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Thoughts on MMA #20: The Ultimate Fighter 13 Finale


Estou de volta para falar de UFC, desta feita do The Ultimate Fighter 13 Finale, que foi para o ar no passado fim de semana e que trouxe consigo o terminar de mais uma temporada do TUF, que desta vez teve como treinadores o Júnior Dos Santos e o Brock Lesnar. Como sempre, vou destacar os três combates que mais interessado estava em ver no evento....


Começo pelo combate entre o Ed Herman e o Tim Credeur. O primeiro foi finalista vencido na terceira temporada do The Ultimate Fighter, sendo que apesar da derrota conseguiu um contrato com a UFC onde entrou com um recorde pessoal de quinze vitórias e três derrotas. Já na UFC perdeu o seu primeiro combate e depois conquistou três vitórias, sofreu duas derrotas e conquistou mais uma vitória. No seu último combate perdeu devido a lesão, o que o fez estar fora durante bastante tempo, o que fez com que ele tivesse aqui uma espécie de regresso.

Já o Tim Credeur participou na sétima temporada do TUF, onde não teve grande sucesso, mas conseguiu impor-se na empresa com três vitórias, sendo que procurava aqui nova vitória depois de ter perdido o seu último combate, isto à quase dois anos. Confesso, que esperava aqui um bom combate, bem disputado e com os dois a darem bem conta de si, o que acabou por não acontecer, já que o Ed Herman levou de vencida o seu adversário em menos de um minuto, deixando-o KO, sem que ele percebesse muito bem o que se tinha passado.

Um grande regresso para o Herman, que conseguiu uma importante vitória e a ver vamos o que lhe reserva o futuro. Já o Credeur tem que treinar mais a defesa e ganhar alguma resistência, pois confesso que não me pareceu que o gancho que ele sofreu tivesse sido com muita força (isto é sempre relativo), mas a verdade é que teve força suficiente para o deitar ao chão e ai já não havia muito mais a fazer e o Ed Herman conseguiu, assim, uma importante vitória.


Destaco depois o combate entre o Clay Guida e o Anthony Pettis. O Clay Guida já à muito que estamos habituados a ver na UFC e é, sem dúvida, um excelente lutador que já por várias vezes ganhou a distinção de Fight of the Night nos combates onde participou. Chegava a este combate com vinte e oito vitórias e onze derrotas, sendo que tinha vencido os últimos três combates. Por sua vez, o Anthony Pettis fazia aqui a sua estreia depois da incorporação da WEC na UFC, sendo que no seu registo ele contava apenas com uma derrota e treze vitórias e tinha no seu último combate ganho o título Lightweight da WEC frente ao Ben Henderson, tendo, assim, sido o último campeão desta categoria na empresa.

Com tudo isto, estavam os dados lançados para termos um excelente combate, pois estávamos perante dois excelentes lutadores. O primeiro round, começou com os dois um pouco na expectativa e a atacarem pela certa, havendo investidas de parte a parte, até que o Guida levou o combate para o chão e tentou ganhar o controlo, mas o Pettis ia tentando inverter o sentido das coisas levando o adversário para a submissão. A verdade é que Guida ia conseguindo manter o ascendente e quando o combate voltou a ser colocado de pé, ele voltou e levá-lo para o chão. E ai foi mais do mesmo: o Anthony Pettis à procura da submissão e o Clay Guida a defender-se bem, ainda que às vezes parecesse que não o estava a fazer da melhor maneira. No segundo round, o Guida voltou a conseguir o takedown e a ganhar ascendente com o combate no chão, dominando sempre o Pettis que conseguiu a certa altura, já com o combate de pé, ganhar algum fôlego com dois ou três pontapés bem ao seu estilo, mas o Guida foi defendendo-se bem e controlando o round a seu favor, terminando-o com um novo takedown e a escapar da submissão mesmo nos últimos segundos. O último round não teve grande história.

O Clay Guida levou o combate, de novo, para o chão, controlou o Anthony Pettis e escapou, muito bem, das tentativas de submissão que este lhe lançou, não lhe dando grande margem de manobra. A certa altura ainda pareceu que o Pettis tinha conseguido inverter as coisas a seu favor e que ia partir para a submissão, mas o Guida voltou a mostrar que tinha treinado, e muito bem, a defesa para esse tipo de situações, o que fez conseguir inverter as coisas a seu favor e terminar o combate por cima. Com isto, foi necessário recorrer aos júris para termos um vencedor, sendo que, sem surpresa, a vitória foi dada ao Clay Guida por Decisão Unânime. Um excelente combate, com um Guida em grande plano e em grande forma, sempre com o seu estilo muito próprio e cheio de saltinhos pelos meio. Já o Anthony Pettis, a mim pelo menos, desiludiu um pouco e acho que podia ter feito algo mais quando percebeu que as submissões não lhe iam levar a lado nenhum e pouco vimos dos seus “famosos” pontapés. Sendo que com esta derrota ele ficará longe do título que será, por ventura, um dos seus objectivos, já que foi o último campeão da WEC.


E, por fim, o grande Main Event da noite, onde se decidia quem seria o vencedor da décima terceira temporada do The Ultimate Fighter. Frente a frente, Ramsey Nijem, da equipa Dos Santos, e Tony Ferguson, da equipa Lesnar. E olhando para toda a temporada acho que não há grandes dúvidas que estes foram os dois melhores lutadores da temporada (talvez tenha havido mais um ou dois a destacar-se) e penso que os dois mereciam esta final e qualquer um dos dois merecia ganhar.

O combate começou muito mexido, com investidas de parte a parte, com o Tony a levar o combate para o chão, mas com o Ramsey a responder bem e a voltar a colocar o combate de pé, onde os ataques e contra-ataques continuaram. As coisas estavam bem equilibradas até que o Tony Ferguson, perto do final do primeiro round, acerta em cheio com um soco no Ramsey Nijem que o deixou KO, garantindo assim a vitória ao Tony e o “titulo” de Ultimate Fighter. Um combate bem disputado, algo curto é certo, mas uma excelente vitória para o Tony que assim terá a oportunidade de mostrar aquilo que vale na UFC.

Confesso que estava a torcer mais pelo Ramsey, mas acabou por ser a equipa do Brock Lesnar a ganhar e é uma espécie de “prenda” para ele, nesta fase difícil da vida, onde ele volta a sofrer do mesmo problema que em tempos teve nos intestinos, já tendo, mesmo, sido operado, sendo que agora vai estar de fora dos combates durante bastante tempo, esperando nós que recupere bem e volte o mais depressa possível. De resto, dar os parabéns ao Tony Ferguson e a ver vamos como é que ele se vai sair entre os “tubarões” da UFC na categoria Welterweight. Não terá uma vida fácil, mas com treino certo e com o saber aproveitar as oportunidades, pode ser que ele consiga conquistar um “lugar ao sol” dentro da empresa.


Destacar ainda, como sempre, os bónus da noite, onde a Fight of the Night foi, e muito bem, atribuída ao combate entre o Kyle Kingsbury e o Fabio Maldonado.

Já o Knockout da noite só podia ir para o Tony Ferguson e a submissão para o Reuben Duran, que dessa forma venceu o Francisco Rivera.

Acho que acabamos por ter aqui um excelente evento, com bons momentos e bons combates. Sabemos que estes eventos, digamos, “secundários”, nunca têm os grandes nomes como nos PPV’s, mas acho que acabamos por ter um excelente evento.

Quanto à temporada do The Ultimate Fighter acho que acabou por ser uma boa temporada, como disse, acho que os dois melhores lutadores chegaram à final, não houve grandes confusões, os treinadores comportaram e tudo correu bem, se calhar bem demais, pois, normalmente, as audiências aumentam quando há confusão.

Ficamos, então, à espera da décima quarta temporada, deverá começar lá para Setembro e os treinadores serão (caso nada de extraordinário aconteça) o Michael Bisping e Jason Miller, sendo que haverão lutadores das duas novas categorias criadas na UFC desde a incorporação da WEC. Falo das categorias Bantamweight e Featherweight.

Bem, não tenho muito mais a dizer, espero que tenham gostado do evento (que passou em directo na SportTV 3, espero que tenham visto), espero, também, que tenham gostado da crónica e fico à espera da vossa opinião sobre ambos.

De resto, estarei de volta com nova crónica depois do UFC 131: Dos Santos vs. Carwin, que vai para o ar já este fim de semana.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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