Slobber Knocker #45: Escândalos, rumores, histórias de backstage (Parte 2)
Bem-vindos a mais um Slobber Knocker! Estou quase a
completar um ano em que escrevo esta rubrica para este site. Até lá, siga a
carroça e para esta semana trago-vos um resgate a um assunto previamente
abordado: os podres, esqueletos no armário, lendas urbanas por trás das
cortinas do nosso estimado wrestling. Algumas verdadeiras, outras falsas,
outras não sabemos....
Fica sempre espaço para a especulação e nem que seja para o entretenimento porque há sempre algum interesse em ler estas histórias sujas.
Fica sempre espaço para a especulação e nem que seja para o entretenimento porque há sempre algum interesse em ler estas histórias sujas.
Após meia dúzia de exemplos possivelmente conhecidos, aqui
apresento mais uma lista com casos sérios, cómicos, estranhos… De tudo. Vejamos
lá quais conhecem, quais vos surpreendem e em quais não acreditam nem por nada.
Sunny Screwjob
De acordo com a história, é um tipo diferente de “screw” e
quem sabe se também não envolveria outros tipos de “job”. Mas não entremos em
pormenores. Tudo começou com meras especulações do povo que às vezes pensa
demais: Sunny, considerada a primeira verdadeira Diva na história da WWE,
estava a ter um crescimento descomunal e alguns diriam pouco usual numa mulher.
A coincidir com o mais alto ponto da carreira de Bret Hart.
Este povo é muito maldoso, é o que é, e os burburinhos sobre
um caso extraconjugal do “best there is, best there was and the best there ever
will be” com a jovem e vistosa Diva começaram a espalhar-se. Só que havia
alguém ainda mais maldoso que o povo… e esse alguém nem é difícil de adivinhar:
Shawn Michaels, que numa promo faz referência aos “Sunny Days” de Hart,
sugerindo o tal caso. Tudo isto culminou em porrada à séria entre Michaels e
Hart nos balneários, quando já não se gramavam para dar continuação a uma das
mais quentes rivalidades em vida real.
Que o Hart e o Michaels se tenham pegado ao pêro um ao outro
no backstage, é fácil de acreditar, a certa altura devia ser quase o pão nosso
de cada dia. Mas acreditam na história de Bret Hart andar a “aplicar um
Sharpshooter” na Sunny?
Tragam um Nazi!
Creio que esta história possa ser verdadeira porque é
daquelas que os escritores trazem cá para fora após sair da companhia. E é
envolvendo os escritores, ou melhor, um escritor em particular. Dan Madigan é o
nome do senhor que escreveu o filme “See No Evil” e a principal cabeça por trás
da storyline da gravidez de Lita envolvendo Kane e Snitsky. Um indivíduo com
tendências para as coisas depravadas… Logo, obviamente, Vince adorava-o e
tinha-o num patamar alto de consideração pessoal. Isto é, até ele aparentemente
ir longe de mais.
Procedo a contar a lenda: numa reunião de discussão e
exposição de ideias, Madigan expõe a sua sensacional ideia de ouro: “Baron von
Bava”, um Nazi que tivera sido congelado nos dias finais da Segunda Guerra
Mundial, descongelado 50 anos depois para tentar acabar o trabalho que Hitler
começara. Ainda melhor, ele viria a ter Paul Heyman como manager – UM JUDEU! O
tal personagem marcharia para o ringue – pesquisem por “goose step” para uma
ideia mais específica do tipo de marcha – e de acordo com os relatos, Madigan
chegou mesmo a levantar-se da cadeira para explicar a marcha.
Como seria de esperar foi recebido com pasmo, incredulidade
e silêncio. Vince, num estranho e raro momento de gosto e bom senso – ou então
até para Vince há um limite – simplesmente retirou-se da sala sem pronunciar
uma única palavra. Os restantes da equipa criativa disseram a mesma quantidade
de palavras. Madigan não se arrependeu assim tanto e ainda achou uma boa ideia.
É uma história que saiu cá para fora, mas esta é bem
possível de ser verdade, quem saberá as ideias loucas que saem daquelas
reuniões criativas. E não deixa de ser uma história extremamente divertida de
se imaginar. Mas agora… Quem gostaria de ver este monstro Heel a reinar na WWE?
Trazia-se o Colt Cabana e tinham uma feud daquelas…
Nota: Mais recentemente, Madigan escreve uma rubrica de nome
“Bruises & Contusions”, para o site ultimodragon.com com o nome… Exacto,
Baron von Bava!
Paga o que deves, Heyman!
Se são daqueles que trabalham no duro todo o mês para o
patrão demorar a pagar-vos o salário, estendendo o tradicional “fim do mês”
para a primeira ou segunda 6ª Feira do mês seguinte, então é certo que não
gostariam de trabalhar para Paul Heyman. Já fiz aqui referência a esses seus
problemas e actualmente muito se tem falado no Raw sobre o seu hábito
compulsivo de mentir. Não saem do nada.
Paul Heyman é um indivíduo brilhante, isso é certo. Das
melhores coisas que aconteceu na indústria no wrestling, das melhores mentes
criativas por trás das câmaras e das melhores personagens Heel à frente das
mesmas. Uma lenda e se não constará no Hall of Fame no futuro então mal há
razão para haver um Hall of Fame. Também não se consta que seja má pessoa, até
pelo contrário… Só não é lá muito bom patrão, especialmente quando se vê às
portas da falência.
Reza a história que nos dias moribundos da ECW, Paul Heyman
já nem comparecia nos shows. E dizia aos seus empregados que ele andava em
negócios a tentar conseguir um novo acordo televisivo para a ECW. No entanto o
que ele andava a fazer era a contratar um agente, a participar no filme
“Rollerball” e a gastar dinheiro em vida de Hollywood com gastronomia e
vestuário à grande. Tudo com os salários dos rapazes, alega-se.
A sua veracidade também é possível, mas há sempre aqueles
toques na história que nos deixam a pensar. Desde o exagero dos seus gastos
até: em nenhum momento chegou a dizer à sua rapaziada que a ECW tinha falido…
Eles simplesmente se aperceberam assim que o começaram a ver no Raw. Talvez
esta parte seja mais apimentada, mas é credível a parte do plantel da ECW
ver-se à rasca com os seus pagamentos, devido a Heyman. Com certeza um
indivíduo cinco estrelas e interessantíssimo de se conhecer e com quem criar
amizade… Desde que não seja a trabalhar para ele.
Nota: Pesquisem sobre o filme “Rollerball”. Um autêntico
fiasco, lixo para as críticas que não o podiam ter deitado mais abaixo. Tudo
menos um pormenor: a performance de Heyman. Não fosse ele o personagem brutal
na nossa TV que até brilha num filme onde não há mais nada de jeito…
Sid Vicious vs Esquilo na Wrestlemania XXIX
OK, o Sid é doido, pronto. Logo podia sair daqui uma
história negra e perturbadora. Mas não. Parece que ele é mais dos tolos que nos
traz para aqui uma história que mais nos deixa a pensar “Que raio é que eu
acabei de ler?” Querem uma história com lógica e sentido? Então avancem esta –
mas melhor não o façam, deve valer a pena.
Saberá Pepe porquê… Houve uma altura em que Sid Vicious
andava com um esquilo como animal de estimação. Porquê? Porque sim. Porque é o
Sid Vicious. Mas pronto, não importa, é um animal engraçado e adorável, porque
não ter um? O problema é que ele levava-o para o backstage do wrestling e nós
sabemos que eles são todos meios tolos. Logo desafiam-no a fazer aquilo que
tememos. E lá vai o esquilo para dentro das calças do Psycho Sid para ver se
ele aguenta 1 minuto. E mais uma vez acontece aquilo que nós tememos. E não
tardaria nada, estava Sid Vicious a necessitar de assistência médica pelos seus
ditos cujos terem passado por nozes…
Eu avisei-vos que isto ia ser parvo…
“Am I
fucking going over?”
Ah, Triple H, Triple H… Tens tão boa fama no ringue e tão má
fama por trás da cortina… Aqui vai uma história também contada por um escritor
traumatizado mas que, para ser sincero, não sei se acredito totalmente. Sei que
o Sr. Hunter não tem das melhores famas nem os mais simpáticos egos no negócio,
mas esta história parece-me algo exagerada e poderá ter alguns pormenores
acrescentados pelo escritor que poderá não ter saído nos melhores termos, quem
sabe. Mas analisem por vós:
Era a primeira vez que este escritor ia entregar um guião a
Triple H para ele o analisar. Nervosíssimo que o indivíduo estava. HHH num
balneário à parte, separado dos seus colegas. O “The Game” pega no guião,
esfolheia umas quantas páginas mas nem lê nada. De forma muito simples pergunta
“Am I fucking going over?” O nervoso escritor afirma que sim, porque por acaso
ele ganhava o seu combate. Triple H simplesmente entrega-lhe o guião e diz que
é tudo o que ele precisa saber. E esta rotina viria a repetir-se várias vezes,
com as mesmas palavras, “Am I fucking going over?”. Até que o desgraçado uma
vez teve que responder que “mais ou menos”. Pronto, caldo entornado, morte do
artista. Um céptico Triple H pergunta o que aquilo poderia querer dizer ao que
o gajo explica-lhe que ele perderia por desqualificação, mantendo o título.
Fulo, grunhia em que página estava, procedia a arrancar a dita página, atirar o
guião ao chão e fechar a porta na cara do indivíduo.
Para completar a história, consta-se que no dia seguinte,
após uma reunião, o resultado mudara pela graça do Espírito Santo e Triple H
vencia o seu combate, 100% limpo.
Pronto, todos sabemos que o Triple H era conhecido assim por
uns comportamentos egocêntricos e fez parte dos infames “The Kliq”… Mas não
será que esta história parece estar a ir um pouquinho longe demais? Ou crêem
mesmo que isto seja, nas palavras de Michael Cole, “Vintage Paul Levesque”?
Decidam vocês…
E é este o punhado de novas/velhas histórias que tenho para
vos apresentar. Não sei se as conheciam e se não conheciam, fico contente por
vos transmitir informação tão pouco útil.
Para concluir, fica o cargo vosso: conheciam estas
histórias? Acreditam nelas? Conhecem mais alguma? Querem mais disto? Comentem
tudo aquilo que quiserem e façam as observações que quiserem sobre o quão
absurda é cada uma das situações ou até o quão engraçada. Para a semana
regresso, se nada me impedir.
Cumprimentos,
Chris JRM
Chris JRM