra Duffee, Russow passou a luta entrando com quedas bizarras e telegrafadas. O ground and pound não é mais do que eficiente, mas o queixo resiste bastante. Tem poucos recursos ofensivos de elite, apesar de ser capaz de aplicar um variado repertório de tentativas de finalização, mas se defende muito bem, seja na absorção de golpes, seja na hora de impedir que um campeão do ADCC encaixe uma posição de submissão.

Russow tem a mesma idade de Werdum, porém seu 1,85m fica oito centímetros em desvantagem ao brasileiro. Ele venceu 15 lutas e só foi derrotado uma vez, para Kharitonov no PRIDE, em 2007. Desde então foram 11 vitórias, 4 no UFC, que completam um cartel de 15-1 e um no contest. Ele conquistou oito vitórias por submissão e nocauteou quatro oponentes.

Como podemos ver na entrevista que fiz com ele na colectiva pré-UFC 147, Werdum está ciente de suas potencialidades. Ele sabe que não adianta se jogar no chão achando que alguém será louco de mergulhar em sua guarda. Por outro lado, sabe que tem a vantagem física para determinar o ritmo e posicionamento do combate, evitando o ponto forte de Russow (sua pegada devastadora).

Russow foi ao chão contra Jon-Olav Einemo e resistiu ao campeão do ADCC 2003. O problema é que Werdum é muito mais lutador do que o norueguês. Caso este combate passe ao solo, podemos contar os minutos para ver o brasileiro se levantar vitorioso com mais uma submissão na carreira. Porém, se Mike quiser manter a luta em pé (e ele vai querer), Werdum poderá (e deverá) controlá-lo na curta distância. De um jeito ou de outro, Russow acabará finalizado.

Final dos pesos médios: Cezar Ferreira vs Sérgio Moraes

Sérgio Moraes possui o melhor jiu-jitsu dentre os participantes do TUF Brasil. Antes do programa, lutou MMA pela última vez em marco 2010. Trocou um ano de investimento no desporte actual por um ano dourado competindo no pano em 2011, quando conquistou os títulos brasileiros, europeu e mundial de jiu-jitsu. O alto nível no grappling de Serginho ajuda a explicar o retrospecto profissional no MMA. Ele apresenta um cartel de 6-1, sendo cinco vitórias por submissão e uma na decisão. Já sua derrota veio por nocaute no Jungle Fight 15, contra o americano Brett Cooper. O “Orgulho da Cohab”, apesar de ter atordoado Cooper com um soco de direita, deixa aberturas na sua trocação, principalmente quando ele ataca. Enfrentar alguém com um nível superior em pé é arriscado. Serginho é paulista e tem 29 anos e é faixa preta da Alliance. Junto com Francisco Massaranduba, foi um dos participantes mais carismáticos do programa.

Lutador mais alto do programa, Cezar “Mutante” Ferreira era cotado a finalista da categoria dos médios por ser pupilo de Vitor Belfort. Além do mentor, Mutante treina na Xtreme Couture, em Las Vegas, ao lado do veterano do K-1 Ray Sefo e do campeão mundial de jiu jitsu Gilbert “Durinho”. Para chegar à final do programa, Mutante guilhotinou dois adversários, mostrando que não é bobo no chão. Porém, nessas pelejas, ele não agradou na trocação. Nas lutas pré-TUF, Mutante tinha uma luta em pé versátil, com chutes rodados e poder de nocaute. Na luta contra Thiago Bodão, Cezar trouxe o que todo mundo esperava dele, uma trocação de alto nível. Mandou o rapaz de Santo André para a vala com um chute alto, fechando o TUF com chave de ouro e faturando 45 mil reais pelo melhor nocaute da temporada.

Mutante enfrentaria Daniel Sarafian, que era o melhor do programa entre os médios, na minha opinião. A mudança de adversário facilitou a vida do mineiro. Ele só precisará manter a luta em pé, com a mesma trocação top que apagou Bodão e Chaun Sims (este em 17 segundos), aproveitando as aberturas deixadas por Serginho para terminar a luta ainda no primeiro round.

Final dos pesos penas: Rony Mariano vs Godofredo Castro

Godofredo “Pepey” Castro entrou no programa como um mero participante mas, mostrando muito talento chegou à final do TUF. Ele enfrentaria Rodrigo Damm, um dos favoritos a chegar à decisão, na semifinal, mas o irmão da Carina se machucou e Pepey acabou enfrentando Marcos Vinicius “Vina”. Mas a meu ver, seria mais uma vitória do Neymar ruivo e cearense mesmo contra Damm.

Pepey treina com pouca infra-estrutura e bastante força de vontade. Faixa preta de jiu-jitsu, venceu 6 dos seus 8 combates por finalização; as outras duas lutas são vitórias por nocaute/nocaute técnico (isto segundo o Sherdog, mas dizem que ele tem 11 lutas com 0 derrotas). O fortalezense também não tem medo de puxar o adversário para sua guarda e correr o risco de apanhar. Nesta posição, ele finaliza ou raspa (e depois finaliza, como fez no TUF). A trocação não é seu ponto forte, apesar de ter conseguido um knockdown sobre Wagner Galeto no TUF, mas ele sabe se virar em pé para levar a luta para o solo.

Rony “Jason” Bezerra quase não cumpriu seu favoritismo. Na luta de eliminação, antes de começar o programa, ele quase foi nocauteado por Dileno Lopes, atleta da Nova União, mas se recuperou e acabou ele nocauteando o adversário.

Ao contrário de seu conterrâneo, Jason treina com uma estrutura de primeiro mundo na Team Nogueira, no Rio de Janeiro. Também faixa-preta de jiu-jitsu (já foi inclusive derrotado por Pepey em competição de pano) e com uma boa guarda, tem cartel de 10-3 no MMA, com 7 vitórias por submissão e 3 por nocaute/nocaute técnico. Ele não perde desde 2009. Jason tem um queixo bom, como foi visto nas suas lutas no TUF, e uma boa trocação, mas que não foi suficiente para nocautear Hugo Viana.

Esta luta tende a ocorrer no chão, já que são duas crias do jiu-jitsu, mas o caminho mais fácil para a vitória de Jason seria aproveitar seus treinadores de muay thai e boxe, dominar na trocação e não subestimar o rival. Já para Pepey, a vitória será um trabalho complicado. Pode ser superado em pé e, no chão, seu adversário é tão bom quanto ele. Acredito na vitória de Jason na decisão unânime, depois de controlar o combate na trocação.

Iuri Marajó (BRA) vs Hacran Dias (BRA)

Depois de fazer sólida carreira no Amazon Fight e Iron Man, Marajó foi convocado ao Jungle Fight, onde conquistou o cinturão dos leves vencendo duas lutas na mesma noite, a primeira delas sobre Francisco Massaranduba. O título o catapultou ao WEC, onde destruiu Ricardo Lamas como peso pena na estreia, no último evento antes da extinção da organização. Incorporado ao UFC, fez todas as duas lutas nas edições do UFC Rio, batendo em decisões unânimes e unilaterais Felipe Sertanejo e Michihiro Omigawa. Junto com o próprio Sertanejo, Iuri é o único que participará das três edições brasileiras realizada pela Zuffa.

Iuri é especialista na luta marajoara, espécie de wrestling bastante difundido na Ilha de Marajó que tem como objectivo derrubar o oponente de costas para o chão. Esta arte acabou formando a base do forte jogo de quedas dele, que também é faixa preta de jiu-jitsu. A trocação de Marajó não é tão forte quanto o grappling, mas isto não significa que seja confortável trocar com ele – que o diga o peruano Manuelo Morales, nocauteado com um chutaço no corpo.

Aos 31 anos, Marajó estabeleceu-se como forte concorrente entre os penas. Ele tem cartel de 28-3 com igual número de nocautes e submissões (12).

Apesar de pouco conhecido do grande público, Hacran tem totais condições de fazer bonito no UFC. Ele seria um dos participantes do TUF Brasil (e fortíssimo candidato ao título), mas um problema com um exame médico o tirou do programa. Resolvido o problema, Dana White o agraciou com um contrato de quatro lutas. E o melhor, estreando num card principal.

Primo de Marlon Sandro, um dos melhores amigos de José Aldo, o “Barnabé” é mais uma cria da Fábrica de Levinhos de Dedé Pederneiras, também conhecida como Nova União. Dono de um estilo frenético, muito peso nos punhos e excelente jogo de chão, Hacran tem cartel de 20-1-1, tendo finalizado nove adversários.

Caso Hacran não sinta o peso da estreia, esta luta será mais equilibrada do que muitos pensam. Iuri é o favorito, principalmente pela maior experiência, mas terá que tomar muito cuidado na hora que quiser levar o oponente para o chão. O mais provável é que Iuri consiga evitar os ataques no solo de Hacran e consiga levar mais uma vitória por decisão no UFC, mas não se assustem se Dias bater o favorito.

Antevisão original de MMA-Brasil e Globo.com

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Pelo que aconteceu durante a pesagem do UFC 147, as desavenças do TUF Brasil ainda não foram totalmente cicatrizadas. Os lutadores que tiveram problemas durante o programa e que vão se enfrentar neste sábado, em Belo Horizonte, levaram para a encarada após a balança toda a rivalidade que ainda existe entre eles. Anistávio Gasparzinho e Rodrigo Damm precisaram ser separados pelos funcionários do Ultimate. O mesmo aconteceu com Serginho Moraes e Cezar Mutante.

No reality show, Rodrigo Damm ficou marcado por sempre repreender as brincadeiras de Gasparzinho. E um dos episódios do programa, ambos chegaram a trocar empurrões porque o potiguar não gostou de ver Damm tentando amarrá-lo em uma das brincadeiras da casa.

Já Serginho Moraes criticou uma suposta protecção de Vitor Belfort em relação a Cezar Mutante. As declarações polémicas continuaram fora da casa, depois que Serginho foi anunciado como substituto de Daniel Sarafian, que se lesionou e não vai poder participar do evento. Nesta sexta, Mutante esticou o braço para a pose para fotos e encostou no pescoço do rival, que respondeu com um empurrão.

Na outra final do TUF, Rony Jason subiu no palco com sua tradicional máscara do personagem Jason, do filme "Sexta-Feira 13". A surpresa foi do lado de seu adversário, Godofredo Pepey. Ele apareceu com uma máscara de gladiador. E encarada do peso-pena foi mais amistosa que a dos médios e teve até um leve sorriso de Jason.

Nos demais duelos, muito fair play e encaradas amistosas. Wanderlei Silva ficou quase um quilo mais leve que Rich Franklin no peso combinado para a luta. O Cachorro Louco fez uma promessa aos fãs mineiros.

- Vou conseguir uma grande vitória para poder comemorarmos juntos aqui - disse Wand.

O único a não conseguir atingir o limite de sua categoria foi John Macapá. Ele subiu na balança com 68kg, 1,8kg a mais do que o permitido. O lutador peso-pena ganhou duas horas para bater o peso, mas também não conseguiu. Com isso, perdeu 25% de sua bolsa (cerca de R$ 4 mil) para lutar, percentagem que foi automaticamente para seu adversário, Hugo Wolverine.

Os mais aplaudidos foram Gasparzinho, Francisco Massaranduba, Thiago Bodão e Rony Jason. As vaias ficaram para os estrangeiros, Rick Franklin e Mike Russow, e também para Rodrigo Damm.

CARD PRINCIPAL

Peso combinado (até 86,2kg): Wanderlei Silva (85,3kg) x Rich Franklin (86,2kg)
Peso-médio Cezar Mutante (83,5kg) x Serginho Moraes (83,9kg)
Peso-pena Godofredo Pepey (65,8kg) x Rony Jason (66,2kg)
Peso-pesado (120,7kg): Fabrício Werdum (111,6kg) x Mike Russow (112,5kg)
Peso-pena Yuri Marajó (66,2kg) x Hacran Dias (66,2kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-pena Gasparzinho Medeiros (66,2kg) x Rodrigo Damm (66,2kg)
Peso-médio Delson Pé de Chumbo (83,9kg) x Francisco Massaranduba (83kg)
Peso-pena John Macapá (68kg*) x Hugo Wolverine (65,8kg)
Peso-médio Thiago Bodão (83,5kg) x Leonardo Macarrão (82,6kg)
Peso-pena Marcos Vina (66,2kg) x Wagner Galeto (65,8kg)
Peso-pena Felipe Sertanejo (66,2kg) x Miltinho Vieira (66,2kg)

* Não atingiu o limite da categoria e perdeu 25% da bolsa

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