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Lucas Headquarters #174 – Previsões do wrestling para 2025


Ora então boas tardes e Bom Ano, comadres e compadres!! Como estão neste novo conjunto de 12 meses? Sejam bem-vindos à primeira edição de “Lucas Headquarters” em 2025!! Que tal foi essa passagem de ano? Muito champanhe? Muitas passas? Aqui deste lado não se preocupem, está tudo mais ou menos como sempre esteve. Eu vou continuar a escrever doses semanais de divagação (às vezes séria, às vezes não) e vocês vão continuar a ler. Para mim é bom, faz-me sentir que vale a pena continuar a escrever este tipo de coisas. Agora, para vocês… é possível que em alturas destas vocês encontrem artigos de qualidade similar às notícias da CMTV.


O que é que se escreve no primeiro artigo do ano? A sério malta, que assunto é que eu hei-de puxar para cima da mesa quando ainda está tudo a recuperar da ramboia que aconteceu na madrugada de 31 para 1? Por esta altura, ninguém quer saber do que é atual (isto apesar de, no Japão, já termos tido grandes doses de ação), ainda está tudo a olhar para o futuro, a pôr esperança num grande “se” que pode, ou não, vir a acontecer. Tudo isso depende, como é óbvio, de um conjunto de circunstâncias que podemos, ou não, controlar.


Sendo assim, é como diz o povo: “Ano Novo, Vida…”, ah, esqueçam lá isso, porque, a não ser que vocês descubram que um familiar distante vosso vos deixou uma fortuna em dinheiro muito superior àquilo que pode imaginar um comum mortal, muito pouca coisa mudará de forma drástica nos primeiros quatro dias do ano. Não acreditam? Pensem que o ano começou no dia 1 e já houve gente, onde me incluo, que teve que ir trabalhar no dia 2…


…de maneira que “Ano Novo, Vida Velha”. E seria saudosismo (ou talvez algo mais) se eu ficasse a destoar deste ditado e fosse falar de coisas que, muito provavelmente, ficaram no ano que morreu. Eu não quis fazer resoluções de Ano Novo, acho que vocês conseguem facilmente perceber porquê, seria inconsequente fazer previsões tão decisivas sobre tópicos ou coisas que não se sabe se vão acontecer exatamente como nós desejamos que aconteçam.


Algo de diferente sucede com as previsões. As previsões de Ano Novo não têm nada de vinculativo, isto é, não têm de ser cumpridas, sim ou sim. Muitas delas até transitam de ano para ano, num exercício de crença resiliente (ou simplesmente idiota) na esperança de que, no final deste ano, possamos olhar para aquilo que foi 2025 e pensar “pode ser que X ou Y se concretize”.


Aviso já que o mesmo vai, muito provavelmente, suceder com estas previsões. Muitas delas podem parecer irrealistas (e muito provavelmente são) mas são também o resultado dos plot twists que vimos em 2024 e do contexto em que ocorreram. Mas é isso que torna o conceito de previsão tão aliciante, não é? Vamos a isso!!


Mayu Iwatani na MARIGOLD




Quando falo em “previsões irrealistas”, esta é sempre a primeira que me ocorre. Mas que, acreditem ou não, pode estar mais próxima de vir a acontecer do que esperaríamos quando a MARIGOLD arrancou.


Mayu Iwatani. Um nome indispensável para quem conhece profundamente a cena joshi, o wrestling oriental ou até mundial: Não há fã que não tenha ouvido falar de Mayu Iwatani pelo menos uma vez na vida. Quanto muito, ouviu o seu nome porque, em tempos não muito distantes, ela foi considerada uma das três melhores joshi wrestlers do mundo em atividade, em conjunto com Kairi Sane e IYO SKY, ambas da WWE. Se querem que vos seja honesto, esse top não só se mantém como se alargou, porque nos últimos anos apareceram também nomes como Utami Hayashishita e Giulia, e esta última conseguiu já concretizar o objetivo de assinar pela WWE.



Mas a razão pela qual Mayu Iwatani surge nestas previsões é tão intrigante e misteriosa como lógica e clara. Mayu é considerada como o ícone da STARDOM: Fez parte da primeira classe de wrestlers que surgiu aquando da fundação da companhia e por lá se mantém até hoje, abraçando todos os desafios e servindo como esteio de uma empresa que, no último ano, passou por mudanças imprevistas (drásticas também, é certo) mas que conserva nela o seu principal porta-estandarte.


Quando Kairi Sane foi para a WWE? Ela ficou.


Quando IYO SKY foi para a WWE? Ela ficou.


Quando, num espaço de dias, Arisa Hoshiki se retirou e Hana Kimura, que estava a ser preparada para ser a próxima cara da empresa, faleceu tragicamente, quem é que aguentou o barco e impediu a STARDOM de sentir os efeitos das duas perdas? Mayu.


Só que quem fundou a STARDOM foi Rossy Ogawa. Que foi precisamente o mesmo homem que fundou a MARIGOLD. Mayu, como tantas outras wrestlers, poderá considerar (e com bastante propriedade) que deve a Rossy muito do seu sucesso e reconhecimento, sentimento acentuado com a mudança diretiva do último ano.



Ora, Mayu Iwatani fez saber, em Agosto passado, que já não participaria no 5 STAR GP e que iria encerrar esse capítulo. Logo aí se adensaram os rumores de que a mudança estaria para acontecer (e Mayu até poderia ser a wrestler mistério que Rossy Ogawa manteve em segredo até ao primeiro dia do Dream Star GP). Tal mudança acabou por não se verificar (a wrestler mistério acabou por ser NØRI).


Mas em 2025 tudo pode mudar, graças a um detalhe que, para muitos, pode parecer insignificante, mas que neste contexto é extremamente importante: Nanae Takahashi vai retirar-se, e o seu combate de despedida está marcado para o show comemorativo do primeiro aniversário da MARIGOLD, que muito provavelmente será no fim de Maio.



Com a saída de Takahashi, a MARIGOLD fica órfã daquela wrestler cujo currículo dispensa apresentações e que será considerada uma lenda independentemente de tudo (há Sareee, mas é freelancer). Mayu Iwatani poderia ser a wrestler perfeita para ocupar essa vaga, e assentar-lhe-ia que nem uma luva.


Outro nome de peso troca a AEW pela WWE



Esta é uma previsão ainda mais improvável do que aquela que envolve Mayu Iwatani, mas isso não quer dizer que não aconteça, pelo contrário: No wrestling, o principal slogan deve sempre ser “tudo pode acontecer”.


Passaram cerca de três anos desde que um nome de peso trocou a All Elite pela WWE. Na altura foi Cody Rhodes a fazê-lo, e a troca teve ainda mais significado se relembrarmos que o “American Nightmare” foi um dos que esteve por detrás da fundação daquela que é, hoje em dia, a principal concorrente da WWE no mundo do wrestling.


Desde então, também CM Punk saltou da Elite para a WWE. Quer dizer, não “saltou” no verdadeiro sentido da palavra, porque a sua estadia na empresa de Tony Khan começou por trazer uma excitação nostálgica e acabou por originar dentro da maioria dos fãs (sobretudo os die hards da empresa) um sentimento de rejeição nojenta.


Qual será o wrestler a fazer essa mesma travessia? É difícil dizer, mas posso arriscar alguns potenciais candidatos: Chris Jericho e o homem a quem agora chamam de Cope (sim, também não consigo compreender o porquê da mudança de nome).





Chris Jericho é constantemente apupado pelos fãs pela forma como a qualidade das suas gimmicks (e também dos seus combates) tem descido. A gimmick da “Learning Tree” tinha intenções muito nobres, mas sem resultados práticos. Voltar à WWE agora que o manda chuva é outro e tentar ter uma reta final de carreira decente num sítio onde a maioria dos fãs não dão tanta enfase à qualidade dos combates pode impedi-lo de arrumar as botas numa total ausência de estado de graça, permitindo que tire partido da sua capacidade de reinvenção – um traço que pode muito bem revelar-se distintivo quando o Y2J conta já 54 anos de idade.



Quanto a Cope, parece que estamos perante um caso óbvio de contratação que gerou muita expectativa mas que acabou por perder gás ao longo do tempo, exceção feita àquele período final da carreira de Sting em que fez de “dama de honor”. A mudança repentina de nome, surpreendente e, ao mesmo tempo, pouco “vendável”, parece ter sido o golpe de misericórdia na esperança que havia em seu redor. 


Tendo isto em conta, Cope apresenta-se na mesma situação de Jericho: Já passa dos 50 anos de idade, quis experimentar algo diferente, não parece estar a resultar e, tendo a oportunidade de baixar o pano da sua carreira na empresa na qual se notabilizou, devia, sem dúvida, aproveitá-la.





John Cena quebra o recorde antes da despedida



Esqueçam a passagem das transmissões da WWE para a Netflix: Acho que todos concordamos que o acontecimento que vai marcar 2025 é a tour de despedida de John Cena, anunciada no Money In The Bank passado.


Desde aí, muitos cenários têm sido lançados, uns mais razoáveis, outros menos, mas há um que de vez em quando aparece e que eu acho que faz todo o sentido: A conquista do décimo sétimo Campeonato Mundial de John Cena antes do fim da sua carreira, marcado para Dezembro.





A questão ultrapassa aquilo que John Cena é capaz, ou qualquer opinião que tenhamos sobre ele, seja positiva ou negativa. Quando o assunto é a chegada da WWE a novos mercados e a sua expansão para além da fronteira do wrestling, John Cena teve, talvez, o mesmo impacto de nomes como Undertaker, The Rock ou Stone Cold Steve Austin: Foi graças a ele que descobrimos primeiro a WWE, depois o wrestling, e foi muito por sua causa que este bichinho ficou dentro de muitos de nós para todo o sempre.


Deste modo, faria todo o sentido John Cena voltar a ser World Champion e quebrar o recorde de Ric Flair: Não só porque dotaria o seu último sprint enquanto wrestler da emoção que este precisa de ter, como era uma forma da WWE agradecer tudo o que o líder da Cenation fez pela empresa em 23 anos. E não há forma mais poética de o fazer.

 

Quais são as vossas previsões para 2025 no que toca ao wrestling?

 

E assim termina mais uma edição de “Lucas Headquarters”!! Não se esqueçam de passar pelo nosso site, redes sociais, deixem a vossa opinião aí em baixo… as macacadas do costume. Para a semana cá estarei com mais um artigo!!


Peace and love, até ao meu regresso!!

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