Ultimas

Análise e Pensamentos do WWE RAW - Réveillon


O último RAW de 2012 nos trouxe um programa recheado de atrações, incluindo um novo conceito, um novo campeão e os desenvolvimentos das principais storylines enquanto nos encaminhados para o período de mais frutos da empresa: a Road to Wrestlemania XXIX. Acompanhem nas próximas linhas a análise do que se passou nos 180 minutos....


Sinto-me de alma limpa em dizer que a WWE termina o ano a dar esperança. Após um ano muito fraco, penso que vi pela segunda vez, se não estou em engano, um RAW de qualidade excepcional. Qualidade esta que pode ser explicada por motivos como um conceito novo, que movimentou combates com interesse, retirando do card possíveis Khali vs. Otunga.

Devo dizer que aprecio o champion's choice como uma ideia a se seguir, mas a desenvolver-se em relação a sua estreia. É bom ver títulos defendidos em shows e isto por si só acaba sendo um fator positivo e predominante na análise da dinamica, mas primeiramente, e vendo o amontoado de championship matches que isto acabou a gerar, sou do juízo de que apenas dois ou no máximo três cintos estejam em jogo. Além disto, não entendo o porquê de vários contenders jobers.

Se é para ter o título, então que seja um combate jeitoso como 3MB vs. Hell No ou Kingston vs. Barrett.

O programa abriu com um divertido MizTV com convidado John Cena. Cena e Miz estiveram mal na parte inicial do talk-show. Aliás, Miz sempre faz figuras ruins ao conduzir estas entrevistas. Pode ser sua personagem face.

Durante a tag team match, percebi que a WWE continua a desesperadamente tornar Miz num face credível, tentando de toda a forma empurrá-lo contra a goela dos fãs no hot tag para Cena.

Por falar em Miz dentro do ringue, eu o acho muito leve para lutar. Seus socos são fracos e pouco credíveis e seus chutes seguem o mesmo parâmetro.

Ainda estou procurando a graça no bigode de Cody Rhodes. Não vejo motivos para fazerem piadas com o tipo. Talvez isto tenha surgido pelo fato de que Rhodes é quase que uma criança para usar um bigode soft de Stan Hansen por aí. Talvez precisasse chicotear a audiência durante a sua entrada...

Retiro a minha frase de championship matches contra jobbers no caso de Antonio Cesaro vs. Sgt. Slaughter. Gostei muito do segmento em geral e acho que é uma medida certa a de focalizar no anti-americano cada vez mais. Acho que o suíço poderia começar a trazer uma bandeira do país ou cantar o hino nacional. Quanto mais al-kaeda, melhor.

Os 3MB me impressionaram. Confesso que pouco vi do grupo desde sua instituição, pois não acompanho Superstars e, com o tempo e destaque que tiveram no RAW, mudo meu conceito de que passam sendo uma dupla fraca. Acredito que podem agregar boa qualidade na evoluída divisão tag team da companhia. Eles tem carisma.

O segmento de CM Punk volta a girar em 360º e voltar ao aspecto de sempre: lesão. Desde que teve seu problema ao joelho, o WWE Champion tem de manter-se atrativo para os espectadores, e sem muita storyline para se desenvolver, acaba carecendo de criatividade para seguir semanas em semanas e isto explica seus discursos repetitivos.

Paul Heyman vem fazendo promos boas no conjunto a Punk e chega a dar pena que alguém como Heyman, que poderia se tornar manager de uma jovem estrela sem mic skills, como Antonio Cesaro, seja forçado em alguém completo como CM Punk.

Heyman esteve em alto nível no confrontamento com Vince McMahon. Em geral, ele é um bom ator mas meus prognósticos para seu combate com Ryback são fracos. Não deve sair coisa boa. Posso estar enganado e repetir-se algo entretido como Ryback vs. Brad Maddox.

Tenho duas notas sobre a presença de Vince McMahon: 1. descer a rampa de entrada significa ratings; 2. a frase final de McMahon prova que teremos Ryback vs. Heyman.

A World Heavyweight Championship Match poderia ter sido non-title match. Neste ponto me foco para reforçar que o champion's choice não pode ter todos os títulos em jogo.

O segmento entre Alberto del Rio e Ricardo Rodriguez em antes da contenda foi muito bom. Ambos interpretaram melhor como atores que gente como Steven Segal.

Não tenho uma opinião formada, quer sobre a feud Del Rio vs. Show, quer sobre a posição de Alberto como face. Ambas estão em processo ainda e ao longo do tempo saberei melhor de que forma opinar. Entretanto, olhando para os nomes em questão, acho que podem dar combates bons, mas longe do nível alcançado por Sheamus quando em rivalidade com o gigante.

Divido-me sobre a vitória de Wade Barrett. Penso por um lado que ele merece um título há muito tempo, entretanto, Kofi Kingston deveria reter o campeonato por mais algum tempo.

Não irei dizer que foi má decisão, pois passa longe de disto. Me agrada a conquista do ex-líder dos Nexus, pois vejo qualidade de main eventer no ingles e creio que é um pacote completo, que desde o seu regresso evoluiu ainda mais, se é que era possível.

Prevejo ainda grandes coisas em sua carreira.

Os The Shield continuam quentes na empresa e isto é preocupante. É caso para a WWE manter os olhos abertos pois a maioria das facções nos últimos tempos tem vindo a ser falhanços pelo longo período de tempo em que mantém sendo secas e não conseguindo se renovar.

Até agora, o trio de justiceiros só vem fazendo ataques, alguns como o de Sheamus sem o mínimo de sentido. É quase como se fosse para encher chouriços. Imagino alguém na reunião de construção: "eles não atacaram Sheamus, então esta é a hora".

Fico preocupado, mas não liguem pois é cedo para isto. Apenas deixo o alerta.

Gosto de feuds dentro da Rumble match, como vai ser o caso, espero, de Ryback, Sheamus e Randy Orton vs. The Shield, isto é, se confirmar-se a presença do grupo na contenda de trinta homens. Por um lado é ruim pois nenhum dos três heels irá se manter muito tempo na peleja.

O trio de Big E. Langston, AJ Lee e Dolph Ziggler me agrada a cada vez mais. Estiveram eles muito bem no RAW. Acho que seriam a combinação perfeita para o show off como campeão mundial mas há um porém. Depois de sua separação de Vickie Guerrero, Ziggler está sem ninguem a carrega-lo no microfone. Isto influi por exemplo na qualidade aquém no segmento final.

O casal de AJ e Ziggler pode ser um draw de heat apenas com seus beijos. É quase um cliche. Poderia chamar Ziggler de Edge wanabe.

Big E. faz com perfeição a função de segurança. Tem o porte fisico para o papel e desde sua subida ao roster se porta bem, conseguindo impressionar por ser uma aposta de confiança da WWE. É interessante que ele mantenha-se a dominar tudo e todos por mais algum tempo. Apesar de curioso para o ver competir, creio que o melhor é deixá-lo apenas como bodyguard no momento.

John Cena falou com algum heat para Dolph. Estou a exagerar pois foi somente um worked shoot. Se não, diria eu que estaria a descontar pelas andanças de Ziggler sobre Nikki Bella, mas deixem passar esta.


Tenho fé no projeto de três horas por shows como os desta semana, consistentes e com combates de alto nível agregados a segmento de entretenimento aprazível.

Quero que alguém diga que champion's choice é cópia do open fight night.

Foi proposital não ter falado de Divas, pois atualmente existem dois destaques na divisão: a perna esquerda e a perna direita de AJ.

Deve ter sido bom o chocolate ao fim do RAW.

Ignorem a última frase.

Quem não gosta de The Rock, não leia a análise da semana que vem pois existem 10 em 10 chances de eu o elogiar.

Classificação: A-
Com tecnologia do Blogger.