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Lucas Headquarters #1 - 2006 - 2020: Uma montanha-russa de emoções no wrestling



Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! Sejam bem-vindos à primeira edição do "Lucas Headquarters", o novo espaço aqui no WrestlingNotícias! E não podia haver dia melhor para estrearmos este novo espaço do que no dia em que esta nossa casa faz 14 anos! Quem diria que se ia criar aqui um adolescente rebelde! Vá, temos que dar a mão à palmatória: Rebelde, mas responsável e bem-comportado. O WrestlingNotícias é basicamente aquilo que nenhum de nós conseguiu ser na adolescência, mas agora é tarde. E como diz o outro, "estudasses!".

A propósito da celebração dos 14 anos desta grande casa da comunidade de wrestling online lusófona, permitam-me que vos convide a virem comigo numa viagem no tempo para percebermos o que é que mudou nos últimos 14 anos. Estão prontos? Apertem os cintos malta, porque vamos partir em 3,2,1...


2006. Para começar esta viagem no tempo, vale a pena destacar aqui um dado importante e que faz a diferença: Na altura, a WWE era a única empresa a deter o monopólio do wrestling. Dito de outra forma: Havia mais companhias, sim, mas era a WWE que concentrava mais atenções (particularmente em Portugal) e graças a nomes como Undertaker, Batista, Rey Mysterio, Shawn Michaels, John Cena, Triple H ou Chris Benoit (ups... quebrei uma regra da WWE e mencionei o nome dele. Estou tramado).


Só que a partir dessa altura, muita gente estava longe de pensar que o mundo do wrestling mudaria tão rapidamente. No Verão de 2007, Benoit suicida-se após um crime com contornos de filme de terror, e isso precipita a maior mudança da WWE neste século: A de passar para uma companhia "family-friendly", com um produto menos violento e mais focado na conexão entre wrestlers e audiência (para a qual contribuiu a expansão das redes sociais). 

E isto contribui para o aparecimento de novas estrelas até então desconhecidas (CM Punk, Dolph Ziggler, Kevin Owens, Seth Rollins, entre outros) mas revela uma incapacidade para criar essas mesmas estrelas, sobretudo porque as decisões criativas nem sempre são as melhores (*cof cof* os Revival como uma dupla hilariante *cof cof*) e porque se cria a necessidade de dar o estrelato a um só wrestler, o que leva a uma espécie de obsessão.


Chegamos a 2014. A WWE sofre, neste ano, um duro revés (com a saída de CM Punk da companhia, para aparentemente nunca mais voltar), mas ganha uma nova "cara", que é imposta pelos fãs: Daniel Bryan. A subida de Bryan ao topo não tem muito que justificar: Atributos como a resiliência, como a técnica e presença em ringue, e a capacidade de conseguir ter excelentes combates com todo o tipo de adversários facilmente justificam a sua ascensão. 

É neste ano, também, que a Streak do Undertaker acaba, mas será no ano a seguir que um inesperado acontecimento marcará a década de 2010 da WWE.


Acontece que no Verão de 2015, a companhia é apanhada de surpresa porque um certo hashtag (#GiveDivasAChance) se torna viral nas redes sociais. É aí que acontece a decisão de colocar wrestlers femininos e masculinos em pé de igualdade. Primeiramente aparecem em equação Sasha Banks, Becky Lynch e Charlotte Flair, entre outras que se lhes vão juntando, deixando de ser usado o termo "Divas" para fazer referência às wrestlers do sexo feminino. 

Em consequência, os combates femininos deixam de ser "pausas para ir à casa de banho" e passam a durar quatro vezes mais, rondando os 20 minutos. Não fosse isto o suficiente, estas mesmas senhoras passam a protagonizar combates talhados para homens (Last Man Standing, Elimination Chamber, Hell in a Cell, Money in the Bank...) e dão quase tanto espetáculo como estes.




E chegamos, finalmente, a 2019. Passados mais de 20 anos, a WWE volta a ter concorrência no monopólio do wrestling quando Tony Khan, os Young Bucks e Cody Rhodes resolvem criar uma empresa do zero, depois do sucesso registado pelo "All In", um evento por si organizado. 

Surge assim a All Elite Wrestling, que se apresenta como aquele bully que tira os almoços às criancinhas na escola ao aproveitar certos ativos que a WWE desperdiçou ou não aproveitou como devia. E neste caso, as criancinhas somos nós, fãs, que dizemos sempre que deixamos de ver WWE se X ou Y for mal aproveitado, mas "a carne é fraca" vá-se lá saber porquê...

E pronto, depois desta dissertação sobre as mudanças no mundo do wrestling nos últimos 14 anos, os Lucas Headquarters vão fechar e só voltam a abrir na próxima semana. Não se esqueçam de acompanhar o WrestlingNotícias, em especial neste dia em que comemoramos 14 anos de vida. 

Pessoalmente, só quero dizer que para mim é um privilégio enorme fazer parte deste projeto e poder estar aqui, todas as semanas, a expor os meus pensamentos para vocês. Espero estar por cá durante mais 14 anos, porque em pouco tempo o WrestlingNotícias ganhou um lugar especial no meu coração. Parabéns e longa vida a esta nossa casa!
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