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MMA: UFC Fight Night 49: Henderson vs. Dos Anjos - Antevisão + Pesagens


Vinte anos depois do histórico UFC 4, a maior organização do MMA mundial retorna à cidade de Tulsa, em Oklahoma, para o UFC Fight Night 49, que fecha mais um sábado de jornada dupla com seis lutas em quatro categorias diferentes no card principal e bem mais atrações do que o evento chinês da manhã.

O combate mais importante da noite traz o ex-campeão dos leves Ben Henderson em busca de sua terceira vitória seguida na tentativa de retomar o cinturão. O adversário da vez será o carioca Rafael dos Anjos, que tenta vencer pela segunda vez após o revés sofrido em abril....

Na luta coprincipal, um duelo de gerações marca o encontro entre o duro veterano Mike Pyle e a jovem promessa Jordan Mein. Uma divisão acima, o peso médio francês Francis Carmont terá pela frente o embalado brasileiro Thales Leites no confronto de postulantes ao top 10.

Os três duelos que abrem o card principal serão disputados entre penas e leves. O americano Clay Collard estreia aceitando convite de última hora para encarar o jovem trocador havaiano Max Holloway. O baiano Valmir Bidu é outro que pisará pela primeira vez no octógono. O oponente do peso leve será o ex-TUF 15 James Vick. Abrindo os trabalhos, os talentosos Chas Skelly e Tom Niinimäki se encontram pela categoria dos penas.

O card completo do UFC Fight Night 48 é o seguinte

CARD PRINCIPAL

Peso-leve (até 70,8kg): Benson Henderson x Rafael dos Anjos
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Mike Pyle x Jordan Mein
Peso-médio (até 84,4kg): Francis Carmont x Thales Leites
Peso combinado (até 68kg): Max Holloway x Clay Collard
Peso-leve (até 70,8kg): James Vick x Valmir Lázaro
Peso-pena (até 66,2kg): Chas Skelly x Tom Niinimaki

CARD PRELIMINAR
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Neil Magny x Alex Garcia
Peso-leve (até 70,8kg): Beneil Dariush x Tony Martin
Peso-galo (até 61,7kg): Aaron Phillips x Matt Hobar
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Ben Saunders x Chris Heatherly
Peso-mosca (até 57,2kg): Wilson Reisx Joby Sanchez

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 20:00 horas do Brasil e 00:00 horas de Portugal 

------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------

Peso leve: Ben Henderson (EUA) vs Rafael dos Anjos (BRA)

O combate deste sábado é de importância fundamental importância para as pretensões de Henderson (21-3 no MMA, 9-1 no UFC) voltar a disputar o cinturão que foi seu por um ano. As duas derrotas em duas lutas para o atual campeão Anthony Pettis reduzem as chances de nova revanche em curto espaço de tempo. A vitória bastante controversa diante de Josh Thomson, em seguida, deixou Benson ainda mais longe. Para piorar, ele até fez as pazes com as finalizações depois de oito triunfos seguidos por decisão, mas passou aperto contra Rustam Khabilov, que nem frequentava o top 10 na ocasião.

Não é sem motivo que Henderson aparece em diversos rankings peso por peso, incluindo o oficial do UFC, mesmo sem ostentar mais um cinturão. Não há um aspecto do MMA que o americano filho de coreana não domine. E domine com bastante propriedade, frise-se. O wrestling é sua principal força, representando o mix de quedas e clinch de elite. O taekwondo, modalidade em que é faixa preta, rendeu chutes variados. Ben ainda é faixa preta de jiu-jítsu, sparring do campeão mundial Augusto Tanquinho e ele mesmo medalhista de bronze no mundial de faixa marrom, num dos vários torneios de pano que Henderson bota a cara contra a nata da arte suave.

Brasileiro mais bem situado no complicado campo minado dos pesos leves, Dos Anjos (21-7 no MMA, 10-5 no UFC) chegou perto de garantir o posto de desafiante quando dominou Donald Cerrone em sua quinta vitória consecutiva. Porém, em abril, o carioca sucumbiu ao forte wrestling do russo Khabib Nurmagomedov e viu o rival tomar sua frente na corrida rumo a Pettis. A recuperação veio em 50 dias, na mesma noite de Henderson-Khabilov, quando Rafael nocauteou Jason High três anos após anotar sua primeira e última vitória pela via rápida dolorosa.

Rafael anda no mesmo trilho de Henderson no sentido de dominar várias vertentes do MMA. Aquele sujeito de jiu-jítsu fino e desconhecimento total do resto do começo de carreira não existe mais. O carioca procurou treino em diversas partes do globo terrestre e se tornou um lutador completo, com muay thai cada vez melhor, fruto dos treinos com Rafael Cordeiro e com o exército de campeões mundiais da Evolve MMA em Singapura. O competente técnico Jacob Harman é o responsável por seu wrestling e o condicionamento físico é fora da curva do padrão brasileiro.

A evolução de Rafael é um exemplo para o MMA brasileiro, mas sua tarefa será árdua. Em dados momentos, ele conseguirá se impor no octógono, especialmente quando mostrar maior volume de golpes na troca em pé. Porém, em 25 minutos, é mais provável que Henderson consiga fazer suas transições, trabalhar no clinch, derrubar sem dar espaço, acertar plásticos golpes e minar a energia do brasileiro. O americano deve sair vitorioso depois de cinco rounds bem animados.

Peso meio-médio: Mike Pyle (EUA) vs Jordan Mein (CAN)

Veterano porteiro de divisão, Pyle (26-9-1 no MMA, 9-4 no UFC), a um mês de completar 39 anos, vem defendendo bem a entrada do top 10 da duríssima categoria dos meios-médios. Nos últimos quatro anos, apenas Matt Brown, Rory MacDonald e Jake Ellenberger conseguiram cruzar a barreira e a maioria foi barrada às custas de nocautes duros. Na última apresentação, o Areia Movediça despachou TJ Waldburger após jantá-lo com cotoveladas no clinch e no chão. Foi a quinta vitória em seis lutas, a primeira após a derrota para Brown.

Apesar da idade, Pyle foi recompensado com uma renovação de contrato. O motivo é simples: ganhando ou perdendo, ele empolga as massas. Corajoso e agressivo, Mike curte disputar sessões violentas de trocas de socos no centro do octógono, mas sabe muito bem brutalizar a concorrência no clinch com suas cotoveladas dinâmicas. Seu estilo ainda é ajudado por um queixo que já foi muito testado (mas talvez esteja desgastado) e pela calma de raciocinar debaixo de fogo cerrado, quando a adrenalina está alta, como fez ao sobreviver ao primeiro assalto contra Rick Story e no violento nocaute sobre Josh Neer.

Quatorze anos mais novo que Pyle, Mein (28-9 no MMA, 2-1 no UFC) incrivelmente já disputou uma luta profissional a mais que o veterano adversário, mas tem dez aparições a menos no octógono mais importante do mundo. Na estreia no UFC, o jovem canadense tornou-se o primeiro a nocautear Dan Miller. Em seguida, repetiu o resultado de Pyle contra Brown, mas não sem antes dar uma enorme canseira para o Imortal (Brown levou 29 segundos para deixar Pyle estatelado no chão), garantindo a luta da noite do UFC On FOX 7 mesmo lutando um mês após despachar Miller. Mein voltou em abril, quando dominou dois rounds na estreia de Hernani Perpétuo, mas levou um sufoco no terceiro.

Garoto de mentalidade ofensiva e ótimo condicionamento físico, Mein é o tipo do oponente desagradável de se ter do outro lado do octógono, a não ser que você tenha os cojones de Brown ou Perpétuo. Trocador perigoso, com origem no kickboxing e no kempô, Mein tem jabs que funcionam como uma britadeira quebrando cimento, enorme poder de nocaute (foram 15 vitórias por esta via) e muita precisão e coordenação nas combinações, além de um violento ataque de joelhadas no thai clinch. Sua sólida defesa de quedas permite manter os combates em pé, na média/longa distância, onde se sente mais confortável.

Podem esperar aqui uma candidata a luta da noite. Pyle e Mein vão se engalfinhar, especialmente no primeiro round. Porém, a aposta é que veremos um ritual de passagem de guarda, com o garoto impondo sua juventude e pressão sobre o veterano. Mein pouco a pouco deve manter Pyle sob suas rédeas até conseguir o nocaute na segunda metade do combate.

Peso médio: Francis Carmont (FRA) vs Thales Leites (BRA)

Quando pessoas dizem que os matchmakers do UFC não casam “lutador vindo de vitórias contra um vindo de derrotas”, sempre lembro que não há uma cláusula pétrea que garanta isso. Eis que Carmont (22-9 no MMA, 6-2 no UFC), em série negativa de duas derrotas, vai encarar um oponente que não perde há seis lutas, metade delas no UFC. O francês chegou a ficar bem posicionado na categoria ao abrir 6-0, vencendo Constantinos Philippou, mas iniciou 2014 derrotado por Ronaldo Jacaré e CB Dollaway, freando seu avanço no ranking.

Quem só acompanhou as últimas lutas de Carmont deve ter ficado com a errada ideia que se trata de um lutador unidimensional e pouco empolgante. Nem sempre foi assim. As raízes de Carmont estão no caratê kyokushin, desenvolvido por Kristof Midoux. A amizade do mestre com Georges St-Pierre levou Francis à Tristar Gym, no Canadá, onde ele desenvolveu seu wrestling, mas também foi deixando de lado a troca de golpes. A nova abordagem deu certo contra integrantes das castas mais baixas, mas Carmont passou a enfrentar problemas ao se deparar com a elite. Como não é gênio como GSP, o francês se perdeu quando não conseguiu impor o wrestling contra Dollaway e não foi capaz de voltar às origens. No sábado, resgatar o caratê será fundamental.

Depois da estranha demissão em 2009, após perder (injustamente) uma luta após disputar o cinturão contra Anderson Silva, Thales (23-4 no MMA, 8-3 no UFC) refez seu caminho e recebeu o convite de retornar ao octógono no UFC Rio 4, no ano passado, depois de uma mãozinha do amigo e parceiro de Nova União José Aldo. Ele então exibiu seu dominante grappling contra Tom Watson e Ed Herman, além de ter conseguido o primeiro nocaute clássico da carreira, quando bateu Travor Smith em Abu Dhabi.

A demissão em 2009 foi estranha, pode-se dizer até injusta, mas teve um grande valor para Thales. O peso médio se reinventou, passou a ser mais agressivo nos combates e buscou evoluir em outros meios além do jiu-jítsu. Se ele ainda não é um striker de elite, é capaz de trocar com desenvoltura sem precisar se amedrontar ou se jogar no chão, rezando que o oponente mergulhe em sua guarda. Até mesmo a falta de parceiros de treino na fábrica de levinhos da Nova União não existe mais, já que Leites treina com Junior Cigano, Antonio Carlos Cara de Sapato, Carlos Eduardo Cachorrão e outros camaradas grandes e de nível.

O desenvolvimento desta luta vai depender muito de como Carmont vai atuar, se vai resgatar seu estilo agressivo e versátil inicial ou se vai prosseguir com o conservadorismo. Colocando o caratê para jogo, o europeu terá grande chance de aproveitar suas vantagens física e técnica, usando o wrestling apenas quando Thales conseguir encurtar. Se tentar jogar Leites no chão o tempo todo, correrá enorme risco de ser raspado e até finalizado por baixo. O palpite é Carmont por decisão, mas com os dois pés atrás.

Peso: pena: Max Holloway (EUA) vs Clay Collard (EUA)

Desde que estreou no UFC como o lutador mais jovem do plantel na ocasião, Holloway (9-3, 5-3 UFC) sedimentou seu nome com shows até nas derrotas. O havaiano trocou pau firme com Dennis Bermudez (lutador com a maior sequência de vitórias na divisão) e Conor McGregor, além de aplicar duros nocautes e parar o hype sobre Andre Fili com uma guilhotina sensacional, em abril. Antes, Holloway nocauteara Will Chope na Singapura.

O garoto das ilhas do Pacífico tem um boxe muito agradável de ver, com verdadeiramente poderosos ataques contra as linhas de cintura da concorrência (Pat Schilling deve ter urinado sangue por dias depois da luta contra Max, tamanho o castigo que sofreu na região abdominal). Sua coragem o faz encarar qualquer tipo de adversário em qualquer área e a pouca idade é garantia de tempo de evolução. Aliás, evolução é exatamente o que ele tem mostrado. O jiu-jítsu verde finalizado por Dustin Poirier na estreia e de pouca utilidade contra McGregor amadureceu e rendeu uma linda finalização no último combate, quando a expectativa era que ele fosse dominado na luta agarrada por Fili.

O oponente original de Holloway seria o destruidor bósnio Mirsad Bektic, mas o europeu sofreu uma contusão há poucos dias. Em seu lugar, Collard (13-4 no MMA) foi recrutado às pressas. Ainda mais jovem que Max, o lutador de Utah chega ao UFC carregando o cinturão dos leves do Showdown Fights (uma espécie de RFA do meio-oeste americano), conquistado numa batalha insana contra o ex-UFC e integrante da Team Alpha Male Justin Buchholz.

Alguns podem achar pretensioso o apelido de “Cassius”. E é, na verdade. Porém, além da óbvia associação com seu primeiro nome, Collard, assim como Holloway, tem origem no boxe, modalidade em que conquistou bons resultados como o Golden Gloves de seu estado e uma edição das olimpíadas juvenis nacionais. Atualmente ele treina na The Pit Elevated com os companheiros de UFC Steven Siler, Ramsey Nijem e Court McGee, todos frutos do Showdown Fights. O boxe deu ao garoto uma incrível precisão nos golpes, além da confiança para atuar trocando socos no corpo a corpo – ele é bem perigoso no dirty boxing e ground and pound. Collard é empolgante, agressivo, mas cheio de brechas defensivas, especialmente no chão.

Tenham certeza de uma coisa: quando os portões do octógono forem fechados e o árbitro autorizar a ação, o pau vai comer. Como se trata de dois jovens famintos com boxe muito técnico, será um pecado se o combate transcorrer de outro modo. Porém, a maior experiência e versatilidade de Holloway deverão prevalecer, além do nenhum tempo de preparação do adversário.

Peso leve: James Vick (EUA) vs Valmir Lázaro (BRA)

Semifinalista do TUF 15, onde aplicou um nocaute espetacular sobre Daron Cruickshank, Vick (5-0 no MMA, 1-0 no UFC) não pôde competir no evento final por não ter se recuperado a tempo da última luta – aquela temporada contou com duelos ao vivo e a final foi disputada na semana seguinte do último episódio. Depois de ficar um ano parado, levou menos de um minuto para finalizar Ramsey Nijem antes de passar mais um ano no estaleiro.

Vick é um peso leve com dimensões (1,91m de altura e 1,94m de envergadura) que muitos meios-pesados não possuem. Apesar disso, movimenta-se com a desenvoltura aprendida no boxe, modalidade em que conquistou duas vezes o Golden Gloves do Texas e que lhe permite dominar a distância para executar chutes e joelhadas que se desenvolvem cada vez mais. Treina há muito tempo com Lloyd Irvin, um dos mais renomados professores de jiu-jítsu americanos, e dele partiu para camps na Alliance MMA junto com Dominick Cruz, que foi seu técnico no TUF. Falta melhorar no wrestling, mas esta deficiência não deverá ser cobrada no sábado.

Depois de sólida carreira em alguns dos melhores eventos do Brasil, Bidu (12-2 no MMA) chega ao UFC ostentando onze vitórias consecutivas entre Jungle Fight, Shooto Brasil e WFE Platinum. A máquina de nocautear baiana deitou o americano e ex-UFC Chris Wilson com uma senhora pancada na terceira edição do “Lutando pelo BOPE” realizada pelo Shooto. Bidu também enfileirou talentosos oponentes como o falecido Guilherme Kioto, Rogério Karranca e Vinny Loureiro.

Lutador da Nova União revelado pela equipe baiana Zé Mario Team do peso médio Bruno Carioca, Bidu é um boxeador vistoso, de punhos rápidos, ótimo jogo de pernas e boa movimentação de cabeça. Além de atacar com as duas bases, mirar o corpo dos oponentes e trabalhar muito bem no pocket, Bidu desenvolveu chutes potentes e é o terror quando atua no contragolpe. O baiano não usa muito a luta agarrada, mas pode-se supor que os treinos com Bruno Carioca, especialista na arte de derrubar e amassar, tenham servido de alguma coisa.

Repita aqui a previsão para Holloway-Collard. Vick e Bidu deverão sair na mão vertiginosamente, especialmente se o brasileiro não sentir o peso da estreia internacional em palco de primeiro escalão. A vantagem na envergadura de Vick será uma barreira que Bidu terá que lidar, mas ele se movimenta bem para cortar a distância e devolver o fogo em alto volume que o americano lança com contra-ataques precisos, especialmente visando a região abdominal para quebrar o ímpeto do adversário. Pela maior experiência em alto nível, o “Texecutioner” deve sair vitorioso depois de quinze minutos bastante duros.

Peso pena: Chas Skelly (EUA) vs Tom Niinimäki (FIN)

Skelly (11-1 no MMA, 0-1 no UFC) estreou no UFC atendendo chamado de última hora para encarar o valioso prospecto Mirsad Bektic. Num cenário altamente improvável, o “Scrapper” deu trabalho para o bósnio, carregando-o a uma decisão majoritária, sua única derrota na carreira. Antes de chegar ao UFC, Skelly bateu duas vezes Daniel Piñeda, a segunda delas no Bellator.

Parceiro na Team Takedown do campeão dos meios-médios Johny Hendricks e de Jake Rosholt, um dos mais laureados wrestlers da história da Divisão I da NCAA, Skelly foi campeão nacional universitário na NAIA (liga de menor porte, a mesma onde Ben Henderson competiu) e tem um jogo parecido com o dos parceiros de treino (o de Hendricks em seu começo no UFC), de fortes quedas e pressão sufocante no clinch e no controle posicional por cima, cenários onde seu físico impositivo (ele é um dos maiores pesos penas no UFC) tem bastante utilidade.

Único finlandês do plantel do UFC, Niinimäki (21-6 no MMA, 1-1 no UFC) causou surpresa na estreia no octógono ao anular o jogo de chão do ás do jiu-jítsu Rani Yahya no TUF 18 Finale. Cheio de moral, Niinimäki voltou a surpreender na luta seguinte, desta vez pelo lado negativo. Favorito, carregando sequência de 12 vitórias, ele foi finalizado pelo sueco Niklas Bäckström quando o UFC foi a Berlim, em maio. Na ocasião, Tom dominou boa parte do primeiro assalto, mas recebeu uma joelhada que abriu caminho para o mata-leão.

Apesar da grande atuação contra um craque do jiu-jítsu como Yahya e dos títulos no circuito europeu em competições sem quimono, Niinimäki começou mesmo no kickboxing aos 14 anos, tendo migrado para o MMA quatro anos depois. Sua origem rendeu um arsenal decente na luta em pé, com chutes interessantes, apesar de falhar um pouco defensivamente, como ficou claro na derrota para Bäckström. No chão, Niinimäki tem uma guarda ativa e gosta de atacar principalmente os braços, tanto em chaves retas como em kimuras.

À primeira análise, Skelly e Niinimäki devem travar batalha intensa na luta agarrada, onde a força do americano será vantagem em pé e a habilidade do finlandês renderá frutos no chão. Porém, se Niinimäki quiser passar menos aperto, poderá colocar o kickboxing em ação e pontuar com combinações de socos e chutes. Por ter mais ferramentas, o europeu deverá vencer na decisão dos juízes.

Antevisão original de MMA-Brasil 

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 Protagonistas da luta principal, Rafael dos Anjos e Ben Henderson bateram o peso na pesagem oficial do UFC em Tulsa, em Oklahoma (EUA), na tarde desta sexta-feira, e confirmaram o duelo de sábado. O brasileiro marcou 70,3kg na balança, enquanto o americano pesou 70,5kg - o limite da categoria dos leves é de 70,8kg para combates em que não há disputa de cinturão. Após a tranquila encarada entre os dois, Rafael, que venceu seis de suas últimas sete lutas, mostrou-se tranquilo quanto à possibilidade de disputar o cinturão no futuro próximo. Antes, precisa passar por "Bendo".

- Sem pressa, mas com certeza é uma luta muito importante. Estou bem treinado e com pensamento positivo. Com certeza vem mais uma vitória - disse ele, em entrevista ao SporTV.

A pesagem não apresentou qualquer problema, e todos os lutadores cumpriram suas tarefas com louvor, inclusive os demais brasileiros. As encaradas também foram todas respeitosas.

No card principal, o peso-médio Thales Leites marcou 84kg, e seu adversário, o francês Francis Carmont, ficou com 84,3kg. E o peso-leve estreante Valmir "Bidu" Lázaro bateu 70,3kg, enquanto o americano James Vick pesou 70,2kg.


Único brasileiro do card preliminar, Wilson Reis foi bem na balança em sua estreia como peso-mosca e bateu 56,6kg. Já seu oponente, o americano Joby Sanchez, pesou 56,7kg.

Peso-leve (até 70,8kg): Benson Henderson (70,5kg) x Rafael dos Anjos (70,3kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Mike Pyle (77,5kg) x Jordan Mein (77,2kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Francis Carmont (84,3kg) x Thales Leites (84kg)
Peso-combinado (até 68kg): Max Holloway (67,6kg) x Clay Collard (67,9kg)
Peso-leve (até 70,8kg): James Vick (70,2kg) x Valmir Lázaro (70,3kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Chas Skelly (66kg) x Tom Niinimaki (65,9kg)

Peso-meio-médio (até 77,6kg): Neil Magny (77,5kg) x Alex Garcia (77,1kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Beneil Dariush (70,5kg) x Tony Martin (70,4kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Aaron Phillips (61,3kg) x Matt Hobar (61,2kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Ben Saunders (77,1kg) x Chris Heatherly (77,1kg)
Peso-mosca (até 57,2kg): Wilson Reis (56,6kg) x Joby Sanchez (56,7kg)

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