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Lucas Headquarters #26 – O pior de 2020 no wrestling


Ora então boas tardes, comadres, compadres, duendes e renas do Pai Natal! Sejam bem-vindos a mais um episódio do “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias!

E quem havia de dizer que num instante se passou um ano para esquecer? Senão reparem: O Natal é já na próxima sexta, e já só faltam duas semanas para que este ano apodreça na História. Isso faz com que só restem mais dois artigos até entrarmos em 2021. Time really flies, doesn’t it?

Com isso em mente, venho convidar-vos a embarcarem comigo numa viagem pelos piores e pelos melhores momentos deste ano no mundo do wrestling. 2020 reservou-nos tantas surpresas que não será difícil arranjarmos material para revistar neste ano miserável das nossas vidas, certo?

Nada mais havendo a acrescentar, e como o melhor fica sempre para o fim, vamos passar em revista os cinco piores momentos do mundo do wrestling em 2020!

#5 – Estreias que mereciam mais


Tudo bem, isto do COVID-19 não ajudou a que muitos momentos que aconteceram este ano tivessem o hype desejado (lembro-me da despedida do Undertaker, por exemplo: Houve muita gente a elogiar o segmento, mas também houve muitas críticas pela falta de fãs ditos reais), mas houve estreias que mereciam muito mais do que arenas vazias.

Dou-vos dois exemplos, ambos na AEW: Matt Hardy e Brodie Lee, o Exalted One. Tudo bem, tendo assinado pela empresa em tempos difíceis, lá tinham que se estrear em qualquer momento. Mas o facto de não haver público simplesmente suga toda a expectativa que havia em torno destas chegadas. Não que estas estreias não tenham trazido algo de bom para a AEW, mas mereciam mais, muito mais.

#4 – Um combate assassino




Ainda falando de AEW, há um combate que na minha opinião “mancha” o 2020 da empresa: o Broken Rules Match entre Matt Hardy e Sammy Guevara no All Out.

 O combate prometia, não só pela atmosfera quase bárbara que o envolvia como pelo que ambos os wrestlers seriam capazes de fazer num ambiente assim. No entanto, a forma como a AEW lidou com a possível grave lesão de Matt Hardy ao deixar continuar o combate quase como se estivesse tudo bem podia ter tido consequências graves, muito graves. 

Claro que o combate teve que terminar de repente para que o risco não fosse ainda maior, mas só o facto do combate ter prosseguido despreocupadamente sem que a saúde de Matt Hardy fosse o foco principal é condenável.

 #3 – Charlotte Flair a combater o inimigo


Muitos de vocês vão-me bater depois disto que eu vou dizer, vão desejar a minha morte por atropelamento de um camião cisterna, vão desejar que eu seja afogado num bidão cheio de alcatrão daqueles que se usam nas estradas, mas já diziam os Gato Fedorento que “Nós vamos todos falecer”, portanto eu estou de consciência tranquila.

Charlotte Flair é talentosa, sim, mas está a tornar-se naquilo que Roman Reigns era antes de se tornar heel.

Prova disso é o facto de Charlotte ter ganho o NXT Women’s Championship a Rhea Ripley na Wrestlemania. A intenção era boa (uma vez que para combater o inimigo (AEW), o NXT precisava do maior número de estrelas possível) mas o resultado acabou a não ser o melhor.

As atenções acabaram, de certa forma, a ficar centradas nela: Rhea Ripley, por exemplo, perdeu todo o ímpeto que tinha, e a WWE deixou que Charlotte Flair, em vez de exortar o melhor que havia na Women’s Division do NXT, se colocasse acima de todas elas. Só o facto de Ripley ter perdido ímpeto devia ter feito a WWE pensar se aquela era a decisão certa… 

#2 – Goldberg strikes… again



E aqui só tenho que dar props ao Bray Wyatt. Depois de tudo o que a WWE fez com ele antes de se tornar no host da Funhouse, ele tinha o direito mais que legítimo de os mandar passear. Mas não, reinventou-se (e bem) e conquistou dois reinados como Universal Champion.

E este é um daqueles casos em que a WWE dá tudo… até ao dia em que decide tirar tudo. E é aí que Goldberg entra.

O pior nem foi ver o "The Fiend" perder para Goldberg, mas sim a forma como perdeu. Tudo bem, aceitemos que o "The Fiend" teria que perder o título mais cedo ou mais tarde, é assim que as coisas funcionam. Agora, perder para um gajo que não é um membro ativo do roster e que há quase um ano atrás quase tinha morrido no combate frente ao Undertaker? Haja noção…

#1 – Quarta-feira negra


Pois… era óbvio que ao recordarmos o pior deste ano, a infame “quarta-feira negra” de 15 de Abril tinha que estar no topo deste top-5. Por todos os motivos e mais alguns: Pelo choque que foi, pelos nomes que foram “vítimas” desse dia…

Mas o que choca aqui não é apenas o número de empregados e wrestlers que foram embora, mas a forma sem coração e puramente cínica como a WWE lidou com esta situação.

É que se calhar muitos de vocês não sabem (ou não se lembram) mas se calhar muitas das alminhas que foram despedidas ou postas em licença sem vencimento tinham sido amarradas com contratos de longa duração precisamente para não acabarem noutras companhias. Outras tinham sacrificado a sua integridade física pela própria WWE (lembram-se do desabafo da Paige?).

Quer dizer, primeiro era engraçado prevenir a concorrência de caçar talento na WWE, era porreiro segurar os grandes talentos em alturas complicadas para mostrar que, mesmo em tempos difíceis, a empresa abana mas não cai e para ficar bem na fotografia, e depois, de um momento para o outro… pessoal que se calhar tem no wrestling a única forma de ganhar a vida é despedido. Enfim, a hipocrisia…

E assim dou por concluída mais uma edição dos “Lucas Headquarters”! Não se esqueçam de passar pela página do WN, deixar opiniões nos comentários, sugerirem futuros temas… Para a semana cá estarei com o último artigo deste ano, em que vamos recordar o melhor do wrestling em 2020.

Peace and love malta fixe, até para a semana, e tenham um Santo, Alegre e Feliz Natal! Ho, ho, ho!!

 

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