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Lucas Headquarters #45 – Cinco contos de Natal

 


Jingle Bells, Jingle Bells, Jingle all the way… ora então boas tardes e um Feliz Natal, comadres, compadres, duendes e renas! Sejam bem-vindos à edição especial de Natal dos “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias!


Vamos lá a saber: Qual dos membros da vossa família é que comeu até arrochar? Quais dos membros da vossa família é que discutiram por um doce ou uma iguaria ao ponto de ter que vir o VAR decidir quem é que vai comer? E já agora, sabem qual é o fenómeno meteorológico mais natalício? É a rabanada de vento! *badumtss*


Agora que já foram feitas todas as piadas possíveis sobre rabanadas, mesas fartas e um Salvador do Mundo que faz anos e vê os outros a receber prendas (we all feel for you, Jesus) deixem que vos diga que não há acontecimento mais propício do Natal do que uma edição dos Headquarters cair redondinha em pleno Dia de Natal.


Posto isto, e como é impossível fugir ao espírito natalício até quando se escrevem artigos de opinião, trago para vocês uma compilação daqueles que são cinco dos melhores momentos natalícios que já vimos no mundo do wrestling e mais particularmente na WWE. Portanto aproveitem o intervalo do Sozinho em Casa, continuem a jiboiar e a fazer a vossa digestão de mais de 20 horas, e venham comigo nesta viagem de trenó conduzida por um Pai Natal alentejano!


#5 – Armageddon 2004: Quando o Pai Natal se tornou wrestler



Quem acompanha o wrestling desde, pelo menos, o início deste século, já deve ter visto uma série de lutadores bastante improváveis. Mas a edição de 2004 do Armageddon é, sem dúvida, um caso à parte.


Até ser o TLC a ocupar o lugar de último PPV do ano no mês de Dezembro (algo que surgiu com a introdução dos PPV temáticos, que banalizaram muitos dos gimmick matches e combates com estipulação que todos conhecemos) esse papel pertencia ao clássico Armageddon, embora o próprio nome sugerisse coisas que atentassem contra a essência desta quadra. E foi aí que o Santa Claus se tornou wrestler.


O único combate que o velhinho das barbas brancas teve em ringue foi contra um Kurt Angle que, na altura, estava no auge da sua heel run e tinha um segmento chamado Kurt Angle Invitational, em que enfrentava “heróis locais” à sua escolha e punha a sua medalha de ouro em jogo, sendo esta oferecida a quem fosse capaz de durar mais de três minutos em combate com ele.


Ora, nessa edição de 2004, Angle, para surpresa de ninguém, escolheu o Pai Natal, porque segundo ele ambos tinham bastantes coisas em comum, eram os melhores naquilo que faziam, levavam as coisas muito a sério e todas aquelas larachas que os heels costumam proferir e que já todos conhecemos.


O Pai Natal lá apareceu e lá teve que gramar com a conversa do herói olímpico, que ainda teve tempo para gozar com o Tazz e dizer que o simpático velhinho dá mau nome a todos os heróis. Para provar o seu ponto, Kurt Angle até levou a filha ao evento para que ela visse o combate.


Felizmente para a pequena, o sofrimento do Pai Natal não durou muito, tendo desistido depois de levar um Angle Slam e ficar preso num Angle Lock. Lado positivo? Ainda deve ter saído a tempo para entregar as prendas à criançada, se bem que no final daquela noite o seu estado era semelhante ao de um condor: Com dor aqui, com dor ali…


#4 – Um gigante bem-comportado




Não pessoal, não são só as crianças que argumentam que se portaram muito bem durante o ano para conseguirem a sua prenda mais desejada, os gigantes também conseguem fazê-lo.


Um exemplo disso é o Big Show, que estava a disfrutar de um improvável sucesso dentro da divisão tag team ao lado de Chris Jericho. Só que, naquele Natal de 2009, Chris Jericho estava no SmackDown e Big Show estava no RAW, apesar dos títulos estarem unificados. Do que é que o gigante se lembrou? De pedir ao Pai Natal que Jericho voltasse à red brand.


Do que ele não se lembrou foi da presença de Hornswoggle, que arruinou toda a suposta magia daquele momento ao revelar que quem estava na pele do Pai Natal era nada mais nada menos do que… o próprio Jericho.


Claro que a partir daí houve porrada pela certa, mas os D-Generation-X (que na altura rivalizavam com esta dupla) conseguiram dar conta do recado com a ajuda do pequeno leprechaun. Como recompensa, Hornswoggle acabou como membro honorário dos DX e o seu Natal foi um bocadinho mais feliz.


#3 – John Cena salva o Natal




Recuemos agora até ao Natal de 2008 e até à altura em que Santino Marella fazia um not-that-powerful-couple com a Glamazon Beth Phoenix. Phoenix e Santino até podiam ser muito diferentes, mas aos olhos dos responsáveis da WWE, eles tinham que ter uma coisa em comum para conseguir “cutucar” o público: Odiar o Natal.


E foi assim que, no especial de Natal do RAW desse ano, o casalinho encaminhou-se até ao ringue e prometeu revelar ao público a verdade sobre o Pai Natal. Até que, para dar asas ao cliché de que tem que haver alguém a salvar o Natal, apareceu o super-herói do costume: John Cena. 


Cena desafiou os Glamarella para um Mixed Tag Match, só que lhe faltava uma parceira. Nada que uma aparição de Trish Stratus não resolvesse. Para surpresa de ninguém, o líder da Cenation e a sete vezes campeã salvaram o Natal, vencendo Phoenix e Santino e prevenindo uma catástrofe natalícia.


#2 – DO YOU SMEEEEEEEEEEELLLLLLLLLLLLLLL WHAT THE ROCK IS SINGING?





Claro que termos um top-5 sem termos Dwayne The Rock Johnson presente de alguma forma seria como irmos a Roma e não vermos o Papa.


Ora, o Brahma Bull tomou para si a missão de dar ao seu combate com o falecido Test um toque mais natalício. Para tal, puxou da sua reputação de orador e entertainer, sacou da conhecida canção natalícia The Twelve Days Of Christmas e deu-lhe o toque de classe do costume, adaptando a letra com muitas das suas moves e maneirismos caraterísticos.


Claro que The Rock não precisava de entrar no espírito natalício para ter o público do seu lado, mas haverá coisa mais ao estilo The Rock do que pegar numa canção de Natal e usá-la para humilhar o adversário sem este sequer ter entrado no ringue?


#1 – Stone Santa Stunner!




Claro que, num top-5 onde haja The Rock, tem quase obrigatoriamente que haver Stone Cold logo a seguir. É aquela regra de ouro que não pode nunca ser quebrada.


Estávamos no ano de 1997 e estava no ar um especial de Natal do RAW, precisamente na altura em que o Santíssimo Nome do Texas Rattlesnake começava a andar nas bocas do povo. Conta-se que nessa altura, São Nicolau foi ao ringue esperar por uma Sable que havia de não aparecer. Quem apareceu foi uma criança, que alegadamente seria um dos filhos de Rikishi, que se sentou ao colo do velhote, disse-lhe que não era o Pai Natal verdadeiro e acabou expulso do ringue pelo próprio Pai Natal. Haverá lá coisa mais contra-natura do que isto?


Steve Austin dir-vos-á que não, e foi por isso que ele se encaminhou até ao ringue para dar um raspanete ao Pai Natal pessoalmente. Claro que segmento do Stone Cold que é segmento do Stone Cold acaba sempre da mesma forma: Com alguém a ser vítima de um Stone Cold Stunner, ou neste caso de um Stone Santa Stunner. Normalmente, segmentos natalícios no wrestling vêm sempre acompanhadas de altas doses de cringeness, mas a personalidade anti-heroica de Stone Cold foi capaz de apagar qualquer vestígio de cringeness de um segmento que mais uma vez confirmava a popularidade de Stone Cold entre as massas.


Na vossa opinião, quais foram os melhores momentos natalícios com os quais a WWE nos brindou?


E assim termina mais uma edição de “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias! Não se esqueçam de passar pelo site do WN, deixar as vossas opiniões aí em baixo, mas sobretudo de aproveitar esta quadra ao máximo, rodeados de todo o amor e carinho que a vossa família e amigos vos possam dar. Para a semana cá nos encontraremos para a primeira edição dos Headquarters em 2022, que, surprise surprise!, cairá no primeiro dia do ano!


Peace and love meus amigos, um Santo e Feliz Natal e até para o ano!


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