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Mac in Touch #79 (extra!) - Elimination Chamber - Análise combate-a-combate (parte I)

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Mac in Touch extra, este que vos chega na segunda-feira de ressaca do Elimination Chamber. Como é habitual, farei a análise da primeira parte do evento, deixando a segunda metade para terça ou quarta-feira. 

Fiquei contente com o comentário do musicslave no último Mac in Touch, tem sido um membro do blogger que tem comentado bastante os meus artigos e merece referência nesta introdução à edição nº 79 desta rúbrica...

Esta primeira parte da análise do Elimination Chamber 2014 começará no pré-show e terminará no (suponho eu) culminar da rivalidade entre Darren Young e Titus O'Neil.

Aqui fica:

 Elimination Chamber – análise combate-a-combate (parte I)
 

Pré-Show
 Rhodes (Cody e Goldust) vs Rybaxel (Ryback e Curtis Axel)
 
Qualquer combate que envolva Dustin e Cody Rhodes, por esta altura do Campeonato, será sempre algo seguido com bastante atenção por parte do público. A psicologia de ringue beneficia disso mesmo, assim como os seus adversários. Isso verificou-se na madrugada passada, com uma excelente adesão do público para um combate de pré-show. A forma como Goldust consegue potenciar cada manobra é simplesmente fantástico, tornando-as três vezes mais admiráveis. O estilo do seu irmão também ajuda a que esta comece a ser uma das equipas com mais carisma nos últimos anos, na indústria do pro-wrestling. Só foi pena este combate ter acontecido no pré-show, sem muito background histórico e com um dos elementos (Ryback) em completa dessintonia com o resto da “orquestra”, já que Axel, notava-se, estava bastante motivado em oferecer um bom espetáculo.

No que diz respeito ao storytelling, não há muito a apontar. O fio lógico do combate foi credível e aceitaram-se quase todas as mudanças de domínio. Disse quase todas porque não sei ao certo o que se terá passado para que, em 1 minuto e meio (duração do intervalo), Ryback e Axel conseguissem dominar os irmãos Rhodes após sofrerem Dives supostamente violentos. Mas fora isso, não há nada de muito bom nem muito mau a apontar.

O final foi credível, com Ryback a ser colocado fora de ação de forma aceitável, contudo, a manobra que pôs termo ao combate poderia ter acontecido de maneira mais sequencial, isto é, surgir de forma menos brusca e em consonância com uma reta final de domínio dos Rhodes. Mas a forma como aconteceu, apesar de tudo, também é aceitável.

Factor 0: 2,5/5
Storytelling: 2,25/5
Psicologia de Ringue: 3/5
Química/Entrosamento: 2,75/5
Duração/Previsibilidade/Final: 2/5

Total: **1/2



Combate pelo título Intercontinental 
Big E Langston (c) vs Jack Swagger
 
O combate de abertura do Elimination Chamber tinha algum background histórico por trás, mas nada que fizesse o público esperá-lo com demasiada expetativa. É certo que Big E tem vindo a crescer no seio da preferência dos fãs da WWE, e que o “We The People” é um cântico que aproxima os fãs dos Real Americans (onde Swagger está incluído), mas um combate entre os dois não seria mais aguardado que uma contenda de show semanal... contudo, no que há captação do público diz respeito, ambos os lutadores conseguiram fazê-lo (apesar de, para tal, terem usado meios algo “baratos”) com spots como o spear de Big E em Swagger para fora do ringue, o Enziguri executado por este ao contra-atacar um Ankle Lock ou mesmo a forma como foi gerida a introdução desta manobra no combate (levou o público ao delírio, e aqui tem de se reconhecer mérito na preparação do combate).

O storytelling pareceu-me um pouco condicionado pelo entrosamento entre ambos os lutadores, que nem sempre foi o melhor, dando lugar a alguns momentos de trapalhice. Considero Langston um lutador exímio para o seu peso e Swagger um wrestler com uma capacidade técnica (nomeadamente no jogo de chão) acima da média, mas a conjugação de dois bons lutadores pode não ser a melhor, e temos a verificação dessa hipótese quando, por exemplo, um Leg Drop é executado com o adversário meio deitado (quando deveria estar totalmente estendido no chão).

Também foram facilmente detetáveis falhas na venda de manobras ao longo do combate, sendo a mais gritante a de um Big Boot que levou (tal como parecia ser intenção) Big E ao chão, com este a não vender a manobra de forma especial, ficando com um expressão neutra.

Factor 0: 2,5/5
Storytelling: 2/5
Psicologia de Ringue: 3,5/5
Química/Entrosamento: 1,75/5
Duração/Previsibilidade/Final: 3,25/5

Total: ** 1/2


Combate pelos títulos de Tag Team
New Age Outlaws (Billy Gun e Road Dogg) (c) vs The Usos (Jimmy e Jey)
 
Frente-a-frente estiveram duas equipas que ganharam alguma popularidade desde há vários meses a esta parte. Billy Gunn e Road Dogg conseguiram desenvolver o carisma que os caracterizava quando faziam parte dos DX, e mesmo durante o seu período na TNA enquanto Voodoo Kin Mafia, agarrando o público durante toda a sua introdução, algo que se transfere para o combate em si. Os Usos têm tido algum ascendente graças ao seu estilo e ao seu grito de guerra, o que também contribui para que o público os veja como uma equipa a observar. Posto isto, seria de esperar que este combate fosse levado a sério pelo público presente em Minnesota, e tal se verificou, com uma adesão positiva à contenda...

... mesmo tendo em conta que não tivesse passado de um combate de nível de show semanal (só faltou mesmo o intervalo após um dos dives dos Usos).

Em termos de storytelling, não há nada a apontar a não ser a experiência de Road Dogg e Billy Gunn na condução dos combates. Os Usos dominaram a contenda, mas conseguiram ter ascendente junto do público muito graças ao trabalho dos seus adversários.

O final aceita-se. A “ratice” dos mais velhos levou a melhor sobre a fogacidade dos menos experimentados nestas andanças. É pena que tenha acontecido com o roll-up, mas ainda assim foi algo que encaixou no fio lógico do combate.

Factor 0: 2/5
Storytelling: 2/5
Psicologia de Ringue: 2,5/5
Química/Entrosamento: 2/5
Duração/Previsibilidade/Final: 2/5

Total: **


Titus O'Neil vs Darren Young

A WWE parece ter ambos os lutadores em alta estima, nomeadamente Titus O’Neil, e isso ficou demonstrado na aposta que fizeram no tempo de TV dado a ambas as personagens nestas últimas semanas, oferecendo um combate em PPV. Contudo, a maior parte da rivalidade foi desenvolvida no SmackDown, o programa semanal com menor audiência, o que condicionou à nascença o interesse do público nesta rivalidade. É certo que houve brawl’s intensas, e todo um sentimento de quebra na relação entre dois antigos amigos... mas isso, por si, não é suficiente. Faltou carisma de ambas as partes.

O combate partiu condicionado desta premissa e a adesão do público à contenda foi algo fria e distante. Pelo que a psicologia de ringue não foi algo que se destacasse, pelo contrário, havendo mesmo cânticos descontextualizados com o que se passava no ringue.

Em termos de storytelling houve um adequação com a rivalidade, verificando-se uma intensa troca de agarrões, no início. O vencedor foi aquele que mais cabeça fria teve durante todo o processo de “rompimento”, o que se aceita.

O final pareceu-me algo brusco e até o público parecia desconhecer o “finisher” do vencedor. Mas não posso culpar as pessoas do Minnesota, porque a aposta da WWE nestes dois lutadores aconteceu cedo demais. 
Storytelling: 2/5
Psicologia de Ringue: 1,25/5
Química/Entrosamento: 1,75/5
Duração/Previsibilidade/Final: 2/5

Total: *3/4
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