Lucas Heaquarters #12 - Clube de Combate
Ora boas tardes
compadres, comadres, avecs e turistas! Bem-vindos sejam a mais uma edição do “Lucas
Headquarters” aqui no WrestlingNotícias! E esta edição, meus caros leitores, é
uma edição digamos que… interessante de se escrever.
“Porquê”?,
perguntam vocês com a pulga atrás da orelha.
A resposta é simples, meus amigos.
Eu já vi a WWE ter muitas ideias, algumas melhores e outras francamente más,
mas nunca me passou pela cabeça que o Tio Vince desse luz verde a uma ideia
destas. Mas depois chegamos à conclusão de que o homem é capaz de tudo (dependendo
do estado de espírito em que se encontrar nesse dia) e depois a admiração passa.
Hoje quero
falar-vos do RAW Underground. “E o que é o RAW Underground?”, perguntará o fã
mais ingénuo que está a ver WWE pela primeira vez.
Ora… como é
que eu ponho isto em termos que todos consigamos entender? Ah, já sei: O RAW
Underground é uma espécie de “clube de combate” criado pelo Shane McMahon que
basicamente é movido a combates curtos ao estilo da MMA, feitos num ringue sem
cordas onde o público se junta para observar toda a ação mais de perto.
Mas se ver
combates ao estilo das artes marciais mistas não for muito a vossa cena, também
podem ver três beldades a fazer danças mais ou menos exóticas, com umas curvas
capazes de causar uns quantos acidentes de viação. Só que depois têm que dizer às
vossas mamãs que foram a um clube de strip, e aí a responsabilidade já não é minha.
Sarcasmo à
parte, é óbvio que o RAW Underground não é a melhor ideia que a WWE alguma vez
teve (longe, muito longe disso), mas também se está mesmo a ver que esta é mais
uma jogada de desespero de uma companhia cujas audiências têm estado a cair num
poço sem fundo.
O conceito
do RAW Underground em si até vai bastante ao contrário daquilo que é a programação
da WWE, já que a brutalidade aparentemente real de várias lutas de 30 segundos
contrasta com a mansidão das storylines de um show de três horas. Mas isso não
quer dizer que seja mau, bem pelo contrário.
Aliás, com este
programa paralelo ao próprio RAW, acho que a WWE acabou por fazer uma espécie
de autocomiseração. Como?
Não sei se vocês
sabem ou se chegaram a ler algo sobre isso, mas umas horas antes do RAW ir para
o ar, as gravações do programa estavam um completo caos. Alterações constantes
no guião do programa, várias indecisões e muitas coisas decididas à última da hora,
o que resulta – como devem calcular – num ambiente pesado e não muito positivo.
Ora, este
ambiente “caótico” que vimos no RAW Underground pode ter sido uma maneira mais
ou menos subtil que a WWE arranjou para “brincar” com o seu próprio caos sem
que nós reparássemos diretamente nisso.
É certo que é muito pouco provável que
a WWE tenha usado este segmento para se rir dos seus próprios erros (o Vince é
um gajo teimosamente orgulhoso), mas também não me espantava se assim fosse.
Em suma, acho
que o RAW Underground é uma coisa com potencial. Primeiro que tudo, porque pode
tirar a monotonia a um possível RAW mais enfadonho, e segundo, porque
finalmente, depois de tantos anos de espera, finalmente podemos usar este segmento para desmistificar o famoso mito "wrestling is fake" (obviamente que não vai resultar, mas tentar é tudo).
E vocês, o
que têm a dizer sobre o RAW Underground? Quão longe poderá ir esta ideia?
E assim chega ao fim mais uma edição do "Lucas Headquarters"! Não se esqueçam de passar na página do WN, deixem a vossa opinião nos comentários e se quiserem sugiram temas que gostariam de ver falados por aqui. Eu para a semana estou de volta com mais um artigo.
Peace and love, gente boa!
Peace and love, gente boa!