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Undisputed Article #2 – Randy Orton: De Legend Killer a Boredom Provider



Olá, sejam muito bem-vindos à segunda edição do “Undisputed Article”, onde todas as semanas são discutidas situações diversas do mundo do Desporto dos Reis, o “Professional Wrestling”. Nesta segunda edição, trago um assunto que pode ferir algumas suscetibilidades. Porém, é algo que eu trago no meu pensamento há alguns anos e este fórum permite-me expressar os meus sentimentos relativamente a um wrestler que admirava e que foi perdendo o seu encanto. De seu nome, Randy Orton.

Randal Keith Orton, nascido a 1 de abril de 1980, é um wrestler de terceira geração bastante popular para o público em geral, mais conhecido como Randy Orton. Orton está na WWE desde 2000, ano em que se juntou ao seu território de desenvolvimento, que na altura era a Ohio Valley Wrestling (OVW), treinando e tendo combates com outros nomes bem conhecidos do público em geral, como John Cena, Brock Lesnar e Batista. Estreou-se no plantel principal em 2002, num combate contra Hardcore Holly na marca SmackDown!.

Pouco tempo após a sua estreia, Orton trocou de marcas para a RAW, onde a sua carreira começou a ganhar relevo. Após uma longa paragem por lesão, Orton juntou-se aos veteranos Triple H e Ric Flair, e ao na altura novato Batista, formando assim a stable Evolution. Enquanto membro da stable, Orton ganhou vários títulos, nomeadamente o Título Intercontinental, destronando Rob Van Dam, e o Título Mundial de Pesos-Pesados, tornando-se assim o Campeão Mundial mais jovem da história da WWE, derrotando Chris Benoit.



Além de títulos, Randy Orton também ganhou um novo nickname. Orton passou a ser conhecido como o Legend Killer, ou, traduzindo para português, o Assassino de Lendas, tendo várias rivalidades com lendas da WWE, como Shawn Michaels e Mick Foley. Esta rivalidade com Mick Foley deu a conhecer um lado novo de Orton. Em 2004, no PPV Backlash, Orton e Foley combateram num No Holds Barred Falls Count Anywhere Match, que basicamente é um Hardcore Match, em que foram usadas armas tais como arame farpado, mesas, cadeiras, pionés e outros objetos que causam muita dor e fazem jorrar sangue aos lutadores. É um combate que incentivo toda a gente a ver, porque é realmente brutal.

No entanto, após ter conquistado o Título Mundial no SummerSlam de 2004, Orton foi expulso dos Evolution, porque o líder dessa stable, Triple H, tencionava recuperar o seu título e conseguiu com que todos os outros membros se voltassem contra o novato campeão. Esta traição resultou não só na perda do título por parte de Orton, como também, passado uns meses, no seu regresso à marca SmackDown!.

Retornado à sua antiga casa, ainda sob a sua alcunha de Legend Killer, Orton, voltou a participar numa grande rivalidade com outra Lenda do Wrestling. Desta vez, rivalizou com o Undertaker. Foi uma rivalidade intensa, ao longo de quase todo o ano de 2005, e que culminou num combate Hell in a Cell no PPV Armageddon, combate esse que, à semelhança do que aconteceu com Mick Foley, foi absolutamente brutal.



Após o final desta rivalidade, Orton teve rivalidades curtas, porém interessantes, com vários outros wrestlers, como Kurt Angle, Rey Mysterio e Hulk Hogan, e até se aliando a Edge para formar a equipa Rated-RKO numa rivalidade contra Triple H e Shawn Michaels, conhecidos como D-Generation X, ou somente DX.

Com o passar do tempo, Orton ia tendo várias rivalidades com nomes de topo da WWE, tornando-se assim ele próprio numa lenda, tendo de deixar para trás a sua alcunha de Legend Killer e adotando um nickname novo: ele era a Víbora, ou, em inglês, “The Viper”. E, tal como uma víbora, Orton ia assim tentando apoderar-se do principal título do panorama do Wrestling: o Título da WWE. E isso fê-lo entrar numa rivalidade muito intensa com o então campeão da WWE, Triple H.

Orton em finais de 2008 formou a stable Legacy, em que faziam parte apenas lutadores de segunda ou terceira geração, como o próprio Orton, Cody Rhodes, Ted DiBiase e Manu (enquanto não foi despedido por ser uma autêntica diva no balneário). Esta stable tornou-se uma grande ajuda para a carreira de Orton, pois foi graças à ajuda dos seus companheiros que ganhou a Royal Rumble de 2009 e consequentemente teve uma oportunidade pelo Título da WWE na WrestleMania do mesmo ano. Mas apenas uma oportunidade pelo título não chega para a Víbora. Era preciso mais.



Orton atacou violentamente Vince McMahon, Shane McMahon e Stephanie McMahon, que além de ser filha do dono da WWE, é também a esposa do campeão da WWE da altura, Triple H. Isso levou a uma rivalidade super intensa e super interessante com o Game, que culminou no main event da WrestleMania XXV.

Passado vários anos, vários títulos mundiais conquistados e vários main events da WrestleMania, Orton era uma figura reconhecida, não só pelo público, como também pelos colegas, visto que todos o viam como uma figura de destaque na programação da WWE e alguém em quem a companhia acreditava que chamava atenção para o produto, nomeadamente Vince McMahon, que era admitidamente um grande fã do trabalho da Víbora. No entanto, nem todos partilham da mesma opinião do patrão.

Orton teve várias rivalidades e alianças com várias personalidades da WWE e sempre foi considerado um worker metódico e seguro para se ter combates razoáveis com ele. No entanto, o paradigma do Wrestling tem vindo a mudar nos últimos tempos, em que os lutadores apostam em manobras mais visualmente espetaculares, mais aérias e mais arriscadas. Algo que Orton nunca fez nem nunca irá fazer, pois não faz parte do seu reportório.

Com a chegada de vários novos talentos vindos do circuito independente, como Finn Bálor, Shinsuke Nakamura, AJ Styles e Kevin Owens, entre outros, Orton tem sido relegado para um segundo plano desde a sua rivalidade com Daniel Bryan, que data desde o SummerSlam de 2013 até à WrestleMania XXX, onde participou no main event da mesma.



Além do seu reportório técnico ser muito repetitivo, apenas contando com manobras como o RKO, o DDT nas cordas, o Superplex e o Power Slam, Orton tem a sua personagem também muito estagnada no tempo, mesmo quando se transforma em heel, não oferecendo nada de novo ao produto da WWE, principalmente numa marca que está completamente sobrelotada de grande talento, como é o caso da SmackDown Live.

É certo que Orton tem tido algumas rivalidades interessantes nos últimos anos, como quando se juntou à Wyatt Family ou até a rivalidade mais recente com Jeff Hardy, mas nada de interessante o suficiente para justificar o seu contrato milionário de mais de $2 milhões, nem a sua posição elevada no card. Resumindo, Randy Orton, apesar da sua inquestionável popularidade, é, sem sombra de dúvidas, aborrecido.

Fica aqui uma opinião sobre a carreira de Randy Orton, deixem as vossas na caixa de comentários e até para a semana!
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