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O Wrestling em Revista (XXVII)


Nesta edição, respondo a determinadas perguntas como o futuro dos Nexus e dos The Corre e ainda deixo uma opinião bem vincada em que critico quem critica o "booking" recente de Sheamus.....


Respostas aos comentários dos leitores


Anónimo (WN): Esta divisão dos Nexus é uma manobra para eles dominarem toda a WWE?

E.J. (PLL): O que achas da feud The Nexus vs The Corre?

Não digo que posteriormente não se possam vir a unir, mas creio que isso não seria vendido como uma ideia que nasceu logo ao inicio da divisão, até porque não faria sentido o Wade Barrett abdicar de uma oportunidade pelo Titulo da WWE para isso, não faria mesmo sentido.

Quanto à “feud”, acho que seria algo interessante mas não para já, as “stables” precisam de muita mais exposição, talvez lá para o SummerSlam.



Anónimo (WN):
Já treinaste wrestling. Qual a sensação? Os combates são programados, mas como é possível alguém lembrar-se do que fazer, por exemplo, em 60 minutos? Só são programados os 'spot's' importantes, correcto? Ou como é que isso realmente funciona? É que sempre me fez confusão...

Bem, antes de mais, devo dizer que fiz apenas dois treinos, e desses dois apenas um foi em ringue, e já agora, a título de curiosidade, o meu treinador é aquele que vocês conhecem da APW por Red Eagle.

A sensação foi muito boa, especialmente no primeiro treino, que foi no ringue, estava mesmo entusiasmado e apesar da minha timidez sempre que era para se treinar uma queda ou um golpe, era dos primeiros a sair da borda do ringue e a chegar-me à frente para aplicar, foi algo que me deu muito prazer e que me deu um grande momento de felicidade, ainda que tenha acabado o dia e tenha andado os que se seguiram com algumas dores nas pernas devido a tantos agachamentos no aquecimento.

O segundo treino, foi em colchões, no entanto, aprendi lá mais golpes, especialmente em termos de “chain”, e a dar murros e pontapés, se bem que nunca cheguei a acertar no movimento, lembro-me também de ser desafiado a tentar um “Dropkick” e pensando que nem à cintura do rapaz com que estava a treinar chegava com os pés eis que me surpreendo comigo próprio ao quase lhe tocar na cabeça.

Foram duas aulas e que aprendi o básico, e como deves compreender, não faço a mínima de como é possível alguém se lembrar do que fazer em 60 minutos, ou como gerir um combate em tal tempo, até porque combates com tal duração são raros e em Portugal então se já houve algum desconheço. Sou capaz de ter umas noções do que é preciso por alguns conhecimentos que tenho, no entanto, em termos de psicologia ensinaram-me pouco mais de zero, foram dois treinos, compreende-se.

Em termos de programação, bem, sei que há companhias que optam por ter um produto totalmente planeado do primeiro ao último segundo de combate havendo um mínimo de inovação, no entanto, por aquilo que o meu treinador me ensinou, a única coisa que deve estar programada é o “comeback”, e faz sentido, porque é aí que geralmente até acontecem algumas manobras mais viciadas. E sim, alguns “spots” importantes que ajudem a prolongar a história devem estar programados obviamente, mas aí nem é preciso um treino para se perceber isso.

Não quero ser wrestler, gostava até de estar por dentro do “business”, mas a fazer outra coisa que também me dê prazer, no entanto, se um dia me der na cabeça vou a Queluz fazer o treino experimental gratuito com o WP.


Klebyano (WN):
O que você acha de lutadores de MMA indo para o Pro Wrestling?

Há lutadores que até podem ser muito virtuosos tecnicamente mas que talvez falte-lhes algo para serem fortes o suficiente para singrarem em MMA e por isso tentem o pro wrestling para fazer dinheiro, ou então, apenas a curiosidade e o desejo de experimentar. Quanto a casos de sucesso? Já ouvi falar de alguns, mas também de algumas cagadas.


Anónimo (WN):
O que faz um finisher ser credível?

Bem, é uma questão de se ir ao dicionário, no entanto, um “finisher” credível é aquele que tu olhas para a sua execução e acreditas que é capaz de pôr alguém KO ao ponto de não se levantar no “pin”.


Anónimo (WN):
Achas que o Jeff Hardy, o RVD, o Kurt Angle e o Mr. Anderson/Kennedy podem voltar à WWE?

Neste “business” tudo pode acontecer, mas não acredito que o Jeff volte com os problemas judiciais que tem. O Rob Van Dam parece-me feliz com a vida que tem na TNA e quando sair de lá deve voltar a fazer o que tem feito desde que saiu da WWE até chegar a Orlando. Quanto aos últimos dois, já acreditei mais na possibilidade de Angle regressar, quanto a Anderson, também deixo em aberto.


O Pulga (PLL):
Você acha que as Divas da WWE são um caso perdido ou ainda têm salvação? Se tiver, qual seria a solução para elas?

Já acreditei mais que fossem um caso perdido, actualmente até temos boas lutadoras a lutar pelo título e nas principais histórias femininas. A solução passa por trazer melhores lutadoras, sobretudo num período estranho na WWE, em que uma das razões para o despedimento de Mickie James é estar com uns quilos a mais e no entanto apostam nas pouco “sexy” Natalya, Beth Phoenix, possivelmente daqui a uns tempos Tamina e contratam Awesome Kong. Ah, e cagam-se na Maryse que para além de ter tudo o que uma Diva da WWE representa, era das mais carismáticas da divisão. Ou seja, isto está tudo trocado!



Alguns leitores pediram-me para dar a minha opinião sobre a situação de alguns lutadores ou o que eu achava deles, em vez de colocar aqui todas as perguntas e tornar isto um “post”muito maior, decidi inovar e dar a minha opinião sobre cada um deles de uma só vez e por ordem alfabética.


AJ Styles: Qual achas que foi a reacção da WWE ao ver que ele tinha sido considerado o melhor do mundo pela PWI no ano de 2010? Se isso significar indiferença em termos de popularidade e “cash in” como eu julgo que significa, acho que se estão a lixar para isso. Até aposto que há pessoas importantes dentro da WWE que nem devem saber o que é a PWI.

Awesome Kong: Qual seria a tua história para fazer a estreia dela na WWE uma das melhores na divisão feminina? Interromper um daqueles combates de tag team de divas com 10 lutadoras e deixá-las todas estendidas no chão, se bem que depois dos 70 “beatdowns” que os Nexus fizeram em 2010, isso já começa a ser um pouco repetitivo.

Chris Jericho: Achas que o Jericho será usado, quando voltar, outra vez como tapa buracos ou será que realmente terão algo GRANDE para ele? Você acredita no seu retorno no Royal Rumble? Ele recentemente disse que não conta voltar à WWE, eu bem quero acreditar que é “bluff” mas tenho medo que seja verdade. Agora acho que tão cedo não voltará.

Cody Rhodes: Vai-se perder no card? Pode ser o próximo oponente do Kofi pelo título intercontinental? Espero bem que seja o próximo oponente de Kofi, e sobretudo, o próximo campeão intercontinental, mas para já vamos ter o ganês ocupado com Swagger.

El hijo del Medico Asesino: Mas que porra é essa? Você acha que a WWE precisa de mais luchadores? Não conheço. Se precisa de mais “luchadores”? Depende do valor de cada um, das suas características e do que pode trazer de novo, uma boa adição não deve ser rejeitada.

Ezekiel Jackson: Porque achas que foi adicionado aos The Corre, já que o historial dele não tem nada de parecido com os outros membros? O John Cena também não e foi adicionado. O Big Zeke tal como os The Corre é “sangue novo” na WWE (ainda que esteja lá desde 2008), é alguém que deseja singrar na companhia tal como Slater, Barrett e Gabriel, é um “enforcer” que faz falta a qualquer “stable”, vejo com naturalidade a sua inclusão.

Jack Swagger: Já está tão enterrado que não se consiga safar? Pensei nisso o ano passado por esta altura… nos meses que se seguiram acabou vencendo o Titulo Mundial. Tudo pode acontecer e a WWE sabe do enorme potencial que Swagger tem.

Main Event Mafia: Regresso dos Main Event Mafia por esta altura é bom ou mau na TNA? Porquê? Eu acho algo desnecessário, acho que Scott Steiner, Kevin Nash e até o próprio Sting são nomes que não têm nada para dar ao pro wrestling, muito menos a uma companhia “main stream”, além disso, se desempenharem um papel importante na companhia podem estar a tirar espaço a Pope, Samoa Joe e outros que podiam fazer parte de uma facção comandada por Dixie Carter para enfrentar os Immortals. Pode ser que saibam dar a volta à situação, é esperar para ver.



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Sheamus com o booking errado?

Na última semana vi aqui um artigo em que o seu autor criticava o recente “booking” de Sheamus, acusando-o de ser errado e utilizando até o argumento de que assim não o estavam a preparar para uma “feud” com Triple H, devido ao facto do “The Game” ser um dos maiores nomes da indústria.

Pessoalmente, não concordo com tal alarido. Estamos numa fase em que é normal acontecer este tipo de coisas, o principal objectivo da WWE é promover o Royal Rumble de forma a conseguir um bom número de vendas, e isso a meu consegue-se se o número de candidatos à vitória no mesmo for mais alto, e se Sheamus já seria (e é) um candidato natural a vencedor, porque não aproveitá-lo para promover homens como John Morrison e Mark Henry a esse estatuto também? Lembram-se do ano passado? Um Jack Swagger que parecia mais que enterrado andava a ser humilhado pelo Santino e meses depois sangra-se campeão mundial.

O irlandês apesar de alguns resultados menos bem sucedidos não deixa de ser o temível “Celtic Warrior”, continua a ser um nome grande na WWE, e tal como o próprio indica nas duas “pomos”, é um antigo e futuro Campeão da WWE.

Desengane-se quem pensa que a boa maneira de “bookar” um lutador é só dar-lhe vitórias, mas não, as derrotas e os insucessos também ajudam um lutador a ficar “over”, e de certa forma, Sheamus já não é aquele gajo que nos andam a enfiar pela garganta a dentro, é alguém a quem reconhecemos valor e que vemos com toda a normalidade a competir pelo ouro mais prestigiado da companhia.

Se ainda se percebe algum desagrado em relação ao “booking” de Sheamus, ler que estão a prepará-lo mal para a “feud” que muito provavelmente aí vem com Triple H é ridículo! Foi o irlandês que pôs o “The Game” no estaleiro e o responsável pela sua longa ausência dos ringues, supostamente, até tem que ser o “King of Kings” a ir atrás do mais recente King Of The Ring, é ele que tem de procurar vingança, as pessoas sabem da história que ambos têm e não seria este momento não tão bem sucedido em termos de resultados que fariam dele alguém mal preparado para esse programa. Creio que até nem será preciso, mas basta Sheamus no Rumble eliminar meia dúzia como se adivinha que o faça e o homem já está em alta de novo.

Não percebo porque não falam antes do “booking” de Daniel Bryan. O homem estava numa onda entusiasmante, estava lançado, estava de certa forma “over” para um “mid-carder”, isto até ao Survivor Series, desde aí, ficou estagnado. Não há planos e está-se a perder a ligação com o público, o mais importante neste “business”, tem o futuro em risco, mas como é campeão dos EUA toda a gente pensa que está tudo bem, mas não está.

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Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!

Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate.


**AVISO**

Devido ao tamanho excessivo que os meus artigos estavam a ter, decidi pôr neste post as perguntas que considerei mais interessantes/menos batidas e deixo aqui um link onde estão as restantes: http://wrestlingnoticias.blogspot.com/2010/01/extra-o-wrestling-em-revista-xxvii.html
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