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Lucas Headquarters #41 – O excêntrico Malakai


 Ora então boas tardes, comadres e compadres! Como estão? Sejam bem-vindos a mais uma edição dos “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias! Estamos, mais uma vez e como é normal nesta altura do ano, na chamada silly season a todos os níveis: Desportivo, social… o que significa que o caudal de informação que passa pelos meus Headquarters supostamente será mais reduzido.


Mas, felizmente para mim e para vós, não é esse o nosso caso. Malakai Black estreou-se na AEW, os eventos de wrestling vão voltar a ter público, o Money In The Bank é já no Domingo,  o torneio 5-Star Grand Prix da STARDOM começa já no fim do mês (31 de Julho, marquem na agenda e com sorte pode ser que abra as portas dos Headquarters para falarmos sobre isso)… portanto há aqui todo um manancial de temas com os quais vos poderei entreter nas próximas semanas.


A edição de hoje, confesso-vos, chega com uma semana de atraso, mas depois de uma edição do Yokohama Dream Cinderella 2021 in Summer que considerei bastante boa, resolvi adiá-lo para esta semana. 


OK, confesso que é parcialmente mentira: Em parte, é verdade que já tinha planeado dar-vos a conhecer um pouco da STARDOM numa qualquer edição, mas como até à altura de escrever a edição anterior eu não tinha grande coisa escrita, decidi avançar com esse tema e fui apanhado de surpresa por esta estreia. E tenho a certeza de que não fui o único! (a olhar o céu, pelo menos).




Hoje trago para as nossas luzes da ribalta alguém de quem já não é a primeira vez que falo. Se estiverem atentos e tiverem lido a edição #30 aqui do estaminé, verificarão que ele foi um dos wrestlers mencionados e analisados no artigo dessa semana.


Acho que a partir daqui a vossa suposição se torna fácil, certo? Falo-vos de uma das mais recentes contratações da AEW, Aleister… peço desculpa, Malakai Black!




Malakai Black chega à All Elite Wrestling em circunstâncias perfeitamente anormais. Isto porque a WWE tinha tanta pressa em deixá-lo ir embora… que se enganou grosseiramente ao fixar a famosa non-compete clause do contrato dele. Vocês sabem, aquela alínea escrita em letras pequeninas que impede os wrestlers que são despedidos da WWE de competirem e/ou assinarem por outras empresas durante um período de três meses.


Pois acontece que o nosso Tio Vince queria tanto livrar-se do homem que em vez de o proibir de ir para a concorrência durante três meses, proibiu-o durante apenas um. 


E a 2 de Julho passado lá ficou o Malakai livre para ir à sua vidinha, com a WWE a aperceber-se de duas coisas: Primeiro, porque é que não o utilizou da maneira correta; e segundo, porque é que não fez durante mais tempo com o Malakai aquilo que o Sporting fez (ou tentou fazer) com o João Mário.


Mas, brincadeiras futebolísticas à parte, acho que todos estamos de acordo quando digo que, estando Malakai Black no auge das suas capacidades, a AEW era, nesta altura do campeonato, a opção mais viável. Por duas razões:


A principal, porque possibilita a Malakai Black ter vários combates de sonho com wrestlers que percorreram o globo todo e já têm anos e anos de carreira em cima, sendo considerados os melhores naquilo que fazer. E não se preocupem que adversários excelentes para ele não faltam, já vos vou dar alguns mais à frente na edição desta semana.


A secundária (mas não menos importante) porque o roster da AEW dispõe, neste momento, de wrestlers que Malakai Black bem conhece, como é o caso de Andrade El Idolo (quem não se lembra do grande combate que estes tiveram no NXT TakeOver: New Orleans há uns anitos?).



Posto isto, parece que vai ser uma feud entre Malakai Black e Cody Rhodes que vai acontecer. Black aparece em grande estilo, cortes de energia, problemas técnicos e tal… ataca Arn Anderson e o American Nightmare e ainda “vende” a lesão que Seth Rollins lhe causou há para aí um ano atrás no RAW. Se Malakai não é um wrestler extremamente atento ao mais pequeno detalhe, então não sei o que é.




Havia um sem-fim de feuds por onde Malakai Black podia começar a sua aventura na AEW. Mas esta parece-me, com tudo o que pode trazer, ser a feud que, para já, mais encaixa naquilo que é esperado do Dutch Destroyer nesta fase inicial.


Como aqui disse, Malakai Black é um wrestler bastante metódico, iria até um bocadinho mais longe e diria perfeccionista.

 

Ora, tendo em conta que vai estar frente a frente com um wrestler que não só dispensa qualquer tipo de apresentações como sabe perfeitamente como levar um combate a bom porto, não me parece que Black tenha que se preocupar muito com a perfeição do combate em si, porque Cody Rhodes sabe bem quando é que tem que entregar algo como deve ser (basta ver o combate que teve frente ao irmão Dustin, no primeiro Double or Nothing em 2019).




Há, sobretudo, um aspeto nesta possível feud em que me parece que Aleister Black tem clara vantagem: O storytelling. Volto a frisá-lo, Cody Rhodes é mais que capaz de apresentar um bom combate com uma boa história.


Só que Black é aquele wrestler capaz de tirar algo criativo de uma coisa tão grave como uma depressão (e ele próprio o disse). É um wrestler que tem um pouco o mesmo efeito do humor, por mais incrível que pareça: Pega nas próprias angústias e debilidades e transforma-as em segmentos obscuros que quase sempre resultam em personagens interessantes.



Atrevo-me a dizer que, em termos de criatividade, Malakai Black traz-me à memória o nome de Bray Wyatt. Black é mais dotado em ringue do que Wyatt, mas ambos são geniais do ponto de vista criativo e as suas carreiras não foram geridas da melhor forma. Qualquer semelhança nestes casos não é pura coincidência...


E vocês, o que acham que Malakai Black poderá acrescentar à AEW? Que expectativas têm para a sua provável feud com Cody Rhodes?


E assim termina mais uma edição dos "Lucas Headquarters"! Não se esqueçam de passar pela página do WN, deixar a vossa opinião nos comentários, sugerir temas... e se tudo correr bem, na próxima semana cá nos encontraremos para mais uma edição.


Peace and love malta, até para a semana! 



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