Ultimas

Opiniões do Couto #8 | Análise da WrestleMania 37

Boas malta! Sejam bem-vindos a mais um “Opiniões do Couto” aqui no Wrestling Notícias!

Depois de vários dias de ausência, por motivos pessoais, apesar de um pouco tardiamente, hoje estou de volta com uma análise àquilo que foram os vários combates da WrestleMania 37.

Quanto à análise a cada um dos combates, vou fazê-la focando essencialmente naquilo que esperava para o combate e também no que senti enquanto o estava a ver.

WWE Championship: Bobby Lashley (c) venceu Drew McIntyre

Estava com bastante expectativa para o combate de abertura desta WrestleMania, principalmente porque tínhamos em confronto os dois lutadores que mais protegidos foram ao longo do último ano no Raw.

O combate entre ambos foi muito bom, bem disputado, e, acima de tudo, foi especial porque foi o primeiro com público em mais de um ano na programação da WWE. E que público! Os espectadores presentes no Raymond James Stadium vibraram do início ao fim e deram um sabor especial ao confronto.

No final, a vitória caiu para Bobby Lashley depois de uma distração de MVP a Drew McIntyre. Tenho que admitir que contava com uma vitória do escocês, que assim voltaria a conquistar o WWE Championship, mas desta vez com o público presente, mas a vitória acabou por cair para Lashley, o que também é justo por tudo aquilo que o wrestler evoluiu nos últimos anos e também pelo que o Hurt Business representou para o Raw e pela WWE nos últimos meses. Estava assim dado o início para uma bela WrestleMania.

Tag Team Turmoil match: Vitória de Natalya e Tamina

Não há grande coisa a dizer sobre a construção deste combate. Basicamente tivemos aqui todas as atuais tag teams femininas da WWE em confronto, e não só, uma vez que até à WrestleMania Carmella e Billie Kay nunca foram uma equipa.

Quanto ao resultado, a vitória acabou por pertencer a Natalya e Tamina, o que já era um resultado mais ou menos previsível tendo em conta o que se estava a passar o SmackDown e também no Raw. Neste combate, referir também que gostei bastante do desempenho da Riott Squad.

Cesaro venceu Seth Rollins

Aqui está um dos combates mais esperados da WrestleMania deste ano. Seth Rollins, uma das maiores figuras da WWE, contra Cesaro, um lutador a quem todos reconhecem um enorme talento e adoram, mas que nunca teve um único combate singular na WrestleMania em tantos anos na empresa.

E a verdade é que o combate entregou da melhor forma. Foi muito bom tecnicamente e contou uma ótima história.

Estava mais inclinado para uma vitória do Cesaro e consequente push, mas o facto de estar a lutar contra o Seth Rollins fez-me sempre acreditar que o resultado podia ser outro e a vitória cair para o Messiah. No final, quem venceu foi mesmo o Cesaro, que assim se afirma ainda mais como uma verdadeira estrela e pode ambicionar a voos ainda maiores no SmackDown.

Raw Tag Team Championship: AJ Styles e Omos venceram The New Day (c)

Neste combate a grande expectativa de qualquer fã de wrestling era essencialmente em relação à estreia de Omos, para ver o que o gigante poderia fazer dentro do ringue. Quanto ao resultado, penso que praticamente toda a gente sabia que AJ Styles e Omos não poderiam perder, primeiro por causa da estrela que Styles é e depois porque, se assim fosse, todo este destaque dado a Omos não faria sentido.

E a verdade é que assim foi. Primeiro tivemos os New Day a dominar AJ Styles numa grande parte do combate e depois vimos Omos a entrar no ringue, a destruir Kofi Kingston e Xavier Woods e a vencer com todo o estilo.

Não posso fizer que tenha adorado ver Styles dominado por tanto tempo e depois o gigante a varrer tudo o que tinha à frente, mas, no fundo, este combate foi o que era esperado e tinha que ser.

Braun Strowman venceu Shane McMahon

Tal como no combate anterior, também não haviam grandes dúvidas em relação a quem seria o vencedor deste combate. Aquilo que não era tão previsível para mim foi que Shane pudesse dar tanta luta.

Mas tudo fez sentido. Vimos Elias e Jaxson Ryker a atacar Strowman antes do combate começar, e foi isso que debilitou o “Monster Among Men”. Com ele debilitado, todo o domínio do Shane já fez mais sentido e acrescentou maior emoção ao combate. Penso que foi a opção certa.

Mesmo assim, como seria de prever, Braun saiu vencedor, mas os grandes destaques do combate vão para quando o gigante rasgou a jaula para voltar a meter Shane dentro do ringue e para quando Strowman atirou Shane do topo da jaula.

Bad Bunny e Damian Priest venceram The Miz e John Morrison

Neste combate, tal como no combate de equipas do Raw, a grande expectativa era para ver o desempenho do estreante. Neste caso, o Bad Bunny. Até porque já sabíamos que, à partida, o cantor dificilmente perderia o combate. Principalmente tendo em conta o booking que The Miz e John Morrison têm tido nos últimos meses, uma situação que até já abordei num dos meus artigos anteriores.

Relativamente à luta, o grande destaque vai mesmo para Bad Bunny, que surpreendeu com aquilo que apresentou em ringue. O combate acabou por ser bem melhor do que aquilo que seria de esperar e teve com grande momento um Canadien Destroyer do cantor em John Morrison.

Quanto ao resultado, foi o previsto. Bad Bunny e Damian Priest derrotaram The Miz e John Morrison.

SmackDown Women’s Championship: Bianca Belair venceu Sasha Banks (c)

E chegamos ao main event da primeira noite. Este combate já estava a ser construído desde a noite que que Bianca Belair venceu o Royal Rumble, no final de janeiro. E a verdade é que, umas semanas mais tarde, quando Bianca decidiu escolher Sasha como sua adversária para a WrestleMania, a expectativa para este combate era enorme.

O problema é que a construção do mesmo até ao grande evento do ano não nos aumentou essa expectativa. Pelo contrário, só diminuiu. Na minha opinião não era necessário estar a juntar as duas como uma tag team para depois criar a separação, bastava manter as personagens e ir criando algum atrito entre entre as duas. Para além disso, fez ainda menos sentido repetir o mesmo combate contra as campeãs de equipas por duas vezes. Até porque elas perderam os dois combates e isso tirou-lhes credibilidade.

Mas a verdade é que, apesar de tudo, a expectativa para assistir a este combate ainda se mantinha, principalmente pelas duas wrestlers em questão. E não saímos desiludidos. Sasha Banks e Bianca Belair entregaram um excelente combate, um dos melhores das duas noites, sem qualquer dúvida. Emoção e muita qualidade do início ao fim.

No final tivemos a vitória de Bianca Belair, num momento que foi bastante emocionante e, na minha opinião, completamente merecido. Temos a WWE a apostar numa nova estrela e estou bastante curioso para ver o que se vai passar daqui para a frente.

Randy Orton venceu The Fiend

Este combate era um dos mais esperados de toda a WrestleMania. Primeiro porque esta rivalidade já durava há meses e depois porque havia uma grande expectativa para ver como se apresentava o The Fiend depois de ser queimado e o que iria acontecer no combate.

Primeiro tivemos a transformação do The Fiend, com ele a voltar à sua forma física normal, ou seja, não queimada. Quanto ao combate, depois de poucos minutos de ação, o grande momento seria quando The Fiend foi distraído por Alexa Bliss, que apareceu a escorrer tinta preta pela cabeça. Depois disto, Orton aplicou um RKO e venceu.

O final foi bastante surpreendente porque a sensação foi de que Alexa Bliss estava a distrair o The Fiend propositadamente. Depois disto, já tivemos uma pequena explicação no Raw, em que ficamos a perceber que Alexa já não precisa do The Fiend. Uma história que vale a pena continuar a acompanhar, agora já sem Randy Orton na equação.

Women’s Tag Tem Championship: Nia Jax e Shayna Baszler (c) venceram Natalya e Tamina

Este combate acontece depois da vitória de Natalya e Tamina no Tag Team Turmoil na noite anterior.

No combate vimos uma maior ofensiva de Natalya e Tamina do que aquilo que previa, o que me fez acreditar que poderíamos ter novas campeãs. Apesar disso, Nia Jax e Shayna Baszler acabaram por vencer e reter os títulos.

Quanto ao combate em si, devo dizer que disfrutei mais dele do que aquilo de que estava à espera, por isso tenho que lhe atribuir uma nova positiva.

Kevin Owens venceu Sami Zayn

Se vocês têm acompanhado os meus artigos aqui no Wrestling Notícias saberão que eu sou um grande fã de Sami Zayn e do seu mais recente trabalho no SmackDown. Assim sendo, não podia não estar entusiasmado para este combate, até porque nele também estava Kevin Owens.

Tenho que admitir que estava com receio que o combate não fosse muito bom, não pela possível influência de Logan Paul como muita gente falava, mas pela personagem do próprio Sami. Tinha algum receio que ele fugisse à luta e este combate pudesse ser semelhante ao que vimos do canadiano na última WrestleMania ou até de outros combates que ele teve nos últimos meses no SmackDown. Mas felizmente tal não aconteceu. O combate foi bastante bom.

A vitória foi de Kevin Owens, o que não me deixou assim tão insatisfeito, até porque já contava e porque sei que esta derrota pode levar o Zayn para níveis de loucura ainda maiores, o que para nós, espectadores, será ótimo. Para fechar, aquele Stunner do Owens no Logan Paul foi maravilhoso.

United States Championship: Sheamus venceu Riddle (c)

Aqui está mais um dos combates que mais esperava para a WrestleMania deste ano. Riddle é um wrestler de grande qualidade. Sheamus também o é, e estava, nos últimos meses, a fazer um trabalho excelente. Principalmente no papel de dar uma maior credibilidade a Drew McIntyre e Bobby Lashley, com quem teve grandes combates, principalmente frente ao escocês.

E era precisamente por esse grande trabalho que Sheamus estava a fazer que estava a contar com uma vitória do irlandês, quase como um prémio pelo que tinha feito. E foi exatamente isso que aconteceu.

No geral tivemos um grande combate, bem brutal, que correspondeu às expectativas. De destacar o momento final, em que Sheamus aplica um Brogue Kick que rasga o lábio ao Riddle. Que pontapé!

Intercontinental Championship: Apollo Crews venceu Big E (c)

Chegamos a este combate com uma situação bastante curiosa. De um lado tínhamos Apollo Crews, que tinha mudado recentemente de personagem e estava a ter destaque e que, por isso, precisava da vitória para se afirmar ainda mais. Do outro tínhamos Big E, que estava a ser aposta a solo e que se estava a afirmar como um campeão dominante. E que também por isso não podia perder este combate.

Sinceramente, a minha aposta para vencedor era no Big E, porque considerava de maior importância a continuidade do domínio do Big E do que a personagem do Apollo Crews, mas a verdade é que, olhando para o que aconteceu no combate, esta foi provavelmente a aposta que fazia mais sentido.

Tivemos Apollo Crews a vencer, mas com a ajuda do anteriormente conhecido por Dabba-Kato. Ou seja, a personagem do Apollo continua intacta e Big E também não perde assim tanta credibilidade, porque perdeu o combate com interferência. O próprio Big E até pode voltar em breve a reconquistar o título, até porque ainda considero cedo para ir atrás do título Universal.

Quanto ao Apollo, fica a curiosidade para ver o que se vai passar a seguir, principalmente depois da introdução desta nova personagem. Podem surgir dinâmicas interessantes.

Raw Women’s Championship: Rhea Ripley venceu Asuka (c)

Num dos meus artigos anteriores já feito algumas críticas à divisão feminina da WWE e, em particular, à construção deste combate, por isso não vale a pena alongar-me muito nesse assunto. Importa só relembrar que, na minha opinião, não fez sentido a Rhea estrear-se tão próximo da WrestleMania, principalmente depois de ser uma das finalistas do Royal Rumble, e também chegar e desafiar logo a Asuka pelo título.

Tirando isso, obviamente que as expectativas para um combate entre Asuka e Rhea Ripley eram altíssimas. 

E mais uma vez, este combate também não desiludiu. No final tivemos Ripley a vencer com o seu Riptide e a sagrar-se campeão feminina do Raw. Tivemos assim a conclusão daquilo que foi uma remodelação completa do topo das divisões femininas da WWE, com o surgimento de duas novas estrelas, Bianca Belair e Rhea Ripley.

Universal Championship: Roman Reigns (c) venceu Edge e Daniel Bryan

E falta apenas falar com combate principal da segunda noite da WrestleMania. E que belo combate. Tínhamos três verdadeiras estrelas e uma construção bastante interessante, dira que, a melhor desta WrestleMania. Roman Reigns, o campeão dominante; Edge, o vencedor do Royal Rumble e a tentar terminar a sua história de regresso consagrado; e Daniel Bryan, o herói que contra todas as expectativas foi conquistando o seu espaço e garantiu lugar no main event da WrestleMania.

E o combate foi espetacular. A história contada, os momentos de destaque de cada wrestler, as intervenções de Jey Uso, os vários spots, com destaque para o spear simultâneo de Edge e Reigs, os dois momentos em que achávamos mesmo que seria Edge a vencer o combate e depois aquele final… Roman Reigns a mostrar-se absolutamente dominador e a fazer o pinfall em Daniel Bryan e Edge ao mesmo tempo.

Apesar de achar que Reigns era o lutador com uma maior probabilidade de vencer, não excluía a hipótese de ser qualquer um dos dois a tornar-se campão, principalmente Edge, pelo que isso também contribuiu para uma maior incerteza e emoção de todo o combate.

Penso que a vitória de Roman Reigns foi mesmo a melhor escolha, e agora fica a dúvida sobre quem será capaz de tirar o título ao Tribal Chief.


Com tecnologia do Blogger.