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Slobber Knocker #91: Aí não fico e para aí não volto!


Sejam bem-vindos ao Slobber Knocker desta semana e, se aqui estou, é porque estou de volta, ao contrário do que alguns dos Superstars que aqui apresento diziam. Porque eles acabam sempre por voltar.
Com um Elimination Chamber aí à porta decidi focar-me num competidorque lá não está. E apenas não está porque decidiu não estar em lado nenhum. CM Punk e a sua saída da WWE, o seu infame e controverso "walkout" ainda é razão de conversa.
Mais burburinho se espalha quando correm os rumores de que já tenha saído oficialmente, ao mesmo tempo que correm os outros rumores a desmentir essa mesma história.

É um falatório, como é costume. O mundo do wrestling não é assim tão diferente dos outrose de vez em quando até se mexerica. Neste caso até envolve grandes implicações. Mas este não será um artigo de "Será que volta?", "Fez bem em sair?" ou "Faz falta?" - até porque esta última é demasiado óbvia. Vou comparar a casos anteriores.

O que não falta na história da WWE são nomes grandes que se cansam e despedem-se do Tio Vince com o maior dos escárnios. Mas acabam por voltar, por muito que prometam o contrário. Aqui ficam alguns desses casos para recordar que, alguns egos a colidir com o ego de Vince McMahon pode dar numa enorme implosão e asneira...

CM Punk


Começo pelo mais recente e que deu a ideia para o artigo. O que mais conversa causa e que ocuparia mais capas de jornais se o nosso wrestling tivesse esse tipo de imprensa. CM Punk, a meio de uma história, farta-se do estado da companhia, tem uma conversa acesa com o seu patrão e simplesmente vai para casa sem intenções de voltar tão cedo. Realmente, lá ele tem "Punk" no nome e a atitude adequa-se.

Correm por aí muitas razões: promessas quebradas, fracos planos para a Wrestlemania quando lhe prometiam o contrário, continuação de insistência em part-timers do passado, enquanto vê colegas seus a ser arrumados para o canto, a falta de um verdadeiro destaque, maus bookings, mau ambiente no balneário, ou até mesmo acordar do lado errado da cama. Muitas teorias para a sua saída e até o seu colega e amigo John Cena chegou a afirmar que só ele próprio saberá a razão para a sua saída. Mas fica o caldo entornado.
Agora já está tudo agitado, a história em que estava envolvido teve que ser remexida, o seu nome não é mencionado por ninguém para além do eufórico público e o mais simples e generalista: a WWE acaba de perder um dos seus nomes de topo, dos maiores talentos e dos favoritos dos fãs. Terá sido esse o seu objectivo? Causar alvoroço para mostrar à malta da autoridade que, se não fizerem bem as coisas, pode tudo dar para o torto e feio? Terá ele intenções de voltar após engendrar uma lição à sua maneira?

É o único nesta lista de quem não podemos dizer nada ainda, porque esta história ainda decorre. Ao contrário de outros que já voltaram e "enterraram o machado", pelo menos para Inglês ver, não sabemos se Punk voltará. Eu e muitos acreditamos que sim, mesmo que possa demorar muito tempo. Fica a especulação.

Hulk Hogan


Este e Vince McMahon têm daquele tipo de relação em que trabalham juntos pelo bem do negócio, porque se pudessem simplesmente colocar as mãos á volta do pescoço um do outro para acabar com tudo, já o tinham feito. Pode ser só por uma mera colisão de egos ou pela eterna questão de quem, entre os dois, criou verdadeiramente a Hulkamania. Juntem-se umas controvérsias e alguns problemas pessoais e o regresso de Hulk Hogan previsto para breve pode considerar-se como sendo apenas pelo que eles vêem como "best for business".

De todas as vezes - que já foram várias - que Hogan saiu da companhia, levava algum amuo consigo. Na sua primeira saída, em 1993, em que já se estava a tornar um part-timer e que controlava demasiado as suas storylines - recusou-se  a perder o WWF Championship para Bret Hart e aceitou perder para Yokozuna, desde que não fosse limpo - Hogan tinha duas coisas que o estavam a afastar daquele ringue. A primeira, era a sua vontade de expandir os seus horizontese trabalhar em cinema e televisão, tal como outro Superstar viria a concretizar com sucesso, uns anos mais tarde. A única diferença é que The Rock ainda é um actor em condições, Hogan apresentava flop atrás de flop. Por cima disso, já havia heat entre Vince e Hogan devido ao escândalo de esteróides que levou ambos a tribunal. Rezava a história que Vince obrigava os seus empregados a tomar as substâncias ilícitas para melhorar os seus aspectos e performances. Hogan inicialmente negou tomar tais substâncias mas, mais tarde - por altura da sua saída - confessou que os tomara, mas que Vince nunca estivera envolvido, nem o fizera tomar coisa alguma. McMahon foi declarado inocente e Hogan foi embora. Lá como seja a história verdadeira, já havia aqui narizes empinados para lados contrários.

Com Hogan a assinar com a WCW, não se esperava que em plenas Monday Night Wars, Hogan fosse muito simpático com a companhia que o fizera uma estrela. Mas não o impediu de lá voltar em 2002 com os seus nWo até virar Face de novo. Não foi permanente e assim que Hogan se viu insatisfeito com a equipa criativa, ausentou-se abruptamente - que CM Punk, ele - a aproveitar que a fogueira da sua rivalidade com Vince estava bem acesa - e souberam passá-la para TV e para o ringue. Não entendo o seu descontentamento, o Mr. America foi, para mim, das melhores e mais engraçadas coisas que podiam ter feito com Hulk Hogan. O amuo passaria dois anos depois e voltava em 2005. Não, o Shawn Michaels a gozar com a cara dele não foi o que o chateou de novo, foi dinheiro. Hogan enfrentou Randy Orton, que se popularizara como Legends Killer num outro SummerSlam e não achava que estava a ser bem pago. Vem agora a parte mais disparatada, fácil de criticar para quem não gosta de Hogan e mais uma prova do seu ego vicioso: assim que Hogan insatisfeito, se queixa do seu salário - que comparou àquele que os seus motoristas ganham, lá a vedeta - Vince justifica que por esta altura tinha mais lutadores de topo e mais jovens - estávamos em 2006 - e que ele já não era o maior nome. Hogan recusa a aceitar que, na sua meia-idade já a avançar para sénior e com o corpo feito num 8, não é o maior "draw" da companhia e até afirma não ouvir reacções de público em mais algum combate do PPV para além do seu.

Coisas que ficam mal a Hogan e que têm que cair mal a quem seja fã do Hall of Famer. Vince pode ter as suas pancas todas, que não são poucas, mas neste último, Hogan amuou sem grande razão para além do vedetismo. Foi ajudar/estorvar na TNA e, mais qualquer coisinha e já está aí de novo. Por questões de negócio, não estou a ver ele e Vince a partilhar um abraço, pelo menos muito verdadeiro e sentido. Veremos então por quanto tempo aguenta sem que se arranje uma nova encrenca. O certo é que a rivalidade entre Hulk Hogan e Vince McMahon é daquelas que morrerão com eles...

Ultimate Warrior


E por falar em vedetismos que dão em birras... Este deve ser das pessoas mais difíceis de se suportar. Não são poucos os que trabalharam com o agora legalmente chamado Warrior que não gostam dele, nem um pouco - perguntem ao Iron Sheik... No entanto... Perguntem ao Iron Sheik sobre muita gente! Tal como Hogan, este lutador que também desfrutou de bastante glória nos seus dias, saiu e voltou várias vezes, sempre com alguma confusão a afastá-lo do ringue onde se tornou famoso.

A sua primeira saída deu-se em 1991, com uma troca de cartas que veio a tornar-se notória recentemente. A primeira carta de Warrior exigia coisinhas simples como um aumento, acomodações de viagem, maior fatia de lucro do merchandise e mais alguns pequenos privilégios que ele considerava essencial para alguém tão ou mais importante que Hulk Hogan, como ele apontava. A parte engraçada é que a sua proposta foi aceite... Apenas parao persuadir a participar no SummerSlam. Assim que este ameaça não trabalhar - isto tudo em carta - Vince responde, enfurecido, a suspendê-lo. Já estava aqui caldo entornadoe as seguintes cartas seriam formais mas azedas: iam de Warrior a recusar a suspensão e a ausentar-se, a pedir a resignação oficial do contrato e a sua respectiva recusa. Esta seria a sua primeira saída e já levava maus termos.

Mas foi por pouco tempo, pois já em 1992 regressaria... Também por pouco tempo, pois no mesmo ano voltaria a sair. Desta vez a partir de um acordo com McMahon, assim que a polémica dos esteróides os afundava - diga-se que a sua saída favorecia ambos os partidos. Deu para um regresso em 1996, envelhecido e "washed up" para tentar roubar a ribalta à malta jovem - conta-se o enterro de um tal Hunter Hearst Helmsey. Mas voltou a não passar desse ano, pois confusão já estava prestes a começar - Warrior começa a faltar e a história que se conta é a de que estava de luto pelo seu falecido pai. Deixa para que seja a vez de Vince picar e dizer que a desculpa não era boa porque ele já não via o seu pai há anos e nunca quis saber dele. Porta aberta para novo galhardete de Warrior que justifica os seus "no shows" como sendo uma resposta a mais um desentendimento de contrato que via a WWF a vender merchandise sua sem partilhar lucros. Mais uma vez, dinheiro entra à baila e pela altura em que andavam por aí a levantar poeira, já ele tinha ido embora.

Deu-se um longo período até ao presente em que Warrior demonstra o seu rancor pela WWE, o seu produto e Vince McMahon. E a companhia responde com a mesma apreciação, como é o caso do DVD de 2005 que só não deita Warrior mais abaixo porque deviam querer o DVD no mercado. O próprio Triple H surge a comentar sobre como o seu adversário da Wrestlemania XII foi dos piores com quem trabalhou. Claro que Warrior é homem de ficar calado. Protestou, processou - sem sucesso - e prolongou a rivalidade. Actualmente, parecem estar as pazes feitas ou semi-feitas, pois este já integrará o Hall of Fame - que ele recusou durante anos - e até trabalhou na promoção do WWE2K14. Ainda deve olhar de lado quando passa por Vince e Triple H mas vão mantendo a coisa calma...

Randy Savage


Este até nem parece ter das relações mais azedas, mas o que não falta são histórias, rumores e alguma roupa suja que anda por aí pelas ruas da fofoquice do mundo do wrestling. Quando saiu da WWF em 1994, não se consta que tenha saído em maus termos. Teve uma boa feud com Crush a culminar na Wrestlemania X e fazia parte do trio de comentadores, ficando com o papel do comentador "color" Face a contrastar o Heel cómico que era Bobby Heenan, com Vince McMahon a tentar algum balanço como play-by-play. Era uma boa equipa de comentários e até eram das melhores coisas que haviam na WWF em 1993. Com a sua ida para a WCW, parece que tudo foi feito com os mais normais procedimentos, não se fala de azedumes entre Savage o seu patrão e colega da mesa de comentários.

Mas Savage tinha que ter os seus problemas com alguém e é com um que também tinha uma jeitosa lista de inimigos: Hulk Hogan, claro. Após a saída deste em '93, não foram poucas as vezes que ouvimos o Macho Man a sair da sua personagem amigável e divertida de comentador e a mandaruns valentes galhardetes a Hogan, chamando-lhe traidor e dando uso à palavra "backstabber" com força e ímpeto. A sua estreia na WCW até levava o conceito de "relação amor-ódio" com Hogan, que os levou a juntar-se. E durante anos que o seu relacionamento baseava-se em colidir de ombros e escárnio. Diz-se, creio até que veio do próprio Hogan, que se reconciliaram pouco antes da sua morte.

Mas não é Hogan que aqui interessa, interessa apenas no texto dele e esse já passou. Savage teve problemas com Vince? Nada que corra por aí bocas, mas há sempre histórias. Incluindo uma muito estranha que envolve o Macho Man a envolver-se num relacionamento com... Stephanie McMahon. Já seria suficiente para levar Vince aos arames, quem é o pai que gosta de ver a sua filha a deitar-se com um empregado seu, que não seja ou se pareça com o Triple H? - tive que acrescentar esta parte, senão já havia aqui uma lacuna. Mas se fosse só isso... Continuando a alegada história, consta-se que Stephanie tivesse algo como... uns meros 14 anos. Assim qualquer um se revolta. A história já foi desmentida mais vezes que as que foi contada, mas há sempre quem aponte Randy Savage como um homem diferente daquele que se vê em TV, com comportamentos rudes e alguns segredos obscuros. Vícios também ele os chegou a ter, mas no wrestling de antigamente... Contava-se numa mão quem não os tinha e sobram dedos livres.

Não se sabe ao certo, se por esta ou outra razão, existe alguma cólera entre Randy Savage e Vince McMahon. Assim que o lutador faleceu, a WWE não se poupou nos seus devidos tributos e homenagens. Mas o certo é que contam-se cada vez mais anos e Randy Savage ainda não é um nome que conste no Hall of Fame. Ultimate Warrior também só entra este ano, mas da história desse já sabemos e já aqui falamos. Crê-se que haja também recusa por parte de familiares de Savage em autorizar a sua introdução na pretigiosa lista de lendas. Mas quem sabe... Haverá mais alguma coisa?

Bret Hart


Este é que tinha as suas razões. Um caso em que a batata quente passa para Vince e é nele que recai toda a culpa, é Bret quem fica com a razão e ainda hoje é relembrado como um episódio negro na história do wrestling, mesmo que seja também importantíssimo eum acontecimento-chave na história do wrestling como agora o conhecemos.

Tão infame como famoso, será que vale mesmo a pena estender por estes parágrafos mais uma descrição detalhada do episódio que colocou estes dois às turras? Se não conhecem as palavras "Montreal Screwjob" então estão a acabar de chegar e ainda há muita coisa que têm que ler e ver antes de ler este Slobber Knocker. Mas muito resumidamente e voltando atrás, pode-se dizer que havia uma relação saudável entre Vince e Bret. Bret era daqueles, juntamente com Shawn Michaels, que ia convencendo Vince de que nem só os tipos gigantes e com músculos em sítios onde nem sequer se tem sítios - piada roubada ao Jerry Lawler - serve e que com os tipos mais "pequenos" se pode fazer excelente wrestling. Bret Hart era um main eventer confortável, Campeão da WWF por múltiplas vezes e no início da década de 90 já era a cara da companhia, por muito que eles tentassem procurar outros - contam-se Lex Luger e até Diesel como exemplos - era sempre ele que os fãs preferiam no topo e que mais se destacava. Talvez pudesse haver aí espaço para amarguras, parecia que se recusavam a dar a ribalta a Bret Hart, mas não foi por aí que parece ter havido algo.

Foi até com Bret na ribalta que elas se deram. Era ele WWF Champion quando a WWF se via numa situação que não conseguimos imaginar hoje em dia - um aperto financeiro. Estavam à rasca e a competição estava a passar-lhes a perna, com a WCW a ganhar nas Monday Night Wars. Bret Hart era um dos maiores nomes, juntamente com Shawn Michaels que já era mais do que da casa e estava lá seguro, e como tal, era difícil de o manter lá. A WWF e Vince compreenderam e cederam a oportunidade a Bret de ir para a WCW para ganhar melhor, continuando a ser bem aproveitado. Mas o sacana era WWF Champion e da última vez que alguém que era Campeão - neste caso Campeã - na WWF e foi, de seguida, para a WCW, esse título acabou num caixote do lixo em plena TV. Vince estava apavorado e até lhe desciam os açucares só de pensar que tal pudesse acontecer outra vez.

Mas estava tudo seguro. Bret garantiu-lhe que não havia problema, Bret venceria Shawn Michaels no Survivor Series num grande combate para manter o título, mas abdicaria dele no seguinte Raw para avançar para a WCW e seguir com a sua vidinha. Dizia ele. Vince não tinha confiança suficiente e nesse combate, combinou com Shawn e Earl Hebner para finalizar o combate e dar a vitória por submissão a Shawn Michaels, quando Bret nunca tivera feito qualquer "tap out". O tal "Screwjob" que não valia a pena voltar a explicar mas que eu assim o fiz na mesma. Caldo entornado. Bret ficou louco. Cuspiu na cara de Vince e este ainda apanhou. Bret não saiu nos bons termos que se mantinham até então e ganhou dois inimigos: Vince McMahon e Shawn Michaels.

Durante anos, foi das maiores rivalidades reais no wrestling. Não havia qualquer indício de tréguas ou interesse em qualquer um dos lados para tal. Bret Hart na WWE era algo que não se imaginava possível, tanto era o heat que aí existia. Mas os anos foram passando e as coisas foram acalmando. Bret entrou no Hall of Fame. E aos poucos foi recuperando terreno e fazendo as pazes com os seus inimigos, chegando até a ter um papel importante no Raw em 2010, tornando-se General Manager e até United States Champion por um curto intervalo de tempo. Pelo meio teve a oportunidade de se vingar de Vince em ringue na Wrestlemania e de abraçar Shawn Michaels para "enterrar o machado" - volto eu a utilizar esta expressão traduzida. Por agora parece estar tudo bem - ou pelo menos 4/10 - e Bret vai fazendo umas visitas sempre que é convidado, sem que haja algum sinal de tensão entre ele e o chefe. É como Shawn o disse, parece que o Inferno sempre congelou...

Sting


Este não teve qualquer problema com a WWE ou com Vince McMahon. Aliás, um paz-de-alma como ele é, não sei sequer de qualquer problema que ele tenha tido com alguém, diz-se até que ele é um tipo fácil de se gostar. E, tendo em conta o seu sucesso e estatuto, isso não se aplica só a nível pessoal mas também em ringue e em TV, pois Sting ainda hoje é admirado como uma lenda. Até é reconhecida como a única WWE Superstar a nunca ter estado na WWE!

É sobre esse factor curioso que me debruço, para preencher a entrada sobre Sting. Uma das principais caras da WCW, ainda hoje é relembrado na WWE como um dos grandes Campeões Mundiais e visto como uma peça importante na indústria. O seu percurso na WWE? Não existe. A sua carreira na WWE não passa da fantasia pelo combate entre ele e Undertaker, porque pisar um ringue da WWE, ele nunca o fez. Algum problema pessoal com Vince? Um simples desprezo pelo produto da companhia rival? Consta que não.

Assim que a WCW bateu no fundo e Vince se apoderou dela a esfregar as mãos, muitos contratos importantes foram transferidos e não se contaram poucos nomes grandes a estrear ou a regressar à WWF. Sting era um dos nomes considerados. E Sting seria uma grande adição ao plantel da companhia que acabara de cimentar a sua vitória nas Monday Night Wars e parecia haver interesse. Mas algo se colocou à frente: a sua fidelidade para com a WCW e a sua desconfiança. Sting via colegas seus a ser obrigados a recomeçar do fundo como se não fossem já nomes estabelecidos - tome-se Booker T como exemplo, que foi tratado como um lowcarder ao início e acho que não é preciso dizer quantas vezes ele já tinha sido World Champion, ele faz questão que todos saibamos bem - enão confiou a sua personagem à mente criativa de Vince McMahon

Hoje já podíamos ter tido o gigante "Sting vs Undertaker", Sting já podia ser Campeão da WWE por múltiplas vezes, já podia estar no Hall of Fame. Mas devido ao seu desgosto pelo tratamento aos novos talentos vindos da WCW e à sua desconfiança para com uma companhia que por vezes tinha umas abordagens duvidosas às personagens dos seus empregados... Sting utilizou os dias que lhe restavam no contrato com a WCW para passá-los com a família e recusou a proposta da WWF.

Actualmente, o burburinho sobre a sua contratação pela WWE está cada vez mais alto e já quase se confirma. Pelo menos parece mais seguro e sólido que em todos os anos anteriores em que ele vinha, vinha e não veio. Fala-se em cargo como General Manager do Raw, o que não acho má ideia. Se quiserem o duelo com Undertaker - quando talvez já não dêem o mesmo espectáculo que dariam há uns bons anos atrás - até podem fazê-lo no próximo ano, que ele já lá está, se assim ficar estabelecido. Mas esperemos para ver. Afinal de contas, não há nenhuma rivalidade pessoal a impedir Sting de estrear na WWE... Sim, estrear, até soa engraçado dizê-lo...

Batista & Brock Lesnar


Um caso diferente e em que coloco já dois em um. Diferente e até seria insólito... Se eu não estivesse a colocar aqui logo dois. Não é um caso de um heat tremendo com alguém, com a companhia ou com o patrão. É mesmo só um caso em que se ganha muita garganta depois de já lá não estar e, como se vem a comprovar mais tarde, com pouco propósito, pois acabam por lá voltar. Imaginem aquele miúdo que se chateia com outro miúdo amigo depois de uma mini-sessão de pancada. Vai embora amuado, mas ao ir, chuta terra pelo ar só porque sim. Aqui foi mais ou menos isto, mas sem a parte dos problemas a anteceder porque, que saiba, não houve qualquer problema lá dentro.

Então agora que já enconei que chegue sobre o assunto sem me fazer tão claro, explico. Brock Lesnar saiu da companhia assim que acabou o seu contrato para tentar a sua sorte no futebol Americano - lá corpo tem ele. Despede-se então com uma trampa de combate com Goldberg em que só não se sentaram no chão a dizer que se estavam bem a marimbar para aquele combate, visto que a seguir iam embora, porque... Deviam querer receber o chegue dessa Wrestlemania. Não teve sorte no futebol e partiu para MMA, onde conseguiu sucesso na UFC. Foi um bom progresso e ele mostrou que os gajos do wrestling também sabem andarà pancada a sério, se quiserem. Mas nem sempre estava calado, contavam-se várias as vezes em que o monstruoso lutador mandava alguma boca à WWE, ao seu produto, ao que faziam e não faziam, ao que lhe fizeram e não fizeram, o quão mau era em comparação à UFC. Pronto, lá terá as suas razões. Mas perdeu muita da sua credibilidade assim que regressa para lutar em part-time e constar nos PPV grandes da companhia que anteriormente criticava.

Batista também não foi capaz de sair calado. Constantes críticas ao produto e às decisões que tomavam. Fartava-se de dizer que não voltava enquanto mantivessem a classificação PG e afirmava que não se identificava com tal. Porque todos nos lembramos bem do heróis para os graúdos que ele era, da adoração que a IWC sempre teve por ele e do público adulto que imitava as suas taunts. Como já disse anteriormente, ainda se vendem umas t-shirts dele aqui na festa da minha terra e essa mesma camisola, que me serve na cabeça, é obviamente direccionada a um adulto. Mas fora isso, continuava a criticar e a afirmar que não pensava regressar. Até se virou para MMA, onde não convenceu ninguém e passava demasiado do seu tempo a tirar selfies que nem uma miúda de 13 anos - isso ainda é, para mim, o mais ofensivo que ele fez. Como a coisa não lhe correu tão bem como esperava, voltou a treinar para recuperar o corpo do wrestling e assim que a proposta lhe surgiu, lá veio ele para um lugar que, todos concordam unânimemente, merecia completamente. O que o fez voltar? A WWE já não é PG? O produto melhorou? Ou foi com ele que melhorou, realmente deve ser a altura em que vejo toda a gente mais contente e satisfeita com o que se vai passando na TV. O que seja, já não tem tanta língua como antes.

Com todo o respeito a estes atletas e a tudo o que eles fizeram e, enquanto lhes dou as boas-vindas de volta, tem que se admitir que tomaram atitudes infantis e que não souberam manter muito bem as suas palavras. Acontece, há muitos assim, não é o mais relevante para o que fazem em ringue. E, em comparação, muitos acharão que também o que Punk fez foi infantil. Quiçá, aprendendo melhor as suas razões, até pode ser, mas tudo está ainda tão vago.

Com estes exemplos, creio que falei de tudo o que podia falar. De facto, isto de alguém de topo arranjar problemas com o patrão, o Sr. Vinnie, não é novo e já há quem o tenha feito de forma pior, com o ódio a faíscar muito mais e por muitos mais anos. Em muitas - ou todas - das situações, também se verifica que eventualmente vai tudo ao sítio. Podemos pensar que esta birra de Punk é temporária, olhando para estes casos e tomando-os como base, mesmo sendo completamente diferentes?

Digam-no vocês, porque é aqui a minha deixa para sair e deixar-vos continuar a conversa. Estão à vontade e são bem-vindos a comentar como bem entenderem sobre este assunto e espero que o artigo tenha sido a vosso gosto. Se não foi, fica para a próxima, que deve ser já para a semana, espero eu que nada me impossibilite. Até lá fiquem bem e um bom Elimination Chamber a todos!

Cumprimentos,

Chris JRM


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