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Análise e Pensamentos do WWE RAW: Volte para o buraco d'onde viestes


A WWE apresentou o penúltimo RAW em antes do por sua vez último PPV em antes da Wrestlemania XXIX. A seguir, tudo o que se passou é arrazoado. Se destacou o antigo WWE Champion CM Punk, além da rivalidade entre World Heavyweight Champion Alberto del Rio vs. Big Show e John Cena esteve no holofote como habitual. 

Não que seja ruim, sequer, ter John Cena no spotlight. Coincidência é, contudo, o fato de que vez mais ele falha em trazer qualidade estando nesta posição. Desde semanas antecedentes ao Royal Rumble, o chain gang member mantém-se no topo mas a desagradar. O segmento final deste RAW pecou e da minha parte existe um desconhecimento se a culpa verídica foi ou não de Cena.

Brad Maddox a desafiar os The Shield faz sentido. Mostra que a WWE planeja um push para o jovem, na forma de mantê-lo em todas as edições a envolver-se em algo proeminente. Mas pela forma como ocorreu tudo, fiquei na expectativa por mais.

Um possível face turn de Maddox, para se ter a ideia, é o destaque deste segmento final, tamanho o nível de prescindível que foi. Os próprios The Shield pareceriam ter lambido balas de ecstasy, quase como se fossem cães com hidrofobia, berrando por ter nocauteado um ninguem, que jamais venceu um combate no roster principal.

Mas não perdi o ânimo pois três dos principais nomes da WWE desceram pela plateia numa forma criativa e ao mesmo tempo um cliché clássico. Mas a surra que perpetraram ao Shield foi indigna e sem o mínimo de importância. Quase como um encher chouriços ou um "acabe com a depressão do espectador" que parece um "me dê depressão, por favor".

Em geral e na realidade, a pancadaria derradeira resultou em nada. Supérflua.

E esta palavra supracitada define meu sentimento geral. O RAW foi um programa que apesar de completar-se a ínfimos dias de um de seus principais PPVs do ano, pouco fez para tal, sendo um show que se não for visto, basicamente resulta na mesma.

Aliás, isto vem tornando-se muito habitual com casos onde podemos ver replays, ou melhor, remakes piorados de muitas lutas que ocorrem numa base semanal na WWE. Não existe explicação plausível para se ter desforras constantes entre Ryback vs. Antonio Cesaro ou Wade Barrett vs. Randy Orton. É algo idiota a forma como nos tratam, enquanto espectadores. Por mais que gostemos de um ou dois destes embates, a repetição nos faz cair na monotonia. Poderia-se variar e mesclar-se nomes que sequer apareceram no show.

E não acho que isto seja culpa do (e repito em uníssono) bom projeto de três horas. É culpa do booking, que entretanto é consciente. Se fizerem uma análise calculista, verão que em todos, sem exceções, RAWs desde julho tivemos sempre duas ou mais lutas de qualidade à nível de PPV, sendo que nesta edição se destacam Rey Mysterio vs. Daniel Bryan e CM Punk vs. Chris Jericho.

Apesar de ter sido apenas a segunda vez na história, a contenda entre o campeão de duplas e o mascarado latino repetiu a boa qualidade da primeira, o que já era ansiado sendo ambos excelentes senhores dentro do ringue, com experiência para conduzir um ambiente dentro do tempo que tiveram. O estilo adaptado a algo técnico foi bom e Mysterio mostrou ser um capitalizador para reações do público, puxando em momentos como o 619. Bryan apresentou uma estratégia bem metódica, errando poucos golpes e tentando combater a ofensiva ligeira do antigo campeão mundial. Era do meu feitio que isto se findasse em algo ainda mais periódico, talvez com uma feud a ser construída ou com a união dos dois num par.
Já CM Punk vs. Chris Jericho foi o que deveria ser. Quando se coloca dois dos melhores de sempre em um ringue só pode resultar em um clássico como este - e os quinze minutos de disputa, apenas para salientar, só são possíveis devido as duas horas e trinta de duração do programa. Apesar das repetições de sequencias com finishers e contra-ataques, o público esteve sempre quente.

O segmento inicial do best in the world foi entretido e a forma como brincou com o público o tornou ainda mais vaidoso. Isto veio a acrescer pelo anúncio de People's Champion. A não presença de The Rock não fluiu bem para a feud, que esfriou de alguma forma já que poucas ofensas diretas foram feitas contra o Brahma Bull. Mas nada que veridicamente seja espantoso. Acho que corrigirão na semana que vem.

Jack Swagger regressou mas não mudou nada além do visual. Mantenho minha opinião de que jamais irá longe. Sua carreira morreu após o cash-in falhado mas a verdade é que ele não age como a personagem manda. Não é violento. Não é destruidor.

Alguém que o é, é Brock Lesnar. Lesnar golpeia The Miz no MizTV como quem o quer matar. Tenho gostado da imposição que coloca para defender Paul Heyman e desvia um pouco o foco do que deve ser Brock vs. Triple H na Wrestlemania. Na realidade, chego a imaginar que esta contenda possa nem acontecer.

Mas é só desilusão. Irá sim.

O Next Big Thing é um grande segurança. Aniquilador que não tem medo de quem quer que seja. É imponente e faz o caos reinar no conjunto total que alia o desespero de Heyman que penetra no público na mesma forma que Lesnar destrói tudo.

A interação com Miz não tem grande importância e segue a linhagem do show. Do início, sabia-se que o awesome one não é suficientemente grande para estar ao mesmo nível de um demolidor. Todavia, é plano para o futuro em um segmento com grande visualização ter-se um futuro grande babyface. A WWE continua a apostar no face turn correto e aguardo que isto continue.

O regresso de Mark Henry foi o ponto principal ao meu ver.

Desde os tempos em que via ECW, o Homem mais Forte do Mundo sempre foi alguém que passava desapercebido. Toda a sua carreira, inclusive, foi assim. Mas uma aposta consciente da WWE dois anos atrás mudou isto. Ele se tornou perigoso de verdade, usando do seu corpo massivo para mutilar corpos e quebrar braços. Tornou-se campeão mundial numa das mais brilhantes lutas com um dos melhores finais na memória recente, chocando o público ao vencer limpo o seu principal herói, Randy Orton.

Infelizmente, uma lesão consumiu seu ímpeto e ele perdeu espaço.

Comum nestes casos, precisou de um tempo fora para regressar revigorado e, a julgar pela reação do público, novamente importante. Desde que sua música soou, os sons audíveis de espanto ecoaram na Phillips Arena.

Seus primeiros passos foram a demonstrar confiança e após livrar-se de Daniel Bryan, Rey Mysterio não teve sequer hipótese, perante um dos powerslams mais lindos dos últimos tempos. A forma como atuou com golpes a definir seu tamanho é perfeita. Oro para que isto continue assim. Ou para melhor.


Por que insistem em notar a falta de The Rock em shows? Ah, sim, pela qualidade!

Resta saber se Sammartino estará também na Wrestlemania

Por sinal, Bruno merecidamente lotará a Madison Square Garden uma vez mais.

Queria ser The Miz: apanhar como um animal mas chegar em casa e comer Maryse.

UM PATROCÍNIO: Brock Lesnar mudanças, movemos sofás em 3 segundos.

Classificação: B-
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