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Lucas Headquarters #21 – 10 coisas que a WWE quer fazer esquecer sobre o Undertaker (parte 1)


Boas tardes, comadres e compadres! Tão, que tal? Bem-vindos sejam a mais uma edição dos “Lucas Headquarters” aqui no WrestlingNotícias! Porra, isto tem sido só broncas… É o Pingo Doce a abrir quase às horas que um gajo se deita, é o Pedro Carvalho a perder no Bellator… Mas nada temam, que o vosso alentejano favorito cá está para animar o vosso fim-de-semana com mais um artigo!

Ora bem, estamos a sensivelmente uma semana do Survivor Series, que este ano vai coincidir com a data em que, há 30 anos, Mark Calaway entrou pela primeira vez pela porta da então WWF com um personagem que ficará nos anais da História do wrestling (e até, sem exagero, da própria cultura pop). Falamos, obviamente, do Undertaker, por muitos considerado a maior criação de Vince McMahon a seguir à “Wrestlemania”.

No mundo do wrestling não se fala de mais nada desde que foi anunciada a data e pormenores do PPV e eu, confesso fã deste personagem e de dark gimmicks no geral, quis também seguir o exemplo. 

Na semana passada, por questões pessoais, não foi possível dar-vos nova edição dos Headquarters, mas usei essa ausência para pesquisar dez factos que a WWE quer fazer esquecer sobre o seu maior ícone, de modo a compilar um top 10 que vou trazer para vocês ao longo desta e da próxima semana.

Nada mais havendo a acrescentar, aí vão DEZ COISAS QUE A WWE QUER FAZER ESQUECER SOBRE O UNDERTAKER (PARTE 1)!

#10 – A data da estreia



A WWE adora dizer à boca cheia que o Undertaker se estreou a 22 de Novembro de 1990, durante o tradicional 5-on-5 elimination tag team match que opôs a Million Dollar Team capitaneada por Ted DiBiase Sr. contra a Dream Team encabeçada pelo já falecido American Dream Dusty Rhodes. Mas a verdade é que não foi bem assim.

Na realidade, Undertaker estreou-se verdadeiramente na WWF três dias antes do “Survivor Series”, a 19 de Novembro de 1990, num episódio do WWF Superstars of Wrestling, em que derrotou Mario Mancini. 

Acontece que na altura, os episódios da programação da WWE eram gravados com antecedência, e por isso esse episódio apenas foi para o ar a 15 de Dezembro desse ano, levando muitos fãs a acreditar que a sua estreia se deu efetivamente a 22/11. Essa crença é tão mitológica como a aura do próprio Taker.



#9 – O seu primeiro manager


Claro que a WWE promove mais aqueles tempos em que Undertaker esteve sob a tutela do falecido WWE Hall of Famer Paul Bearer, o que pode levar muitos fãs mais ingénuos a acreditar que Bill Moody foi, de facto, o primeiro manager de Undertaker. Ora isso é novamente falso, apesar da WWE passar muitas vezes a ideia contrária.

A verdade é que o seu primeiro manager foi Bruce Prichard, na altura conhecido por Brother Love, que o tutelou durante alguns meses até princípios de 1991, quando passou os seus deveres de manager para o Brother Bearer.



E a verdade é que isso foi uma jogada de génio porque vamos a ser honestos, apesar de tanto Undertaker como Brother Love serem heels naquele tempo, uma personagem tão sombria acompanhada por alguém que supostamente prega que tudo é feito em nome de algo tão bonito como o amor não é lá grande combinação…

#8 – Um presságio…


Muitos de vós se calhar nem fazem ideia, mas quando Undertaker verdadeiramente se estreou naquele 19 de Novembro de 1990, ele tinha um nome ligeiramente diferente, mas que acabaria a trazer consigo dotes de presságio. Sim, o nome The Undertaker estava lá como sempre esteve, mas naquela noite o personagem de Mark Calaway chamava-se… Kane. Kane The Undertaker.

 Não menos curioso é o facto de, mais ou menos sete anos depois, ter-se estreado na WWE o suposto meio-irmão de Undertaker, chamado… exatamente. Kane. Será que a WWE já em 1990 nos queria dizer que o meio-irmão de Undertaker estava para chegar mais tarde, ou simplesmente acharam o nome engraçado e resolveram testá-lo a ver se resultava?

#7 – The American Badass


E agora vocês ficarão a pensar “mas Alex, a WWE tem feito muitas vezes menção ao facto de Undertaker ter sido o American Badass durante mais ou menos três anos, e até incluiu alguns combates desse tempo em dois recentes best-of que fez sobre o Undertaker!”. Têm a vossa razão, sim senhor. Mas isso não quer dizer que a WWE quer que esses tempos mais humanos do Undertaker fiquem na nossa memória.

Se ainda estão com dúvidas, basta fazerem um pequeno e intuitivo exercício.

Muitas vezes, quando o Undertaker aparece (e certamente será esse o caso de Domingo a uma semana), ouvimos os comentadores a recordar de forma muito resumida alguns highlights da sua extraordinária carreira. Tudo bem, em 30 anos não podem lá caber os detalhes todos, e se calhar até há detalhes importantes que eles por vezes esquecem voluntariamente. Mas qual é o período da carreira dele que quase nunca é mencionado?

Pois. Aqueles três anos em que o Undertaker foi um típico motoqueiro à boa maneira dos Estados Unidos da América. 

E podem argumentar 1001 coisas do género “nesse tempo, o in-ring work dele era um pouco lackluster”, ou “tendo em conta que ele se destacou como um gajo sombrio, não fazia muito sentido mencionar uma vertente mais humana”, e mais uma vez têm toda a razão. 

Mas se aconteceu, se ele de facto foi o American Badass/Big Evil, custa muito falar nisso? Se não foi o melhor período da carreira dele, se calhar não foi. Mas aconteceu, ele teve alguns bons combates, ganhou vários títulos… não faz sentido não se falar nisso.

#6 – A mãe de todas as pipebombs



Algum tempo antes de se tornar no “American Badass”, Undertaker apareceu num episódio do RAW de uma forma… um tanto quando diferente daquela que estamos habituados a ver. De facto, ele vestir-se de preto era a única semelhança com o que estava prestes a acontecer.

Acontece que Undertaker chegou ao ringue e… queixou-se. Queixou-se, simplesmente. Queixou-se de tudo o que mexeu. 

Queixou-se de lhe terem sido tiradas oportunidades quando Vince McMahon lhe deu tudo, que só lhe foram dadas verdadeiras oportunidades quando não havia mais ninguém, que os reinados foram curtos porque Vince não o queria como porta-estandarte, e mesmo assim se manteve leal quando todos tinham dado de frosques para a WCW. 

Undertaker falou também do facto de ter sido obrigado a lutar contra Kane, mas a melhor parte foi o final, em que até a mãe do próprio Mark foi metida ao barulho, tendo Vince McMahon dirigido à senhora Calaway impropérios menos próprios de citar aqui.

E esta até teria sido uma verdadeira pipebomb se a partir daí Undertaker não tivesse começado a misturar o real e o kayfabe e a intercalar o verdadeiro com o ficcional. Ainda assim, é fácil ver porque a WWE quer que a gente esqueça isto. 

A empresa tenta sempre dar a impressão que o que se passa lá dentro é um conto de fadas que termina num “viveram felizes para sempre”. 

No entanto o fã mais esperto facilmente notará que muito do que Undertaker aqui disse se aplica, hoje em dia, a muitos wrestlers, e que esta é uma ferida na qual CM Punk voltou a colocar o dedo em 2011, embora noutro contexto e noutras palavras. Esta worked shoot do Deadman é, pois então, a madre superior de todas as pipebombs.

E vocês, sabiam destas cinco curiosidades? De qual delas é que nunca se aperceberam?

E assim termina mais uma edição dos "Lucas Headquarters" aqui no WrestlingNotícias! Não se esqueçam de passar pela página e redes sociais do WN, de deixar opiniões nos comentários, sugerir temas... as macacadas habituais. Para a semana, se tudo correr bem, cá estarei com a parte 2 deste top-10.

Now it's time for me to REEEEST... IN... PEEEEEEEEAAAAACE. Vemo-nos para a semana, malta!

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