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PPV Review - AEW Revolution 2022

 
Data: 6 de março de 2022
Arena: Addition Financial Arena
Localidade: Orlando, Flórida
 
 
Chris Jericho vs. Eddie Kingston
Eddie Kingston não perdeu tempo e começou a atacar Chris Jericho desde o primeiro segundo, tendo-lhe aplicado um German Suplex assim que a sineta soou.
Tal como se previa pelos instantes iniciais, o combate tornou-se bastante físico e intenso, com muitos strikes, bem ao estilo de Eddie Kingston e do que tem sido Jericho de há uns anos para cá.
Se há uns meses critiquei a condição física deplorável em que Jericho se encontrava, desta feita tenho de elogiar: está com menos gordura, com mais mobilidade e também mais capacidade cardiorrespiratória. Vê-lo a aplicar um Lionsault e a aguentar um combate que durante largos minutos não teve tempos mortos é uma conquista relativamente a meses anteriores.
A vitória parecia assegurada para Le Champion após dois Codebreaker, mas Eddie Kingston conseguiu batê-lo via submissão. E vencer Jericho por submissão não é para qualquer um.
Vencedor: Eddie Kingston
Nota: 7/10
 
 
AEW World Tag Team Championship:
Jurassic Express (Jungle Boy e Luchasaurus) (c) vs. reDRagon (Bobby Fish e Kyle O'Reilly) vs. The Young Bucks (Matt Jackson e Nick Jackson)
Um dos combates que eu mais aguardava, uma vez que nele participavam três das melhores tag teams do business. Se já conhecia os reDRagon e os Young Bucks de outras paragens, os Jurassic Express têm sido uma das boas surpresas que a AEW nos tem proporcionado.
Apesar de ser cada equipa por si, e de ser um combate a apenas uma fall, os reDRagon e os Young Bucks pareceram de certa forma alinhados em combater os Jurassic Express. Como é apanágio dos Young Bucks, o ringue tornou-se rapidamente num caos, perdendo-se rapidamente o respeito pela regra de que apenas dois homens devem estar no ringue ao mesmo tempo – para o espetáculo até é bom, mas…
Num final caótico, com bastantes near falls, os Jurassic Express levaram a melhor após um double team em Matt Jackson.
Vencedores: Jurassic Express (Jungle Boy e Luchasaurus)
Nota: 8/10
 
 
Face of the Revolution Ladder match:
(vencedor recebe uma oportunidade pelo AEW TNT Championship)
Keith Lee vs. Orange Cassidy vs. Powerhouse Hobbs vs. Ricky Starks vs. Wardlow vs. Christian Cage
Combate entre lutadores com características bem distintas: o super peso pesado Keith Lee, os pesos pesados Powerhouse Hobbs e Wardlow, o irreverente Ricky Starks, o joker Orange Cassidy e o veterano com imensa história em combates de escadote Christian Cage.
Em termos de possível vencedor, o combate centrou-se muito em Wardlow, Keith Lee e Powerhouse Hobbs. E após ter derrubado Lee e Hobbs para cima de uma mesa desde a zona da mesa de comentadores, Wardlow reforçou o favoritismo, embora ainda estivesse distante de um ringue onde lutavam Christian Cage e Ricky Starks.
Wardlow acabou mesmo por vencer, depois de um Powerbomb em Ricky Starks para cima de um escadote.
Vencedor: Wardlow
Nota: 8,5/10
 
 
AEW TBS Championship:
Jade Cargill (c) vs. Tay Conti
Combate que começou com um beijo na boca. Como foi roubado, acho que a brasileira Tay Conti pode processar Jade Cargill por assédio sexual.
No duelo relativamente curto, Jade Cargill prosseguiu a sua onda invicta (29-0) após uma espécie de Glam Slam.
Vencedora: Jade Cargill
Nota: 4/10
 
 
Dog Collar match:
CM Punk vs. MJF
CM Punk apresentou-se com o ring gear e a theme song dos tempos em que lutava na Ring of Honor e mostrou-se mais familiarizado com o gimmick match desde o início, enquanto MJF precisou de algum tempo demorou algum tempo a perceber de que forma a coleira podia ser utilizada a favor de alguém.
No entanto, quando MJF percebeu como podia utilizar a coleira mostrou-se dominante durante largos minutos, tendo inclusivamente feito CM Punk sangrar abundantemente. 
Mesmo quando parecia recuperar algum fôlego, o Second City Saint mostrou-se combalido, não conseguindo aplicar o Go To Sleep.  MJF tentou capitalizar com um Tombstone Piledriver na borda do ringue, mas Punk reverteu a manobra e ele mesmo executou um Tombstone Piledriver na borda.
Pouco depois, MJF introduziu pioneses em ringue tentou aplicar um Running Bulldog para cima dos mesmos, mas CM Punk bloqueou o golpe e instantes depois executou um Superplex para cima dos pioneses.
Entretanto, Wardlow apareceu em ringue, aparentemente para ajudar MJF, mas acabou por entregar um anel a CM Punk, que depois de um GTS para cima dos pioneses colocou o anel num dos dedos e aplicou um soco em MJF, alcançando o triunfo no assentamento que se seguiu.
Vencedor: CM Punk
Nota: 7,5/10
 
 
AEW Women's World Championship:
Dr. Britt Baker, D.M.D. (c) vs. Thunder Rosa
Combate com alguma qualidade, mas não ao ponto de merecer os cânticos “fight forever!” que se ouviram da plateia. Num duelo marcado por várias interferências, Thunder Rosa viu o árbitro distraído após aplicar um Tombstone Piledriver e quando Britt Baker lhe executou um Curb Stomp em cima do cinturão, ainda que se tivesse safado no assentamento que se seguiu.
Após mais umas interferências, Britt Baker alcançou o triunfo depois de mais um Curb Stomp.
Vencedora: Dr. Britt Baker, D.M.D.
Nota: 6,5/10
 
 
Combate que começou com um wrestling muito técnico, período do qual Jon Moxley até saiu em vantagem, o que lhe permitiu fazer alguns mind games com Bryan Danielson nos minutos que se seguiram.
Apesar desse início com alguma vantagem para Moxley, o duelo tornou-se bastante dividido – ora atacas tu, ora ataco eu –, ainda que talvez sem a intensidade que os fãs desejassem.
Numa altura em que Moxley já sangrava da cabeça, ambos os lutadores procuraram chegar à vitória através de submissões, mas sem sucesso. Paralelamente, a contenda foi ganhando alguma intensidade.
Numa altura em que parecia estar cada vez mais próximo do triunfo, Bryan Danielson foi surpreendido por um assentamento rápido e vindo do nada de Moxley, que assim alcançou o triunfo.
Vencedor: Jon Moxley
Nota: 6,5/10
 
 
Six-man tornado tag team match:
A.H.F.O. (Andrade El Ídolo, Isiah Kassidy e Matt Hardy) vs. Darby Allin, Sammy Guevara e Sting
Estes combates caóticos de equipas de vários elementos já começam a tornar-se uma imagem de marca da AEW, que assim também encontra forma de colocar mais membros do seu roster em ação, nomeadamente alguns mais limitados, como são nesta fase da carreira Matt Hardy e Sting – e como era Chris Jericho há uns meses, antes de se aplicar no ginásio… e à mesa.
O combate ficou marcado por um autêntico momento holy shit quando Sammy Guevara executou um Spanish Flag em Isiah Kassidy desde o topo de uma estrutura para cima de duas mesas montadas no palco. Apesar do impacto na manobra, nenhuma das mesas se partiu.
Paralelamente, Matt Hardy e Sting lutavam literalmente no meio do público, numa cena concluído com um Diving Splash de Sting desde o topo de um balcão para cima de Andrade El Ídolo, que atravessou pelo menos duas mesas.
Para terminar o combate no ringue restaram Darby Allin e Matt Hardy, com o primeiro a conseguir o assentamento vitorioso sobre o segundo na sequência de um Coffin Drop.
Vencedores: Darby Allin, Sammy Guevara e Sting
Nota: 7,5/10
 
 
AEW World Championship:
"Hangman" Adam Page (c) vs. Adam Cole
Cânticos “Let’s Go Adam!” e “Adam Sucks!” para começar, com os fãs a exibir bom humor.
Adam Page começou melhor, mostrando ser mais forte, mas Adam Cole foi encontrando de vez em quando forma de contrariar esse ímpeto do campeão, algumas vezes através de contra-ataques espetaculares.
Sem períodos mortos e com adequadas variações de ritmo, golpes espetaculares e sequências, combinações e reverses muito bem conseguidos e near falls emocionantes, este combate teve tudo o que os fãs apreciam e foi o melhor da noite, protagonizado por dois brilhantes performers.
Após uma intensa batalha e interferências dos reDRagon e dos Dark Order, Adam Page alcançou a vitória na sequência de um Boom e um Buckshot Lariat.
Vencedor: "Hangman" Adam Page
Nota: 9,5/10


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