Dias is That Damn Good #179 – "A Afirmação de Reigns"
Boas Pessoal!
Sejam bem
vindos a mais um "Dias is That Damn Good", uma das colunas
com mais história na nossa CWO ;)
Há muito que
não vos escrevo, nem participo dos fóruns de discussão e/ou caixas
de comentários do Wrestling Notícias...e se a minha disponibilidade
já não é a de outros anos, também reconheço que prefiro utilizar
o pouco tempo livre que me resta para abordar assuntos ou temas que
realmente despertem o meu interesse e entusiasmo enquanto fã de Pro
Wrestling....
Deste modo, e
passando ao que realmente interessa, a reflexão que hoje vos
proponho está relacionada com a afirmação de Romam Reigns como
main eventer da WWE. Ao longo do texto, procurarei abordar os vários
sentimentos que este wrestler me foi causando desde a sua chegada à
Florida Championship Wrestling e personagens que nela interpretou,
passando pelo seu debut com os The Shield e consequente construção
como líder da facção, assim como a confirmação de que seria a
"Next Big Thing" da empresa...e culminando no momento
actual, em que se encontra frente-a-frente com Triple H, na luta pela
sua definitiva afirmação como um dos "Top Dog's" da
companhia.
Não percam,
portanto, as próximas linhas...
Apesar de ser filho de Sika dos Wild Samoans e, por isso, pertencer a uma das famílias com mais e maior história no seio da modalidade (oApesar de ser filho de Sika dos Wild Samoans e, por isso, pertencer a uma das famílias com mais e maior história no seio da modalidade (os Anoa'i), a verdade é que Joe Anoa'i (Roman Reings) não se decidiu logo pelo wrestling profissional. A sua primeira opção foi o Football Americano onde, feliz ou infelizmente para ele, a sua carreira não se revelou um grande sucesso, tendo posteriormente desistido da mesma.
A opção que se seguiu (a 2ª) foi óbvia, entrar no "business" que tornou famosa a sua família. Mas ao contrário de grande parte dos wrestlers, Reings nunca se envolveu no circuito independente, tendo partido logo para a WWE, onde chegou em 2010 (com 25 anos), através da sua inclusão no território de desenvolvimento de então, a Florida Championship Wrestling. Com a sua situação facilitada, acredito, pelo facto de pertencer a uma família com grande história e prestígio na modalidade (da qual certamente "bebeu" muito conhecimento) pela sua imagem e porte físico (o protótipo do wrestler modelo da WWE) e, também, pelo facto de não possuir quaisquer vicíos normalmente vinculados aos estilos praticados nas promotoras de wrestling independentes...bastaram uns "try-outs" para convencer a companhia a assinar com ele.
Contudo, a sua estreia (numa pequena streak de derrotas) com um gimmick completamente ridículo (sob o nome de Roman Leakee) não lhe augurava grande futuro. Neste ponto, confesso que tendo a ficar bastante influenciado, quer pela positiva, quer pela negativa, com a primeira imagem e impressão que os wrestlers me causam. E no que toca ao debut de Reigns o meu veredicto vou avassalador...nele apenas via mais um lutador com excelente imagem, mas algo limitado dentro do ringue, sem qualquer expressão facial e/ou capacidade emotiva e com umas mic skills de fazer chorar o micro. De qualquer modo, todo o desempenho de Reigns estava claramente condicionado e limitado pela sua falta de experiência e, acima de tudo, pela horrível personagem que o encarregaram de interpretar...um daqueles gimmicks que, à partida, tem potencial para destruir a carreira de qualquer wrestler, especialmente, quando ele é jovem e está a dar os primeiros passos.
A opção que se seguiu (a 2ª) foi óbvia, entrar no "business" que tornou famosa a sua família. Mas ao contrário de grande parte dos wrestlers, Reings nunca se envolveu no circuito independente, tendo partido logo para a WWE, onde chegou em 2010 (com 25 anos), através da sua inclusão no território de desenvolvimento de então, a Florida Championship Wrestling. Com a sua situação facilitada, acredito, pelo facto de pertencer a uma família com grande história e prestígio na modalidade (da qual certamente "bebeu" muito conhecimento) pela sua imagem e porte físico (o protótipo do wrestler modelo da WWE) e, também, pelo facto de não possuir quaisquer vicíos normalmente vinculados aos estilos praticados nas promotoras de wrestling independentes...bastaram uns "try-outs" para convencer a companhia a assinar com ele.
Contudo, a sua estreia (numa pequena streak de derrotas) com um gimmick completamente ridículo (sob o nome de Roman Leakee) não lhe augurava grande futuro. Neste ponto, confesso que tendo a ficar bastante influenciado, quer pela positiva, quer pela negativa, com a primeira imagem e impressão que os wrestlers me causam. E no que toca ao debut de Reigns o meu veredicto vou avassalador...nele apenas via mais um lutador com excelente imagem, mas algo limitado dentro do ringue, sem qualquer expressão facial e/ou capacidade emotiva e com umas mic skills de fazer chorar o micro. De qualquer modo, todo o desempenho de Reigns estava claramente condicionado e limitado pela sua falta de experiência e, acima de tudo, pela horrível personagem que o encarregaram de interpretar...um daqueles gimmicks que, à partida, tem potencial para destruir a carreira de qualquer wrestler, especialmente, quando ele é jovem e está a dar os primeiros passos.
Em todo o caso, a WWE continuou a apostar no desenvolvimento de Reigns e deu-se bem. É um facto que o personagem Leakee não tinha qualquer potencial ou qualidade para se tornar em algo verdadeiramente bom...contudo, e ao contrário do que eu pensava, não impediu o jovem wrestler de ir aperfeiçoando as suas capacidades e conquistando os principais títulos da FCW. Pouco tempo depois, terminava o acordo da empresa de Vince McMahon com a Florida Championship Wrestling e todos os lutadores com contratos de desenvolvimento foram transferidos para a nova brand/programa da companhia, o NXT. Assim foi também com Roman, que deixou de ser Leakee e passou a chamar-se Reings, modificando, também, o seu anterior gimmick. O período para avaliar esta transformação de Reigns foi, no entanto, curto, uma vez que este rapidamente foi chamado ao roster principal para, em conjunto com Dean Ambrose e Seth Rollins, constituírem os The Shield.
O aparecimento dos The Shield foi algo bastante refrescante no desenvolvimento das storylines que então se viviam nos principais programas da WWE. Com a excepção da "revolta" dos rookies liderados por Wade Barrett que redundou num tremendo nada, há muito que não aparecia um grupo/facção jovem, com wrestlers substancialmente desconhecidos e com um gimmick completamente diferente do que vinha sendo "produzido" até então. Os The Shield tiveram um tremendo impacto e marcaram a diferença não apenas pelo seu modus operandi, entrance, looks e irreverência, mas também, muito pela qualidade dos seus combates e segmentos. O grupo foi bastante bem construído no sentido de relevar as qualidades dos seus integrantes e de procurar esconder as suas limitações. Tivemos, então, um Rollins com um estilo mais rápido e atlético em ringue e com umas mic skills bastante razoáveis...depois, um Dean Ambrose com um gimmick que mesmo dentro do grupo o torna distinto dos demais, um lunático, com expressões faciais brilhantes e óptimas qualidades com o micro...por último, aparecia a besta do grupo, a força bruta, o tipo que impressionava pelo físico e intensidade, que não precisava falar, apenas agir. Durante este período Reings foi protegido de uma forma fantástica por parte da WWE...construíram á sua volta um personagem misterioso, que se impôs como líder do grupo pelo carisma que transpirava e pelo interesse e entusiasmo que gerava junto do público. Também nos combates houve espaço e tempo para que conseguissem brilhar e mostrar o seu melhor...ninguém dúvida que há muito tempo não se viam tag team matches tão bons quanto aqueles em que os The Shield participaram, mas, como disse, eles foram protegidos pela WWE ao possibilitar-lhes combater sempre com regras especiais, permitindo-lhes transformar quase todo e qualquer combate numa brawl...e eu acho que fizeram bastante bem.
O aparecimento dos The Shield foi algo bastante refrescante no desenvolvimento das storylines que então se viviam nos principais programas da WWE. Com a excepção da "revolta" dos rookies liderados por Wade Barrett que redundou num tremendo nada, há muito que não aparecia um grupo/facção jovem, com wrestlers substancialmente desconhecidos e com um gimmick completamente diferente do que vinha sendo "produzido" até então. Os The Shield tiveram um tremendo impacto e marcaram a diferença não apenas pelo seu modus operandi, entrance, looks e irreverência, mas também, muito pela qualidade dos seus combates e segmentos. O grupo foi bastante bem construído no sentido de relevar as qualidades dos seus integrantes e de procurar esconder as suas limitações. Tivemos, então, um Rollins com um estilo mais rápido e atlético em ringue e com umas mic skills bastante razoáveis...depois, um Dean Ambrose com um gimmick que mesmo dentro do grupo o torna distinto dos demais, um lunático, com expressões faciais brilhantes e óptimas qualidades com o micro...por último, aparecia a besta do grupo, a força bruta, o tipo que impressionava pelo físico e intensidade, que não precisava falar, apenas agir. Durante este período Reings foi protegido de uma forma fantástica por parte da WWE...construíram á sua volta um personagem misterioso, que se impôs como líder do grupo pelo carisma que transpirava e pelo interesse e entusiasmo que gerava junto do público. Também nos combates houve espaço e tempo para que conseguissem brilhar e mostrar o seu melhor...ninguém dúvida que há muito tempo não se viam tag team matches tão bons quanto aqueles em que os The Shield participaram, mas, como disse, eles foram protegidos pela WWE ao possibilitar-lhes combater sempre com regras especiais, permitindo-lhes transformar quase todo e qualquer combate numa brawl...e eu acho que fizeram bastante bem.
E nisto, chegamos à actualidade, ao confronto Roman Reigns vs. Triple H. Á medida que iam surgindo notícias com a possibilidade de "desmantelar" os The Shield, vários foram os fãs que se mostraram contra essa ideia...contudo, na minha opinião, a WWE tomou a decisão certa no rumo que decidiu dar ao grupo. Convenhamos que não é fácil manter o interesse numa facção que não luta pelos títulos principais da companhia e que não tem combates com os main eventers da mesma, e a WWE e os The Shield conseguiram fazê-lo durante quase 2 anos. Os desgaste já se estava a tornar evidente e era necessário um grande angle, um grande momento que não só glorificasse os The Shield, como permitisse ao seu líder ser "pushado" ao topo da empresa. Ora, a rivalidade com Triple H e os Evolution desempenhou esse papel de forma magistral...os The Shield e, especialmente, Roman Reigns foram elevados semana após semana, RAW após RAW, SamckDown após SmackDown, PPV após PPV e derrotaram tudo, conquistaram tudo o que havia a conquistar...e nesse sentido, derrotar os Evolution da forma como derrotam, significou realmente conquistar tudo enquanto grupo/facção. A posterior traição de Rollins vem no seguimento natural do plano que a WWE traçou com vista ao desmantelamento do grupo e a transformação do seu líder (neste momento já considerado por todos ou quase todos como a "Next Big Thing" da companhia) num main eventer indiscutível. De facto, Roman Reigns cresceu muito ao longo dos dois anos em que liderou os The Shield, e cresceu a todos os níveis. Se a esta situação juntar-mos o facto de estar extremamente over junto dos fãs, de ainda ser um jovem e de ter uma imagem modelo para a WWE, percebemos a razão pela qual a empresa lhe entregou o seu top heel. E a WWE entregou a Roman Reigns a possibilidade Triple H, porque ele é tão único e genial enquanto heel, enquanto top drawer heel, que será também ele, neste momento, o único capaz de tornar Roman Reigns num top drawer babyface. CM Punk foi burro e nunca compreendeu a importância de derrotar Triple H numa verdadeira feud, nunca percebeu que essa vitória ou uma rivalidade bem sucedida com Triple H se trata de um prémio ou conquista tão ou mais importante que a conquista do WWE Championship no main event da Wrestlemania...e é assim não apenas pelo poder que Paul Levesque detém dentro da empresa, mas também, e sobretudo, porque são as rivalidades travadas com Triple H que, quando bem sucedidas, catapultam de forma irremedíavel os wrestlers para o topo...foi assim com Batista, foi assim com John Cena e foi assim com Randy Orton nos melhores anos destes três lutadores. Daniel Bryan certamente ficou com pena de lhe terem enfiado com o Orton ao invés do Triple H pelo caminho, da mesma forma que não deve ter ficado muito contente com o facto de uma longa e consequente rivalidade entre ambos nunca ter passado verdadeiramente para o ringue. Roman Reigns tem agora essa oportunidade...e eu espero não só que ele a agarre, como também que a WWE procure não a estragar com mudanças de booking de última hora.
E VOCÊS, O QUE PENSAM DESTE MOMENTO DE AFIRMAÇÃO DE ROMAN REIGNS?
Um Abraço!
Dias Ferreira
