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Os melhores heels da história por Johnmds: Colocados 7, 6 e 5



O Professional wrestling é uma história a ser contada ao longo das gerações, e como toda a história, tem de ser completa. Não é a toa que são mais de cinco décadas de sucesso que se mantém com a fórmula concreta de produção com personagens. Existem os bons personagens e os personagens maus. Os mais importantes, os maus, são a base da pirâmide, ajudam a criar heróis e movimentam mercados. Nesta nova série do blog, elejo os 10 melhores heels de todos os tempos.

Os heels, ou vilões, são a essência para qualquer grande ação na luta-livre. Não se faz um face sem um heel, mas se faz um heel sem um face. Eles são como que a válvula para tudo funcionar bem e trazer uma tonalidade de credibilidade para os shows. Uma conversa bem conduzida ou golpes sujos prendem o espectador na televisão muito mais do que ver um sonho de um herói a se tornar realidade.

São eles que trazem emoção e momentos de torcida. Os nomes a seguir fazem parte do grupo célebre que abriu as portas para que se encorajassem e soubessem o modelo de um vilão, e não aquele que fala mal da cidade, mas o que pelo simples andar já tem de ser protegido por seguranças para que o público não o nocauteie. Agradeçam aos 10 títulos desta série e boa leitura.



Ric Flair, “Nature Boy”, dezesseis vezes campeão mundial.

Todos conhecem a Ric Flair. Discutivelmente o melhor da história dentro do ringue e fora deste. O pacote completo.

Alguém que tornou o território de Jim Crockett na potencia mundialmente conhecida como WCW. Um dos primeiros, se não o primeiro heel cool da luta-livre, recebendo um misto de aplausos e vaias dos fãs.

Flair era um vilão daqueles odiados pelo simples fato de ser bom. Não bom, mas o bom. Um tipo de sujeito que ia noite posta noite em combates de mais de uma hora e vencia-os, e ora não o fizesse, acabava por ter apoio do seu grupo Four Horsemen.

Como líder dos Horsemen, Flair foi o capataz, aquele que delegava as ordens e que muitas vezes destruía por completo os lutadores da Jim Crockett Promotions. Um sujeito que faria de tudo para ser campeão mundial e star no main event do Clash of the champions em todas suas edições.

E Naitch desde então ia acumulando cinturões mundiais a sua carreira, batendo adversários e limpando aos poucos os heróis da NWA, incapazes de estarem no mesmo ringue do sucessor de Buddy Rogers.

O mais interessante sobre Flair é o fato de que ele, em uma época ainda onde muitas coisas eram novidade, foi um dos primeiros grandes heels da história. Portanto, ele não teve um apoio ou modelos a serem seguidos, mas sim acabou sendo seu próprio professor, alguém que seria odiado pelo que era, criando sua própria forma de vilão.

Ninguém o ensinou. Foi apenas talento.

Nature Boy era aquilo. De tal forma convincente, não se pensava que havia alguém por detrás das frases e estilo. Estilo este que era tido de sobra. Um dos nomes no wrestling que mais inventou modas. Poucos lutadores podem imitar a Ric sem serem percebidos. Isto devido a ser espalhafatoso, arrogante e...

Ilustre. Sem mais.

WOOOOOOO!



Roddy Piper, “Hot Rod”, hall of famer.

Um heel com atitude muito antes da attitude era.

Um sujeito que falava o que pensa sem medos. Aliás, um dos precursores neste gênero de heels não receosos.

Precursor também em desafiar o sistema. Destruir o capitalismo da WWE por dentro. A começar por Hulk Hogan.

O Hot Rod era alguém inorgânico, que fazia e falava sem sequer pestanejar, acabando com o campeão da WWE na altura, a classificá-lo como um ninguém, overrated e que teve a sorte de chegar onde estava, equivalendo seu trabalho a de um qualquer.

E de que forma melhor para se tornar estrela do que ir buscar popularidade no maior ícone da federação. Mas não só do wrestling.

Quando a qualidade fora do normal de Roddy foi se tornando difícil de sustentar em bases normais, foi-lhe apresentado o conceito Piper’s Pit, onde o microfone e sua liberdade seriam ainda mais ampliadas.

Entretanto, o caráter de anarquia do apresentador seria levado ao limite. O Piper’s Pit, apesar de ter qualidade afora do normal, foi palco de controvérsias como o ataque súbito a Jimmy Snuka com um coco e uma violência contra Cindy Lauper, cantora popular nos anos em questão.

Este ato agravou a rivalidade com Hogan, que passou por momentos épicos como a edição inaugural da Wrestlemania, que catapultaria Piper a rivalizar com outra figura da mídia, Mr. T. Com T, Hot Rod viria a ser o mesmo intenso que sem medo desafiou-o para uma boxing match na segunda Wrestlemania.

Muitas vezes, a vida trata-se de hipocrisia, mas Piper era real e falava da verdade. Talvez por isso, em uma sociedade de duas décadas atrás houvesse tanto ódio com um autentico. Um heel que não mentia e batia de frente com a concorrência. Falava e fazia. Poucos o conseguem, mesmo ao longo da história.

Mas ele foi o primeiro.



“Million Dollar Man” Ted DiBiase, porque todos tem um preço.

O mundo do wrestling e seus vilões havia visto de tudo. Passando por destruidores a covardes. Gigantes a vaidosos. Mas os garanto que Ted Dibiase veio a trazer novos ares para personagens.

O “Million Dollar Man” era egocêntrico, contudo, de forma como ninguém fora anteriormente. Afinal, ele tinha dinheiro.

Este era o ponto do seu sucesso. Como não odiar alguém que não dá valor a absolutamente nada, desvalorizada oponentes, o público, desmascara lutadores, influencia personalidades, perde combates mas não a postura, compra títulos, faz o seu próprio, simplesmente por levar a filosofia de vida de que tudo tem um preço.

Certa vez, Ted ofereceu um dinheiro e presentes a uma criança, caso esta conseguisse quicar uma bola de basquete por quinze vezes ao chão. O púbere começou. A bola foi chutada por Dibiase no décimo quarto quique. A cara de tristeza do pequeno em referencia a gargalhada e desgosto do Million Dollar Man levaram a vaias audíveis.

Mas multipliquem isto por todos os shows em que participava.

Virgil sempre foi seu capacho, cumprindo qualquer coisa proposta e sendo o exemplo real da grudenta catch-phrase do patrão. Como empregado, ele sempre esteve a frente de notórios segmentos e vídeos, que tornaram a persona conhecida.

Engana-se, todavia quem pensa que dentro do ringue, ele era fraco. Dinheiro não compra talento. Isto era evidente nos diversos excelentes combates disputados, chegando inclusive a final do torneio pelo WWE Championship na Wrestlemania IV.

Título este vago na altura pelo acontecimento onde Dibiase comprou o cinturão após Andre the Giant vencer Hulk Hogan em fevereiro. O fato só não consumou o primeiro e único reinado de Ted como campeão mundial pois a WWE negou-se a reconhecer a mera entrega de um boldrié.

Não havia falsidade na ganância e superioridade do vilão, afinal ninguém discorda de um sujeito que oferece e tem dinheiro de sobra. Talvez isto fosse quase que uma inveja dos fãs a serem apontadas na figura de um lutador.

Ted Dibiase lançou o que faria famosos muitos outros lutadores ao longo do tempo. Um grande ator e um único na história. Distinto, fora de controle e intocável.



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