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Análise e Pensamentos do WWE RAW: Violência gratuita


A WWE abriu portas para a Road to Wrestlemania com o primeiro RAW posto o Royal Rumble. O show teve seus altos e baixos mas de certeza leva a uma boa discussão nesta análise, que será tida nas próximas linhas.

Eu já alertava ontem no meu artigo sobre a história do RAW Roullete que este conceito não segue uma base linear. São shows quase que aleatórios que, hora sim, hora não, conseguem o sucesso. Já é normal termos concursos de danças, músicas mas com as três horas, esta ideia foi levada ao extremo o que afetou em geral o programa.

Pelo menos todas as grandes feuds estiveram a alto nível, não se vitimando pelos supérfluos segmentos, que só nos foram apresentados para cumprir o tempo de antena. Mas preferia então que tivéssemos combates com gente como Primetime Players, Sin Cara ou Kofi Kingston, que ficaram de fora para assistir Tensai dançar com uma lingerie.

Tensai de lingerie é melhor que Viscera de lingerie, eles devem ter pensado.

Meu desprezo é muito grande, maior mesmo do que o próprio Tensai, em ver alguém com tanta qualidade como ele, um bruto, violento, desperdiçado em um caminho sem saída. Porque na realidade quanto mais disto ele faz, mais difícil será sair e se concretizar como um bom lutador aos olhos do público.

Seu início de carreira na WWE foi um pesar na era John Laurinaitis. Foi prematuro com combates com John Cena sem o devido conhecimento da rusticidade da lenda no Japão. Em julho, após algumas boas pelejas com Sheamus, me tornei fã vendo aquela veia de alguém que poderia evoluir como um monstro heel. Mas bastou dizer que japoneses tem olhos puxados para cair no panorama. E quando se cai na cadeia alimentar da WWE, é difícil se voltar, que o diga Zack Ryder ou Alex Riley.

Mas nem só de falhas viveu a Roulette. Também finalizou rendendo-nos com alguns combates interessantes, mas afora Sheamus vs. Damien Sandow em uma tables match, todos os outros poderiam ter acontecido sem a bendita roda. Gosto muito da ideia de que cada show venha tendo alguma temática, pois movimenta principalmente o undercard. Entretanto, façam certo da próxima vez!

O combate de abertura foi Randy Orton vs. Antonio Cesaro com The Miz como árbitro. Novamente Orton e Cesaro mantiveram uma onda de qualidade em ringue. Eles sabem trabalhar com Orton a sempre vender a experiência e Antonio a parecer mais dominador. The Miz atuou de forma limpa e apenas reagiu quando necessário. 

A feud do campeão americano com o awesome one é perfeita se for para o primeiro vencer. Não há sentido em ter-se Miz como campeão quando quem precisa é o suíço, que assim derrota um antigo WWE Champion e subiria mais um degrau na escalada ao sucesso.

Ryback teve um dos piores segmentos na minha memória. Alguém deve ter achado interessante ter comédia com o Big Hungry, quando acabou não tendo graça, assim como TODO o segmento que tentou fazer piada neste RAW (perdão Kane e Bryan, vocês sim). Esta aparição inicial de Ryback poderia ter sido evitada.

Wade Barrett teve sorte na roleta e pôde escolher seu adversário. O inglés selecionou Bo Dallas. Ambos tiveram um combate de bom nível. Esta para mim é a melhor feud do undercard da WWE, sendo que começou faz um dia. Sou fã do tipo de química que um grande lutador como Barrett pode ter com um novato como Dallas. Se criam estrelas com rivalidades como esta. Bo, conforme aproveitar e até eventualmente vencer o Intercontinental Championship, pode retirar a essência do que o torna um pouco nervoso nos seus dois primeiros embates no roster principal. Ele dentro do ringue é bom e tem um selling que também se adaptará conforme este nervosismo normal e inicial se transpassar.

Sheamus e Damien Sandow estiveram em uma boa tables match. Pouco drama foi feito para as quase-vitórias mas não deixou de ter piada. Os dois usaram também da sua química para cumprirem papel dentro do ringue.

Um karaoke foi apresentado com Great Khali e Zack Ryder. Quem diabos acha isto engraçado?! Quem?!


CM Punk quase se sagrou MVP desta noite. Grande prestação ao microfone, que faria grandes atores como Al Pacino tremerem na base. Sua interação com Mr. McMahon no segmento inicial e a futura altercação com o novo WWE Champion The Rock foram sensacionais.

Rock esteve bem no seu discurso e mostrou-se emocionado, com entonação até difícil para falar no começo. Suas piadas estiveram presentes em bom tom e novamente geriu o público como o quis.

Tanto Rock quanto Punk parecem odiar um ao outro e isto é um trunfo. A rematch vem a calhar e prefiro ver isto a uma elimination chamber. A luta do Elimination Chamber tem de ser melhor que a fraca batalha do Royal Rumble.

John Cena enterrou a Cody Rhodes ao vencer em menos de cinco minutos. Cena fez mais de suas fracas promos após a luta para anunciar que quer o WWE Championship na Wrestlemania.

Não me surpreende de forma alguma. Me surpreendeu foi o fato dos The Shield atacarem a Cena. Entendo a necessidade da facção aparecer em todos os shows mas atacar ao vencedor da Rumble, neste caso, não obteve destaque qualquer. Foi monótono. Talvez sirva para que entretenham John no Elimination Chamber.

Os Shield tem vindo a ser falados como um grupo que não consegue ser batido por ninguém. Assim, prevejo que uma lenda deva regressar na Road to Wrestlemania e levar a um envolvimento qualquer no PPV.

O ponto alto do programa, em minha opinião, foi a destruição de Big Show.

Show conseguiu ser o mais violento lutador dos últimos tempos, com a onda de caos que causou neste RAW. A maneira metódica como batia em Ricardo Rodriguez, sob olhares de Alberto del Rio, aliada a desagrado do público e provocações do The Giant tornaram isto em algo maior.

Gostei muito dos golpes aplicados, pouco a pouco combalindo seus inimigos para finalizá-los sem qualquer pressa ou problemas com um knockout punch. Soou como anti-humano e foi perfeita para a feud, tendo de um lado um mexicano provocador sem ver as consequências de um gigante que quando tem a chance, mata-os completamente.

Um dos melhores segmentos deste tipo em anos.

RAW IS JERICHO!

Mr. McMahon está prestes a demitir Paul Heyman quando Brock Lesnar regressa.

Lesnar é alguém que muda a complexidade do ambiente quando tem sua música tocada. A diferença entre ser um monstro heel de sucesso ou não é como se interpreta e como se ataca. Lesnar não só diz que é violento e não só ganha combates, mas faz com vontade de quebrar oponentes.

Os quinze minutos finais são destacados pela qualidade de interpretação de Paul Heyman e Brock. Heyman foi completamente perfeito no diálogo com Mr. McMahon mas o grande destaque foi quando tentou impedir um ataque ao chairman. A maneira calma como o Next Big Thing apontou ao canto, demandando que seu tutor ficasse quieto pois sabia lidar com a situação, foi suscetível ao oscar.

A transição de Heyman de Punk para Brock ocorre normalmente e ainda bem, pois com o best in the world, Paul nunca obteve tanto destaque como no segmento final do RAW. Paul é realmente um professor e mostrou-se cuidadoso para seu cliente não destruir o seu futuro na companhia.

O desespero foi tremendo ao ver McMahon nocauteado que Heyman ajoelhou-se berrando para Lesnar parar. Este tipo de drama é o que torna o antigo UFC Champion em alguém perigoso. Porque se quer, quebra não somente o braço do chairman.

HERE COMES THE PAIN!


Meu top 3 dos piores segmentos deste RAW: 1º lugar: Brodus Clay e Tensai dançam, 2º lugar: Karaoke, 3º lugar: Divas

Quando um comentarista diz: "A qualidade do nosso show vai subir", é porque alcançou um nível inédito de ruindade.

TRISH STRATUS NO HALL OF FAME!

VOU REPETIR:

TRISH STRATUS NO HALL OF FAME!

A DOSE DE STRATUSFACTION ESTÁ GARANTIDA!

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