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Mac in Touch #22 - Futuro Destrancado?


Mais uma quarta-feira e um Mac in Touch para vocês, leitores dos WN. A edição é a 22 e conta com o regresso da TNA aos artigos por mim assinados. Como é habitual, poderá haver opiniões discordantes nos comentários, mas espero que se dê azo a uma discussão saudável desta vez....

O tema não podia ser outro que não o Lockdown, e a importância do mesmo para o futuro da companhia. 
Sem mais demoras:

Futuro Destrancado (Future UnLOCKed DOWN)?

À medida que se vai aproximando o próximo Domingo, vai crescendo a ansiedade entre o universo TNA, já que assinala o regresso da empresa ao formato PPV e logo num dos seu maiores eventos, por tradição.

A crise financeira e tudo o que ela acarretou e significou para a indústria do wrestling fez-se sentir ainda mais na TNA, que passou a ter um formato económico no que a PPV’s por ano diz respeito. Assim, o Lockdown será o antepenúltimo PPV do ano (!!!) e um dos 4 eventos neste formato.

A medida tomada por Dixie Carter/accionistas/conselho de administração/seja quem fôr será algo benéfico para a empresa e creio que os resultados começam a aparecer mais cedo do que o esperado, com uma boa preparação para o evento em termos de storylines e muito buzz à volta do mesmo entre os fãs da TNA, e, mais importante, os arredores dos mesmos (amigos dos fãs da TNA, gente que antes acompanhava a companhia), que fazem crescer ainda mais o burburinho à volta deste evento que não é só mais um no calendário de wrestling.

O único defeito deste PPV, pela dimensão que ele ganhou e pelo facto de ter de se tornar num evento lucrativo, está no facto de se situar na “Wrestlemania Season” o que pode tirar algumas buyrates que apareceriam se tivéssemos o Lockdown depois do grande evento da WWE.

Contudo, estou esperançado (pelo bem da indústria) que os números deste ano ultrapassem os do ano anterior e que a redução de PPV’s anuais se venha a mostrar positiva… já! Não será alarmante se tal não se verificar, até porque este é o primeiro PPV depois da mudança anunciada, e os processos de transição têm que se lhe diga quando se mudam os costumes do público (ESPECULANDO, claro).

Para já, creio que a TNA pode já se pode dar por contente com o Lockdown, porque há gente a falar disso e os combates principais foram muito bem preparados SE tivermos em linha de conta aquilo que a empresa fazia há 1 ano atrás. Vejamos, então:

A história principal tem como protagonistas os Aces and Eights. O gangue tem vindo a criar o caos perante a Impact Zone de há cerca de meio ano para cá, tendo feito sentir a sua presença mais intensamente nas últimas semanas, inclusive com a invasão do casamento de Bully Ray e Brooke Hogan, que revelou mais um membro à irmandade – Taz. Entretanto, também Garett Bischoff e Wes Briscoe se juntaram ao comentador, virando costas aos seus mentores, Kurt Angle e Samoa Joe.

Sting regressou com a ideia de vingar o ataque sofrido às mãos do gangue, e também ele tem agora razões para enfrentar os Aces and Eights. Finalmente, parece, a TNA irá opor-se ao gangue e vingar todo o rasto de terror e lesões que a equipa tem deixado.

Nada mais adequado no contexto em que surge, e logo num combate tradicional na TNA que mete muita violência à mistura: Lethal Lockdown. Faz sentido, pese embora aquele arrastar que houve nesta história durante o início deste ano. As gentes da TNA irão arregaçar as mangas e fazer justiça, pagar os que sofreram às mãos dos Aces and Eights, e reparem na equipa: Sting, Samoa Joe, Magnus, Eric Young e James Storm. Todos os 4 primeiros sofreram um ataque às mãos do gangue e todos têm motivos mais que suficientes para encarar esta como uma batalha séria. Do outro lado, o apreço pelo caos e a necessidade de se imporem perante a TNA chega para explicar os motivos (embora falte ainda saber quais os reais motivos do gangue atacar a TNA… o porquê disso, e ainda a “high authority”... a seu tempo).

Tudo somado, temos um excelente confronto em perspectiva, uma história que até ao momento não tem nenhuma falha a não ser a ausência de Joseph Park e James Storm na Team TNA, algo que até pode vir a fazer sentido mais tarde.


O ramalhete do Main Event é composto, também, por um Bully Ray vs Jeff Hardy pelo título da TNA. Este encontro surge numa altura em que Bully finalmente conquistou a confiança e a aprovação do seu sogro e GM da TNA. São duas personagens queridas na Impact Zone, mas creio que uma delas irá virar, e se tudo continuar a fizer sentido… irá culminar no turn de Bully Ray contra a TNA. As peças irão encaixar, o oportunismo do velho “bully” em conquistar, finalmente, o título maior e tudo o que pudesse estar ao seu alcance para o fazer. O facto de ser Hogan a escolhê-lo, e todo o enredo por detrás disso dará ainda maior drama e criará mais impacto…

… mas como são as pequenas coisas que me fazem ficar deslumbrado com algo, finalmente os olhares matadores de Ray quando abraça Brooke irão fazer sentido! Significaram alguma coisa, e premeiam os fãs que observaram os detalhes e viram o impact com atenção. Dá-lhes o prémio “Eu sabia!”.

Contudo, nem tudo é doce e há alguns ataques feitos a Bully Ray por parte dos Aces and Eights que acabam por não fazer sentido. Embora, no seu casamento Taz lhe tenha dito “Are you sure you want to do this?”, e a sua personagem ainda estivesse em modo heel quando decidiu virar-se contra o gangue.

Bully Ray fazer o regresso ao seu personagem mais corrosivo, evasivo e ... ‘bully’, é o que faz sentido, é algo que colocará sorrisos em muitas caras e é algo que, FINALMENTE, esperam todos os fãs de WRESTLING, colocará a TNA no trilho certo.

right?

Um duplo main event bem apetecível e que, juntado, à sede de PPV’s a que a TNA submeteu os seus fãs, poderá ser o pontapé de saída rumo a um futuro melhor e maior nas ambições da empresa. Com resultados que façam sentido, as coisas estarão bem encaminhadas para esse trilho que, acredito, é o que todos queremos ver a companhia de Orlando percorrer.
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