Lucas Headquarters #34 – Big Mami Cool
Ora então boas tardes, comadres e compadres! Como estão? Sejam bem-vindos a mais uma edição do “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias!
Mas antes de
ir direto ao que assunto desta semana, quero saber: O que é que acharam dessa
Wrestlemania? Foi do vosso agrado ou nem por isso? Eu cá acho que acabou por
ser bastante boa até, embora a Noite 2 tenha deixado um pouco a desejar… Mas
isso sou eu, que se calhar sou demasiado exigente para o Vince e quando tenho
um bom final para um combate, gosto de o manter como está (*cof cof* The Fiend
ganhar ao Randy Orton *cof cof*).
Estamos na
ressaca da Wrestlemania Week, a “semana santa” no calendário do wrestling,
e isto mais parece aquele período pós-natalício em que, por um lado, temos
tanto peru que sobrou da Ceia de Natal e, por outro, fizemos uma carrada de
doces, aletrias, mousses e pudins e o diabo a quatro, e agora estamos mais
enfartados do que os sapos que aparecem nos anúncios da Kompensan.
Por isso, para desenjoar um bocadinho do Main Roster e das suas polémicas e pouco consensuais decisões, hoje vamos descer até ao NXT (salvo seja, em qualidade vamos subir e muito).
Como vos prometi na semana passada, vamos falar de uma wrestler
que, ao início, estaria apenas condenada a ser, no pior dos cenários, uma glorified
jobber, mas que acabou a subir ao topo da montanha da brand amarela,
encerrando com toda a justiça um grande reinado de Io Shirai (arrisco-me a
dizer até que foi um dos melhores reinados da divisão feminina do NXT, senão
mesmo o melhor).
Hoje
falo-vos da Big Mami Cool, uma verdadeira powerhouse de sangue latino, a
nova NXT Women’s Champion, Raquel González!
Não é segredo para ninguém que a WWE tem no NXT aquela que é talvez a melhor divisão feminina do mundo atual (tema que, se quiserem, podemos analisar mais a fundo num futuro episódio).
Se, a princípio, pode parecer que está um pouco sobrecarregada com nomes que só lá estão a fazer figura de corpo presente, a verdade é que Triple H tem feito num suposto “território de desenvolvimento” aquilo que a WWE não consegue fazer com wrestlers já desenvolvidas: Dar destaque a todas elas sem ter que se focar sempre na mesma wrestler (*cof cof* Charlotte Flair, Becky Lynch, Bayley e Sasha Banks *cof cof*). E no caso da Raquel González não foi exceção.
O NXT tinha ali uma wrestler como poucas, pelo menos no aspeto físico: Raquel é uma wrestler fisicamente imponente (1,83 m de altura, o que no caso do metabolismo feminino faz com que a moldura humana de uma mulher facilmente sobressaia) e um físico extremamente bem tonificado, musculado e, quem sabe, talhado para outras paragens talvez mais violentas do que o wrestling.
Só que
pronto, para bem dos nossos pecados, talento por lá é coisa que não falta nem
nunca faltou (e agora com as chegadas de Franky Monet e Sarray então… ui),
apesar de, como já disse, haver na minha opinião uma certa sobrelotação naquela
Women’s Division (com nomes como Aliyah, Jessi Kamea e outras que tais, que se
chegarem a subir ao Main Roster algum dia serão, muito provavelmente,
votadas ao esquecimento). E Raquel, apesar da sua moldura humana quase titânica,
parecia também ela destinada a esse fim.
E aqui há que agradecer à Dakota Kai. Sim, aquela que toda a gente achou que era uma babyface demasiado fofinha que nunca se desenrascaria como heel. Porque quem realmente elevou Raquel González até onde ela está agora, mais do que uma decisão de booking por parte do Triple H, foi a própria Dakota.
Porque se a
Dakota Kai tivesse sido uma heel que trabalhasse por sua conta e risco,
se calhar teria o mesmo sucesso mas Raquel nunca sairia do mesmo sítio. Mas
neste caso, a prova de que os clichés também têm o seu grauzinho de eficácia
está no facto de Dakota ser o motor de qualquer coisa, e Raquel a
guarda-costas, aquela que defende o bully com frágil autoestima de tudo
e de todos, a “apólice de seguro”, vamos dizer assim.
O protagonismo que a Dakota Kai deu à Raquel González acabou por ofusca-la mais a ela própria do que à Big Mami Cool, porque se calhar Dakota é que era para ter o papel principal e foi Raquel quem saiu com o ouro.
Mas pronto, a melhor parte no meio disto tudo é que daqui a uns tempos acabaremos por ver Dakota e Raquel embrulhadas numa feud, e aí há de ser giro porque vamos ver qual das duas realmente brilhará mais.
Primeiro,
Raquel é tudo aquilo que o Vince gostava que a Nia Jax fosse. É poderosa
fisicamente, olhar para aquilo ou olhar para um arranha-céus de Nova Iorque é
quase a mesma coisa, mas acima de tudo é uma wrestler que não se safa
assim tão mal em ringue (apesar de não ser vistosa, mas isso é difícil para uma
mulher de 1,83 m) e não compromete, não só a sua própria segurança como a dos
demais (ao contrário da Nia, que quase matou a Kairi Sane…).
Segundo, e
isto é uma razão sobretudo mais pessoal, Raquel González faz muito lembrar a falecida Chyna, fisicamente e em termos de personalidade. É uma wrestler
que facilmente se impõe e faz notar, mas ao mesmo tempo é destemida, não tem medo de se bater seja com quem for, com uma Campeã com mais de 300
dias de reinado ou com uma estreante que faz lembrar muito a Torrie Wilson.
Neste
momento, a Big Mami Cool tem muitas mais feuds e grandes combates
à sua espera do que qualquer outra wrestler daquela divisão. Para além
disso, o facto de ser uma cara que pouca gente estava habituada a ver na
ribalta a acabar com um reinado de quase um ano dá outro “sabor” ao próprio
Título.
Se o NXT
Women’s Championship caísse, por exemplo, nas mãos de uma Ember Moon, a magia
perder-se-ia um bocado, porque Ember é uma wrestler que já toda a gente
sabe do que é capaz e que já foi campeã no passado, o que se calhar tornaria
uma segunda run com o NXT Women’s Championship numa coisa não muito
interessante de se ver.
E vocês, o
que esperam de Raquel González enquanto campeã? Na vossa opinião, o que tem a Big
Mami Cool que a destaque de tudo o resto?
E assim termina mais uma edição dos "Lucas Headquarters"! Não se esqueçam de passar pela página do WN, deixar a vossa opinião na caixinha aí de baixo, e sugerir temas, como é costume. Para a semana cá nos encontraremos para mais um artigo!
Peace and love, malta! Até para a semana!
(para acabarmos o artigo desta semana com nota artística, vou só deixar aqui esta imagem que quase me fez arrancar uma lágrima)