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MMA: UFC on FX: Belfort vs Bisping - Antevisão + Pesagens


Pela segunda vez em sua história, a primeira sob o comando da Zuffa, o maior evento do mundo desembarca na maior cidade latinoamericana para o UFC São Paulo, oficialmente chamado de UFC On FX 7, que ocorre neste sábado no Ginásio do Ibirapuera.

A luta principal contará com um duelo de pesos-médios que potencialmente encabeçaria um pay-per-view. Vitor Belfort tem a missão de ser o terceiro estraga-title shot do inglês Michael Bisping....

Daniel Sarafian finalmente vai estrear no UFC depois de dez meses inactivo. Seu adversário será o americano C. B. Dollaway, que já esteve com o emprego em risco.

O caso de Gabriel Napão é diferente. O ex-desafiante dos pesados tentará dar o segundo passo na reconstrução da carreira contra o americano Ben Rothwell. O card principal será aberto com o catarinense Thiago Tavares. O peso-leve terá a espinhosa missão de acabar com a invencibilidade do russo Khabib Nurmagomedov.

O card preliminar será quase um clube restrito para atletas brasileiros, com apenas três americanos de penetras na festa brasileira. Os confrontos Brasil x Estados Unidos serão entre os médios Ronny Markes, da Nova União, e Andrew Craig; o peso pena ex-companheiro de Ronny Diego Nunes e Nik Lentz; e o carismático peso leve Francisco Massaranduba recebendo C.J. Keith.

Na mesma categoria de Massaranduba, o talentoso Edson Barboza recebe o estreante no UFC Lucas Mineiro em esperado duelo de chutes imprevisíveis. Já pela divisão de Nunes e Lentz, Godofredo Pepey, vice-campeão do TUF Brasil, deve travar um duelo de grappling contra o integrante da Brazilian Top Team Milton Vieira. Descendo um nível na balança, Iuri Marajó dá as boas vindas a outro estreante, o companheiro de Miltinho na BTT Pedro Nobre. Irmão de Iuri, Ildemar Alcântara também faz sua estreia no octógono. Ele vai enfrentar Wagner Caldeirão pela divisão dos meio-pesados.

O card completo do UFC on FX: Belfort vs Bisping é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso-médio: Vitor Belfort x Michael Bisping
Peso-médio: Daniel Sarafian x CB Dollaway
Peso-pesado: Gabriel Napão x Ben Rothwell
Peso-leve: Thiago Tavares x Khabib Nurmagomedov

CARD PRELIMINAR

Peso-pena: Godofredo Pepey x Miltinho Vieira
Peso-médio: Ronny Markes x Andrew Craig
Peso-pena: Diego Nunes x Nik Lentz
Peso-leve: Edson Barboza x  Lucas "Mineiro" Martins
Peso-galo: Iuri Marajó x Pedro Nobre
Peso-meio-pesado: Ildemar Marajó x Wagner Caldeirão
Peso-leve: C.J. Keith x Francisco Massaranduba

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 20:00 horas do Brasil e 22:00 horas de Portugal 



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Card Preliminar

Godofredo Castro (BRA) vs Milton Vieira (BRA)

Godofredo “Pepey” era um nome desconhecido no cenário do MMA brasileiro até ser seleccionado para participar da primeira versão do “The Ultimate Fighter” no Brasil. No programa, mostrou talento na luta agarrada e muito foco em seus planos de jogo, conseguindo derrotar três adversários até alcançar a final disputada no UFC 147. Pepey finalizou Johnny Cabeça na selectiva inicial e venceu Wagner Galeto por decisão na primeira rodada, em uma luta monótona. Na semifinal, mais uma finalização, desta vez sobre o experiente Marcos Vina, deixou claro que o caminho procurado por Pepey na final contra Ronny Jason seria o jogo de solo. Mas Pepey acabou abusando do expediente de puxar Jason para a guarda e acabou derrotado na decisão dos juízes em mais uma luta decepcionante.

E assim, Godofredo alterna bons momentos com seu jiu-jítsu técnico e agressivo com outros em que deixa clara a falta de aperfeiçoamento em outras artes como o jogo de quedas e trocação. Este defeito, devido à sua juventude e melhora na estrutura dos treinos após a exposição no programa, tende a melhorar. Pepey tem 25 anos, 1,80m de altura, 1,89m de envergadura e cartel profissional de 8-1, com seis submissões e dois nocautes.

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Milton Vieira, velho conhecido de eventos nacionais e veterano dos japoneses PRIDE e DEEP, chegou para os grandes eventos americanos somente em agosto de 2011, quando estreou no Strikeforce contra Sterling Ford. Apresentou para o Tio Sam sua técnica afiadíssima de triângulo de mão, posição que algumas pessoas lhe creditam a criação. Pupilo do lendário Carlson Gracie e de Murilo Bustamante na BTT, Miltinho tem um cartel irregular para o seu talento, mas isso pode ser explicado pelo fato de sempre ter aceitado qualquer tipo de luta, com qualquer intervalo de antecedência e nas mais variadas categorias de peso.

Dono de um jiu-jítsu eficiente, trocação decente e queixo duro, Miltinho estreou no UFC abrindo o card da edição 147 num empate contra Felipe Sertanejo em luta bastante disputada, onde pareceu lhe faltar preparo físico na segunda metade da luta. Vieira tem 34 anos, é três centímetros mais alto e tem quatro centímetros a menos na envergadura que seu adversário. Seu cartel actual é de 13-7-2, com nove de suas vitórias por submissão, seis delas através de seu golpe preferido.

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Não há nada de diferente a se esperar que uma batalha de grappling na terra da garoa. Miltinho tem até a opção de manter a luta em pé, já que tem mais experiência na trocação que Pepey, mas será até surpreendente se optar por isto. Após muitas raspagens, giros no solo, tentativas de submissão e muito jiu-jítsu, aposto em uma vitória de Miltinho na decisão.

Ronny Markes (BRA) vs Andrew Craig (EUA)

Ronny Markes é um peso médio com jeitão de meio-pesado, devido ao trabalho de corte e recuperação de peso que o deixa gigante no dia da luta. Com muita força física, preparo físico e técnica de luta agarrada, Markes estreou no UFC dominando o tcheco Karlos Vemola, quando aceitou o desafio como meio-pesado com pouco tempo para a preparação ideal. Após a boa estreia, desceu para o peso médio e mostrou, além das qualidades acima, um queixo de aço (que já havia mostrado no Brasil, quando venceu Paulão Filho) ao levar algumas pedradas violentas de Aaron Simpson e se manter bem para levar mais uma vitória na decisão, dominando o multicampeão universitário de wrestling justamente no jogo de quedas e domínio de posição no solo.

Ronny é cria de Jair Lourenço na Kimura do Rio Grande do Norte e de André Pederneiras na Nova União e tem parceiros de treino da estirpe de José Aldo, Renan Barão e Jussier Formiga. Tem boa trocação, mas se destaca mesmo no grappling, apresentando poucas falhas em seu jogo. Tem 24 anos, 1,85m de altura e envergadura, e cartel de 13-1, com cinco nocautes e quatro submissões.

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Andrew Craig está virando um especialista em viradas desde que foi contratado pelo UFC para substituir Jared Hamman contra Kyle Noke na Austrália, com a torcida contra si. Após perder o primeiro round, teve forças para reagir e manter sua invencibilidade construída principalmente em eventos no seu estado natal, Texas. Na luta seguinte, Andy levava um belo atraso de Rafael “Sapo” Natal na trocação até acertar um excepcional chute alto na cabeça do brasileiro, que perdeu som e imagem, o que consolidando mais uma virada na conta do americano.

Craig se vira bem na maioria das áreas do jogo, com wrestling e jiu-jítsu bons e uma trocação com falhas técnicas, mas com potência suficiente pra mandar muito peso médio para a vala. Também jovem, tem 26 anos, mesma altura que Markes, mas com cinco centímetros a mais no alcance. Apresenta um cartel imaculado de oito vitórias, com três nocautes e uma submissão.

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Pelas ferramentas apresentadas até agora pelos dois atletas, Markes é o favorito para este combate, principalmente se não der espaço e sufocar Craig o tempo todo na grade e no solo. Para o americano, a luta em pé deve ser o melhor caminho, tentando abrir uma brecha pra uma pedrada que resolva a parada.

Diego Nunes (BRA) vs Nik Lentz (EUA)

Diego Nunes está numa gangorra desde que migrou do WEC para o UFC, com três vitórias sobre bons nomes como Mike Brown, Manny Gamburyan e Bart Palaszewski, e duas derrotas para os dificílimos Kenny Florian e Dennis Siver. Mais do que isso, alternou boas apresentações (contra Brown, Florian e Palaszewski) com outras ruins (contra Gamburyan e Siver), dando uma esfriada no hype que começava a se formar de que logo disputaria o cinturão da categoria. No meio de tudo isso, um desentendimento com a equipe Nova União que o fez fazer as malas para a X-Gym, onde treina com Lyoto Machida.

Diego tem estilo ofensivo e vistoso, com mãos pesadas e chutes eficientes. Uma curiosidade: enquanto fazia carreira em solo nacional, Nunes jamais tinha visto uma decisão dos juízes em onze vitórias consecutivas. Após sair do Brasil para lutar no WEC, Diego nunca mais finalizou uma luta, com sete vitórias e três derrotas conhecidas após a leitura das papeletas. O gaúcho tem 30 anos, 1,68m de altura, 1,70m de envergadura e cartel profissional de 18-3, com cinco vitórias por nocaute, seis através de submissões e sete decisões.

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Enquanto Diego gosta da trocação, o seu adversário Nik Lentz tem sua base na luta olímpica, modalidade em que chegou a ser All-American na Divisão I da NCAA pela Universidade de Minnesota. Lentz tem ainda certa noção de kickboxing e é faixa roxa de jiu-jitsu. Na sua carreira como peso leve, teve uma boa sequência de quatorze lutas sem derrota, com doze vitórias e dois empates, com triunfos sobre Rafaello Oliveira e Tyson Griffin, além de um empate com Thiago Tavares. Manteve-se invicto com o no contest contra Charles Oliveira, quando foi atropelado e finalizado pelo brasileiro, que aplicou uma joelhada ilegal, golpe que lhe tirou a vitória.

Após isso, Nik acabou emendando duas derrotas seguidas para Mark Bocek e Evan Dunham e optou por descer para o peso pena, onde venceu sem dificuldades o japonês Eiji Mitsuoka. O atleta de 28 anos, 1,73m de altura e envergadura, apresenta cartel de 22-5-2 e ainda a luta sem resultado contra Charles.

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O americano vai tentar provavelmente um antijogo pra dar conta da trocação mais habilidosa e eficiente do brasileiro. Apoiado pela torcida, Diego deve quebrar a série de decisões e conseguir o nocaute sobre Lentz.

Edson Barboza (BRA) vs Lucas Martins (BRA)

Edson Barboza Júnior acaba de ser premiado no “MMA Awards” com o prémio de “Nocaute do Ano” pelo inesquecível chute rodado que atingiu em cheio o rosto de Terry Etim no UFC Rio 2. Antes de Etim, em sua carreira no UFC, o fluminense havia derrotado Mike Lullo, Anthony Njokuani e Ross Pearson, sempre fazendo uso de sua trocação afiada, chutes bem colocados em qualquer parte do corpo e óptima defesa de quedas.

Com moral após as quatro vitórias que lhe renderam quatro bônus oferecidos pela organização, Edson teve o crescimento brecado pelo renascimento de Jamie Varner, que o nocauteou inapelavelmente no UFC 146 em pouco mais de três minutos de luta. Depois da derrota, passou a treinar com Renzo Gracie, Ricardo Cachorrão e Frank Edgar em Nova Iorque, onde evolui na luta agarrada (é faixa roxa de jiu-jítsu) para adicionar mais consistência à sua trocação de elite (faixa preta de taekwondo e campeão brasileiro de muay thai). Tem 26 anos, 1,80m de altura, com 1,90m de envergadura e cartel de 10-1 no MMA, com sete nocautes e uma submissão.

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Edson enfrentaria o americano Justin Salas, mas uma contusão deste fez com que o UFC desse uma oportunidade para a revelação Lucas “Mineiro” Martins. Companheiro de Felipe Sertanejo na Chute Boxe de São Paulo, Lucas é outro especialista em muay thai, com combinações de socos e chutes muito bonitas e eficientes.

Lutando profissionalmente no MMA há pouco mais de um ano, Mineiro acumulou onze vitórias em pequenos eventos até assinar com o Jungle Fight, onde estreou em grande estilo, nocauteando o também jovem Oberdan Pezão com um lindo chute alto. Embora se considere que a chance no UFC possa ter aparecido cedo demais, o talento de Lucas é evidente. O atleta de Montes Claros tem 24 anos, 1,75m de altura e cartel perfeito de doze vitórias, com oito nocautes duas submissões, um oponente que desistiu de apanhar e uma decisão.

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A maior experiência de Edson deve fazer a diferença nesse combate que provavelmente transcorrerá integralmente na trocação. O atleta de Nova Friburgo é o favorito para vencer por nocaute, mas não se pode desprezar as chances de Lucas Mineiro.

Iuri Alcântara (BRA) vs Pedro Nobre (BRA)

Iuri “Marajó” Alcântara iniciou sua vida nas artes marciais praticando a luta marajoara, uma espécie rústica de luta agarrada que tem como objetivo derrubar o adversário de costas para o chão, muito conhecida na Ilha de Marajó, que, como o apelido evidencia, é o seu local de nascimento. No MMA, começou a lutar em eventos do Amapá e Pará como o Iron Man e o Eco Fight e fez sucesso no Jungle Fight, onde foi o primeiro campeão peso leve, depois de derrotar Francisco Massaranduba e Manuelo Morales na mesma noite, carimbando assim o passaporte para o WEC (na época, já controlado pela Zuffa).

Em solo americano, já como peso pena, Iuri fez apenas uma luta contra Ricardo Lamas, quando nocauteou no round inicial, e começou uma série de aparições nos eventos do UFC no Brasil: derrotou Felipe Sertanejo e Michihiro Omigawa em lutas unilaterais no Rio de Janeiro e sucumbiu à maior força de Hacran Dias em Belo Horizonte. A derrota levou Marajó a baixar mais uma vez de divisão, tendo neste sábado sua estreia como peso galo. De estilo técnico e frio, Iuri tem óptima capacidade na luta agarrada e qualidade e experiência suficiente para pelo menos se proteger na luta em pé, além de mãos pesadas. O paraense tem 32 anos, 1,68m de altura, 1,80m de envergadura e cartel de 27-4, com onze nocautes e doze submissões a seu favor.

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Iuri enfrentaria o experiente George Roop, mas uma contusão do americano abriu espaço no card para Pedro Nobre, companheiro de Miltinho Vieira na Brazilian Top Team. Pedro foi pré-seleccionado para o TUF Brasil, mas não conseguiu entrar no programa ao perder a selectiva por nocaute para Marcos Vina. Sua moral no cenário nacional do MMA permaneceu grande, uma vez que Nobre tem tamanho de peso mosca e levava desvantagem no programa disputado na divisão dos penas.

Faixa preta de muay thai e marrom de jiu-jítsu, o pupilo de Murilo Bustamante já passou por eventos como Face To Face, Shotoo e ultimamente estava em actividade pelo Bitetti Combate, onde conheceu sua única derrota na carreira para o prospecto Sheymon Moraes. Pedro tem estilo agressivo e se vira muito bem na trocação e na luta de chão, mas precisa melhorar seu sistema defensivo na luta em pé, pois não foram poucas as vezes em que foi atingido na carreira. “The Rock” está com 26 anos, 1,65m de altura e 1,72m de envergadura. Apresenta um histórico de 14-1-2, com nove vitórias por nocaute e quatro por finalização.

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Iuri tem muita experiência, força física e está acostumado com o evento, além de ter vantagem clara no tamanho. Levando em conta que Nobre foi chamado com menos de duas semanas para se preparar, uma vitória sua consistiria em uma zebra. Palpite: Marajó, por decisão.

Wagner Prado (BRA) vs Ildemar Alcântara (BRA)

Wagner “Caldeirão” Prado teve uma ascensão meteórica em sua carreira no MMA. Depois de aparecer no programa de TV de Luciano Huck (que lhe rendeu o apelido que adoptou para o MMA), Wagner foi convidado a integrar a equipe Team Nogueira e desandou a nocautear adversários no MMA nacional. Foram sete nocautes em oito lutas – com uma vitória na decisão -, com seis desses nocautes antes do primeiro ressoar da buzina de intervalo.

Ao ser chamado para o UFC, recebeu um desafio indigesto e até mesmo injusto: o provável futuro desafiante Phil Davis, que mostrou no segundo encontro entre ambos (o primeiro foi declarado sem resultado após um dedo no olho acidental por parte do americano) que o jovem brasileiro ainda precisa melhorar alguns níveis para brigar no topo da divisão. Sua trocação, apesar de não ser muito técnica, é capaz de levar problemas devido aos golpes violentos que lança, tanto em forma de socos como de chutes. Caldeirão está com 26 anos, tem 1,83m de altura, 1,88m de envergadura e cartel de 8-1, além do no contest contra Davis.

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Com a contusão de Roger Hollett, o UFC foi buscar no Jungle Fight o irmão de Iuri, Ildemar Alcântara, que há alguns anos usava o apelido de “Queixinho”, mas resolveu, como o irmão, adoptar o nome da ilha onde nasceu como apelido e virou Ildemar Marajó.

Depois de um início de carreira difícil, quando enfrentava muitas vezes atletas bem mais pesados como Fabio Maldonado e Gerônimo Mondragon, ou bem mais leves como Luis Sapo, se firmou no peso médio do Jungle Fight, consolidando-se como um dos melhores do Brasil na categoria. Com dez vitórias nas últimas onze lutas, Ildemar conquistou o cinturão peso médio do maior evento da América Latina em sua última luta, quando nocauteou Itamar Rosa em um minuto.

Assim como seu irmão, começou na luta marajoara e adquiriu habilidades no jiu-jítsu e muay thai, mas costuma buscar mais a trocação que Iuri, aproveitando-se de seu óptimo poder de nocaute. Após este duelo no meio-pesado, Marajó deve buscar espaço na sua divisão predilecta, em 84 quilos. Alcântara tem 30 anos, dois centímetros a mais na altura e na envergadura que seu adversário de sábado e cartel profissional de 17-5, com alta taxa de lutas finalizadas (dez nocautes e cinco submissões).

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Os dois atletas têm em comum o fato de serem pequenos para a categoria meio-pesado, o poder de nocaute alto e a dificuldade em manter o ritmo por toda a luta. Caldeirão está mais habituado com o evento, com o peso. Ildemar lutou há menos de um mês e foi convocado para o combate com menos de duas semanas de antecedência. Por isso, Wagner é o favorito, mas Marajó, por ser um atleta mais completo e com mais bagagem, tem chances reais de vitória.

Francisco Trinaldo (BRA) vs C. J. Keith

Lutador mais carismático da primeira edição do TUF Brasil, Francisco Trinaldo, o “Massaranduba”, virou ídolo no MMA brasileiro com seu jeitão simplório, frases espontâneas e vocabulário rudimentar. Mas isso de nada adiantaria se Massaranduba não fosse um bom lutador. E ele já mostrou que não vai ser um adversário fácil para nenhum peso leve que apareça na sua frente. O piauiense tem um bom jogo de chão e poder de nocaute enorme para um peso leve, e o mesmo jeito brutamontes que apresentou na casa do TUF marca suas habilidades marciais.

Antes do TUF, fez onze lutas em solo brasileiro, com apenas uma derrota (para Iuri Marajó, quando vencia o duelo, mas sucumbiu a uma submissão do paraense) e a conquista do cinturão do Jungle Fight em seguida. No programa que lhe abriu as portas para o UFC, não caiu bem como peso médio e perdeu a luta para Thiago Bodão por exaustão. No dia da final, nocauteou rapidamente Delson Pé-de-Chumbo e, no UFC Rio 3, travou uma guerra insana com Gleison Tibau, perdendo para o experiente potiguar na decisão.

O atleta, que deixou a Constrictor Team de Brasília para treinar com André Dida em Curitiba, está com 34 anos, tem 1,73m de altura e 1,79m de alcance. Tem treze vitórias no currículo, as derrotas para Marajó e Tibau e conseguiu cinco nocautes e três submissões.

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O adversário do brasileiro será o americano C. J. Keith, que começou no mundo das lutas ainda criança, quando passou a treinar wrestling na escola e permaneceu até o fim do ensino médio. Trocou o ensino superior pelo alistamento nas forças armadas e treinou artes como boxe, karatê e kickboxing nos quatro anos que permaneceu no exército americano.

Acabou tomando gosto pela luta em pé, fazendo da trocação sua arma principal. Iniciou a carreira profissional no MMA em 2007 e, após oito vitórias consecutivas, a maioria delas pelo pequeno evento The Warriors Cage, foi contratado pelo UFC para estrear contra o ascendente Ramsey Nijem. Keith acabou nocauteado na metade do round inicial e mostrou dificuldades em fazer guarda, sendo derrotado rapidamente. O estadunidense tem 26 anos, 1,82m de altura, 1,84m de envergadura e cartel profissional de 8-1, com três nocautes e duas submissões. Mas há de se frisar que Nijem foi o único oponente minimamente conhecido que enfrentou.

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Apesar de ser um nocauteador, o brasileiro se dará melhor caso consiga levar o americano para o chão, onde possui mais técnica para conseguir uma submissão ou nocaute técnico. Na trocação, o americano pode utilizar o alcance maior e a técnica mais refinada para dominar o combate. A aposta é em vitória de Massaranduba por nocaute técnico via ground and pound.

Card Principal

Vitor Belfort (BRA) vs Michael Bisping (ING)

Desde a derrota para Anderson Silva, Belfort tenta reconstruir seu caminho. Ele atropelou Yoshihiro Akiyama e estrangulou Anthony Johnson, este depois de passar por problemas durante o único round da luta. Deveria ter enfrentado Wanderlei Silva na final do TUF Brasil, mas quebrou a mão. Mais tarde, estava marcado para enfrentar Alan Belcher no UFC Rio 3, mas, surpreendentemente, foi escalado para tapar o buraco deixado pela contusão de Dan Henderson contra Jon Jones, pelo cinturão da categoria de cima.

Apesar das poucas chances de vitória, Vitor acabou se tornando o lutador que mais deu trabalho a Jones graças a uma justíssima chave de braço que chegou a envergar o braço do jovem campeão. Bones fez um ótimo trabalho de defesa, saiu da situação ruim e dominou o brasileiro até finalizá-lo com um mata-leão no quarto round.

Muito explosivo, Belfort é um dos lutadores com os punhos mais rápidos que o MMA já viu em toda sua história. Rápidos e precisos. E as duas últimas lutas ainda trouxeram de volta à tona o faixa-preta de Carlson Gracie, dando mais um motivo de preocupação para os adversários do “Fenômeno”. Como problemas em seu jogo, até hoje Vitor se atrapalha contra wrestlers e não consegue manter um nível intenso durante todo o combate, costumando cair o ritmo a partir do primeiro soar da buzina.

Profissional desde 1996, Belfort é, juntamente com Dan Henderson, o único que se mantém lutando em alto nível desde os primórdios. Ele está com 35 anos, tem 1,83m de altura e cinco centímetros a mais de envergadura. O lutador da Blackzilians tem cartel profissional de 21-10, com 14 vitórias por nocaute (12 no primeiro round) e três por submissão, todas no round inicial. Só foi parado por grandes estrelas do desporto: Randy Couture, Kazushi Sakuraba, Chuck Liddell, Tito Ortiz, Alistair Overeem, Hendo, Anderson e Jones. Foi nocauteado três vezes e finalizado duas.

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Vindo de quatro vitórias seguidas, Bisping aceitou substituir Mark Muñoz contra Chael Sonnen a menos de dez dias da luta. O combate, que valia a vaga de desafiante de Anderson, acabou em vitória controversa do americano depois de o britânico ter dado trabalho inclusive no wrestling. Bisping então foi atrás de Brian Stann e dominou completamente o ex-militar em sua primeira vitória sobre um top-10.

O inglês é um lutador que traduz bem a questão do lutador completo. Sua origem é o kickboxing, mas Bisping conseguiu evoluir nas demais áreas, principalmente na luta olímpica, apesar de ser ainda subestimado. Ele complementa o pacote com um preparo atlético acima da média – mesmo em guerras cansativas como a contra Sonnen, ninguém vê Bisping dar sinais de forte cansaço – e óptima movimentação. A maior crítica que ele sofre é a falta de poder de nocaute, que ficou evidenciada no UFC, ainda que ele tenha parado quatro oponentes à base de pancadas.

Aos 33 anos, o “Conde” tem 1,87m de altura e 1,93m de envergadura. Seu retrospecto profissional é de 23-4, com 14 vitórias por nocaute (mas sem nocautear ninguém no modo clássico desde 2004) e quatro por submissão. Foi derrotado por todos os lutadores de ponta que enfrentou: Rashad Evans, Hendo, Sonnen e Wand. Ele lutava pela Wolfslair MMA há muito tempo, mas rompeu com a equipe e mudou-se para a Califórnia, onde segue treinando com Tiki Ghosn.

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Não há um analista que não repita que Belfort terá cinco minutos para vencer Bisping. A partir do segundo round, a luta ficará muito à mercê do britânico devido à queda de rendimento que Vitor costuma apresentar.

Apesar dos conhecidos problemas de Belfort quando pressionado pelo wrestling contra a grade, Bisping provavelmente vai entrar com a mesma tática que encarou Stann, mantendo o rival longe, movimentando-se enquanto usa seu kickboxing, diminuindo as chances de ser nocauteado. O grande problema para este sábado é que Belfort não é Stann. O brasileiro é mais rápido e aproxima-se melhor do que o americano.

O que podemos esperar, principalmente nos dois primeiros rounds, é que Belfort tente fazer com que Bisping cometa um erro. Para um nocauteador como o Fenómeno, ele só precisa de uma chance para dar cabo à luta. E provavelmente será isto que vai acontecer no Ibirapuera.

Daniel Sarafian (BRA) vs Clarence Byron Dollaway (EUA)

Durante a primeira edição do TUF Brasil, Sarafian conquistou fãs com sua trocação agressiva, principalmente depois de nocautear Serginho Moraes de modo espectacular na semifinal. Foi alijado de disputar a final por causa de uma contusão no braço e viu seu companheiro de Time Vitor Cezar Mutante ficar com o título entre os médios.

Apesar dos belos momentos protagonizados no TUF por conta de seu kickboxing, o que levou Daniel aos olhos do scout do programa foram vitórias por submissão. Companheiro de treinos de Demian Maia, Sarafian é um lutador que sabe fazer bem a transição de posições no solo e tem um bom arsenal de finalizações, principalmente no pescoço. Para aumentar ainda mais o nível do seu grappling, o paulista tem treinado também com o ex-campeão mundial Claudio Calasans.

Lutador de origem armêna, Sarafian tem 30 anos e apenas 1,75m de altura, mais baixo inclusive que alguns pesos leves, e envergadura nove centímetros maior. Seu cartel no MMA profissional é de 7-2 (as lutas do TUF não são oficializadas). Ele tem seis vitórias por submissão e apenas uma decisão. Daniel não perde desde que lutou no card preliminar do Bellator 1, em 2009.

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Assim como o adversário de sábado, Dollaway também chegou ao UFC via TUF e também alcançou a final, mas foi derrotado por Amir Sadollah na sétima temporada. Na maior organização do mundo, CB tem se mostrado inconstante e chegou a ter o emprego ameaçado por conta de derrotas seguidas para Mark Muñoz e Jared Hamman, mas uma vitória sobre Mayhem Miller lhe salvou a pele.

Dollaway é um grappler por essência. Foi formado pela prestigiosa Arizona State University, onde foi all-american na Divisão I da NCAA em duas temporadas e conheceu Ryan Bader, seu parceiro de treinos até hoje. CB tem também um perigoso jogo de submissões – ele é o único lutador na história do UFC a ter finalizado um combate com uma gravata peruana. A trocação é o grande calo ofensivo de Dollaway e as aberturas que deixa no solo são seu maior problema defensivo.

O americano tem 29 anos e é muito mais alto que Sarafian (1,88m), além da também maior envergadura (1,90m). Seu cartel profissional é de 12-4, com 6-4 pelo UFC. Dollaway parou cinco lutas pelo caminho do nocaute e três por submissão, mas acabou nocauteado em duas oportunidades e finalizado em outras duas (apagou numa guilhotina de Tom Lawlor e perdeu o TUF para uma chave de braço de Sadollah).

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Nem imagine que Dollaway vai querer trocar com Sarafian e acabar acertado por uma joelhada voadora ou outro elemento qualquer do agressivo arsenal do brasileiro. Podemos esperar, com poucas dúvidas, o americano usando seu wrestling para derrubar o oponente e sufocá-lo visando tirar as energias de Sarafian.

Neste cenário, a melhor chance do brasileiro será aproveitar uma das brechas que CB deixa. Se o americano trabalhar no ground and pound na curta distância, provavelmente chegará a uma vitória por decisão. Sarafian pode se aproveitar caso o americano lhe dê espaço para encaixar uma chave de braço ou um triângulo, caso esteja por baixo, ou uma raspagem que lhe deixe em posição de vantagem para tentar uma finalização por cima. Mas o mais provável é que Dollaway leve na maior experiência.

Gabriel Gonzaga (BRA) vs Ben Rothwell (EUA)

A carreira de Napão parecia estar indo para o vinagre depois que foi demitido do UFC por derrotas para Junior Cigano, Shane Carwin e Brendan Schaub. Uma vitória sobre um morto de fome foi a senha para novo convite do UFC. No UFC Rio 2, Napão não teve trabalho para finalizar o estreante Ednaldo Lula e conseguir nova motivação.

Napão é um dos melhores grapplers da história dos pesos pesados. Faixa-preta de jiu-jítsu, conquistou inúmeros títulos na modalidade, inclusive o Mundial. Porém, o sensacional nocaute sobre Mirko Cro Cop fez com que Gabriel passasse a deixar de lado a luta agarrada, o que acabou lhe custando várias derrotas. Ele parece ter voltado às origens, mas a luta de sábado será um teste melhor que Lula.

Napão tem 33 anos e é uma enorme espécie de 1,88m de altura, 1,93m de envergadura e 114 quilos. Ele ostenta retrospecto profissional de 13-6, com 8-5 pelo UFC. Suas vitórias vieram em 8 submissões e 5 por nocaute. Além da derrota na disputa de cinturão para Randy Couture e das lutas citadas acima, Gabriel perdeu para Fabricio Werdum duas vezes. Apenas na derrota para Schaub uma luta dele acabou por decisão.

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Big Ben tinha uma boa sequência de lutas até 2008. Quando foi brutalmente nocauteado por Andrei Arlovski no finado Affliction, Rothwell entrou numa gangorra de vitórias e derrotas, sem conseguir repetir resultado em dois combates consecutivos. Foi feito de saco de batata por Cain Velasquez e levou um constrangedor passeio no chão de Mark Hunt. Por outro lado, aplicou um sensacional nocaute em Brendan Schaub em seu último compromisso.

Apesar de ser um wrestler de origem, Rothwell é chegado a colocar seus punhos nos rostos alheios. Ele passou pelas academias de Pat Miletich e Duke Roufus, onde aprimorou seu kickboxing. Sua maior deficiência é o jiu-jítsu, justamente o ponto forte de Napão.

Rothwell é ainda maior que Napão. O americano mede 1,93m e tem 2,03m de envergadura. Apresentou-se em melhor forma física em São Paulo do que em ocasiões anteriores, quando lutava com uma pança saliente. Seu cartel profissional é de 32-8, sendo 2-2 em lutas pelo UFC. Big Ben conquistou 18 vitórias por nocaute e fez os adversários desistirem em onze oportunidades. Tombou nocauteado em quatro lutas e foi finalizado há quase oito anos.

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O Napão que acabou demitido do UFC terá imensas dificuldades. Se resolver trocar com alguém como Rothwell, a possibilidade de acabar nocauteado é enorme. Porém, dificilmente isto irá acontecer, principalmente se a Team Link viu a luta de Ben contra Hunt. Levando o americano para o solo, será uma questão de tempo até Napão finalizá-lo.

Thiago Tavares (BRA) vs Khabib Nurmagomedov (RUS)

Thiaguinho é um dos brasileiros que está há mais tempo no UFC. Sem jamais ter conseguido três vitórias seguidas, está a uma de atingir a meta depois das vitórias sobre Spencer Fisher e Sam Stout nas duas primeiras edições do UFC Rio.

O faixa-preta de jiu-jítsu aprendeu a tomar gosto pelo boxe, o que lhe rende momentos positivos e negativos (como o duro nocaute sofrido diante de Shane Roller). Apesar disso, a trocação ainda é o principal calo do catarinense, que tem óptimo condicionamento físico e muita facilidade em derrubar e buscar posições no solo.

O líder da Ataque Duplo de Florianópolis tem 28 anos e 1,70m de altura. Seu cartel no MMA profissional é de 17-4-1, com 7-4-1 no principal evento do mundo. Thiago conquistou onze submissões e nocauteou quatro oponentes. Por outro lado, foi nocauteado por Matt Wiman, além de Roller.

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Importado da Rússia em 2012, Nurmagomedov foi uma das principais revelações do UFC no ano que passou. Ele finalizou o duro wrestler Kamal Shalorus e dominou o fortíssimo Gleison Tibau na sequência, cortando o crescimento do brasileiro no ranking dos pesos leves.

Campeão russo e mestre internacional de sambo, modalidade que mais se parece com o MMA dentre suas bases, “A Águia” é o típico lutador de seu país, com uma vontade praticamente imparável, muita resistência para receber golpes e agressividade para impor seu jogo de quedas e também de uma trocação técnica.

Aos 24 anos, o russo está invicto em 18 combates profissionais, todos vitoriosos. Nurmagomedov submeteu sete adversários, nocauteou seis e venceu cinco por decisão, inclusive a última contra Tibau. Ele é parceiro de treinos do talentoso Vyacheslav Vasilevsky, peso médio do Bellator.

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Thiaguinho tem a missão mais complicada de um brasileiro no card do UFC São Paulo. Tibau é muito mais forte e não conseguiu derrubar Nurmagomedov, então é de se imaginar que Tavares também terá enormes dificuldades neste ramo.

A evolução do brasileiro na trocação é notável, mas talvez não seja ainda suficiente para encarar quinze minutos de batalha com o russo, que demonstra pouco incómodo quando golpeado. Nestes termos, uma vitória brasileira neste combate será uma surpresa.

Antevisão original de MMA-Brasil 
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A encarada de Vitor Belfort e Michael Bisping foi bem mais distante durante a pesagem oficial, mas nem por isso menos tensa. Os dois oponentes, que precisaram ser contidos na coletiva de imprensa do dia anterior, mantiveram uma boa distância nesta sexta-feira. Entretanto, continuaram a trocar provocações diante das câmeras, apimentando ainda mais o duelo principal do evento deste sábado. O britânico, com sua ironia habitual, desafiou e chamou Vitor para perto durante a foto. Ovacionado pelo público, o brasileiro, mais contido, manteve o espaço entre eles. Ambos trocaram provocações antes de deixarem o palco.

Michael Bisping subiu na balança ouvindo gritos de ''Uh, vai morrer''. Bem humorado, ele brincou com a torcida presente no ginásio do Ibierapuera, gesticulando ao posar para fotos. O britânico ficou apenas de cueca e bateu 84,4kg. Vitor Belfort pesou 84kg.

Protagonistas do coevento principal da luta, Daniel Sarafian e CB Dollaway também não repetiram a coletiva de imprensa desta semana e fizeram um encarada mais tranquila e amistosa. Eles, inclusive, se cumprimentaram antes da pose oficial, amenizando a tensão. Os dois pesos-médios bateram 84,4kg.

Khabib Nurmagomedov, oponente do brasileiro Thiago Tavares, inovou. Na entrada para a pesagem, o lutador russo apareceu com uma peruca ''black power'' loira e a manteve durante a encarada. Em resposta, ouviu uma longa vaia da torcida do Ibierapuera, que não achou graça e apoiou o brasileiro. Os dois pesos-leves bateram 70,3kg na balança.

Gringo não bate peso e mostra demais

Rival de Francisco Massaranduba, C.J. Keith não bateu o peso e acabou mostrando demais diante das câmeras. Ele ficou apenas de toalha e deixou aparecer, rapidamente, o orgão genital. O americano passou uma libra do limite de sua categoria, pesando 71,2kg, e só alcançou o peso regulamentar cerca de um hora depois. O brasiliero, por sua vez, pesou 70,1kg.

Camila e Aline sãos as ring girls brasileiras

Antes do início da pesagem, o apresentador Jon Anik anunciou as duas musas brasileiras escolhidas para a função de ring girl no evento deste sábado. São elas as morenas Camila e Aline, que subiram no palco com roupas com as cores do país.

CARD PRINCIPAL

Peso-médio (até 84,4kg): Vitor Belfort (84kg) x (84,4kg) Michael Bisping
Peso-médio (até 84,4kg): Daniel Sarafian (84,4kg) x (84,4kg) CB Dollaway
Peso-pesado (até 120,7kg): Gabriel Napão (115,7kg) x (117kg) Ben Rothwell
Peso-leve (até 70,8kg): Thiago Tavares(70,3kg) x (70,3kg)Khabib Nurmagomedov

CARD PRELIMINAR

Peso-pena (até 66,2kg): Godofredo Pepey (65,8kg) x (66,2kg)Miltinho Vieira
Peso-médio (até 84,4kg): Ronny Markes (84,4kg) x (84kg) Andrew Craig
Peso-pena (até 66,2kg): Diego Nunes (65,8kg) x (65,8kg) Nik Lentz
Peso-leve (até 70,8kg): Edson Barboza (69,8kg) x (69,8kg) Lucas "Mineiro" Martins
Peso-galo (até 61,7kg): Iuri Marajó (61,2kg) x (61,7kg) Pedro Nobre
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Ildemar Marajó (91,2kg) x (93,4kg)Wagner Caldeirão
Peso-leve (até 70,8kg): C.J. Keith (71,2kg*) x (70,1kg) Francisco Massaranduba

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