Polêmica: The Rock vs. John Cena é o main event perfeito para a Wrestlemania XXIX !

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Polêmica: The Rock vs. John Cena é o main event perfeito para a Wrestlemania XXIX !

Foi apenas na última segunda-feira que descobriu-se o main event da Wrestlemania, na realidade, apenas uma desculpa estapafúrdia para uma contenda rumorada posto o fim da Wrestlemania 28.....

O primeiro domingo de abril verá, outra vez, The Rock vs. John Cena, o que é algo para tema de um artigo, sobretudo se o nome deste artigo é polêmica.

Todavia, não entendo os embasamentos para tal, ou seja, para se colocar de fora de planos uma desforra, afinal todos se lembram do melhor combate do ano passado, que envolveu multidões para gerar o maior público da história do SunLife Stadium, além de vender mais licenças em PPV do que qualquer outro show da WWE, em algo que se capitalizou em um montante gigantesco de capital, que por sua vez também foi o maior da história.

Poucos partilham da minha opinião, mas não se pode negar o poder do entretenimento e sua magia no wrestling, que não é e nunca foi majoritariamente sobre trabalho em ringue, propriamente. Sequer Triple H vs. The Undertaker o foi. O ponto adverso, que engrandeceu a once in a lifetime match perante a hell in a cell match não foi o storytelling, mas a capacidade de cativar.

Cativação esta que limitou todos os quase oitenta mil fãs a tomarem partido em um dos lados. Cativação esta que os pôs a berrar por trinta minutos de luta. Cativação esta que criou um combate de magnitude não vista desde os anos 2000, oxalá.

Sei que palavras não convencem, por isso separei um vídeo para a ocasião. Convido-vos a visualizar a vitoria de The Rock mas atento para não manter olhos nos competidores em ringue, mas no público depois do resultado, pulando e gritando alternados com a reação de Michael Cole.

E isto, amigos, não deixa a desejar a uma conquista de um campeonato mundial no futebol. Isto é emoção. Isto arrepia. Isto me emociona toda a vez que vejo e se não traz a mesma reação para você, algo deve estar errado.

"Recordar é viver" é filosofia de muitos e o sentimento refletido em 2012 deve-se repetir, agora em tamanho de titãs. Se no primeiro encontro as dúvidas recaiam quanto as reais capacidades dos atletas, agora estes temas esvaíram-se pareando um vencedor da Royal Rumble, que rematou seu passado inglório, e o WWE Champion que matou o reinado do tirânico CM Punk.

E CM Punk, de acordo com algumas mentes sapientes da IWC deveria estar envolvido no desenrolar de uma triple threat match. Isto é, pelo sentido da palavra, estúpido.

Neste caso, uma dança tripla não viria a adicionar, a menos que se considere uma diminuição de qualidade em combate e um lutador com valor de venda pífio como adicionar. Juntos, não questiono que Punk, Rock e Cena não apenas reduziriam o interesse das grandes massas, dado o estado estagnado - mas não mal trabalhado do straight-edge na WWE, assim como também não teriam a capacidade de interagir e trabalhar a grande plateia do Metlife Stadium.

Engana-se quem encara Punk como mero responsável na feud, entretanto. Como campeão, o nativo de Chicago foi como que o elo que ligou os antigos adversários. De um lado, foi um campeão de transição que quebra prognósticos de Stan Stasiak, mantendo o cinturão por um longo período de tempo, auto moldando-se numa força imbatível que só viria a ser interrompida por um sujeito que viria a se tornar num ícone, provavelmente o melhor de todos os tempos que deveria provar não estar atrofiado de um hiato de dez meses.

Punk foi assim também para Cena, que havia vencido a Royal Rumble match mas que carecia de algo a mais, já que a própria luta de trinta homens vem perdendo valor ao longo dos anos. Mas acima de tudo, John teria de provar para si mesmo que poderia derrotar o homem que nunca tinha vencido, mas que seu arqui-rival e agora WWE Champion havia batido duas vezes em menos de um mês.

E o desenrolar de mais uma temporada se iniciaria, mas será bastante a lenha que se tem para criar o fogo que já se viu doze meses atrás?

Indiscutivelmente, a construção da Wrestlemania XXVIII foi brutal, principalmente na época da Wrestlemania XVII, onde o buzz sobre o regresso do Great One ainda existia. Me decepcionei, confesso, com a maneira monótona com que se seguiram as coisas em 2012 pois minhas expectativas altas foram diluindo-se, recuperando-se apenas no dia do evento. E esta na realidade é uma grande preocupação no meu caso, pois de certa forma, uma repetição nunca tem a grandeza do original e é neste excerto que devo destacar sublinhado o apelo para que nas próximas semanas, praticamente um mês, se dê total atenção a ambos os nomes, pois até então a ideia montada é excelente.

Dois gigantes na melhor forma da carreira. Cinco semanas restam mas a sugestão segue a mesma, mantenha-os distante.

Isto pode causar estranheza mas creio que como o contato físico já ocorreu previamente, o ideal é que se repita a fórmula de sucesso e se alce tensão entre Rock e Cena, no auge das suas interpretações como atores, para dar a entender ódio de parte a parte, mas em um grau maior do que o que se viu - que numa nota lateral foi péssimo.

O tempo curto será de certeza benfeitor junto ao plano - que defendo, e pareço ser o único; do RAW de três horas, que deverá envolver as estrelas mais vezes do que se pede em uma noite.

E isto é wrestling. Wrestling é diversão colocada acima de todo o resto. É algo que é poluído por mim e por você que está a ler, já que somos críticos, críticos idiotas diga-se de passagem que em muitas vezes colocamos falhas onde elas não existem.

E este é, sem dúvida, um dos casos. Caso este onde nos serão apresentados dois dos melhores lutadores do nosso período, algo que deve ser aproveitado ao máximo antes que se torne defasado. John Cena vs. The Rock é o main event que quero ver na Wrestlemania XXIX pois está ao nível do que a modalidade representa para mim.

E se não gostares, podes sempre ver CM Punk vs. Chris Hero numa 2 out of 3 falls.

Pretendo falar na próxima semana sobre a participação de The Undertaker na Wrestlemania.

Boa continuação de semana e aguardo-vos na próxima edição.

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