Lucas Headquarters #23 – A Hora da Killer Kelly
E falar de Killer Kelly é falar de várias coisas, umas mais positivas e outras das quais não se fala com tanto orgulho. Mas o português é assim: Quando acontecem estas coisas, esquece as amarguras, lixa-se para o que está de mal à sua volta e foca-se na alegria do momento. E por isso mesmo, por esta ser uma coisa tão simples mas que pode significar muito, é que decidi falar hoje de uma das melhores wrestlers femininas no nosso país.
Killer Kelly, ou se quiserem, Raquel Lourenço, é apenas mais um exemplo de como o mercado português no wrestling tem vindo a crescer, embora de forma muito lenta (não nos esqueçamos que também Shanna tem tentado encontrar um lugar ao sol neste difícil mundo, como parte da AEW). É uma prova que o facto de Portugal não ter visibilidade a nível do wrestling não implica que não haja talento bom a sair de lá, como são exemplo estas duas wrestlers.
Mas como estava a dizer, falar de Killer Kelly é falar de várias coisas.
É falar de uma subida a pulso no wrestling, ganhando notoriedade na indústria alemã desta modalidade (sobretudo na WxW (Westside Xtreme Wrestling), onde foi a primeira campeã), é falar de uma passagem pouco feliz pela WWE, é falar de quem já partilhou o ringue com algumas das melhores wrestlers atualmente (Toni Storm, por exemplo) é falar na sua estreia na IMPACT Wrestling, onde enfrentou Kimber Lee, embora tenha perdido.
E se é verdade que a sua passagem pela WWE (nomeadamente no NXT UK) não foi grande coisa (não porque Kelly não lutasse bem, longe disso, mas porque acabou quase sempre a perder todos os combates onde participou), também é verdade que não nos podemos queixar.
Afinal, não é todos os dias que sangue lusitano pisa os ringues da maior empresa de Wrestling mundial. Carlos Rocha, nos anos 70, já o havia feito, e Peter Polaco (que todos nós conhecemos por Justin Credible) também teve essa sorte.
Se perderam,
se ganharam, o que importa? Às vezes perder e ganhar um combate, por mais
fundamental que possa ser, é irrisório. Quando vens de um país sem tradição no wrestling,
representares esse país ao mais alto nível deve ser sempre motivo de orgulho. Tomemos,
por exemplo, o caso de Cesaro, um dos wrestlers mais subestimados da
WWE, com qualidades como nenhum outro.
E é com essa
mensagem que quero fechar o artigo mais patriótico que vão ver aqui nos
Headquarters. Ganhar é sempre bom, e é claro que nós queremos, enquanto
Portugueses e/ou falantes de Português, que a Kelly ganhe (se conquistar um
lugar no roster da IMPACT, melhor). Mas temos que ter consciência que,
se Portugal não tem visibilidade suficiente a nível das grandes companhias de wrestling,
não vale a pena estarmos à espera que Kelly seja elevada ao topo do mundo
assim de repente.
Mas enquanto assim não for, maltinha, não elevemos demasiado as expectativas,
não deitemos foguetes, que é para depois não fazermos figura de
franceses-derrotados-no-Europeu-jogado-em-casa. Contentemo-nos apenas e só em
ver Killer Kelly na ribalta, a ter tempo de antena nas grandes empresas de wrestling,
que o resto virá por acréscimo.
Posto isto…
BORA KELLY, CHEGOU A HORA!!! PORTUGAL ESTÁ CONTIGO!!! ATÉ OS COMEMOS!!! E QUEM
NÃO SALTA NÃO É FÃ DA KELLY, ALLEZ ALLEZ!! HERÓIS DO MAAAAAR, NOOOOOOBRE
POOOOOOVOOO, NAÇÃO VALENTE, IMORTAAAAAALLL!!
Digam de
vossa justiça nos comentários até onde é que acham que a Kelly pode chegar, e
para a semana cá estarei com mais um artigo!
Saudações
lusitanas, peace and love, e até para a semana!