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[REVIEW] CTWrestling – We Are The Fire



Sejam bem-vindos a mais uma review do Wrestling Notícias!

Para esta review, voltamos novamente aos shows do CTW (Centro de Treinos de Wrestling), mas desta vez fomos todos recebidos em sua casa, na Academia Recreativa da Ajuda no dia 15 de Julho, uma semana depois do show na Praça Paiva Couceiro.

Para esteve evento havia muitas razões para marcar presença, sendo uma das principais a presença do lutador e treinador da Chikara Pro, Ophidian The Cobra.

Outros prontos de interesse para este evento, era ver como se iria desenvolver as rivalidades activas neste momento na promotora, nomeadamente Cláudia Bradstone vs Talia e “Pai Grande” Leo Rossi vs Red Eagle. Enquanto já se sabia que o evento principal do show iria ser Leo Rossi e A-Buck vs Red Eagle e Ophidian, pouco se sabia como a rivalidade feminina se iria desenvolver.

Juntando a estes pontos de interesse, vimos a presença de um contingente de lutadores vindos de França, das promotoras APC (Association Les Professionnels du Catch) e da EWL (European Wrestling League), o regresso de Hardflyer aos shows do CTW, o regresso de Duke Warfield, a estreia na Ajuda de Symbiote e claro está, a presença habitual de “Superkid” Nelson Pereira.

Dito isto, vamos ao show propriamente dito.

- Combate individual
Duke Warfield vs Symbiote

Este foi o “opener” do show e era mais um combate para tentar aquecer o público presente. Uma tarefa que umas vezes foi conseguida, mas outras vezes nem por isso.

(Duke Warfield vs Symbiote)

Acima de tudo este combate valeu pelo trabalho e maior experiencia de Duke Warfield, que em determinados momentos conseguia puxar pelo público presente e receber heat.

Notou-se em alguns momentos a falta de experiencia de Symbiote (guardarei algumas palavras para ele no fim da review), o que acaba por ser normal, sendo que é um jovem lutador e com pouca experiencia.

Um dos focos do combate viu-se Duke a trabalhar a perna esquerda de Symbiote, chegando a aplicar uma submissão, ao qual Symbiote consegue reverter a seu favor.




Mais a frente, Symbiote aplica kicks, semelhante ao que Daniel Bryan fazia quando o adversário está de joelhos no chão, quando Symbiote vai as cordas para aplicar um kick com mais força, Duke reverte para submissão, voltando a torturar a perna de Symbiote, mas este chega as cordas e a manobra é interrompida.


Symbiote acaba por ganhar o combate, mas o momento mais “funny” acabou por ser já depois do fim do combate. Symbiote tinha levado consigo um saco para o ringue. No fim do combate, Duke agarrou o saco e tirou lá de dentro um boneco do Super Mário. Seguiu-se uma série de maus tratos ao pobre do boneco, nomeadamente com uns Elbow Drops, perante uma assobiadela do público. No fim de contas, Super Mário será sempre um favorito dos fãs!

Vencedor: Symbiote

- Combate de Equipas Misto
Clayde Holmes & Talia
Vs
Skyrunner & Cláudia Bradstone

Este era um dos momentos pelo qual mais estava à espera. Sendo uma das rivalidades em foco no CTW, estava na expectativa para ver qual seria o próximo passo. E eis que o CTW nos apresenta um combate de equipas misto.

Nada contra, bem pelo contrario. É um combate que por vezes se consegue ver boas e diferentes dinâmicas, dependendo de quem está no ringue na altura.

(Clayde Holmes, parceiro de equipa de Talia)

Mas o meu foco de interesse aqui ia para a maneira como a rivalidade poderia dar o próximo passo e como dariam seguimento ao combate entre Talia e Cláudia no fim-de-semana passado (no show Back For The Attack).

E começa da melhor forma. Já com Clayde Holmes e Talia em ringue, Cláudia aparece com um espelho enorme. Para quem não sabe, no show anterior, o espelho que Talia usava partiu-se no ringue e durante a semana foi mostrado que Talia procurava um novo espelho. E pelos vistos Cláudia encontrou um.

(Acção entre Cláudia Bradstone e Talia)

O combate começa com Talia e Cláudia em ringue e como esperado, as duas lutadoras jogam-se literalmente uma à outra numa espécie de brawl dentro do ringue. Talia ganha alguma vantagem com ajuda da interferência do seu parceiro de equipa, Clayde Holmes. Essa vantagem é ganha depois por Cláudia que consegue ganhar ímpeto sobre a sua adversária e rival.


Talia faz o Tag a Clayde e este encurrala Cláudia no canto do ringue e faz-lhe um gesto grosseiro ao lamber-lhe a cara. Cláudia tenta ganhar algum ímpeto, mas Clayde leva-a para o outro canto do ringue. Clayde tenta um Splash mas Cláudia desvia-se fazendo com que Clayde bata na estrutura que suporta o ringue, abrindo uma ferida, começando a sangrar. Isto seria uma aberta para Cláudia conseguir escapar e fazer o Tag ao seu parceiro, Skyrunner.


Aqui veio talvez a parte menos positiva do combate, em que a dada altura, parecia que os dois não sabiam muito bem o que queriam fazer. Entretanto a vantagem esteve quase sempre do lado de Clayde Holmes.


Mas Skyrunner consegue ganhar vantagem após levar o adversário as cordas e aplicar um 619 com sucesso. Sobe as cordas no canto do ringue e após lançar-se sobre Clayde, tenta o cover, mas sem sucesso.

Skyrunner depois prende Clayde num Armbar e este é salvo por Talia. Segue-se uma tentativa de trabalho em equipa por parte de Talia e Clayde, mas sem sucesso, com Skyrunner a conseguir escapar.


Agora com Talia e Cláudia no ringue, as duas batalham mas com Cláudia a levar a melhor. Mas um momento que passou despercebido, foi um Tag que Talia fez a Clayde, e com Cláudia a levantar-se, Clayde entra em ringue e aplica um Stunner para a vitória.




Vencedores: Clayde Holmes & Talia

- Combate individual
Hellmer vs “Superkid” Nelson Pereira

Chegava a hora do terceiro combate da noite e, esta era a vez de o “Superkid”, o Super Herói preferido dos fãs do CTW, entrar em acção. Mas não iria ser fácil.

("Superkid" Nelson Pereira)

O seu adversário desta tarde/noite vinha de França e é um lutador já conhecido por quem acompanha o CTW. Hellmer Lo’Guennec é impiedoso nos seus ataques e um lutador calculista, ao contrário do “Superkid” que é um lutador que se deixa levar muito pelas emoções.

(Hellmer Lo'Guennec)

No inicio do combate, Superkid tentou usar a inteligência contra a força bruta de Hellmer esquivando-se aos golpes do seu adversário. Em parte foi bem sucedido porque em determinado ponto, Hellmer via-se frustrado por não consegui atacar o “Super” Nelson Pereira.


Mas não duraria muito tempo. Era só esperar pelo momento em que Hellmer conseguisse apanhar o seu adversário a jeito para imprimir o seu ritmo e a sua força. E não levaria muito mais tempo até isso acontecer e o rumo do combate parecia estar a ser decidido.




Fora do ringue, parecia que Hellmer tinha tudo controlado, mas Superkid desvia-se de uma Chop de Hellmer e este bate com a mão no poste do ringue. Parecia uma oportunidade de ouro para Nelson voltar ao combate. Tenta um dive para fora do ringue para atingir Hellmer, mas este consegue amparar o corpo do seu adversário em peso e joga-o contra a berma do ringue.


Superkid vai tentando recuperar, mas Hellmer está sempre em cima e praticamente não deixa entrar a ofensiva de Nelson. Num dos momentos em que literalmente podia ter sido o fim do combate, Hellmer pega em Nelson que aparenta estar muito combalido e aplica um Spinebuster potente, parte para o cover, mas só chega ao dois.


Superkid tenta reagir, primeiro quase a conseguir fazer com que Hellmer desistisse, mas este conseguiu chegar às cordas e interromper a manobra, mas depois cometeu um erro. Ao tentar medir forças com Hellmer, este último levou a melhor e Nelson ficou muito mal tratado.


Mas este Superkid é bastante resiliente, conseguiu o que parecia já pouco provável e quase numa reviravolta no combate, consegue ganhar ímpeto suficiente para aplicar o seu característico Wrecking Ball, mas Hellmer levantou o ombro a tempo de impedir a vitória de Nelson.

Nelson não estava satisfeito e ainda lhe faltava uma arma no seu arsenal para tentar vencer Hellmer. Nelson sobre à segunda corda no canto do ringue e aplica o seu característico Codebreaker atingindo Hellmer em cheio. E era desta! A mão do oficial de ringue já a baixar para o 3, mas Hellmer levanta o ombro.


Nelson queria ganhar o combate e para isso agora subia à terceira corda para um Super Codebreaker. Mas Hellmer com o seu sangue frio causa distração ao oficial de ringue e este vai contra as cordas, fazendo Nelson cair e Hellmer aproveita para acabar com o combate.


Após o fim do combate foi notório a tristeza no rosto de Superkid por mais esta derrota e a sua frustração era bem evidente. Esperemos para ver o que o futuro reserva para Superkid.

Vencedor: Hellmer

- Combate Fatal 4 Way
El Fiel vs Budd Tucker vs Scorpio vs Hardflyer

(Entrada de Hardflyer)

Este foi o quarto combate da noite e digamos que os pontos de interesse não estavam muito elevados. A não ser claro pela presença de Hardflyer que é sempre um atleta que vale a pena pagar para ir ver as suas performances. Não querendo neste aspecto dizer mal dos restantes três lutadores, mas claramente estavam uns níveis bastante abaixo de Hardflyer, não tendo nenhum deles saltado à vista.

(Hardflyer)

Claramente que aqui se via o clássico dois babyfaces vs dois heels. O problema aqui é que nenhum dos outros três conseguiu arrancar reacções do público como possivelmente pretendiam.

O inicio do combate viu-se os dois heels (El Fiel e Budd Tucker) a atacar os dois babyfaces (Hardflyer e Scorpio). Flyer e Scorpio varreram o ringue e ficando só os dois, o voador vindo de Espanha mostrou porque manda no ringue. Varrendo o ringue, celebrando com os fãs é atacado por Tucker e Fiel. Quando Scorpio tenta subir ao ringue, este é lançado fora por El Fiel para assim se manter a vantagem de dois contra um dentro do ringue.


A “equipa heel” (sim, pelo menos estavam a trabalhar em equipa) continuou com a sua estratégia de manter Hardflyer isolado no ringue e mantendo Scorpio de fora. Com Flyer no canto do ringue, Tucker pega em Fiel e lança-o ao canto. Mas Flyer sai a tempo e Fiel embate com a cabeça no poste que segura o ringue, fazendo com que Fiel começa-se a sangrar. Scorpio intervém, por vezes parecia que não sabia bem o que estava a fazer. Flyer no topo do canto a preparar o salto para cima de Fiel e Tucker, após este último jogar Scorpio de novo para fora do ringue. Começamos aqui a ver o Hardflyer tradicional, que nos tem habituado.



(El Fiel a sangrar depois de embater contra o poste no canto do ringue)

O combate vai-se desenrolando e com Fiel, Tucker e Scorpio fora do ringue, Hardflyer faz já o seu tradicional salto para fora do ringue em cima dos seus adversários. Claro que acidentes podem sempre acontecer, e neste caso não é excepção. Com uma criança na primeira fila, o salto de Hardflyer não teve uma queda como ele esperaria, acertando no pequeno. A quem estiver a ler isto, pode ficar descansado que tudo não passou apenas de um valente susto, apesar do choro.


Se isto é um Fatal 4 Way, não vejo a razão de Tucker esperar que Fiel fizesse o cover a Scorpio, para depois ir ele ataca-lo. Desde o Inicio que mais parecia um combate Tornado Tag Team. Isto tirando a parte do fim, onde Tucker e Fiel estão fora do ringue, enquanto Hardflyer está com Scorpio. Apesar de mais uma troca de golpes algo confusa, Hardflyer subiu ao topo do ringue para o seu habitual 450 Splash para a vitória.


Já após o fim do combate, Hardflyer num gesto digno de o revelar aqui, desloca-se ao pé da criança que atingira minutos antes para lhe dar um conforto e oferecer uma mascara de Lucha Libre. De certeza que este pequeno ficou com um grande sorriso e não se esquecerá desta atitude.


Vencedor: Hardflyer

- Evento Principal
Combate de Equipas
“Pai Grande” Leo Rossi & A-Buck
Vs
Red Eagle & Ophidian The Cobra

Chegava aquele que seria o momento porque a maioria esperava. O evento principal da noite, a oportunidade para ver ao vivo o mestre do “Snake Style” Ophidian The Cobra e também ver o desenrolar da história entre Leo Rossi e Red Eagle. A-Buck também merece o devido destaque aqui, até porque o seu desempenho e como foi integrado na história foram boas jogadas por parte do CTW.


Antes do inicio do combate, o primeiro lutador a ser apresentado é “Pai Grande” Leo Rossi. Já com este em ringue, é-lhe dito por David Curle que este só lutará após pagar as despesas hospitalares a Red Eagle, visto que Red teve que receber tratamento hospitalar após os ataques no show do fim-de-semana passado.

Rossi então pega numa caneta e num cheque, preenche-o para depois o amachucar e atirar a David, numa atitude de puro desprezo.

Então após isto, Rossi pega no microfone e ele próprio faz a sua introdução do seu parceiro desta noite. A-Buck.

Seguem-se as entradas de Red Eagle, que após retirar o seu casaco viu-se a enorme ligadura que cobria o seu ombro esquerdo ainda afectado pelos ataques de Rossi, seguindo-se a de Ophidian para um aplauso generalizado do público presente.

(Red Eagle)


(Ophidian The Cobra)

Os primeiros a começar o combate foram Rossi e Red Eagle, e já se esperava o que se seguia. Os dois partem um para o outro e Red a tentar uma pequena vingança sobre Rossi, jogando-o ao chão com um tackle, começado a aplicar morros e forearms. Rossi consegue escapar e segue para fora do ringue.


Red faz o tag a Ophidian, mas Rossi tinha um plano e não queria ser ele a tratar do mestre o Snake Style. Em vez disso, Rossi faz o tag a A-Buck, mas Ophidian não se deixa amedrontar. Com o apoio do público do seu lado, Ophidian tenta uma ofensiva contra A-Buck, mas neste caso a diferença de estatura e envergadura fizeram-se notar. Os golpes de não faziam mossa em A-Buck e Ophidian foi ao chão.

Ophidian não desiste e por momentos consegue ligeira vantagem, atirando A-Buck para fora do ringue. Este fica descontente e tenta recuperar fora do ringue com Ophidian a sua espera. A-Buck entra no ringue, mas depressa faz o tag a Rossi.




Rossi tem vantagem no inicio ao conseguir dominar Ophidian, mas este recupera o seu ímpeto e com Rossi preso, faz varias tentativas de cover, mas sempre sem sucesso.


Já com A-Buck e Red Eagle em ringue, com este último no controle, Red vai as cordas para capitalizar o seu ímpeto, mas é atacado pelas costas por Rossi. Red volta-se para tirar esforço de Rossi, mas este apanha o braço lesionado de Red nas cordas. Com Red muito queixoso e combalido, A-Buck aproveita para aplicar o seu Feet Of Jesus, tentando capitalizar com um cover mas sem sucesso.


A-Buck continua a massacrar Red Eagle, agora no canto do ringue onde está também Rossi. Aqui com o objectivo claro de impedir o tag de Red a Ophidian, mantendo-o encurralado. Depois segue-se uma interessante combinação entre Rossi e A-Buck que fazem um trabalho de equipa muito interessante. Isto leva Rossi a tentar o cover, mas como o oficial de ringue não viu o tag entre A-Buck e Rossi, este teve sair do ringue para voltar a entrar A-Buck.



(A-Buck em ligeiro repouso após o ataque a Red Eagle)

A partir daqui o que se vê é algo que já se esperava. Rossi a atacar o ombro lesionado de Red, desfazendo a ligadora que este tinha a proteger o seu ombro e massacrando-o. Mas Red consegue o contra-ataque e por momentos consegue recuperar algum ímpeto.



("Pai Grande" Leo Rossi a massacrar o ombro lesionado de Red Eagle)

Mesmo assim Red não consegue fazer o tag ao seu parceiro, pois a equipa adversária consegue mantê-lo no tapete e isolado, sempre com um trabalho de equipa muito bom. Mas a certo ponto parecia que Red teria conseguido efectuar o tag ao seu parceiro, e realmente conseguiu, mas o oficial de ringue, mas uma vez distraído não viu o tag e ordenou que Ophidian sai-se do ringue. Mais uma vez Red Eagle a sentir-se isolado com A-Buck a trabalhar no seu braço lesionado.




A seguir veio aquele que talvez seja um dos momentos mais divertidos do evento. Red finalmente faz o tag a Ophidian e este consegue controlar os seus adversários. É ai que Ophidian vai buscar um dos seus trunfos, a Hipnose. Resultou na perfeição e até no oficial de ringue, que acabou por impressionar Ophidian com a sua dança.


A partir daqui foi tudo muito mais fácil. Os seus adversários combalidos com a hipnose e Ophidian a dominar. No fim, faz o tag a Red Eagle, para este finalizar o combate com a vitória, fazendo o cover sobre A-Buck, enquanto Leo Rossi já fugia para o backstage.




(Red Eagle e Ophidian The Cobra celebram a vitória)

Vencedores: Red Eagle & Ophidian The Cobra

Notas finais:

Dead Wyatt – Para começar e tentar ser breve, devo dizer que este show poderia ter sido muito melhor. Digo isto com toda a naturalidade, até porque tenho acompanhado o trabalho do CTW e sei perfeitamente que a promotora já montou shows com melhor qualidade e que é capaz de bem melhor. Talvez devido ao talento que tinham em mãos para montar o espectáculo, ou um outro motivo, não sei. Mas o trabalho em ringue de alguns combates deixou a desejar.

A meu ver, este evento valeu pela continuidade das duas rivalidades que estão a desenrolar. Tanto a rivalidade de Cláudia e Talia como a de Red Eagle e Leo Rossi. Ambas tem pernas para andar, e as sementes estão a ser colocadas aos poucos para alimentar cada vez mais quem assiste aos shows, querendo ver qual irá ser o próximo passo.

Cláudia e Talia trabalham bem e quando as duas se juntam qualquer coisa de bom acontece, sobretudo o storytelling que as duas transmitem nas suas performances. Apesar de Talia ser mais nova em experiência de ringue, a sua evolução nota-se a cada show, e tem em Cláudia talvez a melhor parceira que poderia ter para a fazer crescer, e também fazer crescer a sua personagem. Quanto a Cláudia, já todos sabem o que ela vale, fazendo valer a sua experiencia e confiança.

O mesmo se pode dizer em relação a Leo Rossi. Cada vez gosto mais do seu trabalho, da sua personagem. A evolução tem sido mais que evidente e claro que trabalhar com Red Eagle é uma mais-valia para este jovem atleta. O storytelling é sempre fantástico fazendo-me ficar cada vez mais investido nesta rivalidade e querer ver qual irá ser o seu próximo passo. Óptimo trabalho.

Uma palavra para “Superkid” Nelson Pereira. Mais uma derrota, e o seu selling no fim do combate, mostrar aquelas emoções após mais uma derrota. Investido mais uma vez. Quero ver aonde vai a sua personagem, se bem que acho que uma rivalidade com Hellmer seria bem-vinda, se bem que em termos de logística é mais complicado. Ambos demonstram uma boa química (que poderá ser melhorada), mas é um bom ponto de partida.

Quanto a mim, Hardflyer sofreu um pouco pelo booking deste evento. Já todos sabemos o que ele consegue fazer, já todos sabemos que tem carisma para dar e vender e este combate não ajudou ninguém dos presentes. Como disse em cima, era notório que Hardflyer se iria notar mais pela sua qualidade e penso que poderia ter um melhor uso da sua personagem.

Disse que iria falar de Symbiote e aqui está. Não sei a sua idade, mas aparenta ser novo. Mas um lutador ainda recente, que vem das ilhas Britânicas para Lisboa para ter aulas e aprender no CTW, há que dar o devido valor. Espero ver a sua evolução daqui para frente.

Para terminar, uma referência também aos oficiais de ringue presentes. O primeiro confesso que não reconheci, mas no geral não complicou o trabalho. “Matador” sempre tão expressivo que faz com que cada bump que um lutador leve, pareça que tenha sofrido o dobro do impacto. Luís Manuel desta vez ia preparado. Após um lutador ficar a sangrar, apressou-se a calçar umas luvas. Pode parecer uma coisa simples, sem muito significado, mas tem. Denota profissionalismo e atenção aos pormenores.

Carla - Mais uma vez o CTW conseguiu realizar um evento com uma grande estrela internacional, Ophidian neste caso. No geral, o evento acabou por ter uma nota um pouco inferior àquela que temos vindo a ser habituados por este conjunto de atletas. Notou-se por vezes alguma falta de coordenação, que parecia deixar notar alguma falta de preparação conjunta entre todos os atletas.

Há também algumas pequenas notas que podem ser feitas ao booking deste show, nomeadamente no combate entre Hardflyer, El Fiel, Budd Tucker e Scorpio. Talvez esta não tenha sido a melhor solução possível com o roster disponível, e acabou por resultar num combate algo fraco e desastrado, salvo apenas por alguns spots pontuais de Hardflyer, que se demonstrou muito superior aos adversários.

Porém, há vários aspectos positivos também a sublinhar. A química e coordenação entre as duas atletas femininas foram, por exemplo um desses. Também o cada vez maior investimento nas storylines, revela que o CTW teve em consideração a opinião de diversos fãs, que outrora criticaram o fraco investimento, e utilizou isso para fazer mais e melhor, criando um produto mais consistente.

O main event resultou num combate de boa qualidade, que serviu para sublinhar que, apesar de uma experiência muito inferior à de Red Eagle, Leo Rossi tem-se vindo a tornar, também, um nome muito relevante para o CTW, e para A-Buck ter mais uma prestação impressionante. Mesmo não sendo eu fã do estilo humorístico, muito típico da Chikara, a componente humorística do combate cativou os fãs presentes e foi uma nota muito positiva para o final do show.

O evento foi importante e serviu para que se mantivesse o entusiasmo para as novidades que aí vêm. Resta dar os parabéns ao CTW pelo trabalho e que continuem este processo de aperfeiçoamento!

Texto e fotos: Dead Wyatt & Carla
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