Lucas Headquarters #97 – Os degraus da fama
Ora então boas tardes, comadres e compadres!! Como estão? Bem-vindos sejam a mais um “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias!!
Metade do ano já foi. Parece mentira, não é? E agora digam-me cá: Que análise
fazem a esta primeira metade do ano em termos de wrestling? Quem é que
para vocês se destacou pela positiva? E pela negativa? Se calhar já era altura
de abrirmos uma espécie de “Lucas Headquarters’ Mid-Year Awards”… Mas
infelizmente isso vai ter de ficar para o ano, porque neste mês vamos ter muito
wrestling por onde pegar, como aliás eu fiz questão de mencionar na
edição passada.
O pontapé de saída é dado já hoje, com o Money In The Bank. Mas, se isso não for muito a vossa cena (e é perfeitamente natural que não seja, I mean, só o facto de o Logan Paul poder ganhar aquilo…) há o NJPW Independence Day já na próxima terça (precisamente, o dia da Independência dos Estados Unidos) e quarta-feira.
Os pontos fortes desse combate serão, com toda
a certeza, o Tag Team match que vai opor as Mafia Bella (Giulia e Thekla) a
Willow Nightingale e Momo Kohgo – isto na primeira noite – e ainda o combate
entre Nightingale e a líder das Donna del Mondo pelo NJPW Strong Championship,
na segunda noite.
Já agora, tenham cuidado ao apostar, porque ouvi dizer que há
fortes hipóteses da Giulia poder sair com o ouro… mas sendo a Willow a primeira
campeã e tendo um reinado ainda curto, também estou inclindado a dizer que pode
cair para qualquer lado. O wrestling e as suas escolhas difíceis. Como
não amar?
Dia 16, a Sendai Girls Pro Wrestling organiza um grande evento no Korakuen Hall, cujo matchcard já está a deixar os fãs num positivo estado de polvorosa. A primeira pedra foi atirada quando se anunciou que o primeiro combate a fazer parte desse evento – e muito possivelmente o seu “cabeça de cartaz” – seria o combate que vai opor uma das grandes figuras da Sendai Girls a uma das grandes figuras da STARDOM.
Chihiro Hashimoto e Natsupoi
prometem entregar excelentes doses de ação, naquele que será um combate que
oporá a Força Irresistível a uma fada que se encontra sempre, como diria o
poeta, em “perpétuo movimento”.
E esta reação positiva não oferece surpresas: Sareee está a
disfrutar de um excelente regresso à ribalta após três anos… diria, “em
cativeiro” – não querendo ser mauzinho, mas já sendo – no NXT (através dos seus
eventos em nome próprio, intilulados de Sareee-ISM, com um novo capítulo
a surgir dia 4 de Agosto). Saori Anou, por outro lado, está a disfrutar de uma
fase da carreira bastante bem sucedida na STARDOM, onde faz supostamente
parte das Cosmic Angels. Realce-se o supostamente, porque Saori Anou
sempre foi conhecida pela sua reputação de rogue agent.
E como se isto não fosse suficiente, a partir do dia 23 começa mais uma edição da “escadaria para o Paraíso” que é o 5 STAR GP da STARDOM. Conseguirá Giulia vencer consecutivamente o torneio e ficar na História como a primeira wrestler a vencer duas edições seguidas? Quem lhe poderá suceder? Irá Utami Hayashishita almejar uma segunda vitória? Irá Suzu Suzuki voltar a brilhar? Tantas perguntas…
Mas enfim, isto é só para que vocês tenham ideia do quão rico
e recheado o mês que vem vai ser em termos de wrestling. O mês de Julho
acaba por ser, também, um mês especial aqui para os Headquarters, porque vamos
chegar à centena de edições deste artigo, cem edições a escrever semanalmente e
a criar um espaço e uma atmosfera pela qual sinto tanto apreço. Provavelmente a
atualidade impor-se-á e o especial que estou a preparar para vocês não cairá
exatamente na centenária edição, mas não se preocupem que ele há de cá vir
parar.
Mas comecemos, justamente, pelo evento que dá o proverbial
“pontapé de saída” num sétimo mês do ano recheado de ação: O Money In The Bank.
Vou-vos dizer, em tom confessional, que o Money In The Bank é das estipulações que mais gosto, numa altura em que já há muito poucas coisas naquela empresa que me cativam completamente (e, com os rumores de que Vince McMahon vai aumentar a sua influência criativa com o aproximar da fusão com a UFC…).
Mas, na mesma medida em que o conceito do Money In The Bank me entusiasma ao ponto de eu defender que deve ser o único PPV temático do calendário da WWE que deve continuar a existir (sob pena de se voltar a cair no erro de ter Wrestlemanias de cinco e seis horas, fórmula que tem sido deixada de lado nos últimos anos e cujo abandono tem, a meu ver, resultado na perfeição), devo dizer que, com a colocação de Roman Reigns no topo da montanha nos últimos três anos, o Money In The Bank tem perdido um pouco da sua magia.
O
ponto central desta estipulação é criar o princípio de que o seu vencedor
desafiará o Campeão Mundial. Ora, se se criou uma “bolha Actimel” à volta de
Roman Reigns, como é que há alguém há de ter coragem para o desafiar?
É claro que vocês me vão responder “World Heavyweight Championship” e eu, apesar de todas as objeções que levantei contra esse título num passado não muito distante, até estou inclinado a concordar.
A questão é
que ninguém vê aquele título como um título de grande nomeada, pelo menos para
já. Toda a gente olha para aquilo como um prémio de consolação, e eu, falando
em nome de todos os fãs, tenho que dizer também “mea culpa” porque nós
também nunca fizemos um esforço para isso, embora agora possamos argumentar e
dizer que a WWE nunca deu condições para que nós, enquanto fãs, fizéssemos esse
esforço e, sendo assim, vamos andar eternamente nesta pescadinha de rabo na
boca de preguiça e procrastinação.
Numa nota mais positiva, prevejo que este Money In The Bank
seja um dos mais imprevisíveis de sempre, pelo menos no lado masculino. E aqui
cria-se mais uma “corrente de protesto”, vamos chamar assim, porque a ideia que
a WWE tem do potencial vencedor não é a mesma da ideia que os fãs têm.
Acho que isto é fácil de exemplificar: A WWE anda a
considerar seriamente a ideia de fazer de Logan Paul o próximo Mr. Money In The
Bank. Por outro lado, os fãs estão a catapultar LA Knight
(YEEEEEEEEEEEAAAAAAH!) para o topo, à semelhança do que aconteceu com Brian
Danielson (aka Daniel Bryan) em 2014 e, cinco anos mais tarde, com Kofi
Kingston, numa reciclagem da storyline que levou o primeiro nome ao
topo.
Eu, pessoalmente, não tenho nada contra Logan Paul em termos
da habilidade que apresentou até agora. Os combates contra The Miz, no
Summerslam do ano passado, e contra Roman Reigns, no Crown Jewel,
surpreenderam-me positivamente e deixaram-me com vontade de ver mais da sua
parte. A questão aqui nem parece ser aquele velho argumento do qual nós puxamos
sempre para criticar vitórias de part-timers (o já usado “ele só
aparece de vez em quando!” nas suas variadas formas).
A questão é que Logan Paul é um serzinho… no mínimo
controverso. E, embora isto tenha uma explicação mais ou menos neurológica
(danos cerebrais sofridos no tempo em que jogava futebol americano que afetaram
a sua capacidade de sentir – e consequentemente gerar – empatia), a verdade é
que isso não lhe retira a controvérsia. E a WWE habilitar-se a estar outra vez
no fio da navalha quando no ano passado por esta altura estava nessa situação
com todos os casos e casinhos de Vince McMahon… só quererão cair nesse erro uma
vez.
A outra questão tem a ver com uma possível vitória de Damian
Priest nesse combate. De vez em quando lá surgem rumores de que Priest poderá
deixar os Judgment Day, sendo substituído por JD McDonaugh. Ora, imaginando que
esses rumores são, efetivamente, ideias criativas da WWE, dar a vitória a
Priest e gerar tensão criando a ideia de que este já se tornou maior do que o
seu grupo era uma jogada interessante. A questão, lá está, é que depois iria
arruinar o ímpeto de um LA Knight que reúne muito mais consenso e parece estar
destinado a grandes voos.
No feminino, parece-me que IYO SKY é a principal candidata à
vitória, tendo em conta que está a ser desenvolvida uma storyline em que
já existe alguma tensão entre ela e a Bayley, e a própria Bayley também
participará nesse combate. Ainda há quem arrisque os nomes de Becky Lynch e
Trish Stratus para vencer, mas sejamos honestos: Tendo em conta o estatuto que
alcançaram, elas lá precisam de andar de maleta as costas para surgirem no
mapa?
E vocês, quem acham que pode vencer os dois Money In The
Bank Ladder Matches? Que análise fazem da possível indecisão da WWE em dar
a vitória ou a LA Knight ou a Logan Paul?
E assim termina mais uma edição de “Lucas Headquarters”! Não
se esqueçam de passar pelo nosso site, pelo nosso Telegram, deixar a vossa
opinião aí em baixo… o costume. Para a semana cá estarei com mais um artigo!!
Peace and love, até ao meu regresso!