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O Wrestling em Revista (89)


Como prometido no início de Outubro, faço hoje o meu regresso ao Wrestling Notícias, a meio de Janeiro, devendo conseguir reativar este espaço semanal durante o período de um mês.


Figura da semana

Mick Foley



Foi esta semana que se soube da indução da “Hardcore Legend” no Hall Of Fame 2013.

Tecnicamente esteve longe de ser um grande wrestling, mas a imagem que fica de Mick Foley são os sacrifícios que fez pela modalidade, nomeadamente as quedas arriscadas que hoje em dia o debilitam, mas que na altura constituíram momentos marcantes, que vão perdurando até à atualidade. Como se sabe, essa sua vertente foi criticada por Ric Flair, que o comparou com um duplo de Hollywood e chamou-lhe de “duplo glorificado”.

Mas há muito mais para recordar sobre o homem que levava sempre consigo a meia a quem chamava Mr. Socko!

Em primeiro lugar, destaco as suas “mic skills” (ou serão Mick Skills?). Era sem dúvida alguém que sabia (e sabe) o que faz com o microfone na mão, dava a entoação certa às palavras, colocava emoção nas “promos” e isso ajudava-o a ter o público controlado, conforme os interesses da trama.

Em segundo lugar, Foley podia não ser o melhor wrestler técnico mas na condução de combates revelava-se alguém inteligente, sobretudo se fosse algo Hardcore, e não tenho dúvidas nenhumas que ele lutou em algumas das melhores contendas do género. A autêntica batalha que travou contra Triple H no Royal Rumble 2000 foi o combate sem desqualificações (não importa se é Street Fight, Hardcore, Extreme Rules, vai dar ao mesmo…) que mais gostei, não foi aquele genérico “spotty” mas teve uma história bem contada, na qual elevou Triple H com uma grande categoria.

Por último, a elevação que fez de novos wrestlers é mesmo algo que o marca e distingue dos restantes. Pelo que vi sobretudo de combates do ano 2000, não tenho dúvidas, teve um papel fundamental em fazer do “The Game” uma estrela, não só em credibilizá-lo, mas também em torna-lo odiado. Em 2004 foi a grande rampa de lançamento para um tal Randy Orton, e em 2006 aquele “Spear” que sofreu de Edge foi o ponto de exclamação da carreira do canadiano, que o atirou finalmente para o topo, de onde só saiu quando se retirou.

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Da última vez que aqui escrevi, na WWE aproximava-se o Hell in a Cell, e na TNA o Bound For Glory.




Dessa vez, tinha elegido Ryback como a figura da semana. O “powerhouse” tinha acabado de ter uma confrontação visual com CM Punk, e adivinhava-se que pudesse enfrentar o campeão nos próximos PPV’s.
Vendido como um monstro poderoso, mas ainda sem nenhuma “feud” de alto nível, foi a alternativa a John Cena, numa altura em que este recuperava de lesão, encontro-o três meses depois com um relacionamento mais forte com os fãs, que entoam os cânticos “Feed Me More!” com frequência e parecem realmente importar-se com ele.

Em termos de “booking”, reconheço na WWE a pouca sustentabilidade que deu a este “push”, visto que para um “face” com um aspeto indestrutível, perder três vezes para CM Punk, dê por onde der, não lhe favorece, e na oportunidade que tiveram para mostrar que ele estava bem vivo, a sua equipa foi derrotada pelos The Shield (já falarei deles) em PPV.

Estou à espera que derrote Big Show de forma impressionante na Wrestlemania, e que tenha um 2013 em ascensão.

Quem tem estado em grande destaque também tem sido Dolph Ziggler, que saiu vitorioso do TLC, venceu uma série de ex-campeões mundiais nos últimos meses, tem sido presença assídua no “main-event” da Raw e Smackdown, e agora está associado com AJ Lee e Big E Langston.

Mesmo com algumas derrotas à mistura, tem tido um “push” sustentado, as pessoas estão-se a habituar a vê-lo na alta-roda e quando conquistar o título mundial não será surpresa para ninguém.

Há quem diga que só tem vencido com interferências, e que mesmo beneficiando destas, tem perdido alguns combates, e que isso não lhe traz credibilidade. Não discordo, mas creio que mais do que credibilidade, Ziggler precisar de tornar a sua personagem mais forte, que é como quem diz, ser um “heel” cada vez mais irritante, odiado por ser um campeão sem mérito.

Nos últimos meses uma das novidades tem sido os The Shield. A mim não me tem entusiasmado em nada em termos coletivos.

Basicamente, o que eles têm de novo em relação aos Nexus? São menos, certo. Qual o seu propósito? Acabar com as injustiças? Que injustiças? Porque é que Ryback e Randy Orton são os principais alvos?

Sem querer ser desmancha-prazeres, no meu entender foi apenas a forma que a WWE encontrou para os colocar aos três no “roster” principal, e dá para ver perfeitamente que para os dirigentes não existe um objetivo para eles enquanto “stable”. Apenas sabem que agora já serão conhecidos do público quando se aventurarem a solo.

O mesmo também com Big E Langston, que chegou há poucos dias ao “roster” principal e já se fala em “face turn”.

Entre outros temas, pareceu-me que The Miz como “face” é algo forçado, já que mudou radicalmente em pouco tempo e agora atua como fosse um favorito dos fãs há anos.

A Team Hell No continua em bom nível. Kofi Kingston continua como um “mid-carder” sólido mas regista melhorias no ringue e poderá ter a sua oportunidade. Wade Barrett é outro que mesmo com o passar dos anos e a ausência de um reinado como título mundial, continua a ser uma aposta. Alberto Del Rio poderá ser interessante como “face” mais ainda é cedo para falar, até porque me parece que será um campeão mundial de transição. Eve Torres abandonou a WWE depois de um 2012 em que a companhia se esmerou por ela. Antonio Cesaro, aos poucos, vai ganhando importância e já tem o título dos EUA há algum tempo.

De resto, não há muito a dizer.



Na TNA, só tenho visto os PPV’s, todos eles de qualidade mediana, com um combate ou outro de bom nível e os restantes numa linha média/baixa.

Jeff Hardy é um campeão em quem a promotora fará de tudo para tornar num John Cena lá do sítio, salvo as devidas proporções. Aos poucos, esta “storyline” dos Aces n’Eights vai perdendo alguma consistência e até entusiasmo, pela falta de nomes grandes associados, ou então de um nome mais pequeno com o objetivo de o projetar.

Quanto a esta remodelação da grelha de PPV’s anuais, a verdade é que as vendas não estavam a ser em número agradável, as audiências já tiveram melhores dias, e que foi preciso tomar uma atitude de forma a reforçar o peso dos agora poucos PPV’s existentes e também de alguns Impacts de maior importância.

Em termos de ROH, vi o Final Battle e de uma forma geral deixou-me bastante agradado, com um produto diferente, e com várias personagens a terem destaque, especialmente Kevin Steen, mas também os American Wolves e El Generico, entre outros.

No que toca ao wrestling nacional, nestes últimos meses assisti a um espetáculo da Maximo Luftman Wrestling (MLW), uma pequena promotora com ligações ao circo, no entanto, com um trabalho de divulgação muito local, e pouco nas redes sociais. Tem vários pontos que devem ser corrigidos, mas gostei sobretudo da forma como cada personagem era diferente, e dependente dos seus intérpretes, consegue sobressair.

A APW realizou um espetáculo em Portimão, no qual ArtGore se tornou novo campeão nacional. Pelos vistos agora é “face”, e realmente havia um problema de falta de “faces” na companhia, daí até ser campeão não sei se foi a melhor decisão, mas é esperar para ver.

Quanto ao WP, lançou finalmente (!) o WP 8 e segundo informações que me chegaram, não deve realizar eventos até que o WP 9 esteja online.

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Espaço Videoteca



Este é um espaço novo em O Wrestling em Revista em que, tal como o nome indica, envolve vídeos. Tanto podem ser combates para analisar, pedidos de melhores combates de Ano x, Lutador y, Promotora z, assim como documentários que gostei, DVD’s, etc. Espero que ajudem a tornar este espaço algo de bom nesta rubrica, e que a vá diferenciando um pouco das outras do tipo “Q&A” espalhadas por essa CWO


Vídeo do anúncio de Mick Foley no Hall Of Fame



Para rir...


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Análise de PPV’s e outros eventos
(Cliquem nas imagens para ver)






















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Por hoje fico-me por aqui, espero que continuem a comentar porque foi para desfrutar da interacção com os leitores que escolhi este blogue!

Peço para que coloquem em cima da mesa temas sobre os quais gostariam de ler a minha opinião, é algo que se pode tornar bem divertido e que pode acabar sempre num agradável debate. No entanto, quero relembrar que há um limite de cinco perguntas por leitor.

Se não respondi a alguma questão, é sinal que já a respondi em edições anteriores.




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