Lucas Headquarters #59 - Por fim, Saraya!
Ora então boas tardes, comadres e compadres!! Como estão?
Bem-vindos a mais uma edição dos “Lucas Heaquarters” aqui no WrestlingNotícias!!
Ui, que semana para se ser fã de wrestling, pessoal!! O Dynamite Grand Slam da
AEW foi um sucesso, e na Terra do Sol Nascente o 5-STAR Grand Prix da STARDOM está
a chegar ao fim e há a sensação de que aquilo pode cair para qualquer lado… as
próximas semanas prometem, e de que maneira!
Mas sobre o 5-STAR GP falaremos em altura mais oportuna, talvez daqui a duas semanas quando o torneio tiver acabado e já estivermos em condições de analisar a frio tudo o que se passou. Para esta semana, trago-vos uma das maiores surpresas que 2022 nos trouxe.
E, a falar desta forma, parece que já estamos naquela semana
pós-natalícia a fazer um balanço do ano, mas havemos de lá chegar, e quando
chegarmos, este assunto há de voltar a ressurgir. Mas em tom confessional vos
digo que nem eu contava com esta, pesem embora os rumores de que a pessoa de
quem vos vou falar poderia estar em perfeitas condições para voltar a lutar.
Falo-vos, pois, do inesperado, mas emocionante regresso de Pai – quer dizer, Saraya, que em Junho anunciou que iria deixar a WWE a partir de 7 de Julho e agora assina pela AEW.
Foi um regresso que a todos apanhou de surpresa, mas que
confirmou aquilo que se apontava – e que se continua a apontar – a esta wrestler:
Mesmo que tenha passado alguns anos na penumbra, a ter papéis que não envolvam
muito esforço físico por causa da sua lesão, a sua presença ainda confere um
carisma inigualável e ainda arrasta multidões por onde quer que vá, muito por
conta de um passado histórico alcançado na WWE, e que lhe valerá, espero, honras
de Hall of Famer no futuro.
Esta chegada, contudo, não vem sem o seu pedacinho de gossip
ou sem as habituais dúvidas que são associadas a qualquer wrestler, mas
que no caso de Saraya ganham especial relevância, devido, como disse, ao seu
passado de problemas físicos: Estará Saraya em condições de lutar com o mínimo
de segurança? Será que o mínimo botch poderá colocar a sua carreira
novamente em risco e arrumar de vez com as esperanças de a vermos a 100%?
Ora, na tentativa de resposta a estas perguntas, há uma coisa
que a mim me parece bastante óbvia: A AEW não apostaria em Saraya, e nem Saraya
aceitaria a oferta da AEW, se nem um outorgante nem outro tivessem a certeza da
sua condição e dos perigos que isso acarreta. Dito isto, parece-me também óbvio
que a wrestler britânica estará apta para lutar.
O que me leva a mais um detalhe que surgiu nas últimas horas
e que pode ajudar a explicar o porquê de Saraya ter escolhido assinar pela AEW
em vez de voltar à WWE. Isto porque, segundo se diz, Triple H terá tentado
contactar Saraya tendo em vista um regresso, assim que foi oficializada a sua “sucessão”
a Vince McMahon na companhia, contudo, Saraya já havia assinado com a All
Elite. Como é que isto ajuda a explicar a escolha?
Simples. Saraya, pesando os prós e os contras de “trocar” um
regresso à WWE por uma nova aventura na AEW, ter-se-á apercebido de que na WWE
correria sérios riscos de continuar “na penumbra”, conformada com eventuais non-wrestling
roles que a companhia lhe pudesse vir a oferecer.
Porque a WWE é muito mais conservadora na avaliação da recuperação dos seus wrestlers, sobretudo se falarmos de lesões de risco elevado. Não nos esqueçamos da batalha que Bryan Danielson teve que travar para voltar a lutar, que durou três anos e que levantou muitas opiniões. Porque a WWE pode achar que a recuperação de um wrestler de lesões como a que Paige teve está a correr muito bem e que pode até levar a um regresso, mas se houver o mínimo risco…
Se isto revela alguma imprudência por parte da AEW? Sim. Tendo em conta o calvário pelo qual Paige passou, submetê-la de novo a um número muito grande de combates, sabendo que à mínima move mal-executada, tudo pode voltar à estaca zero é um grande risco. Mas às vezes é preciso arriscar. É preciso demonstrar confiança na wrestler. É preciso elevar um pouco mais o nível – e é isso que a contratação de Paige vem fazer à Women’s Division da AEW.
Numa divisão onde apenas a campeã Toni Storm, Hikaru Shida,
Britt Baker e Thunder Rosa se assumem como os principais pesos-pesados, a
chegada de Saraya vem dar ainda mais peso, alcançando o proverbial star
power que nunca se viu em grande escala. Por isso a contratação de Saraya,
mais do que um risco, era uma necessidade. E a necessidade, bem o sabemos – é a
mãe de todos os riscos.
E vocês, que avaliação fazem da contratação de Saraya por parte da All Elite?
E assim termina mais uma edição dos "Lucas Headquarters"! Não se esqueçam de passar pela página do WN, deixar a vossa opinião na caixinha dos comentários, sugerir temas... o costume. Para a semana, se tudo correr bem, cá estarei com mais um artigo.
Peace and love, e até ao meu regresso!