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MMA: UFC 157: Rousey vs Carmouche - Antevisão + Pesagens


Uma vez um repórter perguntou a Dana White quando veríamos mulheres a lutar no UFC. A resposta foi seca e directa: “Nunca!” Pois bem, o “nunca” chegou.

O UFC anota mais uma página em sua história com a estreia das mulheres no octógono mais famoso do mundo. Na luta principal do UFC 157, que acontece no Honda Center, apelidado recentemente de “Ronda Center”, em Anaheim, Califórnia, a superestrela Ronda Rousey defende pela primeira vez o cinturão da categoria até 61 quilos. A desafiante será a também americana Liz Carmouche....

A primeira luta feminina no UFC relegou um grande combate ao posto de luta coprincipal. Lyoto Machida e Dan Henderson duelarão pelo provável posto de próximo desafiante na categoria dos meio-pesados. Eles sucederão no octógono a revanche, agora na divisão dos galos, entre Urijah Faber e Ivan Menjivar.

Abrindo a porção principal do evento, a categoria dos meio-médios será agitada com os confrontos entre Court McGee e Josh Neer, além do potencial quebra-pau que envolverá Josh Koscheck e Robbie Lawler.

Mas, antes disso, o Honda Center será palco de um card preliminar promissor, com atletas acostumados a travarem duelos animados e bonificados pelo evento.

Em combate de nocauteadores, o win or wall Brendan Schaub enfrenta o grosseiro Lavar Johnson em luta de pesados que dificilmente chegará ao final do tempo regulamentar. Outro duelo importante será no peso leve: o campeão do The Ultimate Fighter 15 Michael Chiesa finalmente fará sua primeira luta após o fim do programa contra o estoniano naturalizado finlandês Anton Kuivanen. Pela mesma divisão, o papa-bónus canadense Sam Stout tem o estreante Caros Fodor como oponente.

O vice-campeão do TUF 14 Dennis Bermudez tenta ampliar a série de vitórias contra o sempre duro Matt Grice, pela divisão dos penas. Já entre os meio-médios, os três primeiros duelos da noite californiana: Kenny Robertson e Brock Jardine tentam tirar o zero do placar em vitórias pelo UFC, enquanto Jon Manley e Neil Magny estreiam pelo maior evento do mundo numa espécie de disputa da medalha de bronze do TUF 16. Por último, mas não menos importante, o novato brasileiro Yuri Villefort abre a noite de lutas contra o também ex-Strikeforce Nah-Shon Burrell.

O card completo do UFC 157: Rousey vs Carmouche é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso-galo: Ronda Rousey x Liz Carmouche
Peso-meio-pesado: Lyoto Machida x Dan Henderson
Peso-galo: Urijah Faber x Ivan Menjivar
Peso-meio-médio: Court McGee x Josh Neer
Peso-meio-médio: Josh Koscheck  x Robbie Lawler

CARD PRELIMINAR

Peso-pesado: Brendan Shaub  x Lavar Johnson
Peso-leve: Michael Chiesa x Anton Kuivanen
Peso-pena: Dennis Bermudez x Matt Grice
Peso-leve: Sam Stout x Caros Fodor
Peso-meio-médio: Kenny Robertson x Brock Jardine
Peso-meio-médio: Jon Manley x Neil Magny
Peso-meio-médio: Nah-Shon Burrell x Yuri Villefort

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O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 19:30 horas do Brasil e 23:30 horas de Portugal 

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Card Preliminar

Brendan Schaub (EUA) vs Lavar Johnson (EUA)

Brendan Schaub é um atleta multidisciplinar desde a época do ensino médio, onde praticava futebol americano e lacrosse. Após seguir essa rotina na faculdade, passou a correr atrás da bola oval profissionalmente em ligas periféricas e chegou a fazer testes no famoso Buffalo Bills, mas não chegou a assinar com nenhum time da NFL. Resolveu se dedicar a uma atividade que praticava de maneira amadora para ajudar a manter a forma: o MMA. Juntou-se a Nate Marquardt e Shane Carwin na Grudge Training Center e, em pouco tempo, Schaub se tornava vencedor do Golden Gloves, famoso torneio de boxe amador nos Estados Unidos.

Após um começo profissional perfeito (quatro nocautes no primeiro round nas quatro primeiras lutas), o “Híbrido” chegou ao TUF 10 e, apesar de não ser um dos favoritos iniciais, alcançou a final do programa, quando Roy Nelson o fez provar do próprio veneno, apresentando-lhe ao caixão e à vela preta também no round inicial. Schaub recuperou-se bem, vencendo as quatro lutas seguintes, inclusive os famosos Gabriel Napão e Mirko Crocop. Quando ameaçava chegar ao topo da divisão, Rodrigo Minotauro e Ben Rothwell mostraram que deitar no octógono para dormir pode ser mais um desporto habitual no currículo do atleta do Colorado.

Brendan tem mãos rápidas e pesadas, óptimo preparo atlético e defesas de quedas afiadas. Além disso, não é bobo no chão, ostenta a faixa marrom de jiu-jítsu e tem um wrestling ofensivo decente. Mas o queixo de vidro costuma entregar, como aconteceu nas lutas contra Minotauro e Big Ben, quando estava absolutamente melhor e sucumbiu na primeira pancada adversa. O americano tem 29 anos, 1,93m de altura, 1,98m de envergadura e cartel profissional de 8-3, com sete nocautes a favor e três contra. A única luta de sua carreira que chegou à decisão foi a vitória sobre Napão.

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Lavar Johnson tem punhos assustadores até mesmo para lutadores com queixos de aço. O que, como dito acima, não é o caso de seu oponente deste sábado. Só que a força física, a velocidade de seus socos e precisão dos uppercuts são suas únicas ferramentas para vencer um combate, o que é muito pouco em um desporto tão versátil como o MMA, numa liga tão competitiva quanto o UFC. Dono de um chão vergonhoso, Lavar foi finalizado por Shane Del Rosario, Shawn Jordan e Stefan Struve nos últimos dois anos – e não podemos esquecer que os dois primeiros são strikers considerados pouco versáteis.

Lavar está com 35 anos, tem a mesma altura de Schaub e oito centímetros a mais no alcance. No seu cartel de 17-6, sua distribuição de patadas lhe rendeu dezasseis vitórias, inclusive as duas primeiras no UFC, contra Joey Beltran e Pat Barry, bonificadas como nocautes da noite. E a cegueira no chão lhe custou cinco de suas seis derrotas. Assim como seu adversário, só viu o anúncio de uma decisão dos juízes laterais uma vez na carreira.

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A melhor táctica para Schaub é esconder a cabeça dos ataques das bigornas de Johnson a luta inteira. E esta luta será uma óptima oportunidade de mostrar o quanto aprendeu na arte suave e finalizar um oponente pela primeira vez. Já “Big” Lavar precisa atingir o queixo de cristal de Brendan para vencer. O resultado dependerá de quanto risco o Híbrido escolherá correr.

Michael Chiesa (EUA) vs Anton Kuivanen (FIN)

No desporto costumamos banalizar algumas expressões como “superação”, tamanha é a ânsia de criação de heróis, que muitos feitos são elevados a uma dimensão maior do que a realidade. Mas o que Michael Chiesa fez na 15ª edição do TUF, a única que teve as lutas exibidas ao vivo na TV americana, admite de forma legítima a classificação acima citada.

Michael não estava entre os favoritos do programa, após vencer Johnavan Vistante na seletiva e, na primeira luta da casa, perder um ponto no round inicial de uma luta de dois rounds. Mesmo assim, conquistou a vitória sobre Jeremy Larsen sem a necessidade do round desempate. Entre os dois combates, a notícia que seu pai havia falecido quase o tirou da disputa. Todavia, Michael decidiu seguir em frente.

Na fase seguinte, o nocauteador Justin Lawrence começou assustando o “Maverick”, mas Chiesa conseguiu levar a luta para o round de desempate e então chegou ao nocaute técnico graças ao ground and pound, sua melhor arma. Na semifinal, teve muito trabalho com James Vick, mas o final foi o mesmo da luta anterior: nocaute no ground and pound. Então veio a estreia para valer no octógono, na final contra o grande favorito Al Iaquinta. Como em todas as suas lutas, começou levando um baita sufoco, mas achou um mata-leão justo em menos de três minutos de combate, conseguindo o contrato de seis dígitos, o cheque de submissão da noite e o título do TUF.

Mike compensa a trocação deficiente com um grappling de alto nível, com wrestling e jiu-jítsu afiados. Ele tem 25 anos, 1,85m de altura, com 1,90m de envergadura. Seu cartel perfeito em oito lutas teria 50% de aumento caso as vitórias na casa do TUF fossem consideradas.

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O adversário de Chiesa será Anton Kuivanen, nascido na Estônia e naturalizado finlandês. Na juventude, Anton praticou hóquei no gelo e futebol. Ele chegou a ensaiar uma carreira profissional em ambos os desportos, mas acabou se empolgando ao iniciar os treinamentos no boxe e logo migrou para o MMA. Após carreira europeia de vinte lutas, a grande maioria em território finlandês, e ostentar o cinturão do pequeno evento “The Cage”, Kuivanen recebeu o convite do UFC para estrear contra Justin Salas, que o derrotou em luta animada. No UFC 149, o europeu conseguiu a recuperação, com uma vitória sobre Mitch Clarke em decisão estranhamente dividida, uma vez que foi bem claro o primeiro round para Clarke e os dois seguintes para Kuivanen.

O finlandês tem um estilo agressivo, intenso e raçudo, mas a técnica e a força física ainda estão aquém do necessário para vislumbrar uma caminhada ao topo da divisão. Não tem um estilo de luta de base muito claro, característico de um atleta de MMA propriamente dito. Divide seus treinos entre a sua antiga equipe finlandesa, a Team MMA Finland, e a famosa American Top Team. Anton está com 28 anos, tem doze centímetros a menos na altura e oito a menos no alcance que Michael e seu cartel profissional é de 17-5, com quatro vitórias por nocaute e oito por submissão. A derrota para Salas foi a única nas suas últimas onze lutas.

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Como de costume para um campeão do TUF, o primeiro adversário após o fim do programa é acessível, na medida certa para fazer uma boa luta sem queimar o prospecto. Chiesa deve fazer valer seu bom grappling e sua força física, conquistando uma vitória por nocaute técnico ou, na pior das hipóteses, por decisão.

Dennis Bermudez (EUA) vs Matthew Grice (EUA)

Atleta de luta olímpica estilo livre na universidade, Dennis Bermudez tem o costume de esquecer suas raízes quando entra no octógono. Raçudo e voluntarioso, normalmente parte para cima dos adversários com muita fúria e técnica meio rudimentar de trocação, principalmente no aspecto defensivo. Ele foi revelado pelo TUF 14, quando acabou vice-campeão, derrotado por Diego Brandão na final com uma bela chave de braço ao fim de um insano round inicial.

Bermudez teve ótima apresentação contra Pablo Garza, vencendo na decisão. Em seu último combate, submeteu Tommy Hayden no primeiro round com uma justa guilhotina. Aos 25 anos, o baixinho de 1,68m de altura e alcance acumula cartel profissional de 9-3, com três nocautes e duas submissões a seu favor. Todas as suas derrotas foram por submissão.

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Matt Grice tem um interessante currículo de luta olímpica no ensino médio, com feitos notáveis nesse grau, mas com problemas de contusões nos tempos de universidade. Por conta disso, foi all-american da Divisão I da NCAA apenas em um ano. Ao migrar para o MMA, teve uma excelente carreira fora do UFC, com treze vitórias e nenhuma derrota. Porém, quando o funil aperta (contra atletas mais capacitados), até oferece resistência, mas seu cartel no octógono é de 2-4 e já está em sua segunda passagem, após ser demitido em 2009 lutando como peso leve. As vitórias no UFC foram sobre o discreto Jason Black e o famoso, porém limitadíssimo, Leonard Garcia em sua última luta.

“The Real One” está com 31 anos, tem cinco centímetros a mais na altura e oito a mais na envergadura que Bermudez. Seu cartel profissional é de 15-4, com seis nocautes e quatro submissões a favor. Suas derrotas são divididas igualmente para cada uma das vias rápidas.

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Esta luta promete ser interessante, posto que os dois atletas são resistentes, mas deixam consideráveis brechas defensivas. Enquanto Bermudez costuma procurar a trocação, Grice gosta mais da luta agarrada. A aposta é em uma vitória de Bermudez, na decisão.

Samuel Stout (CAN) vs Caros Fodor (EUA)

O experiente e habilidoso Sam Stout fará neste sábado sua décima quinta luta no octógono. Costuma vagar pelos cards preliminares, sem conseguir uma sequência de vitórias que o leve à parte de cima da divisão. Stout é um trocador versátil e com excelente defesa de quedas, o que faz com que a maioria dos seus combates comecem e terminem em pé. Ele tem o apelido de “Hands of Stone”, mas suas mãos não têm se mostrado tão duras como pedra, visto que, em suas últimas onze lutas, dez terminaram com o anúncio das pontuações atribuídas pelos jurados.

Samuel vinha em uma boa sequência, com cinco vitórias e duas derrotas em decisões contestadas, mas fez uma luta ruim na derrota para o compatriota John Makdessi no UFC 154 e voltou para a “metade de baixo da tabela. O canadense tem 28 anos, 1,75m de altura, 1,78m de envergadura e um cartel profissional de 18-8-1, com nove vitórias por nocaute, cinco bónus de “luta da noite” e um de melhor nocaute.

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O adversário do canadense será o americano Caros Fodor, originário do Strikeforce e que deve fazer bom papel no UFC. Fodor começou no kickboxing, mas desenvolveu um jogo de quedas e finalizações muito perigoso, além de um ground and pound furioso e incansável. Depois de emendar cinco vitórias seguidas, mostrando muita versatilidade com variações como triângulo de mão, joelhadas e ground and pound, teve um duelo com toda a cara de title eliminator contra Pat Healy, mas acabou sucumbindo ao grande poder de finalização do rival, batendo dentro de um profundo katagatame.

Fodor precisa mostrar no UFC que suas vitórias não são apenas motivadas pelo nível de baixo a mediano dos adversários (o mais perigoso foi Justin Wilcox), já que o primeiro oponente do primeiro escalão que enfrentou o derrotou com menos dificuldade que o esperado. Caros tem 1,75m de altura, 1,88m de envergadura e cartel de 7-2, com dois nocautes e três finalizações a favor. Todas as suas duas derrotas vieram por submissões.

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Stout tem tudo para levar vantagem em pé nesta luta, pois, apesar dos dez centímetros a menos na envergadura, tem técnica suficiente para entrar e sair golpeando. Mas Fodor reúne condições de fazer uma luta implacável e sufocante contra o canadense, apelando para quedas e controle de posição. Em luta de difícil previsão, devido ao possível equilíbrio, o palpite é de uma vitória de Sam por decisão.

Kenneth Robertson (EUA) vs Brock Jardine (EUA)

Kenny Robertson estreou no UFC sendo facilmente nocauteado por Mike Pierce, no UFC 126. Foi dispensado e voltou para substituir Jon Fitch contra Aaron Simpson após nocautear o brasileiro Lucio Linhares com um belíssimo soco rodado pelo evento Fight Festival. Contra Simpson, foi tão dominado como contra Pierce, mas conseguiu resistir até o fim do combate.

Lutador corajoso, daqueles que não se incomoda em trocar pancadas, Robertson tem na luta agarrada sua principal arma, ainda que as derrotas para Pierce e Simpson tenham mostrado o contrário. Kenny está com 29 anos, tem 1,78m de altura e 1,88m de envergadura. Seu cartel contém onze vitórias, com seis nocautes e quatro submissões, além das duas derrotas supracitadas.

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Brock Jardine é companheiro de treinos de Ramsey Nijem, Steven Siler e Glover Teixeira na The Pit, equipe de Chuck Liddell. Ele estreou no UFC ao ser o segundo substituto de Rich Attonito na luta contra Rick Story. Foi amplamente dominado, mas pode argumentar que esta será a primeira luta no UFC em que teve tempo suficiente para uma boa preparação.

Jardine é um atleta versado em kickboxing e wrestling, forte fisicamente, mas teve problemas quando enfrentou atletas que não deixaram espaço na luta em pé. Ele tem 27 anos, 1,80m de altura e 1,85m de alcance. Seu cartel profissional é de 9-2, com três vitórias por nocaute e quatro por submissão.

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Duelo que deve ser animado, entre atletas que não devem aspirar voos muito altos. A aposta é em uma vitória de Kenny por decisão.

Jon Manley (EUA) vs Aoutneil Magny (EUA)

Duelo entre os dois semifinalistas derrotados no “The Ultimate Fighter 16″, que normalmente ocorreria no dia da final do programa, mas foi adiado por conta da suspensão médica imposta a Neil Magny.

Jon Manley é um faixa-marrom de jiu-jítsu, com talento para finalizações, mas com dificuldades em levar a luta para o chão em situação de vantagem. No TUF, ganhou a vaga na casa ao derrotar Ricky Legere Jr. na decisão e conquistou o bónus de submissão da temporada quando pegou James Chaney em uma justa guilhotina que lhe rendeu até uma mordida no braço, em tentativa desesperada de Chaney aliviar a pressão do golpe. Em nova decisão, venceu Joey Rivera, em uma das lutas mais chatas da temporada.

Na semifinal, Manley foi derrotado pelo futuro campeão do programa Colton Smith em mais uma luta sonolenta, onde demonstrou seus pontos mais deficientes: a trocação e a dificuldade em conseguir domínio no clinch e quedas. Com 26 anos, Jon tem 1,83m de altura e cartel oficial de 7-1, com três submissões a seu favor.

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Neil Magny derrotou Frank Camacho na seletiva para o TUF, onde foi da equipe adversária de Manley, o Team Shane Carwin. Contra o especialista em jiu-jítsu Cameron Diffley, mostrou uma trocação afiadíssima, que pode ser o diferencial contra Manley. Mais uma vitória na decisão contra Bristol Marunde, que era um dos favoritos ao contrato e Magny foi para a semifinal contra Mike Ricci. O sonho da final acabou para Neil em forma de uma cotovelada perfeita disparada por Ricci, pouco depois de um knockdown em um direto de esquerda violento.

O jogo de Magny é pavimentado em uma movimentação interessante, com boxe muito técnico, embora com pouca pegada. Sua defesa de quedas é razoável e o chão foi pouco explorado, mas virou motivo de sua única derrota profissional, quando foi guilhotinado por Andrew Trace. Neil está com 25 anos, tem 1,88m de altura e cartel de 7-1.

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A movimentação e defesa de quedas serão fundamentais na estratégia de Magny para repetir o desempenho que teve contra Diffley. Já Manley precisa levar a luta para o solo e explorar seu jiu-jítsu ofensivo. Mas será uma missão espinhosa, e Magny deve levar na decisão.

Yuri Villefort (BRA) vs Nah-Shon Burrell

Este duelo estava marcado para o “Strikeforce: Melendez vs Healy”, mas todo o evento foi cancelado devido à lesão de Gilbert Melendez e à impossibilidade de a luta principal ser realizada.

Yuri Villefort tem o MMA no seu DNA, pois é filho do mestre Índio, antigo lutador da época em que o desporto ainda era chamado e tratado como Vale-Tudo, e seu irmão Danillo também é um lutador importante, com passagens por UFC, WEC, Strikeforce e Shark Fights. Desde criança, Yuri pratica judô, jiu-jítsu e muay thai e se transformou em um lutador bem versátil, com poder razoável de nocaute e muito perigoso no jogo de solo.

Na primeira concorrência mais forte que enfrentou, o brasileiro perdeu sua invencibilidade para Quinn Mulhern, no Strikeforce, em decisão dividida. Por conta deste revés, Yuri já estreia no UFC com pressão pelo resultado para não correr riscos de ser mais uma vítima do afiado facão da organização. Villefort está com 21 anos, tem 1,83m de altura, 1,85m de alcance e seu cartel ostenta sete vitórias, duas por nocaute e três submissões, e a derrota para Mulhern.

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Assim como Yuri, seu oponente Nah-Shon Burrell também vem de derrota em sua última apresentação no Strikeforce e precisa da vitória neste sábado para não virar estatística.

Burrell começou seus treinamentos focando direto no MMA, sem uma arte marcial destacada de base. Sua maior qualidade está na trocação, com boa movimentação e golpes duros. Nas quatro lutas que fez no Strikeforce, foram três vitórias consecutivas – na última delas, Burrell recebeu de presente dos juízes laterais, contra James Terry – e um duro nocaute sofrido contra Chris Spång, irmão do lutador do Bellator Andreas Spång.

O “Rock-n-Rolla” está com 23 anos e tem 1,85m de altura e envergadura. Seu cartel profissional no MMA é de 8-2, com seis nocautes a seu favor. A derrota para Spång quebrou uma sequência de seis vitórias seguidas.

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Para Yuri, a melhor táctica é buscar aplicar seu grappling e levar vantagem no clinch e solo. Para o americano, a luta em pé na distância é mais interessante. Acredito que o brasileiro tenha um pouco de problemas com a movimentação de Burrell, mas acabe conseguindo uma submissão que lhe dê a vitória.

Card Principal

Ronda Rousey (EUA) vs Elizabeth Carmouche (EUA)

A trajetória de desconhecida para estrela de Rousey foi tão meteórica fora quanto dentro dos cages. E o sucesso não foi obtido apenas à base de trash talking e da bela aparência. Ela precisou de duas vitórias em pouco mais de um minuto somadas para disputar o cinturão do Strikeforce. Tomou o cinturão de Miesha Tate em mais quatro minutos e meio e defendeu contra Sarah Kaufman, novamente dentro do primeiro minuto.

Primeira judoca americana a conquistar uma medalha olímpica, vice-campeã mundial e campeã pan-americana, Ronda tem no jogo de quedas e transição agressiva para a chave de braço sua maior ferramenta. A luta agarrada da campeã é aprimorada pelo treinador Gokor Chivichyan, mestre de judo, sambo, wrestling e jiu-jítsu, além de constantes visitas aos irmãos Diaz na academia de Cesar Gracie.

Diferentemente do que pensa a maioria, a luta agarrada não é a única arma de “Rowdy” (Encrenqueira). O boxe desenvolvido pelo treinador Edmond Tarverdyan e pela ex-campeã mundial de boxe e kickboxing Lucia Rijker, uma das melhores da história, está cada vez melhor, principalmente o jab rápido, que se beneficia da postura adquirida no judo, também com o pé esquerdo à frente, para ser um eficiente meio de encurtar a distância e chegar ao clinch.

Como amadora, Rousey venceu três combates, todos finalizados com chave de braço em menos de um minuto. No profissionalismo foram mais seis lutas, todas vencidas com a mesma ferramenta e apenas Tate sobreviveu à primeira volta do ponteiro dos segundos do cronómetro, mas quase teve o cotovelo destruído. A campeã tem 26 anos e mede 1,68m de altura e envergadura.

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O pensamento geral é que Carmouche foi lançada como boi-de-piranha, como um nome para manter intacto o estrelato e o cinturão da queridinha de Dana White. A vontade de provar o contrário moverá a desafiante no octógono.

Ex-integrante do Corpo de Fuzileiros Navais com missão no Iraque nas costas, Girl-Rilla passou pelo sistema de treinamento dos Marines e desenvolveu o muay thai, o clinch e o ground and pound como maiores armas desde que passou a se dedicar ao MMA. Ou seja, é uma lutadora fisicamente e mentalmente muito forte. Para azar da desafiante, seu ponto fraco é exactamente o maior poder da campeã, quando acaba em posição de desvantagem no solo. Por exemplo, ela passava o carro em Marloes Coenen e, quando estava a minutos de conquistar o cinturão do Strikeforce, sucumbiu a um triângulo da holandesa. Lembrou de alguma luta no UFC 117?

Três anos mais velha que Ronda, Carmouche tem a mesma altura da campeã, mas aparenta ser menor em todas as vezes que ficou ao lado de Rousey. Seu cartel profissional é de 8–2, com cinco vitórias por nocaute e mais duas por submissão. Além da derrota para Coenen, Liz perdeu para a também ex-campeã do Strikeforce Sarah Kaufman, desta vez por decisão.

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Carmouche sempre procura tomar a iniciativa dos combates e se enrolou quando Kaufman não a permitiu fazer. Contra Rousey, a situação deverá ficar ainda mais à mostra, já que a campeã parte para cima desde o primeiro segundo.

Kaufman, que é mais técnica na trocação que Carmouche, não conseguiu impedir a aproximação de Ronda. Não há motivo para achar que será diferente no sábado. Tampouco há motivo para pensar que vá demorar muito. Como Rousey é persistente, ela vai encurtar e insistir até derrubar. No chão, poucos no mundo têm tanta facilidade em encaixar uma chave de braço ajustada. Provavelmente veremos a sétima de Ronda no round inicial.

Dan Henderson (EUA) vs Lyoto Machida (BRA)

Hendo saiu do UFC brigado com Dana White e voltou com o cinturão do Strikeforce, a uma luta de disputar o principal cinturão do planeta. Venceu Maurício Shogun numa das batalhas mais memoráveis da história, mas estourou o joelho a dez dias de enfrentar Jon Jones e perdeu o posto de desafiante para Chael Sonnen.

Wrestler de primeira linha, atleta olímpico em 1992 e 1996 na greco-romana, ex-integrante da Arizona State University e até hoje na Team Quest, reduto de vários dos maiores wrestlers da história do MMA, Hendo é óptimo nas quedas e no clinch, mas acabou ficando famoso por conta da Bomba-H, apelido que a bigorna que reside na extremidade de seu braço direito recebeu. A Bomba-H quase arrancou a cabeça de Michael Bisping e colocou gente do porte de Fedor Emelianenko, Wanderlei Silva, Renato Babalu e Rafael Feijão para dormir. Ou seja, de peso médio a pesado, Hendo já mandou muitos para a vala.

O grande problema do mito desdentado é sua data de nascimento. Com a demissão de Vladimir Matyushenko, cabe a Hendo o posto de mais velho lutador do UFC na atualidade. Ele tem vasto currículo de títulos, começando no Brazil Open de 1997, passando pelo torneio dos médios do UFC, pelos cinturões dos médios e meio-pesados do PRIDE (ele é o único a ter conquistado dois títulos simultaneamente num evento de grande porte) e acabando com a coroa do Strikeforce. Só falta o cinturão do UFC para coroar o maior cabra-homem da história do MMA, que tem cartel de 29–8 (13 vitórias por nocaute, uma submissão por joelhada e 14 por decisão) e jamais sofreu nenhum tipo de nocaute.

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Desde que viu a Era Machida terminar, o brasileiro entrou numa fase ruim que se misturou com uma boa notícia. As derrotas para Shogun, Quinton Jackson e Jon Jones aconteceram entre a recuperação do poder de nocaute do Dragão, que mandou Randy Couture e Ryan Bader para o beleléu.

A origem de Lyoto é no karatê shotokan, arte aprendida com o pai desde os três anos e que ele ostenta o terceiro dan na faixa preta. Mas o baiano radicado no Pará é daqueles fenómenos com enorme facilidade de aprendizado. Machida é preta de jiu-jítsu, foi vice-campeão brasileiro de sumô, arte que ele adaptou algumas quedas laterais em seu repertório. O ex-campeão ainda tem excelente defesa de quedas e precisão ímpar no disparo de golpes.

Com 1,85m de altura e 1,88m de envergadura, Lyoto tem 34 anos e é profissional no MMA desde 2003. Seu retrospecto profissional hoje alcança 18–3, com 10-3 no UFC. Seus triunfos basicamente se dividem entre sete nocautes e nove decisões – Machida não finaliza desde a vitória sobre Thierry Sokoudjou, em 2007. Ele foi nocauteado por Shogun, finalizado por Jones e assaltado contra Rampage.

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Lyoto não tem o queixo de Shogun. Isto quer dizer que, caso uma Bomba-H encontre o alvo, o brasileiro vai acordar com a lanterninha do médico no olho. Mas não será tão fácil assim.

Apesar das derrotas recentes, Machida continua sendo um alvo difícil de ser encontrado no octógono. Para agravar, wrestlers de mão pesada como Hendo (e Bader, Couture, Rashad, Tito…) são o prato preferido do brasileiro. Como Lyoto está visivelmente mais magro, já pensando numa visita aos médios, podemos esperar muita movimentação e a precisão de sempre nos contragolpes. A ideia deve ser cansar Hendo para facilitar o serviço no fim da luta. E não duvidem de Machida ser o primeiro a nocautear Henderson. Se não rolar um nocaute técnico ou finalização no terceiro round, o brasileiro deve vencer por decisão.

Urijah Faber (EUA) vs Ivan Menjivar (ELS)

Outrora maior ídolo das categorias menores no WEC, Faber não vive seus melhores dias. Desde que migrou para o UFC, já como peso galo, foi derrotado por Dominick Cruz e Renan Barão em disputas de cinturão, ficando em situação estranha na divisão: popular o suficiente para receber novo title shot com mais duas vitórias, mas já derrotado pelos dois campeões.

O líder da Team Alpha Male desenvolveu o jogo que é disseminado na equipe, com uma mistura de wrestling poderoso e perigosas finalizações, principalmente a guilhotina. O ritmo e o condicionamento atlético já foram muito acima da média, mas o tempo é implacável. Ainda assim o California Kid é capaz de imprimir velocidade para cima dos oponentes. Sua maior deficiência é a defesa de chutes baixos e a pouca exploração de combinações na trocação, condições que podem ser exploradas por Menjivar.

Faber está com 33 anos e tem 1,68m de altura, com sete centímetros a mais no alcance. Ele é faixa-marrom de jiu-jítsu de Fabio Pateta e treina boxe e muay thai com o excêntrico Thonglor Armatsena, o “Master Thong”. Urijah tem cartel de 26-6, sendo 2-2 no UFC e 9-3 no WEC. Ele pegou seis oponentes na guilhotina e outros seis no mata-leão, enquanto nocauteou sete vezes e fez dois adversários pedirem para parar debaixo de pancadas. Foi nocauteado por Mike Brown no WEC e por Tyson Griffin, antes ainda.

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O “Orgulho de El Salvador” não tem um décimo da popularidade de Faber, mas já fez muitas lutas interessantes. Ele estaria invicto nesta segunda passagem pelo UFC se não fosse uma actuação abaixo de seu normal contra Mike Easton. No último combate, Menjivar mostrou malandragem para sacar uma chave de braço contra o duro Azamat Gashimov.

Companheiro de equipa de Georges St-Pierre, um ex-oponente da época que lutava como meio-médio, na Tristar Gym, Ivan é um trocador empolgante, com repertório versátil e agressividade na aproximação. Além disso é faixa-marrom de jiu-jítsu e dono de guarda de respeito.

Menjivar está com 30 anos e tem um centímetro a menos na altura do que Faber. Seu cartel é de 25–9, sendo 4-2 no UFC e 4-1 na passagem actual. Ele nocauteou nove adversários e finalizou outros dez. O experiente lutador naturalizado canadense só foi nocauteado uma vez, por GSP, e finalizado outra, também como meio-médio. E estas derrotas aconteceram há onze anos.

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A principal chave para Menjivar conquistar sua quinta vitória no UFC é manter o combate de pé, preferencialmente da média para a longa distância. Deste modo ele será capaz de deixar Faber ocupado tentando bloquear chutes baixos enquanto recebe combinações na cabeça.

Por outro lado, o California Kid vai buscar encurtar e cansar Menjivar no clinch até conseguir derrubar. Com sua ação no solo, ele poderá mesclar entre o ground and pound e vários ataques buscando uma submissão. Uma hora, uma delas entra e Faber resolve a parada.

Courtney McGee (EUA) vs Joshua Neer (EUA)

Depois de conquistar o TUF 11 como peso médio e vencer dois combates na sequência, McGee não conseguiu dar conta de Constantinos Philippou e Nick Ring (apesar do resultado ter sido controverso), vendo-se obrigado a baixar de categoria.

Wrestler com um boxe ajustado, principalmente nos golpes em linha reta, bom no clinch contra a grade e batendo andando para frente, McGee costuma lutar num ritmo agressivo e constante. No chão, deve ficar mais perigoso agora que terá vantagem física sobre vários concorrentes. Mesmo nas derrotas recentes McGee mostrou bons momentos, como na blitz aplicada no terceiro round contra o cipriota.

Aos 28 anos, ex-alcoólatra e viciado em heroína, Court tem 28 anos, 1,80m de altura e longos braços que alcançam 1,93m de envergadura. O parceiro de equipe de Gliover Teixeira na equipe The Pit, de Chuck Liddell, tem cartel de 14-3, com 3-2 no UFC. Ele finalizou sete adversários, conquistou dois nocautes e só foi derrotado por decisão.

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A actual passagem pelo UFC mostra bem a irregularidade da carreira do Dentista. Ele aplicou uma clínica de cotoveladas em Keith Wisniewski, começou apanhando de Duane Ludwig antes de finalizá-lo, começou batendo em Mike Pyle antes de ser nocauteado em contragolpe e ficou preso numa guilhotina do mediano Justin Edwards.

A gangorra de emoções nas lutas de Neer garantem não só o emprego como a posição em cards principais de eventos concorridos como este. Pupilo de Pat Miletich, faixa marrom de jiu-jítsu, ele é perigoso no chão em qualquer situação, apesar de se expor em alguns momentos. Na trocação o queixo resistente de outrora parece dar sinais de cansaço por causa da longa estrada.

Apesar de ter apenas 29 anos, Neer é um veterano de 46 lutas de MMA profissional. Seu cartel atualmente conta com 33 vitórias, sendo 17 por nocaute e 12 por submissão, 12 derrotas e um empate. O Dentista tem 1,80m de altura e envergadura.

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Como de costume, Neer deve partir como um touro para cima de McGee. Maior, mais forte e mais bem condicionado, Court deve buscar o clinch para cortar o ritmo do oponente e cansá-lo, abrindo caminho para uma vitória por decisão.

Joshua Koscheck (EUA) vs Robert Lawler (EUA)

Quando o UFC 158 foi anunciado com diversos meio-médios de elite, Kos minimizou dizendo que não poderia considerar deste modo se ele estava fora. E o semifinalista do TUF 1 tem razão. Não fosse uma derrota óbvia para St. Pierre e uma controversa para Johny Hendricks, Josh estaria agora com sete triunfos consecutivos nos últimos quatro anos.

Koscheck é o retrato do lutador de MMA americano, com base sólida no wrestling e nos punhos pesados. Ele foi campeão invicto da Divisão I da NCAA pela Edinboro University em 2001, vice em 2000, terceiro em 2002 e recebeu status de all-american em todos os quatro anos que disputou o circuito nacional universitário. Desde que migrou para o MMA treina na American Kickboxing Academy, onde recebeu a faixa preta do sistema Guerrilla Jiu-Jitsu, desenvolvido pelo treinador Dave Camarillo. Quando o técnico rompeu com a equipe, Kos também deixou a AKA e passou à Dethrone Base Camp de Fresno, Califórnia, onde treina com “Big” Lavar Johnson, que luta nas preliminares deste sábado.

Aos 35 anos, Kos tem 1,78m de altura e 1,85m de envergadura. Seu cartel profissional já alcançou a marca de 17-6, com 15-6 no UFC, o que lhe deixa na sexta colocação dentre os lutadores que mais atuaram na história do UFC. Ele conquistou cinco nocautes e cinco submissões, tendo sido nocauteado apenas por Paulo Thiago, há quatro anos, e finalizado por Drew Fickett em sua terceira luta na organização.

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Lawler não é um virtuose que vai disputar o cinturão um dia. Nem por isso deixa de ser legal vê-lo em ação. O cidadão é um nocauteador da pesada, com vasta colecção de corpos estirados no chão. No Strikeforce foram três, todos sensacionais.

Poder de nocaute é atribuído a muita gente. Como dizem os americanos, one punch power, ou capacidade de nocautear com um só soco. Poucos justificam tanto a denominação quanto Lawler. Para quem viu ao vivo, é difícil esquecer o nocaute sensacional que ele aplicou em Melvin Manhoef, no Strikeforce, depois de praticamente apenas apanhar por mais de três minutos. Também é inesquecível a pancada contra Matt Lindland, com direito a arrumada nas pernas do oponente nocauteado. Ou ainda a joelhada voadora em Adlan Amagov, quando parecia que Robbie passaria sobre a grade. Porém, o pupilo de Matt Hughes na HIT Squad tem sérias dificuldades com a luta agarrada, o que pode lhe custar a luta neste retorno ao UFC.

Aos 30 anos de idade e com quase o mesmo número de lutas e aniversários, Lawler tem 1,80m de altura e cartel de 19-9, com um no contest e 4-3 no UFC. Nem é preciso reforçar qual método rendeu mais vitórias ao “Ruthless” (Implacável), apenas dizer que a taxa de nocautes do elemento é de 84%, com 16 lutas acabando do jeito mais doloroso. As derrotas também mostram certa obviedade, visto que Lawler foi finalizado em cinco oportunidades. O queixo de aço garante sobrevida – apenas Nick Diaz o nocauteou, há quase nove anos, na última vez que lutou como meio-médio, no UFC 47.

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Parar diante de Lawler é convite para a área vip do fundo da vala. Porém, wrestlers de elite que não estejam cansados de guerra como Lindland costumam deitar os cabelos no Ruthless.

Apesar da torcida por um quebra-pau de proporções bíblicas, o que devemos ver mesmo é Kos repetindo a táctica que lhe rendeu a vitória sobre Paul Daley, no UFC 103, abusando do clinch, das quedas e do controle por cima. Numa destas situações, Lawler deve se render em algum estrangulamento.

Antevisão original de MMA-Brasil 
http://www.mmabrasil.com.br/

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 Tudo pronto para a primeira luta feminina da história do Ultimate. Ronda Rousey e Liz Carmouche passaram pela balança nesta sexta-feira e bateram com sobras o limite de 61,2kg da categoria galo feminino, confirmando a primeira disputa de título entre mulheres da história da companhia, no UFC 157 deste sábado.

Desafiante ao cinturão, Carmouche foi a primeira entre as duas a subir na balança, e marcou 60,5kg, confortavelmente abaixo do limite da divisão. Em seguida, Rousey, que entrou no UFC já como campeã - era a dona do título no extinto Strikeforce - apareceu com cara de poucos amigos. Usando um top do Ultimate, ela só abriu o sorriso quando seu peso foi anunciado: 61kg. Curiosamente, ela ainda calçou suas botas antes de fazer a tradicional encarada pré-luta, aparecendo assim levemente mais alta que sua adversária.

Além de Rousey e Carmouche, 23 dos 24 lutadores no card bateram o peso sem maiores problemas, incluindo os atletas do coevento principal, o brasileiro Lyoto Machida e o americano Dan Henderson. Nenhum dos dois precisou tirar nem a bermuda para subir à balança. "Hendo" marcou 93kg, valor exato do peso-meio-pesado, enquanto Lyoto registrou 91,6kg.

Logo na primeira luta do card, um dos atletas a subir no palco ultrapassou o limite de peso da categoria: Nah-Shon Burrell, adversário do estreante brasileiro Yuri Villefort, apareceu com 79,7kg, mais de dois quilos acima da libra extra de tolerância para o peso-meio-médio. Entretanto, Villefort, que registrou 77,1kg, aceitou o combate e receberá 20% da bolsa do adversário. Mais tarde, Michael Chiesa, ex-campeão do TUF, marcou 70,85kg, pouco acima do valor máximo para o peso-leve, de 70,8kg. Dana White, presidente do UFC, porém, o liberou de tirar a cueca para bater o limite e o mandou diretamente para a encarada com Anton Kuivanen

Confira os pesos dos atletas para o UFC 1567

 CARD PRINCIPAL

Peso-galo (até 61,2 kg): Ronda Rousey (61kg) x Liz Carmouche (60,5kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4 kg*): Lyoto Machida (91,6kg) x Dan Henderson (93kg)
Peso-galo (até 61,7 kg*): Urijah Faber (61,7kg) x Ivan Menjivar (61,5kg)
Peso-meio-médio: Court McGee (77,1kg) x Josh Neer (77,6kg)
Peso-meio-médio: Josh Koscheck (77,6kg) x Robbie Lawler (77,6kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-pesado (até 120,7 kg*): Brendan Shaub (110,2kg) x Lavar Johnson (115,7kg)
Peso-leve (até 70,8 kg*): Michael Chiesa (70,8kg) x Anton Kuivanen (70,8kg)
Peso-pena (até 66,2 kg*): Dennis Bermudez (65,8kg) x Matt Grice (65,8kg)
Peso-leve (até 70,8 kg*): Sam Stout (70,3kg) x Caros Fodor (70,3kg)
Peso-meio-médio: Kenny Robertson (77,1kg) x Brock Jardine (77,1kg)
Peso-meio-médio: Jon Manley (77,6kg) x Neil Magny (77,6kg)
Peso-meio-médio: Nah-Shon Burrell (79,7kg) x Yuri Villefort (77,1kg)

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