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Opiniões do Couto #2 | Sami Zayn é ouro


Sejam bem-vindos a mais um artigo do “Opiniões do Couto” aqui no Wrestling Notícias! 

No artigo desta semana decidi escrever sobre um dos wrestlers que mais me cativa a ver a programação da WWE todas as semanas: Sami Zayn.

Tal como expliquei no artigo anterior, apenas voltei a ver wrestling regularmente a partir da WrestleMania do último ano e, portanto, a minha análise ao Sami Zayn tem por base aquilo que vi do seu trabalho desde essa altura até à atualidade, principalmente após o regresso do canadiano em setembro, depois de alguns meses de ausência.

Começando pelo início, e pelo primeiro contacto que tive com o Sami Zayn, o primeiro combate que vi dele foi o da WrestleMania 36, frente a Daniel Bryan. A verdade é que o Daniel Bryan já conhecia bem e, portanto, a minha pergunta era sobre quem era aquele que estava ali sempre a tentar fugir à luta, acompanhado de mais dois lutadores, que eram Cesaro e Shinsuke Nakamura. Na altura, nem conhecia bem as personagens nem estava muito atento ao que os lutadores faziam em ringue, por isso, muito pouco, ou nada, me cativou em Sami Zayn. Apesar disso, já um dos meus amigos que também estava a acompanhar a WrestleMania me dizia que o Sami era muito bom, no entanto a personagem que tinha na altura não lhe permitia mostrar o seu potencial.

Apesar da vitória na WrestleMania frente a Daniel Bryan, e consequente defesa do título Intercontinental, a verdade é que Sami Zayn se acabaria por ausentar dos programas da WWE por vários meses, só voltando aos ringues em setembro. Devido a essa ausência, a WWE promoveu um torneio para coroar o novo campeão Intercontinental, que devido ao afastamento de Zayn ficou vago. Esse torneio foi vencido por AJ Styles, que acabou por perder o título para Jeff Hardy, que era acusado por AJ de lhe ter conquistado o título com batota. E foi na altura desta rivalidade entre os dois experientes lutadores que vimos o regresso de Sami Zayn.


Com Jeff Hardy como campeão e AJ Styles a acusá-lo de batoteiro e, portanto, de injusto campeão, eis que aparece Sami Zayn… também com um título Intercontinental. O título que nunca tinha perdido até ao momento da sua ausência. E Sami Zayn não apareceu só com o título Intercontinental, apareceu também com uma barba e um cabelo enorme e também com um equipamento diferente, um largo casaco verde e também um chapéu verde, que conferem parte da magia da personagem. No dia do regresso de Sami Zayn, já no final de agosto, acusou Jeff Hardy de ser uma fraude enquanto campeão e atacou-o com o seu Helluva Kick. Foi neste dia que eu percebi que estava ali ouro. Sami Zayn foi excelente e existia também uma bela história para contar, ainda para mais com dois veteranos como Jeff Hardy e AJ Sytles.

A rivalidade entre os 3 continuou até ao Clash of Champions, no final de setembro, e a história contada foi perfeita: Jeff Hardy como campeão e AJ Styles e Sami Zayn a reclamarem que deveriam ser eles os campeões. Mas, na minha opinião, era sempre Sami Zayn que se destacava. Sempre que o lutador era anunciado reclamava por não ser anunciado como campeão Intercontinental, até porque ele ainda trazia o “seu” título. Começava aqui a contar-se a história de uma conspiração contra o canadiano, que ainda se prolonga até aos dias de hoje.

Mas melhor do que a história contada foi, talvez, o combate em que ela culminou. Um triple treath ladder match pelos dois títulos Intercontinentais: o oficial, de Jeff Hardy, e aquele que Sami Zayn nunca perdeu. O combate foi brutal, super bem executado, mas o que mais me agradou foi o seu final e, novamente, o génio da personagem de Sami Zayn. A meio do combate tira dois pares de algemas do bolso, e o que decide fazer? Com uma algema a orelha de Jeff Hardy a um escadote, com a outra tenta algemar AJ Styles às cordas do ringue. Não conseguindo, acaba por algemar AJ ao seu próprio braço. Styles tentava subir ao escadote e conquistar o título mesmo com Sami Zayn preso a si, mas não estava a conseguir. Aproveitando uma distração, Sami Zayn pega na chave das algemas, que estava consigo, liberta-se de AJ Sytles, prende AJ ao escadote e, tranquilamente, solta os dois títulos Intercontinentais. Tínhamos novo campeão Intercontinental, apesar de, para Sami Zayn, aquela vitória não representava a reconquista do título, mas sim a sua retenção. Tudo neste combate foi perfeito, a execução a brutalidade, o selling, a história… E, claro, impossível não mencionar as expressões de Sami Zayn ao longo de todo o combate, principalmente quando mostrava que tinha um plano que o levaria à vitória, como foi quando pegou nas algemas.


A partir daqui tivemos várias vitórias do wrestler canadiano, a maioria por count out ou outros estratagemas que Zayn utilizava para ir vencendo sem grande esforço físico. Duas dessas vitórias foram até defesas do seu título, contra Jeff Hardy e Apolo Crews, em outubro e novembro, respetivamente.
Apesar de estar a considerar o reinado de Sami Zayn como campeão Intercontinental bastante interessante, este teve o seu fim a 25 de dezembro, quando Sami foi derrotado por Big E num lumberjack match em que o título estava em jogo. Admito que fiquei com pena por o reinado do canadiano ter terminado naquela altura, mas compreendo perfeitamente a decisão da WWE em dar um maior destaque ao Big E, até porque uns meses antes tinha decidido apostar a solo no ex membro dos New Day.

Depois de ter perdido o título, Sami Zayn continuou a ter sempre o seu destaque no SmackDown, o que me tem deixado satisfeito. Em sentido contrário, desde o dia 25 de dezembro, Sami Zayn tem saído derrotado em quase todos os combates em que participa e, ainda pior, tem sofrido o pinfall ou a submissão em muitos dos combates de tag team que perde, sendo que eu considero que o Sami deveria ser mais protegido nesse sentido. Como justificação para estes acontecimentos apenas vejo a possibilidade de a WWE saber que o facto de o Sami ter uma personagem tão bem estabelecida e ser tão bom ao nível do microfone fazer com que os seus maus resultados sejam esquecidos rapidamente.
Atualmente, Zayn continua a considerar-se o verdadeiro campeão Intercontinental, o “campeão das pessoas”, como ele próprio refere, dizendo também que a WWE tem uma conspiração contra ele. Para provar isso, o canadiano faz-se agora acompanhar por uma equipa de filmagem, que está realizar um documentário sobre as injustiças que tem sofrido.


Apesar de preferir ver o Sami como campeão, estou a gostar deste seu novo papel no SmackDown. Aquele momento dele, no Elimination Chamber, por exemplo, em que ele não quer sair da sua “pod”, foi muito bom.

Espero que nos próximos meses o Sami Zayn continue a ter destaque e, quando Big E terminar o seu reinado como campeão Intercontinental, gostava de ver o Sami Zayn como um dos principais candidatos a recuperar o título.

Sei que a conquista de um título mundial para o Sami Zayn, devido à sua estatura, será quase impossível de acontecer, no entanto, gostava que ele tivesse uma oportunidade por um título mundial num pay-per-view, podendo assim demonstrar mais uma vez todo o talento que possui. Uma coisa é certa, sendo-lhe dada liberdade para isso, Sami Zayn, tal como muitos outros lutadores que nunca tiveram uma oportunidade desse calibre, iria entregar um grande combate.


E vocês, o que acham de Sami Zayn? Têm gostado do trabalho do wrestler canadiano?
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