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Welcome to the Jungle #28 - Revisitando 2011!


Olá amigos...

Como tem passado?

Eu sou Jungleboy, e está na hora do Welcome to the Jungle!!!

Estão prontos???

Muito bem...

Não chegamos ainda nem a metade do mês de Dezembro, é bem verdade. Assim sendo, ao invés de escrever algo sobre o ano vindouro, achei que esta seria uma oportunidade interessante para fazermos um balanço geral deste ano quase que já encerrado, e deixemos as considerações sobre o futuro para uma próxima vez, de acordo?...

Iniciando pela TNA, podemos dizer que o ano de 2011, para esta companhia, foi uma grande decepção. Uma empresa em franco crescimento nos últimos anos, com grandes talentos e angariando fãs e mais fãs já um tanto cansados da mesma fórmula no que podemos chamar de pro-wrestling mainstream, ou seja, a WWE, e que de repente se vêem perdidos no meio de tanta confusão e incompetência.

Esse ano era para ser o ano de afirmação da companhia de Orlando, porém desde o final do ano passado já começamos a ter os primeiros indícios que este seria um ano obscuro, e cheio de incertezas.

A única certeza que resta após esses 12 meses é que a TNA está em uma situação deveras pior do que se encontrava a um ano atrás, quiçá dois ou três. Resumindo, foi uma regressão sem precedentes que ocorreu. Não posso afirmar quanto a saúde financeira da empresa, mas acredito que nem nesse ponto eles tenham obtido sucesso. Porém, no que tange ao wrestling realmente posso afirmar com certeza, na minha opinião, que a TNA fracassou em seus objectivos.

A pergunta que não quer calar é: Como é possível? Afinal, foram feitos investimentos em marketing, em produtos, mudaram características a fim de conquistar uma parcela maior do público, e principalmente, contrataram nomes muito conhecidos neste "business", sendo alguns destes inclusive considerados como wrestlers com grande futuro pela frente.

Bem, é possível pelo simples fato que não importa o quanto você invista, ou traga grandes valores para sua companhia, se não souber como usá-los da forma correta. Se a TNA não se preparou o suficiente, e tampouco foi competente bastante, para elevar seus próprios valores que estão lá por anos, quem dirá de ex-superstars recém-chegados?

Sem desrespeitar os fãs de Hardys, Andersons, entre outros... mas, se você não consegue trabalhar decentemente com sujeitos brilhantes como Styles, Daniels, Samoa Joe, entre outros, como poderá ter sucesso com essas chamadas "incógnitas"?

Além do mais, a TNA procurou direccionar seus programas e ideias em criar interesse através das storylines, como feuds entre stables, e a luta pelo controle da companhia, e esqueceu do essencial: O wrestling.

Como era o slogan mesmo?

"WRESTLING MATTERS" ???

Algo soa bastante errado. Cerca de dois/três anos atrás a TNA era uma grande opção, juntamente da ROH, de assistir boas lutas de wrestling, vindo a escapar um pouco do formato WWE. E isso que foi conquistando os fãs que procuravam coisas novas no meio.

Você não estaria abandonando a WWE. Esta continuaria com o estilo dela, já consagrado. Porém, quando você queria ver um pouco mais de acção, e uma acção mais adulta diga-se de passagem, bastava assistir TNA para sair contente. Lutas velozes, bem trabalhadas, variando entre confrontos recheados de spots da X-Division, lutas hardcore, até um bom e velho singles-match com bastante wrestling técnico. Ou seja, agradava boa parte dos gostos.

Então, na ânsia absurda de querer alcançar um patamar a que não estava pronta ainda, a TNA começou a trocar os pés pela mão. Tentou subir a escada pulando os degraus, e caiu.

E o pior...

A queda ainda não acabou.

Parece que mais recentemente essa queda começou a ser um pouco mais lenta. Quem sabe ainda há tempo para acordar, e tentar recuperar uma parte do desastre feito. Infelizmente, foi uma aposta arriscada, e que custou o respeito dos fãs mais ortodoxos que a companhia tinha.

Eu mesmo, já falei e reitero. Era um grande fã da TNA na sua "época de ouro". Hoje em dia, não consigo assistir os shows regularmente. Apenas quando a curiosidade, ou alguma ponta de esperança me ataca.

Para exemplificar minha ideia usarei também um argumento proveniente de uma observação minha.

Não posso garantir que ela seja real, apenas é uma suposição interessante, que pode não passar de coincidência.

Mas, na época que eu assistia todos os shows da TNA havia um certo sujeito barbudo com uns óculos escuros que sempre estava assistindo o show em pé bem próximo da grade. As semanas, meses passavam, e o indivíduo não faltava em qualquer ocasião. Sempre estava no ginásio, com alguma pequena variação de local.

Aos poucos ele me lembrou daqueles velhos fãs da ECW que ficavam a beira do ringue, e que eram verdadeiros personagens com suas caracterizações e com a empolgação que assistiam os shows. Eram verdadeiros fãs. Assim também eu pensei deste sujeito nos shows da TNA.

E agora vem a parte interessante. Tempos depois, com as mudanças no estilo TNA, até os dias mais recentes, podemos procurar o quanto quisermos. Não mais encontraremos o tal sujeito nas proximidades do ringue. É claro que ele pode ter se mudado para outro lugar, ou ter casado e sua mulher começou a reclamar dele ir nos shows, ou quem sabe, arrumou um emprego nocturno. Entretanto, coloquei na minha cabeça, que a única razão pela qual não vejo mais sua barba comprida e seus óculos escuros a vibrar pelas lutas ocorrendo em Orlando, Flórida, é porque assim como eu, este fã cansou de ver no que a Total Non-Stop Action se transformou...

Muito bem...

Do outro lado, está a grande empresa do ramo, a WWE. Analisando friamente o que aconteceu e vem acontecendo na "Big E", eu poderia resumir genericamente o ano de 2011 em uma palavra: Evolução!

Bom, eu bem queria que a palavra na realidade fosse Revolução, porém não acredito que tivemos algo tão significante a ponto.

O que podemos dizer com certeza é que tivemos boas mudanças no jeito WWE de fazer wrestling. As bases, as essências, não mudaram. Mas, isso já é inerente à WWE, e será muito difícil mudar drasticamente. Entretanto, algumas pequenas mudanças, outros ajustes lá, e com a ajuda do público fiel de pro-wrestling a WWE conseguiu desenvolver melhor suas ideias e possibilidades neste ano.

Acredito que podemos realizar uma boa separação entre determinados períodos na WWE, a fim de exemplificar melhor meu raciocínio. Após a Attitude Era, protagonizada por The Rock e Stone Cold Steve Austin, podemos dizer que veio a curta era de supremacia de Brock Lesnar. Então, aos poucos o produto começou a mudar, e a WWE também entrou nesse carrossel de mudanças. Então, do ano de 2005 até os dias de hoje, testemunhamos a ascensão e a tomada do topo por John Cena. Desde então, muito se questionou que a WWE estaria desqualificando seus shows, afastando um pouco os fãs mais antigos e acostumados ao jeito old-school, tão glorioso no passado.

Assim sendo, após as transformações drásticas dos anos pré-2005 para os pós-2005, não tivemos nada de muito radical em questão de diferenças. Apenas, o estilo WWE foi se transformando lentamente, de forma a adaptar-se as novas directrizes do programa voltado a família, com crianças assistindo e tudo mais.

Veja, não sou totalmente contra o PG (classificação televisiva). Acho bastante válida essa fiscalização, e a forma como os programas tem de se amoldar as normas. De tal forma que temas adultos, apelativos, ou excessivamente violentos, seriam retirados da vida da WWE. Nem um problema tão grave até aí, se não tivesse afectado directamente na forma da WWE conduzir o wrestling. Criou-se um grande campo de limitação, tanto nas storylines e feuds, como nas gimmicks dos wrestlers.

Pode-se realizar um controle melhor do que passará na programação, para não se tornar algo apelativo, porém essa mudança como ocorreu, apesar de gradual, criou um impacto, um choque de estilos, por assim dizer.

E todos esses fatos culminam no ano de 2011. Porque depois de tantos anos mantendo um controle apurado sobre o que estava por ser veiculado, ou até mesmo no comportamento de seus superstars, as coisas finalmente começaram a mudar um pouco. E o mensageiro de tal evolução é nada mais, nada menos que CM Punk.

Convenhamos... ele foi o estopim das mudanças, até agora pequenas é verdade, que vem ocorrendo na companhia. Um pouco do fogo já se dissipou, porém uma parte do "estrago" já foi feito. E a verdade, é que os fãs mais velhos ficaram extremamente ansiosos pelas novas possibilidades, enquanto que o público infantil-familiar continuou na mesma. Até mesmo o merchandise de Punk conseguiu grandes vendas, provando que nem sempre um pouco de radicalismo é mal interpretado.

As pessoas gostaram das verdades ditas por CM Punk, das atitudes que ele tomou, por mais politicamente incorrectas que fossem. Foi criado um anti-herói em plena PG ERA, dá para acreditar? Temos que valorizar esse ponto.

As coisas viraram de cabeça para baixo?

Não, nem tanto por enquanto. Mas, não há dúvida que o ano de 2011 com essas gratas surpresas, mostrou-se um tanto diferente e imprevisível em relação aos demais, enchendo de esperanças os fãs da WWE que estão ansiosos pelas novidades, e principalmente por mais mudanças.

Por essas e por outras que digo que a WWE evoluiu neste ano, e temos de reconhecer isso. Porém, apesar de ter tido um ano bastante positivo, a WWE ainda tem potencial para muito mais. Potencial, para agradar gregos e troianos, crianças, jovens, adultos e velhos. Para isso entretanto, não basta evoluir como neste ano.

Para grandes e importantes mudanças, precisa-se como dito anteriormente de uma revolução.

A princípio, a revolução tem bastante apoio do povo (que somos nós), e também de boa parte dos revolucionários (os wrestlers). Sugiro até que temos inclusive um líder revolucionário bom o suficiente (CM Punk), com alguma experiência até em pequenas "revoltas".

As coisas não estão ruins, longe disso. Mas, acho que todos podemos fazer melhorar, não é mesmo?

Afinal, é nosso direito procurar pelo melhor naquilo que somos fãs, não é mesmo?

Nada mais justo, penso eu.

Quem sabe tudo que falta, seja mais um pouco de tempo e paciência.

Temos um 2012 inteiro pela frente para acompanharmos atenciosamente.

Que seja melhor do que este que foi.

Obrigado a todos, até a próxima.
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