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Lucas Headquarters #67 – X-Over: Os dados estão lançados!


 

Ora então boas tardes, comadres e compadres!! Como estão? Sejam bem-vindos a mais um “Lucas Headquarters” aqui no Wrestling Notícias! E essa Black Friday, arruinou-vos a carteira ou quê? Cá para mim não serve, porque para mim Black Fridays de jeito só com descontos dos 60% para cima. Já pareço o Sr. Américo: “para mim não serve, porque imóveis só com fotografia, que às vezes um gajo é artista a escrever”. Quê, não viram esse maravilhoso resumo d’ “Os Maias”? O que é que vocês andam a fazer com a vossa vida?


O artigo desta semana chega até vós na ressaca de um Historic X-Over que requer, entre outras coisas, muita paciência para ser visto (falo a sério, aquilo tem cinco horas e meia de duração…) mas que acabou por ser, sem sombra de dúvida, um dos melhores e mais excitantes eventos produzidos no wrestling este ano. Porquê?


Simplesmente porque teve de tudo um pouco e na quantidade certa. Claro que já se sabia, à partida, que seria a New Japan a dominar o card (isto em termos de combates mais do que vitórias ou derrotas) não só porque a NJPW é bem mais conhecida a nível do mainstream comparativamente com a sua sister promotion (apesar de ambas ocuparem o primeiro e o segundo posto no que a empresas de wrestling mais populares no Japão diz respeito) mas também porque, pelo menos a mim, me ficou a impressão de que em termos de storylines, a NJPW contribuiu muito mais do que a STARDOM.




E isto não deve causar surpresa a ninguém, quer dizer, NJPW e STARDOM são empresas-irmãs, ambas têm a mesma origem (que, acredite-se ou não, está numa empresa de jogos de cartas colecionáveis (trading card games) – a Bushiroad, que produziu franchises icónicos relacionados com a cena anime, como são exemplo o Love Live! School Idol Festival ou o Bandori! Girls Band Party) mas trabalham como se de duas empresas independentes se tratassem. 


A STARDOM organizou recentemente o Gold Rush e hoje foi para o ar mais uma edição – a terceira – do seu show mais hardcore, o STARDOM in Showcase, enquanto que a NJPW anda já entretida com preparativos para o Wrestle Kingdom. Portanto é natural que, pelo menos até ao dia 20, a STARDOM não concentrasse tanta da sua atenção no X-Over.



Outro dos motivos que parece naturalmente justificar um maior empenho da NJPW neste evento em relação à STARDOM tem a ver com os objetivos que se apresentavam para este evento.


Como já tinha dito, a NJPW é bem mais conhecida a nível do mainstream wrestling em relação à STARDOM. É muito mais fácil alguém ter acesso a arquivos da New Japan do que da STARDOM (pelo menos quem não é rico o suficiente para pagar STARDOM World…). Serve isto para dizer que para a New Japan, este é apenas mais um evento no calendário. Mas para a STARDOM, que se calhar não é vista com tanta regularidade por tanta gente, esta pode ser a oportunidade para apresentar o produto e torná-lo mainstream ao ponto de ser mais fácil para o público ter acesso a ele.


Por essa razão, é também possível dizer que nada neste evento foi feito por acaso. Não foi por acaso que se fez um Rumble com alguns dos futuros talentos (e alguns dos mais subestimados) da empresa. Não foi por acaso que, num golpe de mestre, se juntou Zack Sabre Jr. com Giulia e Tom Lawlor com Syuri, nem Hiroshi Tanahashi com Utami Hayashishita e Hiroki Goto com Maika. 








O principal objetivo da NJPW com este evento era continuar a confirmar o seu sucesso, mas o principal objetivo da STARDOM era apresentar-se ao mundo do wrestling. E, se estes dois combates que mencionei não cumpriram esse objetivo, o main event entre KAIRI e Mayu Iwatani pelo IWGP Women’s Champion cumpriu, e de que maneira, com a dose certa de wrestling e também de emoção, sobretudo da parte de Iwatani, que deixou muita gente a torcer pela vitória da líder das STARS.



Acima de tudo, eu penso que este X-Over cumpriu outro objetivo: De tão bom que foi, de tão boa qualidade do wrestling que apresentou, deixou abertas muitas portas. Não só para uma edição do X-Over por esta altura em 2023 (que espero sinceramente que aconteça) mas talvez para uma contínua colaboração de NJPW e STARDOM com outras empresas.


Pensem: O quão bom seria ter NJPW e STARDOM a fazer um crossover com a AEW? Ou quão bom seria termos NJPW, STARDOM e AEW a fazer um crossover com… a WWE? 




Se quiserem, posso abordar essa possibilidade numa outra edição aqui do estaminé. Mas para já a edição desta semana fica por aqui, não me despedindo sem antes perguntar: O que acharam do X-Over?


E, claro, não me vou embora sem antes dizer para não se esquecerem de passar pelo site e pelo Telegram do WN, de deixarem as vossas opiniões nos comentários, sugerirem temas… o costume. Para a semana cá estarei, se tudo correr bem, com mais outro artigo!


Peace and love malta fixe, até ao meu regresso!





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