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MMA: Bellator 120: Rampage vs King Mo - Antevisão + Pesagens


Demorou, foi difícil, mas finalmente o primeiro evento do Bellator no sistema pay-per-view vai sair. Para tanto, a organização não economizou na qualidade do card, que seria ainda melhor se não fosse a contusão de Eddie Alvarez.

A luta principal do Bellator 120, que será disputado no Landers Center em South Haven, Mississipi, colocará os arquirrivais Quinton Jackson, ex-campeão do UFC, e Mo Lawal, ex-campeão do Strikeforce, frente a frente na disputa do título do torneio dos meios-pesados, onde o vencedor receberá um cheque de US$100 mil e um title shot contra Emanuel Newton....

A saída de Alvarez impossibilitou a aguardada trilogia, mas o Bellator 120 manteve o ex-campeão dos leves Michael Chandler no card. Ele agora terá pela frente Will Brooks, vencedor do torneio da 9ª temporada, pelo cinturão interino da categoria. Fechando a série de títulos em jogo, o ex-campeão dos pesados Alexander Volkov tenta contra o búlgaro Blagoi Ivanov retornar à disputa do cinturão na final do torneio da divisão mais nobre do MMA.

Outras duas lutas de interesse público completam o card principal. O astro Tito Ortiz encara o campeão dos médios Alexander Shlemenko, em luta válida pela categoria dos meios-pesados. Já o prospecto inglês Michael Page terá seu maior palco para mostrar que o apelido de “Anderson Silva inglês” não é exagero. Ele vai encarar Ricky Rainey, seu oponente mais forte até o momento.

O card completo do Bellator 120 é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Rampage Jackson x King Mo Lawal
Michael Chandler x Will Brooks
Alexander Shlemenko x Tito Ortiz
Blagoi Ivanov x Alexander Volkov
Rickey Rainey x Michael Page

CARD PRELIMINAR

Cheick Kongo x Eric Smith
Marcin Held x Nate Jolly
Shahbulat Shamhalaev x Fabricio Guerreiro
Goiti Yamauchi x Mike Richman
Zach Underwood x Austin Lyons
Justin Frazier x Mike Wessel
Ben Brewer x Andy Uhrich
Anthony Lemon x Codie Shuffield
Cortez Phelia x Brian Hall


O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 19:00 horas do Brasil e 23:00 horas de Portugal 

------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------

Final do GP dos meios-pesados: Quinton Jackson (EUA) vs Muhammed Lawal (EUA)

quPara diminuir o risco de Rampage (34-11 no MMA, 2-0 no Bellator) não vencer um torneio e, por consequência, não disputar o cinturão, o Bellator o escalou num GP de quatro lutadores, com seu rival do outro lado da chave. Rampage estreou contra o ex-campeão Christian M’Pumbu e nocauteou no fim do primeiro round, resultado semelhante à primeira luta na organização, contra Joey Beltran. As duas vitórias consecutivas acabaram com a série de três derrotas que o americano trouxe do UFC.

O jogo que Rampage tem mostrado no Bellator é o mesmo da fase final do UFC, baseado no boxe e nas defesas de queda. As quedas em si, que chegaram a ser sua marca registrada, parecem ter ficado no passado do extinto PRIDE. Fora da elite e recuperado do problema no joelho, Rampage ainda é capaz de deitar corpos no tablado com seu enorme poder de punch, mas a defesa de quedas deverá ser testada num modo ainda mais forte do que aconteceu com Glover Teixeira e Ryan Bader.

Quando Rampage chegou ao Bellator, a ideia era transformar King Mo (12-3 no MMA, 4-2 no Bellator) em campeão e confrontá-los numa disputa de cinturão. Porém, Emanuel Newton afundou os planos na semifinal da 8ª temporada e na disputa do título interino que aconteceu em novembro último. Lawal então entrou no torneio da temporada atual e passou por Mikhail Zayats para enfim enfrentar Jackson.

Conceitualmente, o jogo de King Mo é parecido com o do oponente. A semelhança ocorre até mesmo no erro de desenvolvimento tático, já que Lawal também confia no boxe acima do wrestling. A diferença é que seu nível técnico na luta olímpica encontra poucos pares no MMA. Na categoria, apenas Daniel Cormier, seu amigo pessoal e companheiro de equipe na Oklahoma State University, na seleção americana sênior e na American Kickboxing Academy. Porém, isso não se reflete nos cages. Não foram poucas as vezes que Lawal encontrou dificuldade para transitar da troca de golpes para as quedas, facilitando a defesa. Foi assim que Newton o venceu duas vezes.

Rampage é um lutador mais rodado que Lawal. Além disso, a tática de trocar socos no centro do cage lhe será altamente favorável pela maior habilidade no boxe, especialmente nos contragolpes. Porém, com a tática correta, King Mo pode conduzir o combate com quedas e ground and pound, assim como fez contra Gegard Mousasi, na conquista do cinturão do Strikeforce.

O que deverá ser o fiel da balança? Motivação. Rampage dá a impressão que o último suspiro da sua foi a derrota para Jon Jones. Desde então, parece que ele luta apenas pelo ordenado. Já Lawal, que nunca chegou a atingir o status de estrela que dele se esperava, caiu em descrédito pelas derrotas para Newton e pode ver a oportunidade de tirar o cinturão do nêmesis como grande oportunidade para se manter relevante. A aposta é (talvez pela última vez nessas circunstâncias) em vitória de Lawal por decisão.

Cinturão interino dos leves: Michael Chandler (EUA) vs Will Brooks (EUA)

A vitória sobre Alvarez em 2011 fez Chandler (12-1 no MMA, 9-1 no Bellator) começar sua ascensão rumo à elite de uma das divisões mais talentosas do MMA mundial. Ele passou o carro no veterano Akihiro Gono e nos antigos meios-médios David Rickels e Rick Hawn, dois lutadores duros que não tiveram chance alguma contra Mike. Então ele recebeu Alvarez de volta e o venceu no cage, mas dois juízes lhe tomaram o cinturão injustamente.

Antes considerado um ótimo wrestler dotado de condicionamento físico exemplar, Chandler passou a ser visto como um lutador completo, moldado pelo excelente Eric Del Fierro, na Alliance MMA de Dominick Cruz e Alexander Gustafsson. Ficou fisicamente mais forte, passou a confiar cada vez mais na potência de seus punhos, adicionou chutes ao repertório, mas nunca deixou de lado as quedas e a facilidade em catar pescoços. A trajetória veio a calhar para o Bellator, que viu um lutador se transformar num dos melhores do mundo sob seus holofotes.

Quando foi contratado, Brooks (13-1 no MMA, 5-1 no Bellator) carregava a expectativa da organização de ser o “próximo Chandler”, ou o próximo zé-ninguém transformado em campeão mundial. A primeira tentativa deu em águas quando Saad Awad surpreendentemente o nocauteou na semifinal do torneio da 8ª temporada. Na 9ª, mais experiente e concentrado, Brooks passou pelo veterano John Alessio, vingou-se de Awad e conquistou o torneio contra o duro Alexander “Tiger” Sarnavskiy, sempre com atuações dominantes.

Brooks possui algumas características em comum com Chandler como a base no wrestling e o condicionamento atlético privilegiado. Sua trocação é sólida, ainda que menos versátil que a do ex-campeão. A defesa de submissões, que já o salvou em outras oportunidades, pode ser acionada neste sábado. Will ainda evolui no chão desde que mudou para a American Top Team, mas parece que lhe falta o “algo mais” que Chandler já exibe pelo cage circular.

Não se engane com eventuais facilidades mostradas nas casas de apostas. Brooks é muito bom lutador, faria frente com muita gente no UFC e merece estar na situação de disputar o cinturão. O problema é que Chandler é melhor em toda e qualquer área de comparação e faria frente no UFC até mesmo com Anthony Pettis e Gilbert Melendez, o que acaba justificando a enorme vantagem nas odds. Para piorar, Brooks estava se preparando pra uma luta de três rounds contra Nate Jolly e recebeu Chandler, que já treinava para cinco assaltos, no colo há apenas duas semanas.

Realmente é querer acreditar muito em conto de fadas para apostar em Brooks. O condicionamento do azarão pode deixar o primeiro round competitivo, mas a expectativa é que Chandler tome conta das ações até chegar a uma interrupção na segunda metade do combate.

Peso meio-pesado: Tito Ortiz (EUA) vs Alexander Shlemenko (RUS)

Integrante do Hall da Fama do UFC, Ortiz (16-11-1) já estava aposentado há um ano quando assinou com o Bellator para enfrentar Rampage na primeira tentativa da organização em montar um evento em pay-per-view. Uma cirurgia no pescoço o tirou de cena e fez cair o PPV do Bellator 106, que se tornou um evento convencional.

Neste momento, há pouco o que se esperar de Ortiz, um sujeito dizimado por contusões e brigas com empregadores há alguns anos. Em seu auge, o wrestling e o ground and pound poderosos lhe garantiram o cinturão do UFC e uma série de defesas que só foi superada por Jon Jones. Porém isso tem mais de dez anos. Nos últimos oito anos, uma vitória obtida quase que por milagre contra Ryan Bader e um esforço diante do desmotivado Forrest Griffin foram encobertas por surras contra Rashad Evans, Rogério Minotouro e até pelo ex-aluno Matt Hamill, que não teve dificuldade em derrubá-lo e dominá-lo no solo.

Apesar de ser 10 anos mais jovem que os 39 de Tito, Shlemenko tem um senhor retrospecto nas costas, com 50-7 no MMA e 11-1 no Bellator. O russo vem deixando um rastro de destruição desde que foi derrotado por Hector Lombard na disputa do cinturão, em 2010. Desde então, faturou outro GP, nocauteou Maiquel Falcão na disputa do título vago e defendeu a coroa em três oportunidades. Nos intervalos, lutou cinco vezes, na liga S70 e até na Índia, no interessante Super Fight League.

Atualmente pouco sobrou do estilo que importou do sambô de combate. Invicto há 13 lutas, Shlemenko ainda é bom de quedas e de finalizações, mas vem se tornando cada dia mais um kickboxer melhor, graças aos treinos na Reign MMA e na parceria com Rafael Cordeiro na Kings MMA. O russo da Sibéria aplica combinações versáteis e é um dos melhores na arte de atacar o corpo, seja com joelhadas, chutes ou socos.

Ainda que Ortiz seja fisicamente muito maior, Shlemenko é mais jovem, atlético, rápido, técnico e saudável. Exatamente por isso, o russo só tem a perder com esta luta. Sua vitória será vista como uma mera formalidade, mas uma derrota terá efeitos catastróficos em sua carreira, que vislumbra um contrato com o UFC num futuro breve. Como Ortiz gastou sua sorte contra Bader, ele deverá acabar nocauteado. E provavelmente com golpes no corpo, exatamente como Rashad e Rogério fizeram.

Final GP dos pesados: Alexander Volkov (RUS) vs Blagoi Ivanov (BUL)

Gigantesco russo de 2,01m de altura, 2,06m de alcance e 110 quilos, Volkov (21–4 no MMA, 5-1 no Bellator) aproveitou a brecha deixada pela aposentadoria do campeão Cole Konrad e conquistou o torneio da 7ª temporada. A final, disputada contra Rick Hale, lhe valeu o cinturão que estava vago. Mas, logo na primeira defesa, não aguentou três minutos de pressão contra a locomotiva Vitaly Minakov e acabou perdendo o título. De volta na 10ª temporada, teve trabalho curto para dar cabo de Mark Holata e Mighty Mo Siliga antes de chegar a esta decisão.

Pupilo do mito Fedor Emelianenko na Red Devil de Moscou desde 2009, Volkov é um kickboxer habilidoso, verdadeira máquina de nocautear, graduado em caratê kyokushin, apesar das dimensões avantajadas que indicariam um camarada desajeitado. Ele tem aprendido sambô de combate em sua equipe, mas segue preferindo trocar socos e, principalmente, chutes com a concorrência. Foi com um canelaço assombroso que ele quase arranca a cabeça do velho Mighty Mo na semifinal, há 40 dias.

O búlgaro Ivanov (11-0 no MMA, 6-0 no Bellator) tem uma das histórias mais bonitas já vistas no MMA. Ele era o mais quente prospecto da divisão dos pesados desde que bateu o então considerado invencível Fedor no Mundial de Sambô em 2008. Sua trajetória na 5ª temporada do Bellator foi interrompida por uma contusão, mas nada perto de quase ter morrido após sofrer um atentado em seu país. Milagrosamente recuperado, ele retornou em duas lutas casadas e entrou no torneio da temporada atual, onde superou Rich Hale e finalizou Lavar Johnson.

Mestre internacional de sambô, faixa preta de judô, Blagoi é atarracado, com 110 quilos espalhados em 1,80m de altura, mas forte como um touro, de estilo destemido e altamente ofensivo. Não importa se quem está do outro lado é um nocauteador feroz como Johnson ou um craque como Fedor, Ivanov vai para cima e cada um que se vire para pará-lo. Claro que um estilo assim deixa brechas, principalmente porque o búlgaro não é ranqueado em alguma arte que privilegie a troca de golpes. Este aspecto pode ser um problemaço no sábado.

Este duelo traz um interessante confronto de estilos e de portes físicos. O enorme russo vai preferir trocar na longa distância, aproveitando seus 20 centímetros de vantagem na envergadura com jabs, diretos e chutes baixos. Mas ele terá que se movimentar constantemente para impedir a aproximação de Ivanov, que corta distâncias com maestria, mesmo que lhe custe receber umas porradas no caminho.

Volkov não segurou o ímpeto de Minakov e pode ter problemas com Ivanov. Não há descanso para Blagoi enquanto ele não carregar seu oponente para a grade, enchê-lo de dirty boxing antes de mandá-lo para baixo a fim de trabalhar o ground and pound enquanto arma o bote para a finalização. Sentimentalismos à parte, a mistura bombástica de sambô com judô vai conduzir o búlgaro à vitória depois de agarrar um chute de Volkov, derrubá-lo e pegá-lo numa guilhotina ou mata-leão.

Peso meio-médio: Michael Page (ING) vs Ricky Rainey (EUA)

Às custas de nocautes mirabolantes espalhados no Youtube, Page (5-0 no MMA, 1-0 no Bellator) chamou a atenção da comunidade do MMA e acabou no Bellator. Contratado desde 2012, sabe-se lá por que motivo ele ainda não disputou um torneio. Em sua única luta na organização, o “Venom” levou dez segundos para nocautear um desconhecido com um soco que parecia não ter impacto sequer para derrubar um peso galo. Enfim…

Polêmicas à parte, é justo dizer que Page é um kickboxer pra lá de habilidoso, com inúmeros títulos em torneios de caratê e kung fu, com enorme capacidade de lançar toda sorte de chutes graças à movimentação nada ortodoxa, de constantes trocas de base. Com guarda sempre baixa, ele acaba atraindo os oponentes para suas armadilhas. Na primeira luta de MMA profissional, ele emendou um belíssimo chute rodado para mandar o fulano pro tombo. A quantidade de highlights, mesmo em poucas lutas e contra oponentes de qualidade amplamente duvidosa, fez com que muitos precipitados já comparassem o inglês de 27 anos com Anderson Silva, um dos mais criativos e letais trocadores que o MMA já viu.

Estreante no Bellator há apenas um mês, Rainey (8-2 no MMA, 1-0 no Bellator) fez carreira quase toda no XFC, onde foi parado por Dhiego Lima, que está na disputa do TUF 19, antes de chegar na disputa do cinturão. No Bellator 116, levou 71 segundos para nocautear Andy Murad, alcançando sua quinta vitória pela via rápida dolorosa.

Ex-jogador de futebol americano na universidade, Rainey também tem preferência pela troca de golpes, ainda que a conduza num modo mais pancadaria do que o estilo limpo de Page – enquanto teve fôlego, deu um calor em Dhiego antes de perder por decisão dividida. Porém, sua pedida para o sábado deverá ser o wrestling.

O Bellator escalou esta luta provavelmente esperando que Rainey conduza Page a uma pancadaria alucinada. Será um grande erro se o americano fizer isso, já que o inglês lhe apresentará recursos que ele ainda não encontrou no MMA. Caso Ricky decida botar as quedas pra jogo, poderá representar um bom teste para Michael. Caso contrário, deverá ser embaraçado e acabar nocauteado. Sua única missão na segunda hipótese será passar de quatro minutos, coisa que nenhum oponente de Page conseguiu.

Antevisão original de MMA-Brasil 

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O clima esquentou na pesagem do Bellator 120, primeiro evento em pay per view da companhia, em Memphis (EUA), nesta sexta-feira. Os dois lutadores do evento principal, Quinton "Rampage" Jackson e "King" Mo Lawal, trocaram provocações no palco após a pesagem, durante a tradicional encarada. Após falar muito, Rampage deu um empurrão no adversário, mas os dois foram rapidamente separados pelos dirigentes e companheiros de equipe. Os pesos-meio-pesados disputam o título do GP da categoria e o direito de enfrentar o atual campeão Emanuel Newton pelo cinturão.

A pesagem foi um show. King Mo entrou acompanhado de uma moça usando um top e um shortinho curto jeans, que segurou um guarda-chuva sobre sua cabeça durante toda a cerimônia. Antes de encarar Mo, Rampage fez declarações fortes no microfone:

- Não treinei para vencer o Mo, treinei para destruí-lo. Ele não vai durar muito naquele cage, só tenho isso a dizer - afirmou Jackson.

Confira os resultados completos da pesagem:

CARD PRINCIPAL

Rampage Jackson (93,4kg) x King Mo Lawal (93,2kg)
Michael Chandler (70,3kg) x Will Brooks (69,9kg)
Alexander Shlemenko (91,6kg) x Tito Ortiz (93,2kg)
Blagoi Ivanov (113,2kg) x Alexander Volkov (107,1kg)
Rickey Rainey (77,1kg) x Michael Page (77,3kg)

CARD PRELIMINAR

Cheick Kongo (108,4kg) x Eric Smith (115,1kg)
Marcin Held (71,7kg) x Nate Jolly (71,7kg)
Shahbulat Shamhalaev (65,8kg) x Fabricio Guerreiro (67,1kg)
Goiti Yamauchi (66kg) x Mike Richman (66kg)
Zach Underwood (69,1kg) x Austin Lyons (69,1kg)
Justin Frazier (120kg) x Mike Wessel (117kg)
Ben Brewer (77,2kg) x Andy Uhrich (77,3kg)
Anthony Lemon (77,1kg) x Codie Shuffield (77,1kg)
Cortez Phelia (57kg) x Brian Hall (57kg)
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