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Análise e Pensamentos do WWE RAW: Cheeseburger


A WWE regressou ontem ao USA Network para mais uma edição do Monday Night RAW que aconteceu em Londres, Inglaterra e apresentou um show que prometia responder ao estado do WWE World Heavyweight Championship mas que cuja reposta não foi dada – o que não foi mau de todo – e assim continuou-se a construir o PPV Payback que aconteceu no próximo mês em Chicago.....



Trollar para intrigar

Vejam uma coisa: Stephanie McMahon é possivelmente a melhor performer da actualidade na WWE. A sua personagem é prefeita e possivelmente porque é uma extensão natural de quem ela é na realidade e quando ela tem a câmara a pontada a si, ele arrebenta com a escala.

Afinal de contas, esta é a base do seu sucesso, ou pelos foi o que uma vez o Stone Cold disse.

Talvez seja por ela ser mãe e a sua função é convencer os seus filhos de que todo ficará bem, mesmo quando a situação indica que não. Isso foi o que ela fez ontem ao dizer que Daniel Bryan era valente e que tentou mostrar o que valia mas o grande coração que tentou mostrar não foi o suficiente.

Ele fraquejou e ela estava a ter a sua pequena vitória mas ao mesmo tempo mantinha o ar de patroa preocupada que tentava cuidar do melhor interesse para todos.

Ela estava a trollar e isso foi magnífico

Querem mais, Stephanie foi uma perfeita heel. Ela poderia simplesmente retirar o título a Bryan e manter a sua dignidade ao conceder-lhe tempo para recuperar e assim voltar a lutar para o tentar reconquistar, algo que ele já disse estar disponível para fazer. Mas não, ela quer que ele venha ter com ela e lhe entregue pessoalmente o título e admita que ele não conseguiu ser campeão e que a The Authority esteve certa o tempo todo. Com ele a entregar-lhe o título e depois sair de cena para se reabilitar, iria dar-lhes o tempo e espaço para o enterrarem.

A WWE agiu bem em tomar a decisão de confinar a hypar o futuro do título com a ameaça de que Bryan irá ficar sem o título e a estabelecerem um segmento para a próxima semana que não temos a certeza que possa acontecer.

Mal posso esperar

Classificação do segmento: A


É assim que se faz

Esta semana tive a discutir sobre como Alicia Fox poderia ser uma heel credível se ela nunca vence. O seu recente sucesso foi somente como personagem, ela perdeu todos os combates desde que mostrou esta nova faceta em que ataca inocentes.

O meu argumento é simples: Ela é heel – eles nasceram para perder – e a sua personagem está dependente dessas derrotas. Se não fosse assim, como é que ela ficar fora de si e começar a roubar a pessoas na mesa de comentários?

É aqui que eu admito que estava errado.

A noite passada, ela venceu o combate com a Divas Champion Paige e mesmo assim mostrou a sua personagem desvairada e agora porque estava entusiasmadamente maníaca com a sua vitória. Não foi só por ter ganho, mas sim pela forma como ganhou. Ela dominou absolutamente este combate, saiu do Paige Turner que terminou o reinado recorde de AJ Lee, mandou um pontapé na cabeça de Paige, trabalhou o público, depois arrastou Paige pelos cabelos para o centro do ringue e fez-lhe o pinfall.
Limpo como isso, 1-2-3.

Ela estabeleceu-se como uma ameaça credível e vendo o modo como age ainda a torna mais perigosa. Ela é imprevisível como se pôde ter visto quando ela quase que molestava sexualmente o árbitro, roubou a coroa de Jerry Lawler para se proclamar A RAINHA, andou nas barreiras, roubou a soda de uma criança, bebeu e depois despejou tudo no seu rosto.

Eu nem imagino que ele vai fazer a seguir e é por isso que isto tem funcionado. Eu tenho uma razão para me interessar pois eu sei que ela consegue vencer e mal poso esperar para o que ela vai apresentar a seguir.

Classificação do segmento: B+


Aquele homem está a usar um cheeseburger

Com muita pena minha a WWE cortou o vídeo de cima e assim este não inclui a primeira parte do segmento da grande “recuperação” de Adam Rose pois este é possivelmente a pior escrita da história que irão ver para uma personagem babyface.

Aparentemente a ideia para Rose era criar uma ligação especial com a audiência, eu, tu e os seus chamados Rosebuds, um grupo de mal vestidos que está sempre em festa.

A forma como eles fizeram isso é o que me preocupa

Rose regurgitou a sua catchphrase numa nova e totalmente desinteressante maneira antes de mostrar um dos seus Rosebuds vestido como um cheeseburger. Sim, um cheeseburger. Qual o objectivo? Rose fazer a piada que tinha sementes de sésamo no rabo mas está tudo bem pois ele também traz uma enfermeira que certamente cuidará dele.

Se vocês estão a perguntar porque raio se devem interessar por isto, vocês não são os únicos.

O púbico no O2 estava tão entediando que começam a pensar o que fazer para se entreter e assim começaram a cantar a sua música. Infelizmente, isto só mostra como Rose ficou over. Na verdade, todo este segmento foi estúpido e mais uma vez ele morreu em frente a um público e para piorar, em frente a um público em que a WWE só esta presente uma ou duas vezes por ano.

Há algo a elogiar aqui, nem que seja somente pela ideia geral que na teoria não era má. Adam tem uma profunda ligação aos seus adorados Rosebuds e nós éramos suposto sentir o mesmo e assim o podermos apoiar quando ele enfrentar qualquer heel desgraçado – como Jack Swagger – que se atreve a perturbá-lo.

O problema, mais uma vez e que não uma razão para nos interessarmos por ele. Peço desculpa mas aquele homem que traz um cheeseburger e que tem sementes de sésamo no rabo não cativou.

Classificação do segmento: D+


O melhor do resto do resto do show:

Podemos parar de pensar que Batista não está a fazer o melhor trabalho da sua carreira? Ele para além de ser o único heel do roster que lida e desempenha bem a sua personagem “demasiado velho para esta merda”, o seu trabalho no ringue melhorou significativamente. Talvez os fãs o tenham avaliado somente pelo que ele mostrou nos últimos meses onde ele ainda estava a tirar a ferrugem de ter estado quatro anos parado.

Também temos de dar créditos a Seth Rollins que mostrou que consegue ter bons combates com qualquer um. Talvez ele não seja o próximo Shawn Michaels como eu desejava que fosse, mas ele sabe que terá sempre emprego pois ele consegue trabalhar com qualquer um e o fazer parecer bom, sem que se tenha de sacrificar muito.

Se alguém fizer uma petição para Dean Ambrose substituir Jerry Lawler nos comentários a tempo inteiro eu assino-a imediatamente.

Não há nada de mau para dizer sobre a presença de John Cena no show de ontem, mas eu não deverei ser o único a estar farto de o ver a fazer a mesma coisa e a ter sempre o mesmo combate seja com quem for. Luke Harper é um talento fenomenal e maximizou os seus minutos mas como Jim Ross diz (particularmente quando ele atirou o sapato de John Cena para o publico pois fodasse é o sapato de John Cena), não estamos já fartos disso?

Bray Wyatt fez uma grande promo a abrir o show, contudo, estabelecer-se como um demónio foi sempre necessário e levar este angle como algo com dualidade foi um excelente toque pois é essa a sua personagem. Ele quer que voes se juntem a ele pois todo o bem que Cena representa não pode existir sem ele.

O "Beat the Clock" challenge é uma boa e proveitosa gimmick mas por esta altura é algo desinspirado. Talvez tenha sido os combates - Big E vs. Ryback foi aceitável, Alberto Del Rio vs. Rob Van Dam já aconteceu vezes sem conta e Dolph Ziggler vs. Mark Henry foi no mínimo uma má escolha – mas a execução não esteve lá. Talvez o mal seja a percepção. Nunca houve aquele sentimento de que uma nova ameaça estava a surgir mas sim uma estrela para apenas elevar Bad News Barrett. Para terminar, a escolha foi correcta.

Estou intrigado com o que o triângulo amoroso de Summer Rae-Layla-Fandango mas o meu amigo Sean fez-me pensar numa coisa, em quem eu vou apoiar. Existe um elemento de humano nisto, nem que seja por serem duas mulheres a disputarem um homem que tem mais tiques do que firmeza. Isto abre a porta para que no fim as duas senhoras se apercebam que estão a brigar por um fresco e a melhor decisão a tomar é largá-lo e continuarem amigas. Deverá ser divertido.

Rusev não cometeu ontem mais um crime racial e isso é bom. Mas, mais uma vez, a repetição está a tornar-se um problema que não pode ser contornado. As pernas de Lana não me podem distrair tão tempo que eu não possa perceber que ela está a dizer o mesmo há muito tempo e que eu não me interesso se ela acha o Vladimir Putin um bom homem. Para além disso, eu não sou o tipo de pessoa que odeia alguém por não entender o que ele diz e assim colocarem o Rusev a tentar ganhar heat ao fazer algo que não percebo, não funciona para mim.

Coloquem Sheamus x Cesaro a abrir o Payback e dêem-lhes vinte minutos.

Este não foi um mau show, também não foi praticamente bom e mostrou algo que está a afectar negativamente o wrestling profissional em 2014: repetição.

Classificação: C+

Original de Geno Mrosko com tradução de Wolve
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